Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 ARTIGO - AEM – ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E MARKETING ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA: UM ESTUDO DE CASO DAS AÇÕES PROMOCIONAIS DA GULOZITOS ALIMENTOS REGINALDO ADRIANO DE SOUZA, CARLA BARBOSA MOREIRA, REGINALDO ADRIANO DE SOUZA As organizações enfrentam grandes desafios e concorrentes no mercado globalizado e buscam alternativas para se diferenciarem e comunicarem com seus consumidores atuais e potenciais, tendo a comunicação como elemento estratégico, com ações promocionais visando à manutenção das organizações no mercado e ao aumento do seu market share. O estudo de caso de caráter exploratório realizado verifica como a Gulozitos Alimentos empreende ações direcionadas ao consumidor. Averiguam-se ações promocionais e suas razões, e se e como o seu público-alvo reconhece essas ações promocionais, com suporte teórico que considera seu processo de comunicação e suas estratégicas de promoção com dados de 2 (duas) fontes: 1) entrevista pouco estruturada com os gerentes de Marketing e de Vendas, com caráter qualitativo; e 2) questionário, enviado a 400 (quatrocentos) consumidores, em Manhuaçu (MG, Brasil). Constata-se que a organização usa diferentes formas de promoção, sendo a propaganda em televisão e o uso de displays e cartazes nos pontos de vendas as mais utilizadas e mais bem percebidas pelos consumidores, sendo o suco, produto que foi objeto de propaganda em emissora de televisão, seu produto mais lembrado pelo consumidor. Palavras-chave: Estratégia. Marketing-mix. Propaganda. Competitividade. Abstract : Organizations are faced with big challenges and competitors in the global marketplace and seek alternatives to differentiate themselves and communicate with their customers and prospects, and take communication process as strategic, with promotional activities whose goal is to keep organizations in the market and increase their market share. The survey conduced through an exploratory approach, aims to determine how Gulozitos Alimentos attains the results of its consumer-driven actions. It analyses the promotional activities carried out by Gulozitos Alimentos its ground, and whether and how its target audience recognizes such promotional actions, with ad hoc theoretical support which considers both the communication process undertaken and the promotion strategy. The data were given by two forms of data collection: 1) low-structured quantitative interview with the organization’s Marketing and Sales managers; and 2) a questionnaire was sent to 400 (four hundred) consumers in the city of Manhuaçu (MG, Brazil). It was concluded that the organization - 1341 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 works with various ways for promoting its products, and that TV advertisements and posters and displays in retail outlets were the ones most used by the company, and the most perceived of its actions, according to its consumers. Keywords: Strategy. Marketing-mix. Advertising. Competitiveness. 1. Introdução No mundo globalizado, comunicação e competitividade ganharam atenção no início do século XX. A globalização tem afetado todas as organizações, estejam elas localizadas em qualquer parte no mundo. Com isso, a competição e a rivalidade no meio organizacional se apresentam de forma mais intensa. As organizações buscam um diferencial competitivo, utilizando-se de ferramentas administrativas como forma de sobrevivência, crescimento e de se tornarem perenes nesse ambiente turbulento. Nesse sentido, o marketing tem sido explorado intensivamente na busca da melhoria do processo gerencial e organizacional. Muito se fala em estratégias de marketing para se alcançar o público-alvo que, cada vez mais, exige das empresas produtos de qualidade a preços condizentes com a sua realidade, dispostos em locais de fácil acesso. Dentro dessa realidade estratégica, o marketing-mix ganha força, trabalhando com os 4 Ps (preço, produto, praça e promoção), no sentido de satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes; sem, contudo, se esquecer da lucratividade das empresas (COELHO, 2007; FERRELL et al., 2000; FONSECA, 2005; KOTLER, 2000). Kotler (2000, p. 25) expressa, de forma ampla, a função do marketing: [n]ormalmente, o marketing é visto como a tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes, sejam estes pessoas físicas ou jurídicas. Na verdade, os profissionais de marketing envolvem-se no marketing de bens, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. A promoção desempenha papel fundamental nesse processo, uma vez que é responsável pela divulgação dos produtos, bem como de suas características nos processo de desenvolvimento e venda. É, portanto, potencialmente, elemento que estabelece forte elo entre a organização e seu cliente. A propaganda surge como um dos componentes da promoção que, se bem trabalhado, poderá aumentar o market share (participação de mercado), gerar maior receita para a empresa e fortalecer a sua marca, por exemplo, entre outros aspectos positivos. Coelho (2007) ressalta que a propaganda (como forma de promoção) e as vendas são partes de um composto maior de marketing que trabalham em conjunto para o alcance das metas organizacionais. Essa ideia é defendida por Kotler (2000, p. 44), ao afirmar que "as - 1342 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 diversas funções de marketing – força de vendas, propaganda, atendimento ao cliente, gerência de produto, pesquisa de marketing – devem trabalhar em conjunto. [...] Todas essas funções de marketing devem ser coordenadas do ponto de vista do cliente”. Sendo assim, os clientes tornaram-se o centro das atenções nas estratégias mercadológicas e devem ser estudados para que as ações das organizações sejam mais acertadas. O ganho econômico das classes D e E tem levado ao crescimento da classe C e as grandes empresas precisam estar atentas a essa nova realidade de mercado e voltar suas estratégias para esse novo perfil de consumidor (NERI, 2010). O potencial de compra alcançado pelos novos consumidores é grande e as organizações devem adaptar seus produtos e serviços a essa nova realidade (BATISTELA, ESBERCI & DEMARTINE, 2009). A importância do marketing se apresenta de forma estratégica, porque é por meio dele que as organizações buscam entender melhor as necessidades dos clientes, desenvolver o produto conforme essas necessidades/desejos, e distribuí-lo de forma eficaz e a preços aceitáveis pelos consumidores. A promoção trabalha com a divulgação das características e dos atributos desse produto, tornando-se, assim, fundamental para a estratégia criada pela organização no momento das vendas e da apresentação do seu produto (KOTLER, 2000). Conhecer o