ANA LOURDES MIRANDA DE VASCONCELOS IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS QUE DIFICULTAM A ADESÃO DAS GESTANTES AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ESTORIL EM RIBAS DO RIO PARDO. Ribas do Rio Pardo - MS 2011 2 ANA LOURDES MIRANDA DE VASCONCELOS IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS QUE DIFICULTAM A ADESÃO DE GESTANTES AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ESTORIL EM RIBAS DO RIO PARDO. Relato de experiência apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Prof. Drª Adriane Pires Batiston. Ribas do Rio Pardo- MS 2011 3 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO............................................................................................. 6 2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................... 8 3DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA................................................................ 10 4RESULTADOS E IMPACTOS...................................................................... 12 5CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 15 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 17 APÊNDICES 4 Resumo Com intuito de se identificar barreiras que dificultam a adesão de gestantes ao tratamento odontológico na Estratégia Saúde da Família (ESF) Estoril do município de Ribas do Rio Pardo, realizou-se um questionário conduzido às gestantes que tinham o acompanhamento pré- natal feito na unidade. O questionário foi aplicado em uma reunião em que todas estiveram presentes e muitos mitos e crenças puderam ser esclarecidos em uma roda de conversa. Os dados coletados inicialmente demonstraram que 30% delas encontravam-se na primeira gestação. Em relação ao tipo de atendimento de saúde, 86,67% utilizavam exclusivamente o Sistema Único de Saúde. Além disso, 26,67% não possuíam nenhum tipo de renda familiar. Entre as gestantes, 66,70% consideram normal sentir dor de dente durante a gestação e 70% acreditam que o tratamento odontológico pode prejudicar o bebê. A maior parte das entrevistadas, 73%, têm medo de ir ao dentista. As que responderam que sim, relataram o medo do barulho do motor, da anestesia, de sentir dor e do próprio profissional por traumas anteriores. Um segundo questionário, aplicado durante as visitas domiciliares nas residências das entrevistadas um mês após a reunião, forneceu resultados divergentes em relação ao primeiro. Apenas 6% afirmaram que era normal sentir dor de dente durante a gestação. Todavia, 100% acreditavam que o tratamento odontológico durante a gravidez não prejudicava a gestação. Com os resultados obtidos do primeiro questionário pode-se concluir que a principal barreira que dificulta a adesão das gestantes ao atendimento odontológico é o medo de ir ao dentista. Em segundo lugar, encontra-se a crença de que o tratamento dentário realizado no período gestacional pode prejudicar o desenvolvimento do bebê. Além disso, outro mito que interfere negativamente no atendimento é o de que é normal sentir dor de dente durante a gravidez. A experiência comprova que através de atividades educativas como rodas de conversas e dinâmicas em grupo o individuo pode assimilar conhecimentos que o possibilitarão desempenhar papel de agente ativo na promoção de saúde ao adquirir competência para mudar sua realidade. Palavras- chaves: saúde bucal das gestantes; promoção de saúde bucal; pré-natal. 5 Abstract In order to identify barriers to the adherence to the treatment of pregnant women's dental health strategy of the family in the city of Estoril Ribas do Rio Pardo, a questionnaire was carried out led to the women who had prenatal care done in the health unit. The questionnaire was administered at a meeting in which all were present and many myths and beliefs could be clarified in a round of conversation. The data collected initially demonstrated 30% of them were in the first pregnancy. Regarding the type of health care, 86.67% had exclusively public health system. In addition, 26.67% did not have any kind of family income. When asked if it was normal to feel a toothache during pregnancy 66.70% of the women said yes. When asked if the dental treatment affect pregnancy or childbirth may gain 70% replied that can harm the baby. Most respondents, 73% are afraid of the dentist. Those who answered yes reported fear of engine noise, anesthesia, pain, and the professional himself by previous trauma. A second questionnaire, applied during home visits in the homes of the respondents one month after the meeting, provided conflicting results regarding