Universidade Pitágoras Unopar SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL Julia Meire da Luz Lopes PROBLEMATICA SOCIOAMBIENTAL DE AREAS IMPACTADAS POR DERRAMAMENTO DE PETROLEO EM ALTO MAR Teixeira de Freitas 2020 Julia Meire da Luz Lopes PROBLEMATICA SOCIOAMBIENTAL DE AREAS IMPACTADAS POR DERRAMAMENTO DE PETROLEO EM ALTO MAR Trabalho apresentado ao Curso Superior de tecnologia em Gestão Ambiental da UNOPAR – Universidade Pitagoras Unopar, para a disciplina Atividade Interdisciplinar. Orientador: Patricia Graziela Gonçalves Teixeira de Freitas 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................3 2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4 3 CONCLUSÃO ..........................................................................................................6 REFERÊNCIAS............................................................................................................8 3 1 INTRODUÇÃO O petróleo é um importante combustível fóssil e tem origem na decomposição de matéria orgânica sob condições específicas de pressão e temperatura. Esse recurso energético é utilizado amplamente no mundo, inclusive na produção de uma série de produtos, como o plástico. Entretanto, a exploração do petróleo tem causado problemas ambientais graves. Devido ao crescimento e à grande utilização que faz do transporte marítimo, não raramente a indústria do petróleo registra acidentes ambientais envolvendo navios, portos, terminais, oleodutos e refinarias, entre outras fontes. Nos ambientes naturais, o petróleo é de difícil remoção da superfícies, causando sérios danos ao meio ambiente. O vazamento de óleo no mar através das atividades marítimas tem sido um dos impactos ambientais que mais tem trazido preocupação por parte de ambientalista e empresas de petróleo e gás. A origem desses impactos ambientais pode ser devido a vários fatores como: eventos acidentais, poluição operacional, abandono de operação, e outros. Estes são fatores que tendem a provocar um grande acidente que abrange características físico-químicas, toxicológicas, afetando não apenas o meio ambiente como a topografia do mar, a fauna, a flora e a geomorfologia da costa; provocando diversas consequências negativas às comunidades que vivem aos arredores das áreas de derramamento, tendo em vista que as mesmas dependem da atividade pesqueira para sobreviver, e não se deve esquecer; que esses fatores podem também afetar a sociedade em geral. (SZEWCZYK, 2006). Em razão dos muitos derramamentos de petróleo, entretanto, sabese que não basta somente usar os recursos financeiros e a tecnologia avançada para evitar os danos gerados ao meio ambiente, é necessário que se tenha profissionais qualificados, inclusive na área de aperfeiçoamento náutico, além da habilidade para operar com segurança, as técnicas e os métodos de mecanismo de limpeza de derramamento de óleo no mar. É imprescindível a realização de um estudo que possa ampliar as informações que tratam dos impactos ambientais gerados pelo vazamento de óleo no mar, pelas atividades marítimas, cuja exploração e descarga inadequada de petróleo e seus derivados podem se transformar numa grande catástrofe ambiental, deixando diversos passivos ambientais por décadas no planeta. 4 A sociedade em geral, vem exercendo um papel considerável no que se refere à questão dos ecossistemas. E isso é relevante que a população humana procure desenvolver ações que minimizem a poluição causada por todas as suas atividades, devendo por sua vez, atentar para um tratamento adequado de destinação dos resíduos que são produzidos por ela mesma. 