consumidor se tornou fundamental para as organizações que buscam manter seus consumidores reais e conquistar aqueles em potencial. Estudá-los, portanto, e têlos como o centro de suas atenções, incluindo as estratégias de Marketing-mix, faz-se importante para as organizações. A competição no mercado consumidor tem levado as organizações a se (re)posicionarem melhor, frente às suas concorrentes. Abreu, Costa & Silva Filho (2010) asseveram que as transformações organizacionais ocorridas nas últimas décadas foram decorrentes das necessidades de se lidar com incertezas causadas pelas mudanças ocorridas nos ambientes econômico e tecnológico. Neri et al. (2010) colaboram com seus estudos sobre a Economia brasileira, nos quais fica evidente o aumento da renda per capita no País, o que implica aumento do poder de compra dos consumidores que, por sua vez, tornam-se mais exigentes e ávidos por produtos de qualidade. Fonseca (2005) faz referência ao composto de marketing como um dos fatores que podem influenciar positivamente o sucesso organizacional, gerando, assim, vantagem competitiva para as empresas que realizam trabalho com seriedade nessa área mercadológica. Fortalece, ainda, a ideia de que as empresas precisam se voltar para o mercado e pautar melhor suas estratégias com relação aos seus clientes. Assim, verifica-se a importância da estratégia mercadológica e das ferramentas do marketing-mix (preço, produto, praça e promoção) para se atingir esse público potencial a ser conquistado, principalmente no que tange aos aspectos promocionais, a pontos de venda e de divulgação de produtos, para se alavancar vendas futuras. Ferrell et al. (2000), bem como - 1343 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 Kotler (2000), preconizam que os meios promocionais, se bem trabalhados, podem levar a uma alavancagem de vendas e levar a organização a atingir suas metas de crescimento. Sendo assim, constata-se a importância do assunto supracitado e, com este trabalho, cujos objetivos geral e específico são apresentados a seguir, responde-se ao seguinte questionamento: as ações promocionais utilizadas pela empresa Gulozitos Alimentos têm alcançado seu público consumidor eficazmente e quais os aspectos motivadores da empresa frente a essas ações? Desta forma verificar-se-á se o modo como a Gulozitos Alimentos organiza e compreende o alcance de suas ações no que tange ao seu público consumidor. Por meio da averiguação das ações promocionais utilizadas pela Gulozitos Alimentos e as razões que levaram essa organização a investir nessas ações, verificando se (e como) o seu público-alvo reconhece essas ações promocionais. 2. Fundamentação Teórica 2.1. Marketing e elementos do marketing mix O marketing, na maioria das vezes, é confundido, pelas pessoas, com propaganda, merchandising ou vendas, sendo que esses são apenas algumas ferramentas que compõem a estrutura geral do marketing. Las Casas (2005, p. 26), por sua vez, considera que o conceito de marketing está ligado: [...] à área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientada para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que estas relações causam no bem-estar da sociedade. Por isso, faz-se necessária melhor compreensão do mercado, garantindo-se que os produtos supram demandas dos consumidores, com ajustes do marketing-mix às suas necessidades, porque: [...] do ponto de vista do marketing, o que o comprador busca é a solução de um problema, a satisfação de uma necessidade ou desejo, que o produto ou serviço é susceptível de oferecer-lhe; esse serviço pode ser obtido por diferentes tecnologias, as quais estão, por sua vez, - 1344 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 em continua mudança. (CROCCO, 2012, p. 86) Um dos pilares da estrutura de análise via marketing é o composto de marketing, originalmente concebido como marketing-mix ou apenas 4 Ps, de E. Jerome McCarthy, conforme afirma Cobra (2009). Nele, estabelecem-se diretrizes para se conduzir ação de mercado para se fomentar o consumo, e, para entregar sua proposição de valor, a empresa deve, antes de tudo, criar uma oferta ao mercado (produto ou serviço) que satisfaça necessidades. Ela deve decidir quanto cobrará pela oferta (preço) e como disponibilizará a oferta para os clientes-alvo (praça). Por fim, deve comunicar a oferta aos clientes-alvo e persuadi-los de seus méritos (promoção). (KOTLER & ARMSTRONG, 2008, p. 10). Produto: Kotler (1998) define produto como algo ofertado para satisfazer necessidade ou desejo do consumidor, que prefere itens com melhor qualidade e desempenho ou inovadores. Quanto mais sofisticado o consumidor, mais atenção dará à qualidade do produto (ABREU, 1994) e, por isso, o foco das atuais ações de marketing está nos clientes, sendo imperativo adequar os produtos às suas realidades. Ponto: “Ponto” refere-se ao canal de distribuição de um produto ou serviço, e sua importância está na melhor forma de fazer com que o consumidor o encontre (COBRA, 2009). Assim, "[…] a empresa deve estar preparada não só para desenvolver e operar canais de mercado eficientes, mas também para renová-los constantemente, agregando novas alternativas e descartando as ineficientes" (KOTLER, 2003, p. 53). Preço: Segundo Kotler (2003), a forma mais comum de se fixar preço é apurar-se o custo e se lhe acrescentar a margem de lucro (markup) pretendida; chama atenção, porém, para o valor agregado que o consumidor percebe no produto, que serve como argumento para promoção da venda: "[…] quanto maior o preço, maior a qualidade percebida do produto e maior a inclinação do consumidor em adquiri-lo” (ABREU, 1994, p. 65). Promoção: O composto promocional visa criar valor de comunicação: informar o consumidor sobre o produto e suas características. Segundo Bulgacov (2006), tem estes componentes: propaganda, promoção de vendas, publicidade e relações públicas e venda pessoal. Para Kotler (2003), promoção de vendas contribui para se induzir clientes a comprar agora, e não depois, podendo ser dirigida a varejistas ou consumidores, reforçando ou agregando valor ao produto. 