the first. Only 6% said it was normal to feel a toothache during pregnancy. However, 100% believed that dental treatment during pregnancy did not harm the pregnancy. With the results of the first questionnaire can be concluded that the main barrier that hinders the adhesion of dental care to pregnant women is the fear of the dentist. Second, is the belief that dental treatment performed during pregnancy can harm the developing baby. In addition, another myth that impairs the service is that it is normal to feel a toothache during pregnancy. Experience shows that through educational activities such as wheels of conversation and group dynamics in an individual can assimilate knowledge that will enable play an active agent in promoting health by acquiring the power to change your reality. Keywords: oral health of pregnant women, promotion of oral health, prenatal care. 6 1INTRODUÇÃO Segundo Costa et al. (1998), hábitos e conhecimentos saudáveis são mais fáceis de se incorporar quando ensinados precocemente; por isso a mãe é um elemento chave na formação da personalidade, desenvolvimento dos bons costumes e hábitos dos filhos . Todavia, Martins e Martins (2002), constataram em seu estudo, que a maioria das gestantes não têm conhecimento dos prejuízos que podem acarretar à saúde bucal da criança situações como o uso indevido da mamadeira, a utilização de açúcar para o preparo do alimento do bebê, além da falta de conhecimentos em relação a higiene bucal pessoal e da criança. Politano et al. (2004) procuraram avaliar o nível de informação das mães sobre cuidados bucais com o bebê . Para isso, foram conduzidas 42 entrevistas com puérperas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e concluíram que a maioria das mães entrevistadas não eram orientadas e as fontes que deveriam fornecer estas informações estavam deficientes o que gera a necessidade de adoção de estratégias para que os profissionais de saúde se inteirem sobre os cuidados bucais e seu impacto na saúde do bebê. Já em trabalho realizado por Albuquerque et al. (2004) foram analisados grupos focais de gestantes e observou-se que há muitas barreiras que dificultam o atendimento odontológico destas, dentre as quais encontram-se as crenças populares que desaconselham a procurar o tratamento no período gestacional, o medo de ir ao dentista que está associado a imagem autoritária do profissional, o que gera descrédito no diagnóstico e nos procedimentos realizados. Além disso, a gestante sente vergonha de fazer as perguntas necessárias e têm receio de receberem críticas do odontólogo pela sua condição de saúde bucal comparando suas condições de vida com a do profissional. A pouca procura pelo atendimento odontológico pelas gestantes cadastradas na ESF Estoril é preocupante. A análise dos prontuários aponta que no ano de 2010, 7 apenas 5 gestantes tiveram tratamento dentário concluído. Isto representa uma quantidade baixa de puérperas que contrasta com os dados obtidos pelo SIAB onde obtém-se a informação que durante o período de janeiro a dezembro de 2010 a média de gestantes cadastradas na unidade foi de 29. O acompanhamento odontológico durante o pré-natal é imprescindível já que as alterações hormonais da gravidez poderão agravar as afecções já instaladas. Por meio de ações de educação em saúde bucal, desenvolvidas no pré- natal, a mulher poderá conscientizar-se da importância do seu papel na aquisição e manutenção de hábitos positivos de saúde bucal no meio familiar e atuar como agente multiplicador de informações preventivas e de promoção de saúde bucal, Reis et al. (2006). Este trabalho propõe identificar barreiras que dificultam a adequada adesão das gestantes pertencentes à ESF Estoril ao cuidado odontológico através de relato de experiência de atividade baseada em educação em saúde. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde não representa apenas a ausência de doenças, mas sim, o bem estar biopsicossocial do indivíduo. A saúde bucal, parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo, está diretamente relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de saúde e à informação (RELATÓRIO FINAL 1ª CONFERÊNCIA SAÚDE BUCAL, 1986, p 3). Na prática, pode-se constatar que, a despeito das atuais políticas de saúde bucal vigentes, ainda não existe um atendimento odontológico pré- natal integral como sugere a promoção em saúde neste período,( REIS et al., 2007). Durante a gestação a mãe está mais disposta a adquirir hábitos saudáveis e prevenir a si mesma e o futuro do bebê de possíveis doenças sistêmicas. É fundamental