IMUNOTERAPIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM CÂNCER UROLÓGICO: UMA NOVA FRONTEIRA Luiz Flávio Coutinho Tiradentes 13/08/2016 O “pai” da Imunoterapia no câncer Dr. William B. Coley “In 1891, William B. Coley injected streptococcal organisms into a patient with inoperable cancer. He thought that the infection he produced would have the side effect of shrinking the malignant tumor. He was successful, and this was one of the first examples of immunotherapy.” O que aprendemos sobre o papel do sistema imune na oncologia? Na teoria de supervisão imunológica de Burnet e Thomas:² o sistema imunológico supervisiona o corpo para detectar e eliminar as células do tumor nascente Coley relatou casos de regressão de tumor após inoculação com infecção bacteriana.1 Década de 1890 1909 Paul Ehrlich sugere um papel ao sistema imune contra o câncer.² Final da década de 1950 Reguladores da atividade de células T foram elucidados, estimulando a pesquisa sobre o papel dos checkpoints imunológicos no câncer.6 Relatórios Relatóriosdede regressão de tumor regressão deaos em pacientes quais foram tumor administrados em pacientes aos linfócitos ativados 4 com IL-2 quais foram administrados linfócitos ativados com IL-24 Década de 1980 1985 No início da década de 1980, pacientes imunossuprimido s pelo HIV demonstraram ter mais risco de serem acometidos por certos tipos de câncer.³ Década de 1990 Descobriu-se que os tumores expressam antígenos que podem provocar uma resposta imunológica mediada por células T.5 1995 Citocina IL-2 aprovad a para tratame nto de câncer7 Anos 2000 Aumento da tumorigênese observado em camundongo s imunodeficie ntes8,9 Primeiro inibidor de checkpoi nt aprovado para câncer nos EUA10 2010 A resposta imunológ ica permane ce como foco ativo da pesquisa sobre o câncer.11 Presente 4 What’s immuno-oncology (I-O) Improved survival remains a challenge in some advanced cancers. 5-year survival remains poor for many 1 patients with metastatic solid tumors. There is an ongoing need for new treatments and therapeutic modalities 2 for patients with advanced cancers. 5-year survival (%) 1 Radiotherapy Chemotherapy Surgery 16 12,5 Pillars of Cancer Therapies 12,3 Immunotherapy I-O therapies are being investigated in an attempt to utilize the body’s own immune system to fight diseases.3-5 3,9 Lung Colorectal Kidney and Melanoma renal pelvis Material destinado a profissionais de saúde 1. Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Retrieved May 6, 2014, from http://seer.cancer.gov | 2. Rosenberg SA. Sci Transl Med. 2012;4(127ps8):1-5 | 3. DeVita BT, Rosenberg SA. N Engl J Med. 2012;366:2207-2214 | 4. Kirkwood JM, et al. CA Cancer J Clin. 2012;62:309-335 | 5. Murphy JF. Oncology. 2010;4:67-80 Vigilância imunológica: O sistema imunológico pode identificar e eliminar as células cancerosas Células NK Macrófagos Células T Célula tronco hematopoiética Células B Imunidade inata Imunidade adaptativa Usando receptores codificados em linha germinal, células inatas podem reconhecer estruturas nativas de patógenos e células tumorais e eliminá-las Usando os mais diversos receptores de antígeno (TCRs e BCRs), as células imunológicas adaptativas podem reconhecer e destruir patógenos e células cancerosas Células dendríticas BCRs = receptores de células B; NK = natural killer; TCRs = receptores de células T. 1. Norvell A. In: Prendergast GC et al. Cancer Immunotherapy. 2nd ed. New York, NY: Elsevier; 2013:11–24. 2. Disis ML. J Clin Oncol. 2010;28(29):4531– 4538. 3 Murphy K. Janeway’s Immunobiology. 8th ed. New York, NY: Garland Science; 2012. 5 Imunoedição CD4 = célula T auxiliar; IDO = indoleamina 2,3-dioxigenase; MICA/B = cadeia classe I relacionada a proteínas A e B do complexo principal de histocompatibilidade; Mφ = macrófago; NK = clélula exterminadora (killer ) natural; NKT = célula T killer; sMICA/B = MICA/B solúvel; TRAIL = ligante indutor de apoptose relacionado a TNF; Treg = célula T reguladora; ULBP = proteínas ligantes de UL16; yσ = célula T yσ Dunn GP, Old LJ, Schreiber RD. The three Es of cancer immunoediting. Annu Rev Immunol. 