ANÁLISE DE PETRÓLEO NO MEIO AMBIENTE Prof. Marcelo da

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ANÁLISE DE PETRÓLEO NO MEIO AMBIENTE Prof. Marcelo da Rosa Alexandre O petróleo no Meio Ambiente a) O petróleo e seus derivados são liberados para o meio ambiente através de acidentes durante carga, descarga, transporte e produção de subprodutos. A compreensão do comportamento dos diferentes componentes do petróleo no solo, água e ar é muito importante na avaliação dos efeitos à saúde e à biota decorrentes dessa exposição. b) É certo que a poluição por petróleo, sua distribuição no meio e sua toxicidade vai depender de uma série de fatores que incluem as características físico‐químicas dos mesmos (por exemplo KOW), os processos de difusão (ar, água, solo) e de degradação (fotoquímica, física, biológica). c) Principais constituintes das emissões de petróleo para o sistema hídrico e estuarino. i. Além dos constituintesdo petróleo que são lançados na atmosfera, que eventualmente irão ser depositados no solo e nos corpos d´água, outros constituintes mais pesados são também descartados no meio ambiente. Tais constituintes compõe a fração mais pesada do petróleo e podem ser lançados ao meio em todas as fases de produção e destino final do petróleo (e derivados). 1. Hidrocarbonetos alifáticos – Presentes no petróleo bruto e em todas as suas frações, os hidrocarbonetos alifáticos, que podem ser ramificados ou não, possuem cadeias carbônicas que variam de C1 à cadeias com mais de 40 carbonos, sendo os mais abundantes no óleo cru aqueles que estão na faixa entre 6 e 12. 2. Hidrocarbonetos aromáticos ‐ Compostos pertencentes a fração aromática do petróleo, estão presentes principalmente nos derivados mais leves do petróleo. São também produzidos durante a queima de combustíveis fósseis. 3. Componentes inorgânicos – Constitui a fração não orgânica do petróleo, que inclui os metais pesados, enxofre, sais inorgânicos, etc. São principalmente presentes nas águas de produção (água produzida) do petróleo ii. De maneira geral, em caso de derramamento, o petróleo liberando na água espalha‐se quase que imediatamente. Os componentes polares e de baixo peso molecular solubilizam‐se e são lixiviados para fora da mancha de óleo; os componentes voláteis presentes na superfície da água sofrem evaporação. Ao mesmo tempo o óleo se emulsifica. iii. A perda do petróleo por evaporação em uma determinada área depende da área exposta, da pressão de vapor da fase oleosa, do coeficiente de transferência de massa óleo‐ar e da formação de emulsões ou de uma crosta na superfície da água. iv. Em qualquer dos casos de derramento, vazamentos, lixiviação ou precipitação, os poluentes (e marcadores) do petróleo se distribuem no corpos d´água, chegando ao destino final que é sua consolidação nos sedimentos dos rios, lagos ou complexos estuárinos. v. O impacto ambiental decorrente destes processos de poluição vão muito mais além do que um impacto visual. A biota sofre severamente com o acúmulo destes componentes na água e nos sedimentos vi. Certamente os derramamentos de petróleo causam um sério impacto ao meio, uma vez que há um grande volume de óleo sendo despejado de uma única vez, afetando toda a fauna e flora do ambiente agredido. No entanto, um dos problemas mais graves em relação à poluição po petróleo não e aquela causada de forma aguda, como nos casos de derramamento, mas sim a poluição crônica, que está associada às atividades portuárias, à frota marítima e terrestre e processos de lavagem de tanques de navios, águas de lastro, etc, que afetam de forma sistemática o meio ambiente. vii. Uma vez no ambiente, dois processos são importantes na dinâmica dos resíduos do petróleo, a bioacumulação e a mineralização nos sedimentos. viii. Leitura complementar. Artigo: Poluíção por petróleo – formas de introdução de petróleo e derivados no meio ambiente, de Aleixo et al. 2007, Revista Integração 
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