TÍTULO: ZIKA, O NOVO VÍRUS EMERGENTE NO BRASIL TÍTULO

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TÍTULO: ZIKA, O NOVO VÍRUS EMERGENTE NO BRASIL
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: BIOMEDICINA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): KIMBERLI MUNIKE CAMPOS
ORIENTADOR(ES): FELIPE SCASSI SALVADOR
COLABORADOR(ES): JOSIAS PAULINO LEAL SILVA
RESUMO
O Zika Vírus tornou-se destaque devido a sua rápida expansão global e por estar
associada a microcefalia em recém-nascidos e outras doenças neurodegenerativas.
No Brasil, o vírus está presente por todo o território principalmente na região do
Nordeste do país, onde foram notificados 66.991 casos do vírus, sendo considerado
uma emergência epidemiológica.
INTRODUÇÃO
OZika Vírus (ZIKV) é um vírus emergente e vem se destacando devido a sua
associação com aumento drástico no número de casos de microcefalia no Brasil
desde o primeiro semestre de 2015. Em geral a infecção por ZIKV se apresenta
assintomática e autolimitada, dificultando o diagnóstico clinico. O diagnóstico
laboratorial é realizado através da técnica molecular de RT-PCR(Reverse
TranscriptionPolymerase Chain Reaction), a metodologia sorológica não é precisa,
devido à reação cruzada com outros Flavivírus, o que em regiões endêmicas
dificulta a confirmação da doença. No Brasil há 78.421 casos confirmados do vírus e
04 óbitos, além de todos os estados apresentarem transmissões autóctones.
METODOLOGIA
Revisão bibliográfica utilizando artigos encontrados nas bases de dados
científicas, tais como Scielo, Pubmed, dados do Ministério da Saúde e CDC (Centers
for Disease Control) entre outros.
OBJETIVO
Revisar e compilar dados epidemiológicos sobre o Zika Vírus
DESENVOLVIMENTO
O ZIKV é um arbovírus pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivírus,
com genoma constituído por uma molécula de RNA de fita. O vírus divide-se em
duas linhagens: a africana e a asiática. Por ser um vírus endêmico na região
africana e no sudeste asiático, entre 2007 e 2013 foram descritos casos esporádicos
da infecção por ZIKV em viajantes que retornaram destas regiões. O ZIKV foi isolado
pela primeira vez em 1947, na Uganda a partir do soro de um macaco Rhesus,
durante uma pesquisa sobre febre amarela na região. O ZIKV apenas foi destaque
epidemiológico a partir de 2007, quando foi o agente causador do surto na
Micronésia, região do pacífico. Desde então se observou a expansão do ZIKV, do
continente asiático à América do Sul, possivelmente através de campeonatos que
tiveram participantes de locais endêmicos. O ZIKV é transmitido predominantemente
através da picada de mosquitos da espécie Aedes (Ae. aegypti e Ae. albopictus).
Recentemente foram descritas transmissões do ZIKV por via sexual, perinatal e por
hemotransfusão, sendo estas menos frequentes. Apesar de possíveis a dimensão
epidemiológica destes mecanismos ainda é desconhecida.
A circulação autóctone confirmada laboratorialmente no Brasil foi relatada em
abril de 2015, oriunda de amostras de pacientes da região da Bahia, nordeste do
Brasil. Em maio de 2015 a presença do vírus já havia sido confirmada em Natal/ RN,
Sumaré e Campinas em São Paulo/SP. O Brasil foi o primeiro país a registrar óbitos
relacionados ao ZIKV, sendo confirmados laboratorialmente 04. O diagnóstico clínico
de infecção por ZIKV apresenta dificuldades, em razão das semelhanças com outras
arboviroses circulantes no país, incluindo Chikungunya e Dengue, que apresentam
sintomas clínicos muito semelhantes aos de ZIKV. A confirmação da presença do
ZIKV é realizada através da detecção do RNA do mesmo atravésda RT-PCR. Em
razão da semelhança com outros vírus do gênero, o diagnóstico sorológico ainda
não é preciso devido a reação cruzada.
A rápida expansão do vírus, juntamente com falta de métodos diagnósticos
confiáveis e acessíveis, a associação com o surto de microcefalia e doenças
neurodegenerativas levou a OMS (Organização Mundial de Saúde) a declarar em
fevereiro deste ano, o Zika vírus como uma emergência pública internacional.
RESULTADOS PRELIMINARES
Mediante os dados analisados verificou-se o rápido avanço do vírus pelo país.
Desde novembro de 2015 foram notificados 174.003 casos prováveis, sendo 78.421
confirmados laboratorialmente. Foram confirmadas por critério clínico-epidemiológico
ou laboratorial 6.903 gestantes portadoras do ZIKV. A área mais afetada do país é a
região nordeste, que registrou 66.991 casos da doença.
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