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MASSAGEM DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
CURSO TÉCNICO EM MASSOTERAPIA
CAMPUS CURITIBA
PROFª GESLAINE J.B SANTOS
Colaboradora: Monitora Ana Maria Zanella
MASSAGEM DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
Curitiba
2010
HISTÓRICO
Desde que, por volta dos anos 30, Dr. Vodder (1896-1986) de
Copenhagen e sua esposa iniciaram e introduziram com êxito a Drenagem
Linfática Manual no tratamento na estética. Em 1932 começou a prática da
drenagem e em 1936 apresentou sua técnica em Paris, durante o Congresso
de Estética Saúde e Beleza. A Drenagem ainda atua nas afecções crônicas
das vias respiratória superiores, gripes e sinusites, manipulando gânglios
linfáticos através de movimentos circulares suaves. (LEDUC)
Dr. Vodder e esposa.
Na década de 60, o médico Dr. Foeldi, estudou as vias Linfáticas da
cabeça e suas relações com o liquor cérebro-espinhal.
Em 1978 primeiro congresso internacional da associação de Drenagem
linfática manual (Áustria) acontece, as esteticistas, Kurger e Pollack, relatam
sobre a aplicação da DLM na prevenção do envelhecimento através da
manutenção
da
funcionalidade
do
transporte
linfático.
Neste
mesmo
acontecimento o Profº Krahe comprova a eficácia da técnica de DLM em
pacientes pós mastectomizados em 50% no edema duro e a normalização
completa nos edemas moles.
Já no pré e pós-operatório de cirurgias estéticas o medico alemão
B.Bilas relata a diminuição de hemorragias pós operatórias e cicatrização em
menor tempo. Em 1977, o Profº Leduc conseguiu demonstrar, através de um
filme a ação acelerante da DLM mediante radioscopia (aplicação de contraste),
ate 40% mais rápido.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é dividido em sistema circulatório sangüíneo, com
as funções de levar oxigênio e nutrientes aos tecidos e deles trazer seus
produtos, que serão redistribuídos a outros órgãos e tecidos e seus resíduos,
que serão eliminados e em sistema circulatório linfático, que transporta para a
circulação sangüínea o excesso de líquido intersticial, bem como substâncias
de grande tamanho, incapazes de passar diretamente dos tecidos para aquela.
Além disto, ajuda na defesa do organismo contra o ataque de
microrganismos. Em síntese o sistema circulatório pode ser dividido em:
sistema sangüíneo composto por: artérias, veias, capilares e coração e cujo
fluido é o sangue e em sistema linfático, formado por vasos linfáticos,
linfonodos, tonsilas e órgãos hemopoiéticos e cujo fluido é a linfa.
ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
CONTROLE HÍDRICO DO ORGANISMO
O corpo humano é composto abundantemente por líquidos, cerca de 40
litros (57% do peso total) em um indivíduo médio. Deste total aproximadamente
25 litros estão no meio intracelular, 12 litros no meio intersticial e no plasma
sangüíneo a quantidade é em torno de 3 litros.
O líquido intersticial banha as células dos tecidos, inclui também os
líquidos especiais como os contidos nos espaços líquidos potenciais:
cefalorraquidiano, nas câmaras dos olhos, no espaço pleural, peritoneal,
pericárdio, nas cavidades articulares e linfa.
O sangue é composto por plasma que é líquido intersticial com maior
concentração de proteínas e células sangüíneas. As células que são os
glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e
plaquetas.
LÍQUIDOS BIOLÓGICOS
•
Liquido Intracelular
•
Liquido extracelular
Composição dos líquidos (intra e extracelular) é basicamente a mesma: água,
eletrólitos, glicose, proteína e lipídios.
a. LIQUIDO INTRACELULAR
Encontra-se dentro da célula e comunica-se através da membrana
celular, com o liquido intersticial de onde recebe substancias para a
manutenção da célula e, para onde lança os resíduos.
b. LIQUIDO EXTRACELULAR
Este ocupa os espaços que circundam as células é chamado liquido
intersticial ou substancia fundamental amorfa. Aqui transitam todas as
substancias que entram e saem da célula, na forma liquida ou gelatinosa
dependendo da ação enzimática. Sua composição é de glicoproteinas, enzimas
carboidratos, lipídios e água.