2.2. Comunicação e suas funções gerenciais Comunicação, segundo Bowditch & Buono (2002, p. 80), é “a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos” e em marketing, abrange identificação do público-alvo e elaboração - 1345 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 de promoções bem coordenadas para instigar, no consumidor, a reação que se deseja (KOTLER & ARMSTRONG, 2008). Segundo Ogden & Crescitelli (2007, p. 13), “[n]o caso específico da comunicação de marketing, a dificuldade no processo de comunicação é maior, porque o objetivo dessa comunicação não é apenas informar, mas, também, persuadir, motivar, criar a empatia do receptor” e, segundo Urdan & Rodrigues (1999, p. 1), a promoção de venda é focada em ações que objetivam levar o consumidor a agir com confiança, sendo "[…] um evento [...] porque em geral engloba uma coleção de distintos incentivos e de marketing porque envolve relacionamentos entre um fabricante e seus consumidores (usuários finais, varejistas e distribuidores)". Normanha Filho (2002), por sua vez, entende que a empresa pode chegar a um composto de marketing otimizado, com ações promocionais com "propaganda, venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas, publicidade" (NORMANHA FILHO, 2002, p. 40), que poderá levá-la a colher melhores resultados. Segundo Ogden (2004, p. 13), propaganda é "[…] o desenvolvimento e a execução de qualquer mensagem de lembrança, informativa ou persuasiva, comunicada a um mercado ou público-alvo através de um meio não-pessoal"; é paga e exige a identificação do produto e/ou do patrocinador. Shimp (2009) afirma que algumas empresas preferem reduzir ou eliminar gastos com propaganda, que consideram cara, de efeitos incertos e tempo para coleta de resultados, e rebate, afirmando ser investimento, e não custo arbitrário; atingindo muitos consumidores, seu custo é dividido e, unitariamente, é baixo. Ogden (2004) aponta como benefício-chave da propaganda a capacidade de se comunicar, simultaneamente, com grande número de pessoas, sendo padronizada e uniforme, tendo funções (FIG. 1). Quadro 1: Objetivos possíveis da propaganda. Informar Comunicar ao mercado sobre um novo produto. Descrever os serviços disponíveis. Sugerir novos usos para um produto. Corrigir falsas impressões. Informar ao mercado uma mudança de preço. Reduzir receios dos compradores. Explicar como o produto funciona. Desenvolver uma imagem da empresa. Persuadir Desenvolver preferência de marca. Persuadir compradores a comprar Encorajar a mudança para a marca. agora. Mudar a percepção dos compradores com Persuadir os compradores a receber relação aos atributos do produto. visita de um vendedor. - 1346 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 Lembrar Lembrar os compradores de que o produto pode Manter o produto na mente dos ser necessário em breve. compradores em períodos de baixa Lembrar os compradores onde comprar o estação. produto. Manter o privilegiada produto na em mente posição dos compradores (top of mind). Fonte: KOTLER, 1998, p. 556. Aliada à propaganda, a promoção de vendas implica grande desafio, constituindo incentivos, em curto prazo, para se encorajar experimentação ou compra de um produto ou serviço (KOTLER, 1998), com resultados em curto prazo, usada, principalmente, quando os gerentes de venda não atingem quotas ou metas. Na FIG. 2, apresentam-se suas principais ferramentas. Quadro 2: Principais ferramentas promocionais. Recomendadas em situações especiais: mercadoria encalhada e mudança de Liquidações endereço ou ramo de atuação. Apresenta grande chance de ser bem sucedida, pois o consumidor enxerga a obtenção de vantagem econômica. Festejos e São aproveitadas comemorações de datas especiais: Natal, Dia das Mães, acontecimentos Páscoa e Dia das Crianças, que despertam o interesse da massa consumidora sazonais em adquirir os produtos. Oferta-se aos consumidores a chance de ganhar prêmios. Concursos dependem da participação ativa dos consumidores, mediante suas Concursos sorteios e habilidades e inteligência. Os sorteios dependem exclusivamente da sorte, e são realizados após a distribuição de números entre os participantes. Para se beneficiar com essas ferramentas os consumidores têm de adquirir produtos das empresas. Seu objetivo é dar ao consumidor uma razão para comprar determinado Prêmios produto. Os prêmios, geralmente, são adicionados aos produtos, podendo ser outra mercadoria. Certificados que oferecem descontos nos preços, geralmente encontrados Cupons em revistas e jornais; podem ser impressos ou colados na embalagem dos produtos a serem vendidos. Servem para incrementar vendas mediante a concessão de descontos aos consumidores. Um pouco mais de produto pelo mesmo preço. Deve-se tomar o cuidado - 1347 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 Plus para que o cliente perceba que se trata de uma ação promocional e não uma mudança no tamanho da embalagem. Peça de papel ou de plástico adicionada ao produto, dentro dele ou na Vale-brinde embalagem. Ao encontrar o vale-brinde, o consumidor tem direito a receber o prêmio; ele auxilia na fixação da imagem divulgada e no giro de estoque. Selos O consumidor coleciona selos, a serem trocados por um prêmio. Técnica que implica a oferta uma mercadoria grátis ou a preço baixo, na Brindes compra de um produto ou serviço. Consiste em baixar o preço de vendas. Podem ser marcados nos produtos: Descontos maior quantidade por um mesmo preço, preço menor a partir de certa qualidade, saldos, queimas, liquidações de estações, ofertas por tempo limitado, liquidações-relâmpago, entre outras possibilidades. Vantagens adicionais oferecidas ao consumidor. Podem ser vendidas 2 Ofertas (duas) unidades pelo preço de 1 (uma). Para o seu sucesso o produto tem que ser aceito pelo público. Amostras produto do É a oferta de uma amostra, e sua intenção é colocar o consumidor em contato com o produto, para experimentá-lo. É uma variação de entrega de amostras; só que é entregue já preparado ao Degustações consumidor, para o seu uso. É fundamental para lançamentos de novos produtos. Inseridos nas embalagens, contribuem para a sua comunicação e promoção, Folhetos podem conter informações sobre produtos de uma mesma linha. Fonte: Adaptado de ZENONE & BUAIRIDE, 2005, p. 112-113. Segundo Kotler (1998, p. 543), essas ferramentas promocionais têm três características: comunicação (atraem atenção dos consumidores e fornecem informações para levá-los ao produto); incentivo (incorporam alguma concessão, estímulo ou contribuição que oferece valor ao consumidor); e convite (incluem convite para transação imediata), e, segundo Zenone & Buairide (2005), visam: estimular a compra; estimular a visita nos pontos de venda; atrair novos clientes; bloquear penetração ou ações da concorrência; e aumentar a efetividade da força de vendas. 