2. DESENVOLVIMENTO Qualquer tipo de derramamento de petróleo nos oceanos é considerado uma catástrofe ambiental. Os impactos ambientais causados pelo derramamento de petróleo são incalculáveis. A mancha de petróleo que se propaga pelo mar, além de contaminar a água, mata milhares de aves, peixes e corais. Os derramamentos de petróleo podem ocorrer por diversos motivos, como acidentes com navios petroleiros, embarcações despreparadas, acidentes nas plataformas, explosões de poços, tanques com capacidade inferior ao conteúdo existente, etc. Uma das formas de contaminação das águas pelo petróleo é o uso da água do mar para lavar tanques petroleiros. Depois de feita a lavagem desses tanques, a água contaminada é devolvida para o mar, poluindo aquela região. Por vezes, quando os tanques dos petroleiros estão vazios, utiliza-se a água do mar para enchê-los, a fim de equilibrá-lo. Depois, a água poluída é lançada ao mar. O petróleo derramado se espalha pela superfície da água formando uma camada superficial que impede a passagem da luz, afetando a fotossíntese e destruindo o plâncton. Essa fina camada que se forma também impede a troca de gases entre a água e o ar. Todos os animais aquáticos são prejudicados pelo derramamento de petróleo. Os peixes, quando em contato com o petróleo, morrem por asfixia, pois o óleo se impregna nas suas brânquias, impedindo a sua respiração. Além de se intoxicarem, as aves marinhas ficam com as penas cobertas de petróleo, não conseguindo voar e nem regular a temperatura corporal, o que causa sua morte. Os mamíferos marinhos, também por não conseguirem realizar a regulação da temperatura corporal, não conseguem se proteger do frio e acabam morrendo. Se algum animal ingerir esse óleo, isso pode provocar envenenamento em toda a cadeia alimentar. O derramamento de petróleo prejudica não só o ecossistema marítimo, como também comunidades costeiras, onde milhares de famílias vivem da pesca. 5 Ao cair no ambiente marinho, o petróleo impede a passagem de luz. Isso afeta de maneira imediata o fitoplâncton, organismos fotossintetizantes e que, portanto, necessitam de luminosidade. Com a redução do fitoplâncton, o zooplâncton, que se alimenta desses organismos, acaba tendo sua reserva de alimento reduzida. Desse modo, o petróleo afeta de maneira negativa toda a cadeia alimentar. Não somente o ambiente aquático é atingido pelo petróleo, as áreas de manguezais também podem sofrer com essa poluição. Nesses ecossistemas, o óleo impregna no sistema radicular das plantas que ali vivem, impedindo, desse modo, a absorção de nutrientes e oxigênio. Além disso, como a região é amplamente utilizada para a reprodução de algumas espécies, essas podem também ser afetadas. Esse é o caso de uma grande variedade de espécies de caranguejos. Os animais aquáticos, tais como peixes e tartarugas, podem também morrer em consequência do derramamento de petróleo. Eles podem intoxicar-se com o petróleo, morrer por asfixia ou até mesmo ficarem presos no óleo. As intoxicações são responsáveis por comprometer, por exemplo, o sistema nervoso e o sistema excretor desses animais. Não podemos esquecer as aves marinhas, as quais retiram seu alimento desses ambientes. Quando cobertas de óleo, essas aves simplesmente não conseguem voar ou nada, a presença de óleo em seus corpos pode desencadear um desequilíbrio térmico, matando esses animais de frio ou calor a depender do clima da região. A poluição do ambiente por petróleo prejudica também o homem, já que o turismo pode diminuir, além de a atividade pesqueira também ser afetada. Desse modo, a poluição por petróleo causa prejuízos diretos à população dessas regiões. Hoje em dia existem várias técnicas e equipamentos para combater, conter e recuperar um derramamento de óleo no mar, incluindo em geral métodos físicos e químicos. Materiais absorventes somente são usados para limpeza no estágio final. Se o óleo chegar à costa, a limpeza no local também será necessária As barreiras de contenção servem para conter derramamentos de petróleo e derivados, concentrando, bloqueando ou direcionando a mancha do óleo para áreas menos vulneráveis ou mais favoráveis ao seu recolhimento. Também podem ser utilizadas para preservar locais estratégicos, evitando a poluição de áreas de interesse ecológico ou socioeconômico. Existem várias técnicas e equipamentos 6 para combater, conter e recuperar um derramamento de óleo no mar, incluindo em geral métodos físicos e químicos. Os dispersantes químicos são um grupo de produto de químicos, que ao serem pulverizado nas manchas de óleo, aceleram o processo de dispersão natural a sua aplicação visa remover o óleo da superfície, particularmente quando a remoção mecânica não é possível, minimizando os impactos do óleo flutuante, por exemplo, para aves ou zonas costeiras sensíveis. Estes produtos químicos têm dois componentes essenciais: surfactantes e solventes. Os agentes surfactantes são moléculas com afinidade para dois líquidos distintos que não se misturam, agindo como uma interface entre eles, reduzindo neste caso a tensão interfacial óleo-água, permitindo que o óleo penetre na água como pequenas partículas mais facilmente degradadas bactérias naturais. É um método de limpeza mais trabalhoso, feito manualmente com os utensílios como pás, rodos, baldes, latas, carrinhos de mão etc, não causando nenhum dano adicional ao ambiente afetado pelo derramamento. Porém bastante eficaz em ambientes como: costões rochosos, praias e, principalmente, em locais restritos como conjunções de rochas, fendas, poças de maré, e até mesmo em áreas maiores como praias de areia. 3- CONCLUSÃO Os problemas decorrentes do derramamento do óleo sobre ambientes costeiros e marinhos são determinados não somente por um tipo de fator, todavia, são diversos esses fatores, tendo por definição os seguinte: composição química do óleo e quantidade derramada, condições meteorológicas e oceanográficas (ventos, correntes e marés), situação geográfica e dimensões da área afetada. A toxicidade, a longo prazo, afeta a vida marinha, que não é imediatamente morta pelo derrame, podendo o óleo ser incorporado à carne dos animais, tornando-a inadequada ao consumo humano. Mesmo em baixas concentrações, o óleo pode interferir nos processos vitais à reprodução. Com alteração no ciclo reprodutivo, toda a cadeia alimentar é afetada, o que, consequentemente, acarretará danos irreparáveis ao ecossistema. Cabe à população humana o desenvolvimento de mecanismos para a redução da poluição das suas atividades bem como para o tratamento adequado dos resíduos 7 gerados. Os oceanos, apesar de sua imensidão, e como os demais recursos naturais existentes em nosso planeta, não possuem capacidade infinita de absorver os resíduos despejados. O petróleo, sem dúvida, é a principal fonte de energia utilizada pela sociedade moderna, apesar de ser um recurso natural não renovável. Como consequência disso faz-se necessária a estruturação, a preparação e o planejamento como respostas a esses incidentes com o objetivo de reduzi-los tendo na consciência a importância da manutenção da qualidade da água do mar e ambientes costeiros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRANDÃO, Marcus Vinicius Lisboa. O transporte marítimo na indústria do petróleo. 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F., ―Separação Petróleo-água Utilizando Flotação com Ar Dissolvido‖, XV COBEQ, 2004. 9 2 DESENVOLVIMENTO (Pode ser dividido em seções, de acordo com o tipo de trabalho, seguindo a estrutura recomendada pelo orientador para a abordagem do tema) Desde os idos mais remotos da humanidade, mesmo nas sociedades mais primitivas ou mesmo entre os animais, a busca pelo alívio da dor e pela cura das doenças sempre foi tentada. Entretanto, a história demonstra que a sociedade, ao adquirir algum grau de desenvolvimento, conhecendo melhor o organismo, suas enfermidades e tratamentos, trata de normatizar a formação dos médicos e disciplinar o exercício da Medicina. (SOUZA, 2001, p. 39). 2.1 TÍTULO NÍVEL 2 – SEÇÃO SECUNDÁRIA Assim, ..... 2.1.1 Título Nível 3 – Seção Terciária Como... 2.1.1.1 Título nível 4 – Seção quaternária Parágrafo... a) alínea 1; b) alínea 2, - subalínea 1; c) alínea 3. 10 2.1.1.1.1 Título nível 5 – Seção quinária Parágrafo....: 11 3 CONCLUSÃO Responde-se aos objetivos sem, no entanto, justificá-los. 12 REFERÊNCIAS [SOBRENOME], [Nome]. [Título da obra]. [Edição]. [Cidade]: [Editora], [Ano de Publicação]. [número de páginas]. AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996. ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estadomunicípio na política de alfabetização. 1990. 283 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Campinas, Campinas, 1990. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/>. Acesso em: 28 set. 2001. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 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Curitiba: UFPR, 1992. v. 2. Normas para 13 APÊNDICES 14 APÊNDICE A – Modelo do Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados 15 ANEXOS 16 ANEXO A – Título do Anexo 17 ÍNDICE (Elemento Opcional)