A principal função do líquido é a NUTRIÇÃO CELULAR, esta ocorre por
duas vias: a corrente sanguínea e a difusão celular (através do liquido
intersticial), para esta função acontecer, substancias que compõe o liquido
intersticial chegam às células trazidas pelo sangue arterial e fazem a difusão
através da membrana celular semipermeável permitindo assim a entrada e
saída de água e substancias pequenas em cadeia molecular hidrossolúveis.
Quando esta difusão ocorre através da membrana semipermeável é
denominada de osmose (a quantidade e a qualidade das trocas de liquidos são
reguladas pelo seu gradiente de concentração). A difusão molecular ocorre de
uma solução menos concentrada para uma solução mais concentrada.
A membrana apresenta também minúsculos poros que permitem a
passagem das substancias que não conseguem ultrapassar diretamente por
ela. (A membrana celular é uma camada fina e altamente estruturada de
moléculas de lípidos e proteínas, organizadas de forma a manter o potencial
eléctrico da célula e a controlar o que entra e sai da célula (permeabilidade
selectiva da membrana)).
Então, a diferença de concentração dos liquidos desencadeia o
deslocamento de substancias do meio intra e extracelular no sentido de igualar
as pressões, ou seja, mantendo certo equilibrio.
SISTEMAS DE PRESSÕES
Embora a pressão na extremidade arterial varie, a média da pressão que
o liquido exerce na parede do capilar é de 18 mmhg. A pressão do liquido
intersticial e a pressão do liquido existente entre as células se encontra em
média – 6 mmhg.
CONCLUSÃO: A pressão do liquido dentro dos capilares é de 18 mmHg e a
pressão do liquido intersticial é de – 6 mmHg a diferença de pressões através
da membrana capilar é de 24 mmHg
18 - (- 6) = 24 mmHg
Isso quer dizer que a pressão dentro do capilar é maior dentro do capilar (24
mmHg) do que fora do capilar, essa diferença faz com que o liquido tenda a se
mover para fora do capilar. Entretanto existe outro mecanismo de pressão
chamada de coloidosmotica (ou oncótica)
PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA
Esta pressão é exercida por proteínas do plasma e do liquido
intersticiais, pois suas moléculas são tão grandes que a maior parte delas não
consegue passar através da membrana, nem pelos poros maiores, sendo
assim as proteínas exerceram pressão sobre a mesma, chamada esta de
pressão coloidosmotica, onde o valor médio da pressão coloidosmotica do
plasma é de 28 mmHg (dentro do vaso) e a pressão coloidosmotica no liquido
intersticial é de 4 mmHg, portanto a diferença entre essas pressões é de 24
mmHg.
28 – 4 = 24 mmHg
EQUILIBRIO DAS PRESSÕES: No primeiro momento o liquido tinha a
tendências de sair do vaso, opondo-se a ela existe então a pressão
coloidosmotica que mantem o equilíbrio do liquido dentro do capilar. Pode-se
escapar certa quantidade de liquido para o espaço intersticial, mas o mesmo
retorna para a circulação através do Sistema Linfático.
HTTP://WWW.AULADEANATOMIA.COM/LINFATICO/LINFA.HTM
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático se assemelha ao sistema sanguíneo que esta
intimamente relacionada anatômica e funcionalmente ao sistema linfático. Há
diferenças entre os dois sistemas como a ausência de um órgão central
bombeador no sistema linfático, além de ser microvasculotissular. Este
sistema possui varias funções importantes como: Retorno do liquido intersticial
para a corrente sanguínea, destruição de microorganismos e partículas
estranhas na linfa, e respostas imunes especificas, como a produção de
anticorpos. Este então consiste em:
1. Sistema vascular, constituído por um conjunto particular de capilares
linfáticos, vasos coletores e troncos linfáticos;
2. Gânglios linfáticos, (Linfonodos), que servem como filtros do liquido
coletado pelos vasos;
3. Órgãos linfóides, que incluem tonsilas, baço e o timo, encarregados de
recolher, na intimidade dos tecidos o líquido intersticial e reconduzi-lo ao
sistema vascular sanguíneo
http://auladefisiologia.wordpress.com/2009/09/17/sistema-linfatico/
LINFA
É o líquido encontrado nos "vasos" linfáticos. Era "Líquido Intersticial"
que, por sua vez era "Líquido Intracelular" ou ainda "Sangue Arterial".