2.3. Estratégias e tipos de estratégias Segundo Oliveira (2009, p. 173), “estratégia [empresarial] está relacionada à arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades”, sendo forma de se antecipar - 1348 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 e pensar no futuro, buscando melhor forma de se adaptar às mudanças ambientais; é “[…] um caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, as metas, os desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante o ambiente” (2009, p. 181). Crocco (2012) amplia esse conceito: as incertezas geradas pelas turbulências do ambiente externo e a necessidade de preparar a organização para o futuro, garantindo a criação e a multiplicação de seu valor, nessas condições, determinam a necessidade da revisão e projeção do rumo a ser seguido para alcançar uma vantagem competitiva defensável e sustentável no tempo. (CROCCO, 2012, p. 10) Suas ações não devem ser implementadas isoladamente, cumprindo planejá-las, holística e estrategicamente, tendo o cliente como centro das atenções, trabalhando-se o marketing como "[…] conjunto de instrumentos para entender as necessidades dos consumidores e avaliar as capacidades e recursos da empresa, em relação aos da concorrência, para satisfazê-los melhor e conquistar vantagem competitiva sustentável" (CROCCO, 2012, p. 14). Uma indústria de alimentos como a Gulozitos não pode negligenciar o fato de que seu principal público são as crianças, devendo, estrategicamente, buscar atingir esse público em suas ações mercadológicas. Machado (2012, p. 68) considera que: [a]lém de investir na qualidade e escala de produção, a indústria [...] necessita de maior atuação no marketing, modernizando a comunicação com o público infantil e adolescente. Algumas formas de alcançar esse público são, por exemplo, a vinculação de seus produtos a super-heróis e personagens, e ações promocionais em datas festivas, como as festas juninas e o Dia das Crianças, cuja distribuição de doces em colégios, apesar de constituírem ações isoladas, pode elevar as vendas na cantina da escola e até em supermercados da cidade. Impõe-se, então, avaliação do mercado, para estratégia de crescimento, e uma ferramenta para detecção de oportunidades é a Matriz Ansoff, que considera as variáveis “produto” e “mercado”, apresentando quatro possibilidades estratégicas (CARRILHO, 2009, p. 27): - 1349 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 1. penetração de mercado: aumento de vendas para os clientes atuais, sem alterar produtos, abrindo-se novas lojas em áreas onde já atua. Mantém, portanto, produtos em mercados onde a organização já atua (KOTLER & ARMSTRONG, 2008). Para Carrilho (2009), as organizações poderão modificar marketing-mix (produto, preço, praça e promoção), visando fortalecer relações comerciais com os seus consumidores; 2. desenvolvimento de mercado: identificar e desenvolver novos mercados para os produtos atuais, buscando-se novos mercados geográficos ou demográficos. Implica manter os produtos existentes e desenvolver novos mercados (KOTLER & ARMSTRONG, 2008). Carrilho (2009) acredita que a empresa buscará atingir clientes das concorrentes, introduzindo produtos em mercados externos à organização; 3. desenvolvimento de produtos: oferecer produtos modificados e/ou novos nos mercados já existentes; podendo ser aumento no mix de produtos (KOTLER & ARMSTRONG, 2008). Segundo Carrilho (2006, p. 67), a organização "cria novos produtos, ou gera aperfeiçoamentos que alteram a percepção nos produtos atuais, que venham a substituir os produtos existentes nos mercados de atuação da empresa"; e 4. diversificação: abrir novo ramo de atuação, sem ligação com sua atuação ou linha de produção atual. É a mais extrema das possibilidades, porque contemplará mercados antes não atingidos, e com produtos novos (KOTLER & ARMSTRONG, 2008). Carrilho (2009, p. 67) considera estratégia diferenciada, "pois tanto os produtos, quanto os mercados são novos para a empresa […]". 3. Método de Pesquisa Esta pesquisa tem caráter exploratório, que, segundo Gil (2008, p. 44), “[...] tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, visando à formulação de problemas mais precisos [...]”, é menos rígida em seu planejamento e, geralmente, envolve entrevistas não-padronizadas e estudos de casos, usados para assuntos pouco explorados, com o que concorda Vergara (2005), que afirma que pesquisa exploratória é realizada em área de pouco conhecimento acumulado e, em princípio, não comporta hipóteses. Em relação aos meios de investigação, utiliza-se o método de estudo de caso “[...] estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento” (GIL, 2008, p. 57-58). 3.1. Instrumentos de coleta de dados - 1350 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 A coleta de dados ocorreu em dois momentos: no primeiro, entregou-se um questionário aberto aos gerentes de marketing e vendas da Gulozitos Alimentos, graduados, respectivamente, em Marketing e Administração. Questionário aberto, pouco estruturado, com maior flexibilidade na coleta de dados, com o qual "[...] o entrevistador tem maior liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente a questão" (MARCONI & LAKATOS, 2009, p. 279). Para análise de dados, o método é o de análise de conteúdos, que Vergara (2005, p. 15) considera "uma técnica para tratamento de dados que visa identificar o que está sendo dito a respeito de determinado tema" e Minayo (2000) afirma ser comumente adotado em tratamento de dados em pesquisas qualitativas. Trabalharam-se questões de grade abertas que, por sua flexibilidade, são mais utilizadas em pesquisas de cunho exploratório e, na interpretação, utiliza-se o método de emparelhamento, com associação dos resultados coletados ao referencial teórico adotado (VERGARA, 2005). Assim, comparam-se as respostas coletadas nas entrevistas com os gestores com as ideias defendidas na revisão de literatura. No segundo momento, aplicaram-se questionários a consumidores finais, em Manhuaçu (MG), questionando-lhes os motivos que os levam a adquirir produtos Gulozitos. Definida a população, buscou-se um critério de representatividade numérica que possibilitasse a generalização dos conceitos teóricos a testar, utilizando-se esta equação de Minayo (2000): n = Tamanho da amostra 2 = Nível de confiança escolhido p = percentagem com a qual o fenômeno se verifica q = Percentagem complementar (100 – p) e 2 = Erro máximo permitido n 2 p.q e2 Consumidores finais: aproximadamente 10% (p = 10) (q = 100-10 = 90). Nível de confiança de 95% (dois desvios). Erro máximo = 3%. n 4.10.90 3.600 400 9 9 Esse questionário foi aplicado a 400 (quatrocentos) consumidores finais de Manhuaçu (MG), de 27/09/2013 a 14/10/2013, em pontos distintos (bairros Coqueiro, Santana, São Francisco de Assis e Alfa Sul). Baseada em Vergara (2005), a escolha dos questionados/informantes deu-se por acessibilidade. - 1351 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 3.2. Unidade de análise1 A Gulozitos Alimentos nasceu em Manhuaçu, Zona da Mata Mineira, em 1986, produz salgadinhos e petiscos para quase todo o território brasileiro. Tem mais de 650 (seiscentos e cinquenta) empregados, infraestrutura ampla, frota própria (caminhões-baú, carretas bitrem, carretas-carroceria e carreta-tanque) e área de 22.567,1 m², com 12.624,19m² de parque industrial, composto por fábrica de embalagens, caldeiraria, oficina e lanternagem de autos, setores de fabricação de snacks, de refresco em pó e de preparado líquido para gelar, almoxarifado, restaurante e escritórios. Entre suas realizações socioambientais, destacam-se: implantação de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE); coleta e destinação seletiva de resíduos; parceria com a Associação Presbiteriana de Prevenção à Vida (APPREV); alimentação balanceada gratuita para colaboradores; comemorações em datas especiais; centro médico para atendimento de colaboradores e familiares, com exames laboratoriais e medicamentos gratuitos; clube recreativo Gulozitos; e investimento em Educação, com apoio financeiro para que colaboradores interessados possam se graduar e desenvolver seus potenciais. 