que as mães recebam informações sobre promoção, proteção e prevenção das doenças na boca, (DIAS, 2007). As perturbações de saúde oral durante a gravidez causam não poucos prejuízos à saúde da gestante e ao feto. Assim, embora a gestação em si mesma não seja mais propícia a incidência de carie que outras condições de vida, a má saúde bucal tem conseqüências mais graves nesse período, devendo ser convenientemente preservada a sanidade bucal, (COZZUPOLI, 1981). Costuma-se relacionar o período da gravidez com uma maior incidência de lesões cariosas. Não há comprovação cientifica desse fato, sabe-se que nesta fase não há alterações da dentina, como a remoção de cálcio. O que ocorre é um aumento da quantidade de placa devido ao descuido da gestante com sua higiene oral relacionado à ansiedade e demais preocupações desta fase. Clinicamente, pode haver a constatação de novas lesões cariosas, que não estão relacionadas com as alterações fisiológicas, mas com a grande quantidade de irritantes locais presentes. (FILHO E 9 OLIVEIRA, 1995). Dias (2007) afirma que infecções bucais durante o período gestacional podem evoluir para situações mais graves. É possível que bactérias localizadas no periodonto provoquem, através da circulação sanguínea, inflamação na placenta, resultando não só em aborto como também, em um período mais adiantado da gravidez, contrações uterinas e dilatação prematura do colo do útero, antecipando o parto. O mito de que na gravidez dentes e gengivas sempre ficam estragados não tem fundamento. O tecido gengival poderá sofrer alterações devido ao desequilíbrio hormonal. O aparecimento maior de cárie durante a gestação é resultado do aumento do apetite da gestante, que acarreta um maior consumo de alimentos, em especial dos açucarados. Nestes casos, não havendo uma higiene adequada, certamente o processo de cárie terá inicio. Recomenda-se a limpeza e a massagem da gengiva do recém nascido, para contribuir com o estabelecimento de uma flora bucal saudável e para auxiliar no processo de erupção dos dentes. Esta limpeza precoce é feita pelos pais, com o uso de uma compressa de gaze, ou a ponta de fralda úmida, que são envolvidos pelo dedo dos pais, e passadas nos tecidos gengivais fazendo delicada massagem, (PINTO, 1998). Há aspectos culturais das gestantes que as levam a certa repulsa ao tratamento odontológico durante a gravidez. Esses padrões de comportamento advêm do baixo nível de desenvolvimento de certas comunidades e são oriundos de traços culturais que transmitem a mulher grávida conhecimentos incorretos, tanto no que se refere a sua saúde em particular, quanto ao próprio desenvolvimento do feto e aos pretensos juízos que podem advir ao recém nascido, (COZZUPOLI, 1981). Segundo Waes & Stockli (2002), a limpeza dos dentes é necessária praticamente após a erupção dos primeiros dentes decíduos. A criança geralmente procura limpar sozinha seus dentes a partir do terceiro ano de vida. No entanto, como uma escovação adequada só pode ser esperada a partir dos oito anos, a criança necessita diariamente, por vários anos, da ajuda dos pais. 10 3 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA Para identificar barreiras que dificultam a adesão das gestantes ao atendimento odontológico pertencentes à ESF Estoril optou-se por utilizar como metodologia ação em grupo buscando a educação em saúde e prevenção através da aplicação de dinâmica e roda de conversa. O universo desta investigação foi composto pelas as gestantes que realizavam acompanhamento pré- natal na ESF Estoril em um total de 15. Foram enviados convites individuais entregues em domicilio pelos agentes de saúde contendo a data e o horário da reunião para todas as gestantes que realizavam o acompanhamento pré-natal na unidade participarem da dinâmica e da roda de conversa. Antes da dinâmica iniciar, aplicou-se questionário (APÊNDICE A) que abordava assuntos sobre a saúde bucal da gestante e do bebê. Foi realizada a dinâmica verdades e mitos que utilizou cartões com frases (verdades e mitos) sobre saúde bucal para montagem de dois painéis de respostas falsas e verdadeiras. Os cartões forem entregues a cada participante que o posicionou no painel que acreditava ser o adequado como mostra as figuras 1e 2. Figura 1 11 Figura 2 Logo em seguida, cada afirmativa foi lida e sua posição foi debatida por todos em uma roda de conversa e as que estavam em lugar inadequado foram posicionadas corretamente. Ao final, foi feita uma confraternização com as gestantes. Após um mês, foram realizadas visitas domiciliares para aplicação do segundo questionário (APÊNDICE B) com intuito de avaliar se as informações haviam sido assimiladas pelas gestantes. 