Após penetrar nos vasos do sistema linfático (capilares linfáticos), o líquido
intersticial passa a ser denominado linfa. A linfa apresenta uma composição
semelhante a do plasma sanguíneo, ela consiste principalmente de água,
eletrólitos e de quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escaparam
do sangue através dos capilares sanguíneos. Além da parte liquida, a linfa
transporta macromoléculas (proteínas, mucopolissacarídeos, lipoproteínas,
ácidos graxos e também bactérias e fragmentos de células), para as quais os
capilares linfáticos representam à única possibilidade de remoção do âmbito
intersticial, para garantir a homeostase. A Linfa representa também um tecido
imunológico circulante que transporta uma grande quantidade de leucócitos,
predominado quase exclusivamente os linfócitos. A linfa difere do sangue
principalmente pela ausência de células sangüíneas.
CAPILARES LINFÁTICOS
São vasos em fundo cego. Portanto, o sistema linfático é um sistema de
mão única, isto é, ele somente retorna o líquido intersticial para a corrente
circulatória. As paredes dos capilares linfáticos, como as dos capilares
sangüíneos, estão compostas de uma fina camada de endotélio. Contudo, os
capilares linfáticos não apresentam a membrana basal que reveste os capilares
sangüíneos. Uma outra diferença entre os capilares linfáticos e os sangüíneos,
é que as bordas das células adjacentes dos capilares linfáticos estão unidas
frouxamente entre si, sobrepondo-se freqüentemente. Assim o líquido
intersticial, juntamente com as partículas suspensas, pode abrir as células
endoteliais e penetrar no interior do capilar. É impossível ocorrer o refluxo do
líquido intersticial que penetrou no capilar linfático, pois as células endoteliais
encostam-se novamente pela pressão interna do seu conteúdo. Os capilares
linfáticos, dispostos em forma de redes fechadas, espalham-se por todo o
corpo, dando origem aos vasos linfáticos.
VASOS LINFATICOS
Os vasos linfáticos possuem as propriedades físicas de alongamento e
contractibilidade. Possuem também, em seu interior, ao contrário dos capilares
linfáticos, válvulas que permitem a passagem da linfa e impedem o seu refluxo.
Divide-se em:
Pré – coletores ou vasos pós capilares: (de menor calibre). Coletores linfáticos:
que são os vasos de maior calibre. Vasos de calibres diferentes, porém de
estrutura similar, os pré-coletores e os coletores constituem uma via de
esvaziamento muito importante. Eles prolongam os capilares e encaminham a
linfa em direção aos gânglios. Eles são de dois tipos:
1. Superficiais e supra – aponeuróticos: numerosos, eles vão drenar os três
quartos da carga linfática da derme, do tecido cutâneo e estão ligados a uma
rede de fibras de colágenos. Alojam-se entre as camadas de gordura e quase
não são satélites dos vasos sangüíneos.
2. Profundos e infra – aponeuróticos: pouco numerosos, drenam um quarto
do potencial linfático dos órgãos, das aponeuroses, dos músculos, dos ossos
etc. Estão situados sobre ou nas trabéculas lipídicas e são satélites dos vasos
sangüíneos e dos nervos.
http://www.soscorpo.com.br/novos.htm
TRONCO LINFÁTICO
Ducto ou canal torácico, Ducto esquerdo e Ducto direito. O ducto
torácico inicia-se na parte inferior do abdômen, na junção dos troncos
intestinais, intercostais descendentes e lombares. Essa junção forma uma
dilatação denominada cisterna do quilo, que recebe a linfa dos membros
inferiores e dos órgãos abdominais.
Em seguida, o ducto torácico dirige-se para o pescoço. Pouco antes de
desembocar no ângulo venoso esquerdo(junção da veia subclávia esquerda
com a veia jugular interna esquerda), ele recebe a linfa do ducto esquerdo.
Portanto, o ducto torácico recebe a linfa da metade esquerda da cabeça,
pescoço e tórax, do membro superior esquerdo e da metade inferior do corpo.
O ducto esquerdo e formado pela união do tronco jugular esquerdo e do tronco
subclávio esquerdo. Os dois troncos unem-se pouco antes de penetrar no
ducto torácico. Sua função e drenar a linfa da parte esquerda da cabeça e do
membro superior esquerdo. Como pode observar torácico esquerdo recolhe a
linfa para a corrente circulatória, de todo o corpo, exceto do membro superior
direito.