4. Análise dos Resultados 4.1. Análise da entrevista com os gestores A coleta de dados aconteceu em dois momentos; no primeiro, foi aplicado um questionário aberto aos gerentes de marketing (Entrevistado 1) e de vendas (Entrevistado 2). Constatou-se que a empresa "carrega em seu DNA a visão de se destacar no mercado e as ações promocionais sempre presentes em seu dia a dia. Desde o princípio de sua existência houve investimentos nesta área" (Entrevistado 1) e que vários fatores a levaram às ações promocionais: estimular compra; estimular visita nos pontos de venda; atrair novos clientes; bloquear penetração ou ações da concorrência; aumentar a efetividade da força de vendas; e fortalecer a marca, resguardando a participação da organização no mercado e tornando-a mais competitiva e conhecida no seu ramo de atuação (Entrevistado 2), razões que estão em conformidade com as apresentadas por Zenone & Buairide (2005). Desde o início, quando produzia somente com a Pipoca Gulozinha, seu proprietário sabia da necessidade de propagar a marca e o produto, de incrementar a força de vendas e, com vertiginoso crescimento, novos colaboradores foram contratados, criaram-se novos departamentos; a esposa do proprietário integrou-se à empresa, profissionalizou-se, ampliou conhecimento sobre marketing e conferiu maior atenção a ele. Contrataram-se profissionais 1 Dados disponíveis em: <http://www.gulozitos.com/empresa/historico/>. Acesso em: 01 fev. 2013. - 1352 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 específicos dessa área e colaboradores que já trabalhavam na empresa especializaram-se especializaram em Marketing, ficando esse departamento devidamente estruturado e este, atuando em consonância com a diretora e com departamento de vendas, traça os objetivos e as ações promocionais. Sobre linhas de produtos divulgadas em ações promocionais, respondeu o Entrevistado 1: [...] as ações são segmentadas conforme conveniência da empresa. Usa-se mídia mais agressiva em produtos com maior valor agregado, como refrescos em pó. Porém podemos destacar algumas ações com o restante da linha, principalmente com salgados, onde é exigido muito material de PDV, pois se trata de produto de venda por impulso. Quanto às formas de promoção mais utilizadas, responderam ser: amostras grátis; degustações; concursos e sorteios; prêmios; propaganda em televisão; displays nos pontos de vendas; brindes; patrocínios em eventos; descontos; ações de marketing social; cartazes nos PDVs (Pontos de Vendas). Quanto às formas de promoção, segundo o Entrevistado 1: [...] as ações promocionais são realizadas acordo com a conveniência e planejamento estratégico da empresa. Considerando a amplitude de seu portfólio de produtos, bem como a diversidade de seu mercado, a empresa procura estabelecer critérios específicos de ações promocionais. No nordeste procura-se o estímulo da compra e a prospecção através de descontos em produtos proporcionando maior viabilidade de frete, considerando os altos custos de entrega. Nos grandes centros do sudeste a estratégia é outra: muito material de PDV distribuídos pela equipe de venda e ações de promotoria, supervisionadas em loco com bases pré-estabelecidas sob metas e resultados esperados. O Entrevistado 2 ressaltou que: [...] a empresa também está atenta as ações da concorrência em todo seu território de atuação, com sua força de vendas, e através de um networking, estabelece-se ações alternativas e dinâmicas no objetivo de neutralizar os entrantes e fortalecer a marca com sorteios, prêmios, brindes e degustações. - 1353 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 A organização também investe em mídias escrita e visual, em revistas segmentadas no gênero alimentício no Brasil, cujo mercado, segundo a “Quatro Rodas” – maior referência nacional no segmento de essências e temperos –, reúne mais de 800 (oitocentas) empresas de salgadinhos no Brasil; em sua maioria, empresas regionais, com custos menores e possibilidades competitivas mais favoráveis que as chamadas “grandes”, com exceção da Pepsico, que tem preço confortável para comercializar. Sobre os resultados das ações promocionais, responderam ser positivos, o Entrevistado 2 informou que, graças a uma publicação em revista do setor atacadista, a empresa foi sondada por um distribuidor uruguaio, interessado em conhecer produtos, para possível comercialização. Os canais mais explorados, segundo o Entrevistado 1, são: mídia escrita e visual, Internet, ações promocionais nos pontos de vendas, material de merchandising e, algum tempo atrás, uma campanha televisiva: “[u]ma das ações mais contundentes realizadas foi a veiculação de um comercial na Rede Globo de Televisão, no intervalo da novela das 21 horas utilizando a imagem da artista global Carolina Dieckmann, ensejando visão, em âmbito nacional, da empresa”, e houve contratação de outras celebridades do meio televisivo para participação em eventos (feiras e congressos). As propagandas são veiculadas em áreas com cobertura de vendas, visando-se obter resultados expressivos, sem investimento em áreas ou regiões nas quais a empresa não opera ou não pretende atuar em médio prazo. Mesmo afirmando que suas ações são em nível regional, relataram propaganda transmitida em âmbito nacional, na Rede Globo de Televisão; o Entrevistado 1 afirmou: [...] os efeitos foram marcantes e decisivos para o fortalecimento da marca Gulozitos em todo país. A empresa saiu de um anonimato naquelas áreas em que ainda não tinham seus pés firmados. Facilitouse a abertura e prospecção de novos territórios de vendas. Pois se o foco foi ao consumidor, o resultado foi ainda maior, pois se caracterizou também como um efeito institucional, levando o “recado” aos nossos prospects. As veiculações já se encerraram, pois se tratava de uma campanha da marca Gula Fruts (Refresco em pó). Um dos principais ganhos dessa propaganda foi maior procura por clientes potenciais de