2004 Material destinado à classe médica Imunidade e Câncer O câncer escapa do reconhecimento e da destruição pelas células imunológicas através de diversos mecanismos chave A A presença presença reduzida reduzida de de antígenos antígenos do do tumor tumor para para o o sistema sistema imunológico imunológico reduz reduz da expressão MHC da expressão MHC Célula tumoral Célula tumoral B Liberação de fatores imunossupressores Fatores/enzimas que suprimem direta ou indiretamente a resposta imunológica a supressão supressão da APC da APC APC D Modulação do checkpoint imunológico de células T APC Moléculas coestimulatória s C Recrutamento de células imunossupressoras Microambiente do tumor Tregs Moléculas coinibitória s Célula T MDSCs Imagens adaptadas de Davies M.² e reproduzidas de Mellman I et al. Nature¹. APC = célula apresentadora de antígeno; BTLA = atenuador dos linfócitos B e T; CD = aglomerado de diferenciação; CTLA-4 = antígeno-4 associado ao linfócito T citotóxico; GITR = proteína relacionada ao fator de necrose tumoral induzida por glucocorticoide; HVEM = mediador de entrada do herpes-vírus; LAG-3 = gene 3 de ativação de linfócito; MDSC = células supressoras de origem mieloide; MHC = complexo principal de histocompatibilidade; PD-1 = proteína de morte celular programada 1; TIM-3 = domínio de mucina e imunoglobulina de células T 3; Tregs = células T reguladoras; VISTA = domínio V supressor de imunoglobulina da ativação de células T. 1. Mellman I et al. Nature. 2011;480(7378):480-489. 2. Davies M. Cancer Manag Res. 2014;6:63-75. 3. Spranger S et al. J Immunother Cancer. 2013;1:16. 4. Töpfer K et al. J Biomed Biotechnol. 2011;918471:1–19. 6 Pardoll DM. Nat Rev Cancer. 2012;12(4):252–264. 5. Ma Y et al. J Cancer. 2013;4(1):36–44. 7 Sinapse imunológica Moléculas regulatórias (Checkpoints) da resposta imune Controle da ativação imune e tolerância Driessens G et al. Immunol Rev. 2009 APC = célula apresentadora de antígeno; CTLA-4 = antígeno associado ao linfócito T citotóxico TNFR = receptor do fator de necrose tumoral; PD = morte programada; GITR = proteína relacionada ao TNRF induzida por glicocorticoide MHC = complexo principal de histocompatibilidade; PD-L = ligante do receptor de PD; TCR = receptor da célula T. 9 Padrões de Resposta Hodi FS et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723. Cinética dos irEAS: Surgimento e Resolução Primeiro os cutâneos, seguido por colite, hipofisite e finalmente hepatite Grau da toxicidade Erupção, prurido Hepatotoxicidade Diarreia, colite Hipofisite 0 2 4 6 8 10 12 14 Tempo (semanas) Weber JS, et al. J Clin Oncol 2012;30:2691–2697 Overview e perspectivas futuras da imunoterapia em GU Anti-PD1 em Cancer de Bexiga BACKBROUND - Câncer de bexiga não acompanhou as mudanças da oncologia dos últimos anos. Nenhuma droga alvo em seu arsenal... CICLO DE DISCUSSÕES CIENTÍFICAS ONCOCLÍNICA 2016 ATEZOLIZUMABE – FASE 2 (IMVIGOR 210) Locally advanced or metastatic transitional cell carcinoma of the urothelium ECOG PS 0–1 FFPE tissue specimen available N~400 Cohort 1: 1L patients No prior chemotherapy and ineligible for cisplatinbased chemotherapy Atezolizumab 1,200mg i.v. q3w until PD Cohort 2: 2L patients Disease progression during or following treatment with >1 platinum-containing regimen* Atezolizumab 1,200mg i.v. q3w for duration of clinical benefit Co-primary endpoints •ORR (IRF-assessed by RECIST v1.1 and investigator-assessed by modified RECIST§) Focus of abstract Key secondary endpoints • PFS • DoR • OS • Safety *Patients in Cohort 2 can receive atezolizumab for the duration of clinical benefit as assessed by the investigator (i.e. in the absence of unacceptable toxicity or symptomatic deterioration attributed to disease progression); patients in Cohort 1 can receive atezolizumab until PD §Response assessed by RECIST v1.1 and modified RECIST; modified RECIST criteria account for possible appearance of new lesions and allow radiological progression to be confirmed at a subsequent assessment DoR = duration of response; ECOG PS = Eastern Cooperative Oncology Group performance status FFPE = formalin-fixed paraffin embedded; IRF = independent review facility; ORR = overall response rate OS = overall survival; PD = progressive disease; PFS = progression free survival; q3w = every 3 weeks RECIST = Response Evaluation Criteria in Solid Tumors Rosenberg, et al. ECC 2015 Systemic Therapy for Bladder Cancer Pre 2016 Presented By Elizabeth Plimack at 2016 ASCO Annual Meeting Systemic Therapy for Bladder Cancer Now Presented By Elizabeth Plimack at 2016 ASCO Annual Meeting PDL1 Low (IC 0/1) Patients <br />Still Respond to Atezolizumab Presented By Elizabeth Plimack at 2016 ASCO Annual Meeting Novel Biomarkers: Beyond PD1 Presented By Elizabeth Plimack at 2016 ASCO Annual Meeting Future development of PD1 inhibitors in UC Presented By Elizabeth Plimack at 2016 ASCO Annual Meeting CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS CheckMate 025 – Desenho do Estudo Pacientes • Cancer de Rim avançado de celulas claras previamente tratados • 1 ou 2 tratamentos anteriores (antiangiogenico) Randomizados 1:1 Estudo fase III, randomizado, comparando nivolumabe versus everolimus em pacientes com Câncer Renal Avançado previamente tratados (NCT01668784) Nivolumab (N = 410) 3 mg/kg a cada 2 semanas IV Everolimus (N = 411) 10 mg/dia Via oral • Tratamento até progressão ou intolerabilidade • Tratamento após progressão permitido se boa tolerância e benefício clínico. Exames de Seguimento • A cada 8 semanas da randomização até 12 meses • A partir dai, a cada 12 semanas até progressão ou discontinuação Objetivo Primário • Sobrevida Global 21 CheckMate 025 – Sobrevida Global Sobrevida Global, meses (95% CI) 1.0 0.9 Nivolumab (N = 410) 25.0 (21.8–NE) Everolimus (N = 411) 19.6 (17.6–23.1) HR (98.5% CI), 0.73 (0.57–0.93) P = 0.0018 0.8 Sobrevida Global 0.7 0.6 0.5 Nivolumab 0.4 Everolimus 0.3 0.2 0.1 0.0 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 Meses • • Risco de Morte foi reduzido em 27% para os pacientes no braço com nivolumabe. Estudo foi interrompido na análise interina (398 mortes), já que o comite independente identificou que o objetivo primário foi atingido (sobrevida global). 22 Nivolumabe – longo prazo DESENHO - Os estudos variavam dose e intervalo de aplicação do nivolumabe. CICLO DE DISCUSSÕES CIENTÍFICAS ONCOCLÍNICA 2016 Nivolumabe – longo prazo RESULTADOS CICLO DE DISCUSSÕES CIENTÍFICAS ONCOCLÍNICA 2016 Nivolumabe + ipilimumabe RCC 1a linha checkmate 214 (fase 3 em andamento) Advanced/mRCC patients • • • • • Clear cell histology • Measurable disease • No prior systemic therapy R A N D O M I S E Estimated enrolment: 1070 Estimated completion date: January 2018 Primary endpoints: PFS, OS Secondary endpoints: ORR, safety Nivolumab 3 mg/kg + ipilimumab 1 mg/kg IV Q3W (4 doses), followed by nivolumab 3 mg/kg IV Q2W Sunitinib 50 mg PO QD 4/2 Atezolizumabe + bevacizumabe vs. atezolizumabe vs. sunitinibe rcc 1a linha (fase 2 em andamento) mRCC patients • ≥ • Clear cell and/or sarcomatoid histology • No prior systemic therapy • ≥ • • • • R A N D O M I S E MPDL3280A + bevacizumab MPDL3280A Estimated enrolment: 300 Estimated completion date: January 2016 Primary endpoint: PFS (per central review) Secondary endpoints: OS, ORR, DOR, safety Sunitinib Optional crossover Treat until disease progression MPDL3280A + bevacizumab MPDL3280A + bevacizumab ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA IMUNOTERAPIA SIPULEUCEL-T SIPULEUCEL-T SOBREVIDA GLOBAL 25.8m 21.7m HR 0.78 (95% CI: 0.61-0.98; p=0.03) Kantoff PW, N Engl J Med 2010:411. mCRPC pós docetaxel Ipilimumabe Vs. Placebo (Fase 3) (n=399) mCRPC pós falha a Docetaxel (n=799) RT 8Gy (osso) RT 8Gy (osso) Ipilimumabe 10mg/Kg 3/3 sem., 4 ciclos Ipilimumabe 10mg/kg 12/12 sem. (manutenção) Placebo Placebo 12/12 sem. (manutenção) (n=400) 191 centros em 26 países Kwon ED, et al. Lancet Oncol 15:700, 2014. mCRPC pós docetaxel Ipilimumabe Vs. Placebo (Fase 3) Sobrevida Livre de Progressão (ITT) Sobrevida Global (ITT) HR 0,85 (95%CI 0,72-1,00), p=0,053 HR 0,70 (95%CI 0,61-0,82), p<0,0001 Kwon ED, et al. Lancet Oncol 15:700, 2014. PARA ONDE VAMOS “Afirmam os médicos que certas moléstias são incuráveis. Sabeis o que é uma doença incurável? É aquela da qual os doutores nada sabem. A doença não faz absolutamente nenhuma objeção à cura”. Charles Kettering – Sec. XIX EU ACREDITO!