O ducto direito e bem menor que o ducto torácico, porém termina de
forma semelhante, abrindo-se diretamente no ângulo das veias jugular interna
direita e subclávia direita. E formado pela junção do tronco broncomediastinal
direito, do tronco subclávio e do tronco jugular direito. Sua função e drenar a
linfa do membro superior direito, do hemitorax direito e da porção direita da
cabeça.
CISTERNA DO QUILO.
DUCTO TORÁCICO
GÂNGLIOS LINFÁTICOS (LINFONODOS)
São estruturas ovais nas quais os vasos linfáticos penetram trazendo a
linfa e seus componentes. Constituídos de tecido linfático são cobertos por uma
cápsula de tecido fibroso. Formam os Nodos: Trabéculas, vasos aferentes (que
trazem a linfa), seios linfáticos, vasos eferentes (por onde sai à linfa), nódulos
corticais, córtex, centro germinativo, cordões medulares, artérias e veias.
Temos de 400 a 600 Nodos Linfáticos agrupados em cadeias no corpo, dos
quais 160 encontram-se na região do pescoço. Outros locais de acúmulo de
gânglios linfáticos são as axilas, virilhas e a região poplítea. As principais
cadeias são: cervical, axilar, fossa do olecrano, ducto torácico, pré-aórtico,
inguinais e fossa poplíteo. Tem por função purificar a linfa, formar linfócitos,
também aprisiona agentes patogênicos ou células "estranhas" (este processo,
às vezes, forma ínguas). Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos
(Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100
bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também,
importantes na eliminação de tecidos necrosados) e são verdadeiros
laboratórios produzindo defesas na forma de linfócitos e "anticorpos”.
Nº 1
Nº 2
LINFONODO FECHADO
PRINCIPAIS CADEIAS DE LINFONODOS
TECIDO LINFÓIDE
Tecido linfóide se destina à produção de linfócitos (certo tipo de glóbulos
brancos), mas desempenha também a importante função de barreira a
disseminação das bactérias, vírus e células cancerosas. São constituídas de
tecidos linfóides as seguintes estruturas e órgãos do sistema linfático:
1. Os gânglios linfáticos ou linfonodos;
2. Baço órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na
circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo
fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose,
destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do
sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído
tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a
agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande
nódulo linfático.
3. Timo É um órgão linfóide situado em parte no tórax e em parte na
porção inferior do pescoço. Cresce após o nascimento até atingir seu maior
tamanho na puberdade. Após essa fase, sofre uma involução acentuada.
Grande parte de sua substância é substituída por tecido adiposo e fibroso, mas
não desaparece totalmente.
4. Tonsilas (amígdalas, faríngeas, linguais) seu maior desenvolvimento
e durante a infância, e quando aumentadas são denominadas adnóides. Na
face dorsal da língua, próxima a sua base, há um grupo de tonsilas linguais.
Compostas por tecido linfóide e circundando a união das vias bucal e nasal, as
tonsilas atuam como uma defesa adicional contra invasão bacteriana.
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO
Como já foi dito anteriormente as principais funções são o Retorno do
liquido intersticial para a corrente sanguínea (retorno de proteínas à
circulação), destruição de microorganismos e partículas estranhas na linfa, e
respostas imunes especificas, como a produção de anticorpos, e também o
escoamento da linfa ao longo dos vasos linfáticos, o que determina este é a
pressão do liquido intersticial e o bombeamento dos vasos linfáticos (causada
esta pela contração periódica dos vasos linfáticos). A contração impulsiona a
linfa para a próxima valva linfática e Filtração da Linfa pelos nódulos linfáticos.
Obs: A função mais importante do sistema linfático é a devolução
das proteínas a circulação, quando vazam dos capilares sangüíneos.
Alguns dos poros dos capilares são tão grandes que permitem o
vazamento contínuo de pequenas quantidades de proteínas, chegando a
atingir a cada dia cerca de metade do total de proteínas da circulação.
Caso não fosse devolvida a circulação, a pressão coloidosmótica do
plasma da pessoa teria valor extremamente baixo, o que faria com que
perdesse grande parte de seu volume para os espaços intersticiais,
levando à morte dentro de 12 a 24 horas.