outros Estados, onde os produtos não eram comercializados: "[p]or observar que a propaganda tinha, também, uma conotação institucional, quando eram firmadas parcerias em uma determinada área (Estado), veiculava-se a mídia e então, consequentemente, havia procura pelo produto" (Entrevistado 1). - 1354 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 Constatou-se que o foco é, sempre, o consumidor final, trabalhando-se a percepção da marca por ele e, sempre, a construção da imagem do produto quanto à sua qualidade e ao prazer de consumi-lo. Quanto aos principais eventos dos quais a empresa participou nos últimos anos, destacaram: a 32ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e a 15th Sweet Brasil International Expo maior feira atacadista da América Latina, das quais a empresa participa desde 2009. Atacadistas distribuidores são seus principais clientes, responsáveis por abastecer um milhão de pontos de venda nas cinco regiões brasileiras, sendo associada à Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), que distribuem 51,8% de tudo o que é comercializado no mercado brasileiro, o que representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Sobre a atuação da empresa, segundo o Entrevistado 1: [...] a Gulozitos atua em grande parte dos principais mercados do país. Como o Brasil é continental, precisa-se muita criatividade e percepção mercadológica no desenvolvimento de produtos, pois o que se vende em São Paulo, por exemplo, não é o mesmo que se vende em estados do nordeste. A Gulozitos está entre as maiores do país no segmento de snacks em função de atuar neste vários mercados, pois como temos produtos de baixo valor agregado, sempre é um grande desafio vender em regiões distantes de sua base, sendo assim, poucas empresas de salgadinhos investem desta maneira. No último ano ela tem prospectado o mercado paulista, fundamentalmente a capital, que é o principal mercado do país. Atuando em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão, quer se fazer presente em todos os Estados brasileiros, meta para a qual estabelece processo de equalização entre capacidade produtiva, logística otimizada, mão-de-obra especializada e produtos afins para novos mercados. Com relação a estratégia para o mercado internacional, o Entrevistado 2 disse: "já se estudou essa possibilidade, inclusive por clientes potenciais que já procuraram a organização, porém, o plano estratégico é cobrir todos os estados nacionais antes de abrir o mercado exterior". Sobre lançamento e extinção de produtos, o Entrevistado 1 afirmou que são lançados, anualmente, pelo menos dois novos produtos, com saída de linha daqueles com ciclos concluídos, mantendo a empresa uma espinha dorsal de produtos que representam percentual - 1355 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 substancial do faturamento global, garantindo com sua venda, e lançando, periodicamente, outros produtos, que se integrarão a essa estrutura. Relativamente a futuro organizacional, acompanha tendências do mercado, com processos produtivos que elevam a qualidade dos produtos e sua dinâmica de produção. Com linhas de produção mais modernas e importadas da China, investe para melhorar a qualidade e a quantidade de seus produtos, sem aumento de mão-de-obra ou impacto sobre os custos de produção, e há planos para novas fábricas: uma no Nordeste e, outra, no Sudeste (em São Paulo onde têm centro de distribuição). Deduz-se, com a Matriz Ansoff e a teoria proposta por Carrilho (2009) e Kotler & Armstrong (2008), que a empresa trabalha com estratégia mista. Encontra-se no quadrante da estratégia de desenvolvimento de novos produtos (dois lançamentos por ano); outra estratégia é a busca de novos mercados e clientes, conforme evidencia o ponto de distribuição em São Paulo. Sobre participação de mercado, a empresa se tornou muito mais conhecida no mercado e se abriram novas oportunidades, com ações promocionais. Segundo o Entrevistado 1, [...] não se tem uma pesquisa formalizada da participação em percentual da Gulozitos em relação a todo o mercado nacional, porém pode-se afirmar em dados repassados pelos poucos fornecedores do segmento, que a Gulozitos está entre as maiores do país no segmento. Sua participação cresce, com desempenho superior ao mostrado no faturamento, mesmo com concorrência acirrada: o Entrevistado 2 ressaltou que, segundo a AC Nielsen, atuam, no Brasil, por mais de 800 (oitocentas) empresas de snacks, e essas concorrentes, normalmente, são regionalizadas, não atuando em todos os mercados em que a empresa atua. São concorrentes diferentes em cada região: “[p]odemos destacar alguns como: Jumbitos, em Brasília, Plink, Aritana e Krokero, em algumas regiões de Minas Gerais; Luck, em São Paulo e Rio de Janeiro; Karintó, em Pernambuco, Alagoas e Sergipe; e Ok, em Salvador" (Entrevistado 1). Sobre qual seria a situação da empresa, sem as ações promocionais de marketing, o Entrevistado 1 respondeu em consonância com dados apresentados por Shimp (2009): [p]enso que a exemplo de qualquer empresa que aspira crescer e se destacar no mercado, no seu segmento, fica inevitável a entrada neste mundo. Os investimentos, quando confrontados com os resultados muitas vezes não se encaixam, pois não são palpáveis em algumas circunstâncias. No entanto, entendo que a empresa estaria em posição desfavorável no mercado e com possibilidades de divisas bem abaixo - 1356 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 das obtidas atualmente. As responsabilidades de uma empresa diante de seus colaboradores, clientes, consumidores, as exigências imputadas perante os órgãos reguladores e o fisco, obriga que ela se estruture e se posicione em todas as distintas áreas de sua gestão para se perpetuar no mercado. As ferramentas de marketing estão entre as principais para o sucesso de qualquer empresa. Quanto a publicidade, a empresa já foi alvo de peças publicitárias; algumas delas, em mídias regionais, envolvendo ações de marketing social, em parceria com uma associação, na implantação de uma fábrica de sabão que utiliza restos de gordura como matéria-prima, gerando renda para uma comunidade, preocupada com questões ambientais. Registra-se, ainda, a revista Abastecimento (set./nov. 2012) entrevistando o gerente de vendas, e que a empresa objeto de trabalhos de conclusão de cursos, como, por exemplo, “A contribuição da gestão de estoque para a melhoria do processo industrial”, apresentado no Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Administração - ENANGRAD de 2012. 