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Oscilaxoes

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Fuja do Nabo: Física II – P2 – 2014 – Rogério Motisuki
Oscilações – Resumo Teórico
Oscilações simples
O famoso MHS. A descrição do movimento pode ser escrita da forma:
=
cos
+
Sim, é exatamente igual à descrição de uma onda harmônica, e ambas estão estritamente
relacionadas. Os pontos de uma corda realizam um movimento oscilatório quando a onda se
propaga por ela.
E do mesmo jeito, podemos achar a velocidade e a aceleração derivando:
=−
=−
sen
cos
=
=−
Observe agora uma relação interessante:
+
+
Por que isso é tão importante? Essa é a equação diferencial que dá origem ao movimento
oscilatório.
Uma equação diferencial é uma equação que relaciona a variável com suas derivadas, em vez
de suas potências. Sua resolução é muito mais complexa, portanto nesta matéria as soluções
são dadas. O principal é saber montar a equação e identificar qual solução é de qual caso e
conhecer todos os parâmetros.
Obtenção da equação diferencial
Olhando pra carinha da equação que obtivemos acima, temos uma dica: envolve aceleração.
O que mais tem aceleração? Sim,
=
O exemplo mais simples possível: Massa-mola
=−
⇔
= −
Comparando com a outra equação, obtemos que:
⇔
²=
=
⇔
= −
=
Lembrando da relação com o período, obtemos uma relação famosa:
=
= 2"
Não estamos restritos somente à movimentos lineares. Poderíamos fazer a mesma coisa com
ângulo e aceleração angular, que é o caso do pêndulo:
No caso angular,
=
se torna # = $%
O torque da força peso é − &. (. )*+, . O momento de inércia da
massa pontual é
− &()*+, =
(². Portanto, a equação fica:
( % ⇔ %=
,
&
&
= − )*+, ≈ − , ⇔
(
(
=
&
(
Sem utilizar a aproximação de pequenos ângulos, o pêndulo não é
mais uma oscilação simples.
=
Resumindo: se você sabe escrever a equação diferencial, através de
consegue encontrar a frequência de oscilação
e # = $% você
e consequentemente o período. Os outros
parâmetros (amplitude e fase) são obtidos por outras formas. Geralmente leitura em gráfico,
ou dado no enunciado, ou algo do tipo.
Oscilação de duas partículas
Esse é um problema um pouco mais complicado, mas pode ser resolvido facilmente utilizando
=
a técnica certa. O problema com 2 corpos pode ser simplificado para uma oscilação de um
corpo só, utilizando o conceito de massa reduzida:
Onde . é chamado de massa reduzida, e vale a relação:
1
1
1
=
+
.
0
O que isso significa? Nessas duas situações, a frequência de oscilação será igual.
Oscilações Amortecidas
Uma oscilação amortecida nada mais é uma oscilação simples, mas com atrito. Se modelarmos
o atrito de forma que ele seja proporcional à velocidade, a equação diferencial fica um pouco
mais complicada.
A equação diferencial é da forma:
²
²
+1
+
= 0 3+ * 1 =
4
,
678
= −4
Note que temos dois parâmetros agora: 1, que representa o atrito, e
, que representa a
tendência de oscilação.
Durante a resolução da equação, aparece uma equação do segundo grau, e portanto temos 3
possibilidades para a solução, e damos nomes para elas:
Amortecimento subcrítico
Acontece quando:
1
9
2
Único caso onde há oscilação. A equação do movimento é dado por:
;
= * : 7 cos
+
Muito cuidado para não confundir > com >? !
3+ *
=<
: frequência de oscilação real, aquela que realmente ocorrerá
−
1
4
: frequência de oscilação natural, recebe esse nome pois é a frequência original sem o
amortecimento.
Amortecimento crítico
Acontece quando:
1
=
2
Neste caso, não há oscilação. O sistema retorna ao ponto de equilíbrio no tempo mínimo
possível dentre os 3 casos de amortecimento. A equação do movimento é dada por:
=*
Amortecimento supercrítico
;
: 7
+A
Acontece quando:
1
B
2
Também não há oscilação. O sistema volta ao estado de equilíbrio seguindo uma exponencial.
A equação do movimento é dada por:
1
= *− 2
C
*D + A*−D
Visualização dos 3 tipos de amortecimento:
E
3+ * D = <
12
−
4
0
2
O principal é saber identificar os tipos de amortecimento e suas respectivas soluções. Com a
solução em mãos, basta achar o resto dos parâmetros a partir de informações dadas no
enunciado. Agora só resta fazer exercícios para praticar…
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