FISIOPATOLOGIA
EDEMA
O edema é o resultado da expansão do liquido extracelular do
organismo, este é um sinal comum à uma variedade de moléstias. Todos os
edemas originam-se do sangue circulante e sua composição é semelhante a do
plasma.
O edema pode ser generalizado (é quando se espalha por todo o corpo
e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen
ascite e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural). Por ocasião
de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir
a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a
eficiência dos tecidos) ou localizado (são edemas que comprometem um
território do organismo ou órgão, resultam de distúrbios locais). No exame
clínico do edema, onde se faz uma pressão do dedo contra a pele da região
edemaciada podemos observar um edema de cacifo ou um edema sem cacifo.
No edema de cacifo, nota-se uma depressão no ponto onde foi exercida a
pressão do dedo. Essa depressão desaparecerá alguns segundos após
cessada a pressão. Todo este processo ocorre porque, sob pressão, o líquido
intercelular desloca-se para regiões vizinhas e, cessada a pressão, o líquido
retorna ao espaço que ocupava anteriormente. No edema sem cacifo, não se
observa a depressão, pois o líquido intercelular não se desloca. Existe uma
coagulação do fluido e uma fibrose conseqüente. A esse grave tipo de edema,
denominamos fibroedema.
Tipos de edemas generalizados
Edemas causados por drogas
•
Edema renal
•
Antidepressivos
•
Edema cardíaco
•
Antihipertensivos
•
Edema da gravidez
•
Hormônios
•
Edema das cirroses
hepáticas
•
Diuréticos
•
Catárticos
• Edema iatrogênico
CAUSAS BÁSICAS DE EDEMA
•
Elevação da Pressão Hidrostática nos Capilares (de 18 mmHg podese elevar até 40 ou 50 mmHg);
•
Baixa Pressão Coloidosmótica no Plasma (quando a concentração
de proteínas plasmáticas cai a menos de 2,5% a pressão de negativa
normal nos espaços intersticiais passa a ser positiva);
•
Aumento da Pressão Coloidosmótica do Liquido Intersticial (é o
bloqueio dos linfáticos que impedem o retorno de proteínas à
circulação)
•
Aumento da Permiabilidade Capilar (os poros podem se tornar muito
aumentados e provocar edema volumoso).
•
Edema por obstrução venosa (O edema causado por uma obstrução
venosa pode ocorrer, por exemplo, numa trombose venosa ou na
existência de tumores). Na obstrução venosa a absorção do líquido
intersticial estará diminuída, os capilares linfáticos, além de
apresentarem um grau maior de dilatação, terão que absorver todo o
fluído e o fluxo linfático estará aumentado.
•
Edema por obstrução linfática (É quase impossível um bloqueio total
no sistema linfático, pois o grande número de anastomoses
existentes entre a circulação venosa e a linfática faz com que o fluxo
linfático,
através
dessas
anastomoses,
retorne
à
circulação
sangüínea, as principais causas são as neoplasias, a filariose ou as
alterações congênitas do sistema linfático. Observamos também uma
obstrução linfática crônica em tecidos constantemente agredidos e
que apresentaram reações inflamatórias repetidas).
EDEMA GESTACIONAL
Diversos fatores podem estar agindo para a formação de edema que
são: Pressão capilar aumentada; Pressão coloidosmotica do plasma diminuída
e retenção renal de sal e agua. Então o edema gestacional decorre do aumento
de substancias hormonais retentoras de sódio, em adição ao aumento da
pressão
intra
abdominal
decorrente
do
crescimento
uterino,
provoca
hipertensão da veia cava inferior e consequentemente estase venosa nos
MMII.
LINFEDEMA
O linfedema é um inchaço causado por uma interferência com a
drenagem normal da linfa para o sangue. Muitas vezes, aparece em fases
posteriores da vida devido a causas congênitas ou adquiridas. O linfedema
adquirido é mais freqüente do que o congênito. Aparece geralmente depois de
uma grande cirurgia, sobretudo após um tratamento no qual se tenham
extirpado gânglios e vasos linfáticos ou quando estes foram irradiados com
raios X. Por exemplo, o braço pode tornar-se propenso ao inchaço depois da
extirpação de uma mama e dos gânglios linfáticos próximos. A cicatrização de
vasos linfáticos que sofrem infecções de forma repetida também pode causar
linfedema, mas é muito pouco freqüente, exceto em infecções pelo parasita
tropical Filaria. No linfedema adquirido, a pele parece sã, mas está inchada. Se
pressiona a zona com um dedo, não fica sinal, como acontece quando o
inchaço por acumulação de líquidos (edema) é o resultado de um fluxo
inadequado de sangue pelas veias. Em raras ocasiões, a extremidade incha
exageradamente e a pele é tão espessa e enrugada que tem o aspecto da pele
de um elefante (elefantíase).