4.2. Análise dos questionários aplicados aos consumidores Na segunda coleta de dados, aplicaram-se 400 (quatrocentos) questionários a consumidores, com um pré-requisito: o respondente tinha de ser consumidor de pelo menos um produto Gulozitos. Tabulados os dados, procedeu-se à sua análise. Dos 400 (quatrocentos) questionados, 60,5% foram respondidos por pessoas do sexo feminino, sendo 22,75% com até 18 (dezoito) anos e, outros 19%, de 18 (dezoito) a 20 (vinte) anos; em sua maioria, solteiras, perfazendo 65,5%. Quanto a escolaridade, destacam-se três grupos: 27,5% de com Ensino Médio incompleto; 22,25% com Ensino Superior incompleto; e 20,25% com Ensino Médio concluído. Quanto a renda familiar, a maioria pertence à faixa de um a três salários-mínimos, representando 70,25% dos questionados; 17,5% estão na faixa de renda familiar de três a cinco salários-mínimos, com a maioria dos consumidores pertence às classes C e D. A maioria dos entrevistados não tem crianças menores de dez anos em casa (60,75%); dos que as têm, 22,75% afirmaram ter apenas uma criança em casa. Dos consumidores, 54,25% relataram ter produtos Gulozitos em casa; 44,75% deles efetuam compras em mercearias e, outros 40%, em supermercados, e se percebe que os que adquirem produtos em supermercados costumam tê-los em casa e efetuar compras apenas uma vez por mês. Compras efetuadas em mercearias acontecem mais vezes na semana, e se percebe, ainda, que os - 1357 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 produtos, via de regra, são consumidos no ato da compra; esse é o caso, por exemplo, de salgadinhos e pipocas. A frequência de compra foi um dos aspectos de maior equilíbrio; existe, no entanto, maior tendência de consumo dos produtos uma ou mais vez (es) por semana (33,5%) e uma vez por mês (27,0%). A maioria das compras é feita pelas mães (42% dos casos) e pelas crianças (35%). Geralmente, os produtos são consumidos por toda a família (segundo, aproximadamente, 66% dos entrevistados). Dos 400 (quatrocentos) consumidores, 108 (cento e oito) levam crianças às compras (27%): 75 (setenta e cinco) o fazem por opção e, 33 (trinta e três), por necessidade. Pessoas acompanhadas por crianças por opção as levam em consideração ao gosto das crianças pelo ato da compra (quase 90% desses); as que as levam por necessidade consideram seus próprios gostos. Percebe-se o poder de influência que as crianças exercem: 140 (cento e quarenta) dos entrevistados (35%) afirmaram que são as crianças que efetuam a compra, e mais 78 (setenta e oito) de 108 (cento e oito) crianças que acompanham os pais no momento da aquisição têm sua opinião levada em consideração e influenciam na compra, totalizando 218 (duzentas e dezoito) interferindo nesse processo. Grande parte dos entrevistados consumiu produtos Gulozitos no último mês; 324 (trezentos e vinte e quatro) questionados responderam positivamente (81% deles). Os produtos mais apontados foram salgadinhos em geral (aproximadamente 44% dos casos), sendo quase 24% Pipoca Gulozinha, e, 16,9%, sucos. Questionados sobre três motivos que os levaram a comprar produtos Gulozitos, preço (27,51%), sabor (22,03%) e qualidade (15,43%) foram os mais citados, seguidos por variedade (14,4%). Dois fatores se destacam: 1) a tradição da marca (5,48%); e 2) a empresa ser local (8,92%), demonstrando que os consumidores reconhecem a importância da marca e da empresa para a região (GRAF. 1). - 1358 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 Gráfico 1: Motivos impulsionadores de compra. Fonte: Dados de pesquisa. Os questionados tomaram conhecimento da empresa por meio de: gôndolas dos supermercados (aproximadamente, 45%), cartazes e folhetos (cerca de 14%) e indicações de amigos (12,03%). Contudo, o poder das propagandas vinculadas veiculadas em televisão e rádio (10,51% e 6,27%, respectivamente) é inegável conforme GRAF. 2. Gráfico 2: Meio pelo qual os consumidores tomaram conhecimento dos produtos. Fonte: Dados de pesquisa. O poder das propagandas fica evidente. Suco foi o produto mais citado (296 vezes) pelos consumidores, tendo a propaganda em televisão sido efetuada para divulgar o seu lançamento no mercado nacional. A gelatina (32 vezes) e a pipoca de microondas (22 vezes) - 1359 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 são os produtos menos reconhecidos nos aspectos promocionais, e empresa poderá focar, neles, suas próximas ações. Indagados sobre lembrança de alguma ação promocional da empresa, consumidores citaram a propaganda em televisão (32,65% dos entrevistados) e os displays em pontos de vendas (cerca de 20%), e o não-reconhecimento de algumas ações – como concursos e sorteios, brindes, jornais e revistas – deu-se por serem direcionadas a atacadistas; frequentemente, os consumidores finais não reconhecem esses meios promocionais (GRAF. 3). Gráfico 3: Principais ações promocionais reconhecidas pelos consumidores. Fonte: Dados de pesquisa. Foi muito forte o impacto da propaganda veiculada na televisão; em alguns casos, os entrevistados não se lembraram do suco promovido, mas afirmaram lembrar-se das propagandas na televisão, veiculadas apenas para lançamento do suco; portanto, fortalece-se a visão de Shimp (2009), porque as pessoas, geralmente, lembram-se dos meios mais tradicionais de propaganda, como televisão, rádio e revistas. 5. Conclusões A entrevista com os gerentes de marketing e de vendas da empresa evidencia a importância da atuação com o marketing-mix dos produtos, e os investimentos da empresa em ações promocionais foram muito satisfatórios, em vários sentidos, contemplando todas as linhas de produtos, e sendo diferenciadas, em cada região, conforme presença das diferentes concorrentes regionais e as características dos mercados-alvo. - 1360 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 O consumidor de Manhuaçu (MG) e região assimila melhor algumas das ações promocionais da empresa, sobretudo: propagandas em televisão e rádio; displays nos pontos de vendas, folhetos e degustações, o que vai ao encontro das falas dos gestores, porque entendem que as ações nos PDVs são frequentemente trabalhadas pela empresa; e uma propaganda na Rede Globo de Televisão fortaleceu, significativamente, sua marca: muitos consumidores associam a marca Gulozitos a essa propaganda. Dentre os produtos lembrados, o mais identificado foi o suco (propaganda na televisão); outros produtos mais lembrados foram salgadinhos em geral e a pipoca “Gulozinha”, e há necessidade de se trabalhar, mais contundentemente, as duas linhas de produtos menos mencionados: a gelatina e pipoca de micro-ondas, dos quais menos de 8% dos entrevistados se lembraram. Os motivos mais contundentes para escolha de produtos foram sabor, preço e qualidade, e os consumidores reconhecem sua qualidade e percebem que o preço é justo, atentos, ainda, à tradição da marca e ao fato de a empresa ser local, respostas que, com percentual de 14,4%, evidenciam bom posicionamento da marca na mente do