Uma
das
causas
de
linfedema
A mastectomia com remoção de gânglios
linfáticos é uma das causas de linfedema (neste
caso, no braço esquerdo).
Em sua fase inicial o linfedema é mole, depressível, frio, indolor e regride
com o repouso. O de longa duração costuma ser duro. não depressível, frio,
indolor e não regride com o repouso. No linfedema secundário a alteração dos
vasos linfáticos decorre da ligadura, secção, resseco ou trombose dos vasos
coletores linfáticos. Dos processos infecciosos o que mais freqüente leva à
oclusão linfática é a erisipela. O linfedema secundário à alteração dos
linfonodos é mais freqüente nos casos de comprometimento dos gânglios
linfáticos por neoplasia, primaria ou metastásica. Nos membros superiores é
freqüente após a mastectomia com o esvaziamento ganglionar da axila.
LINFEDEMA PRIMÁRIO:
• Precoce: comum no sexo feminino no início da puberdade, idiopático.
• Congênito: - Hereditário ou doença de Milroy: Presente desde o
nascimento se caracteriza por insuficiência valvular, diminuição do
numero de linfáticos, linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos).
• Congênito Simples: Idêntico a doença de Milroy, mas sem padrão
hereditário
LINFEDEMA SECUNDÁRIO:
• Por lesões teciduais locais
• Por filariose (Elefantíase)
• Recidivas de erisipela (Doença causada pela bactéria Streptococcus
pyogenes que afeta a pele e o tecido subcutâneo, manifestando áreas
edematosas elevadas, avermelhadas e dolorosas)
• Celulite
• Por estase venosa (diminuição do fluxo sanguíneo venoso)
• Metástases de tumores malignos
• Ressecção cirúrgica de gânglios e vasos linfáticos – Pós-mastectomia
• Fibrose após radioterapia.
• Por lesões teciduais locais: Linfangite Aguda (Inflamação nos vasos
linfáticos) e em casos mais graves linfadenite (Inflamação nos
linfonodos).
Linfedema Primário
Congênito
Precoce
Tardio
Linfedema Secundário
por Alteração dos Vasos
Linfáticos
• Pós surtos de
erisipela
• Pós estase venosa
crônica
• Pós traumas
Linfedema Secundário
por Alteração dos
Linfonodos
• Neoplasias
• Filariose
• Fibrose pósradioterapia
• Esvaziamento
ganglionar
• Tuberculose
• Iatrogênico
• Medicamentos
EFEITOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
A drenagem linfática manual tem efeito direto sobre:
• A capacidade dos capilares linfáticos
• A velocidade da linfa transportada
• A filtração e reabsorção dos capilares sangüíneos
• A quantidade de linfa processada dentro dos gânglios linfáticos
• A musculatura esquelética
• A motricidade do intestino
• O sistema nervoso vegetativo
• As imuno reações humorais e celulares
Drenagem linfática manual tem influência indireta sobre:
• Nutrição das células
• Oxigenação dos tecidos
• Desintoxicação do tecido intersticial
• Desintoxicação da musculatura esquelética
• Absorção de nutrientes pelo trato digestivo
• Distribuição de hormônios
• Aumento da quantidade de líquidos excretados
INDICAÇÃO
•
Edema tecidual; (traumáticos, hipertensão, inflamatórios – aguda e
crônica)
•
Circulação sanguínea de retorno comprometido (varizes, varicoses e
pós-operatório de cirurgia de varizes);
•
Linfedema (primário – ex. deficiência da circulação linfática, secundária
– ex. pós mastectomia).
•
Musculatura tensa;
•
Sistema nervoso abalado;
•
Queimaduras;
•
Enxertos;
•
DLM Facial: Cefaléia (dor de cabeça) Renite, Sinusite, edemas em geral
(traumático pré e pós-operatório de cirurgias);
Em tratamento estético:
•
Acne;
•
Couperose (disfunção dos micro vasos);
•
Rosácea (semelhante a anterior, porém com alteração de coloração da
pele para rosado e/ou vermelho);
•
Rejuvenescimento
•
Pré e Pós operatório de cirurgia plástica. lifting, blefaroplastia,
preenchimento das rugas frontais, correção de orelha de abano,
rinoplastia, mamoplastia, lipoaspiração, lipoescultura,..)
•
LGD (celulite)
•
Hematomas
•
Artroses artrites
•
Osteoporoses
•
Fraturas depois do gesso
•
Pós luxações
•
Reumatismos
•
Contusões
•
Obesidade
•
Bruxismo
•
Estresse
•
Trigemialgias
•
Gestação após terceiro mês,
CONTRAINDICAÇÕES:
•
Neoplasias (câncer diagnosticado e tratado);
•
Inflamações e infecções em fase aguda;
•
Tratamento pós trambose e pós tromboflebite;
•
Hipertiroidismo não controlado;
•
Insuficiência cardíaca congestiva (icc)
•
Hipotensão não controlada
•
Hipertenção não controlada
•
Insulficiência renal não controlada
•
Gestação de alto risco
•
Patologias pulmonares
COMPONENTES DA MASSAGEM
a. Pressão: “suave" o suficiente para não interferir no tecido muscular e tão
pouco no sistema venoso, mas com pressão suficiente para manipular os
interstícios dos tecidos superficiais. não podendo em nenhuma circunstância
provocar dor.
b. Direção: O ponto de partida da drenagem linfática manual deve ser na
ducto torácico e o ducto linfático, fossa supraclavicular, onde o desembocam
na junção das veias jugulares com as subclávias. A drenagem linfática manual
seguirá da região proximal do membro para a distal. O objetivo da drenagem
linfática manual seguir a direção Proximal – Medial – Distal, está em
descongestionar as vias principais para garantir o livre escoamento da linfa.
c. Velocidade: Lenta e gradativa. As manobras de drenagem manual
devem ser realizadas com ritmo constante e bem lento. Cada movimento deve
completar-se em aproximadamente um segundo e ser repetido três, cinco ou
sete vezes em cada ponto.
d. Condução: A linfa superficial é conduzida para "DENTRO", para o
interior da região "Drenada”.
e. Manobras: Rotação parada no lugar;
Bombeamento parado e andando;
Passo de ganso;
Raglan;
Abertura do ângulo venoso linfático;
Movimento em concha;
Cobrinha. Movimentos em onda
Rolinho.
ERROS GERAIS
•
Movimentos muito rápidos;
•
Pressão excessiva;
•
Puxando a água novamente;
•
Movimento muito abrupto;
•
Falta de amplitude de movimento;
•
Ausência de relaxamento no intervalo dos movimentos;
•
Falta de repetição dos movimentos;
•
Não uso correto das mãos;
•
Sessão muito curta.
SEQUÊNCIA DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
LIBERAÇÃO GANGLIONAR
1. Respiração Diafragmática;
2. Bombeamento do ducto torácico;
3. Liberação do ângulo venoso linfático;
4. Desobstrução dos gânglios axilares;
5. Passo de ganso, músculo deltóide, Raglan
6. Desobstrução em Virilha;
7. Liberação do oco poplíteo.
OBS: ESTA SEQUÊNCIA DE LIBERAÇÃO GANGLIONAR “SEMPRE” É
UTILIZADA NO INICIO DA MASSAGEM.
MMSS
1. Bombeamento proximal/ Medial/ Distal do braço;
2. Bombeamento andando proximal/ Medial/ Distal do braço;
3. Desobstrução do cotovelo;
4. Bombeamento proximal/ Medial/ Distal do antebraço;
5. Bombeamento andando proximal/ Medial/ Distal do antebraço;
6. Passo de ganso na mão;
7. Deslizamento dos dedos;
8. Bombeamento da região tênar e hipotênar da mão;
9. Abrir e fechar a mão (opcional)
ABDOMEN
1. Deslizamento superficial
2. Mão E em cima do fígado e Mão D rotacionando em cima do baço
pâncreas;