consumidor local. Os gestores afirmam que a organização se tornou muito mais conhecida no mercado, com as ações promocionais, atingindo objetivos, abrindo-se novas oportunidades no mercado e rompendo-se fronteiras, chegando a São Paulo, com um centro de distribuição e marca já com projeção nacional. Quanto às mídias escritas, frutos são colhidos: reconhecimento da empresa no mercado sulamericano e sondagem por mercado externo, como o uruguaio, mas pretende-se, por ora, fortalecer a empresa no mercado doméstico/nacional, e para isso, fortalecer sua imagem na região Sul e em mercados onde ainda não atua. Feitas as análises quantitativa e qualitativa, constata-se que a empresa utiliza as mais diversas ações promocionais, tanto direcionadas ao consumidor final quanto ao setor atacadista, que são reconhecidas pelos consumidores e têm permitido o alcance de metas; sem essas ações, segundo os gestores, a empresa estaria em situação adversa e a empresa estaria em posição desfavorável no mercado, com receitas bem inferiores às atuais. Conclui-se que a empresa utiliza estratégias de crescimento, com lançamento de novos produtos a cada ano e exploração de novos mercados, nos quais as dificuldades de penetração são amenizadas pela força da marca promovida em diversas mídias. Como algumas das ações promocionais não trazem efeito em curto prazo, a empresa ainda não apresenta resultados concretos sobre crescimento de vendas, mas visualiza futuro organizacional bem favorável, condizente com os planejamentos estratégicos que contemplam seus cenários para longo prazo. 6. Referências - 1361 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 ABREU, C. B. O comportamento do consumidor diante da promoção de vendas: um estudo da relação preço-qualidade percebida. RAE, São Paulo, v. 34, n. 4. 1994, jul./ago. Disponível em: <http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75901994000400008.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2013. BATISTELA, E.; ESBERCI, M. A.; DEMARTINE, R. E. Consumidores classe C: o perfil da ascensão. RACI, Alto Uruguai, v. 4, n. 9. 2009, jul./dez. Disponível em: <http://www.ideau.com.br/upload/artigos/art_73.pdf.>. Acesso em: 25 jan. 2012. BOWDITCH, J. L.; BUONO, A. F. Elementos do Comportamento Organizacional. Tradução de José Henrique Lamendorf. São Paulo: Pioneira, 2002. BULGACOV, S. et al. (Org.). Manual de Gestão Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. CARRILHO, P. A. S. Estratégias competitivas de captação de companhias Low Cost. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Instituto Superior Técnico - Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2009. Disponível em: < https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/568442/1/Tese_Carrilho_Final.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2013. COBRA, M. Marketing básico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. COELHO, P. M. A propaganda é a alma do negócio: a interatividade dos ambientes como instrumento de marketing na comunicação entre marca e consumidor. Revista Urutágua, Maringá, n. 11. 2007, dez./mar. Disponível em: < http://www.urutagua.uem.br/011/11coelho.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2012. CROCCO, L. O alinhamento da administração estratégica com o marketing estratégico. Um estudo de caso no setor de serviços. Tese (Doutorado em Administração) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-11062012-170849/pt-br.php em: < >. Acesso em: 01 jun. 2013. FERRELL, C. O. et al. Estratégia de Marketing. Tradução de Ailton Bomfim Brandão. São Paulo: Atlas, 2000. - 1362 - Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 FONSECA, H. F. A influência do composto de marketing no sucesso empresarial: o caso de uma indústria têxtil em Minas Gerais. 2005. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Ciências Econômicas – Departamento de Ciências Administrativas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Disponível em: <http://cepead.face.ufmg.br/btd/files/161/a161t1.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2012. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. Tradução de Ailton Bomfim Brandão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. ______. Administração de Marketing. Tradução de Bazán Tecnologia e Lingüística. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. ______. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo profissional precisa saber. Tradução de Afonso Celso Cunha Serra. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. Tradução de Vera Whately. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. MACHADO, J. G. C. F. Estratégias de marketing na indústria de Amendoim: um estudo em empresas da Alta Paulista. Latin American Journal of Business Management, Taubaté, v. 3, n. 2, p. 61-97. 2012, jul./dez. Disponível em: <http://www.lajbm.net/index.php/journal/article/view/87/52>. Acesso em: 24 jul. 2013. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Hucitec, 2000. NERI, M. C. et al. (Coord.) A nova classe média: o lado brilhante dos pobres. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas - FGV/CPS. <http://www.fgv.br/cps/ncm/>. Acesso em: 25 jan. 2012. - 1363 - 2010. Disponível em: Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI 2016 - ISSN: 2318-698 | Juiz de fora/MG 01 e 02 de dezembro de 2016 NORMANHA FILHO, M. A. A propaganda não é a alma do negócio, o marketing sim: uma abordagem terminológica e conceitual. Dissertação (Mestrado em Administração em Serviços) - Centro Universitário Ibero-Americano, São Paulo, 2002. OGDEN, J. R. Comunicação Integrada de Marketing: modelo prático para um plano criativo e inovador. Tradução e revisão técnica de Cristina Bacellar. São Paulo: Prentice Hall, 2004. OGDEN, J. R.; CRESCITELLI, E. Comunicação Integrada de Marketing: conceitos, técnicas e práticas. Tradução de Cristina Bacellar. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 26. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SHIMP, T. A. Propaganda e Promoção: Aspectos Complementares da Comunicação Integrada de Marketing. Tradução de Luciana de Oliveira Roch. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. URDAN, A. T.; RODRIGUES, A. R. Propensão do Consumidor a Participar de Promoção de Vendas: Uma Comparação Inicial do Brasil Versus os Estados Unidos. In: Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração - EnANPAD, 23. Anais... Foz do Iguaçu (PR), 1999. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/evento.php?cod_evento_edicao=3>. Acesso em: 23 nov. 2013. VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. ZENONE, L. C.; BUAIRIDE, A. M. R. Marketing da Promoção e Merchandising: conceitos e estratégias para ações bem-sucedidas. São Paulo: Thompson, 2005. - 1364 -