3. Deslizamento; (cintura)
4. Roda gigante;
5. Movimento em espiral sentido do intestino;
6. Movimento de amassamento;
7. Rotação parada no lugar sentido intestino;
8. Rolamento do umbigo ao púbis;
9. Bombeamento para a virilha;
10. Deslizamento superficial.
MAMA
1. Deslizamento superficial;
2. Movimento em leque;
3. Rotação parada no lugar;
4. Bombeamento em concha;
5. Passo de ganso (intercostais);
6. Bombeamento porção lateral para axila;
7. Bombeamento em esterno e mamas D e E.
8. Finaliza com deslizamento superficial.
MMII
1. Bombeamento em concha proximal/ medial/ distal em coxa;
2. Bombeamento andando em concha proximal/ medial/ distal em coxa;
3. Liberação do oco poplíteo. Movimento circular;
4. Bombeamento em concha proximal/ medial/ distal em perna;
5. Bombeamento andando em concha proximal/ medial/ distal em perna
6. Dorso do pé (Passo de ganso);
7. Massagem rápida na sola dos pés;
8. Dorsi e planti do tornozelo.
GLÚTEO
1. Deslizamento superficial 3 posições 7x;
2. Movimento em espiral 3 posições;
3. Movimento de passo de ganso 3 caminhos 3x;
4. Rotação parado no lugar 4 pontos;
5. Bombeamento porção inferior (interna) 7x;
6. Deslizamento superficial (arremate).
COSTAS
1. Bombeamento ducto torácico;
2. Abertura linfonodos Axila, inguinal, clavícula;
3. Bombeamento região lombar; (passo de ganso)
4. Bombeamento região torácico; (passo de ganso)
5. Bombeamento região cervical (alto), (passo de ganso).
6. Bombeamento lateral
OBS: LOMBAR DRENA PARA DUCTO TORÁCICO
TORÁCICO DRENA PARA AXILA
CERVICAL DRENA PARA A CLAVICULA.
FACIAL
1. RELAXAMENTO (opcional)
•
Tração;
•
Abertura do tórax ate a nuca;
•
Fricção do couro cabeludo;
2. Abertura dos gânglios (Raglan, claviculares,ângulo venoso linfático);
3. Pescoço: Anterior (3 posições 7x cada)
Lateral (2 posições 7x cada)
Posterior (2 posições 7x cada)
(BOMBEAMENTO)
4. Estimulação do nódulo amidaliano; (mergulho)
5. Inframandibular: 3 posições 7x cada; (mergulho)
6. Supramandibular: 3 posições 7x cada; (mergulho)
7. Queixo: 2 posições (bombeamento) 7x
8. Lábios: inferior e superior (Espiral)
9. Fenda nasogeneana: 2 posições
10. Nariz: 3 caminhos (rotação parada no lugar)
11. Glabelar: (mergulho)
12. Grande viagem: 3 posições
13. Arremate: 3 posições inframandibular, anterior do pescoço e
claviculares.
14. Bochechas: 4 posições 7x cada (bombeamento)
15. Gânglio pré e pos auricular (mergulho);
16. Pálpebra inferior e superior 3 posições (bombeamento)
17. Pés de galinha 3 posições
18. Sobrancelhas: (amassamento) 3 caminhos
19. Temporas (mergulho)
20. Testa inferior e superior (bombeamento)
21. Arremate: pré e pos auricular 7x, inframandibular, anterior do pescoço e
clavícula 7x 3 posições;
22. O ANJO DOBRA SUAS ASSAS: objetivo acordar o paciente.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Ibrate, 2002
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GUIRRO, Rinaldo e GUIRRO, Elaine. Fisioterapia Dermato-Funcional:
fundamentos, recursos e patologias, 3ª edição revisada e ampliada.
São Paulo: Manole, 2004
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JACQUEMAY, Dominique. A Drenagem – vitalidade. Ed. Manole. 2000
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LEDUC, Albert e Leduc, Olivier, Drenagem Linfática teoria e prática. Ed.
Manole.2000
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MARX, Ângela G. e CAMARGO, Márcia C. de Fisioterapia no Edema
linfático. Panamed editorial. 1986
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HERPERTZ, Ulrich. Edema e Drenagem Linfática. 2ª ed. São Paulo: Roca,
2006
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GUYTON e HALL. Tratado de Fisiologia Médica.9ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1996
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www.afh.bio.br/imune/linfa1.asp
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www.guia.heu.nom.br/sistema_linfatico.htm
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www.soscorpo.com.br
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www.gwate.com.br
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