12 4 RESULTADOS E IMPACTOS Foram entrevistadas um total de 15 gestantes. A faixa etária das gestantes variava de 15 a 32 anos e apenas 30% delas encontravam-se na primeira gestação. Em relação ao tipo de atendimento saúde, 86,67% tinham exclusivamente a rede pública de saúde. Além disso, 26,67% não possuíam nenhum tipo de renda familiar. Apesar da gestação não ser responsável pelo aparecimento de doenças na cavidade oral mas sim o descuido em relação à higiene bucal nesta fase da mulher que propicia a instalação de doenças (FILHO E OLIVEIRA, 1995; COZZUPOLI, 1981, DIAS, 2007), quando questionadas se era normal sentir dor de dente durante a gestação 66,70% das gestantes responderam que sim como se observa no gráfico nº 1. Gráfico 1 Há aspectos culturais das gestantes que as levam a certa repulsa ao tratamento odontológico durante a gravidez que são oriundos de traços culturais que transmitem a mulher grávida conhecimentos incorretos. Infecções bucais durante o período gestacional podem evoluir para situações mais graves como parto prematuro por isso, deve ser convenientemente preservada a sanidade bucal, e se necessário, ações curativas deverão ser realizadas (DIAS, 2007;COZZUPOLI, 1981). Mas, ao serem indagadas se o tratamento odontológico prejudica a gestação ou pode adiantar o parto 70% respondera que pode prejudicar o bebe nenhuma assinalou que poderia adiantar o parto e o restante respondeu que não ocasionava nenhum prejuízo. 13 Há muitas barreiras que dificultam o atendimento odontológico no período gestacional, dentre as quais se encontram as crenças populares que desaconselham a procurar o tratamento por este poder prejudicar o bebê, o medo de ir ao dentista que está associado à imagem autoritária do profissional, (ALBURQUEQUE ET AL., 2004). A maior parte das entrevistadas, 73%, têm medo de ir ao dentista. As que responderam que sim, relataram o medo do barulho do motor, da anestesia, de sentir dor e do próprio profissional por traumas anteriores. Em relação à higiene bucal do bebê, 20% das entrevistadas não sabiam quando deveriam iniciar os cuidados com a higiene bucal de seu filho sendo que 33% acreditavam que o inicio seria somente quando os dentes começassem a erupcionar e as demais, logo que o bebê nascer, como se observa no gráfico 2. Recomenda-se a limpeza e a massagem da gengiva do recém nascido, para contribuir com o estabelecimento de uma flora bucal saudável e para auxiliar no processo de erupção dos dentes que deverá ser feita com o uso de uma compressa de gaze, ou a ponta de fralda úmida (PINTO, 1998). Gráfico 2 Questionadas como deveria ser este cuidado, 40% das gestantes não sabiam e 60% responderam que deveria ser com fralda ou gaze embebida de água como se observa no gráfico 3. 14 Gráfico 3 A maioria das gestantes não têm conhecimento dos prejuízos que podem acarretar à saúde bucal da criança situações como o uso indevido da mamadeira, a utilização de açúcar para o preparo do alimento do bebê, além da falta de conhecimentos em relação à higiene bucal pessoal e da criança (MARTINS E MARTINS, 2002) e muitas não são orientadas e as fontes que deveriam fornecer estas informações são deficientes (POLITANO ET AL. 2004). Das gestantes que participaram da pesquisa, 33% nunca haviam recebido informações sobre saúde bucal do bebê e 26% receberam do odontólogo e as demais de outros profissionais como pediatras e agente saúde. No segundo questionário, aplicado durante as visitas domiciliares nas residências das entrevistadas, obteve-se resultados divergentes em relação ao primeiro. Apenas 6% afirmaram que era normal sentir dor de dente durante a gestação. Todavia, 100% acreditavam que o tratamento odontológico durante a gravidez não prejudicava a gestação. Além disso, todas responderam que os cuidados com a higiene bucal do bebe devem ser iniciados logo após o nascimento e que deveria ser utilizado fralda ou gaze embebida em água. 15 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante identificar as barreiras que dificultam a adesão das gestantes ao atendimento odontológico para que os princípios fundamentais que norteiam a rede pública de saúde relacionados com equidade, integralidade, universalidade além do atendimento humanizado e de qualidade sejam respeitados. Por isso, a saúde bucal não deve ser vista como um item separado do restante da saúde da mulher mas como parte integrada e a sua inserção no pré- natal é de extrema relevância. Com os resultados obtidos do primeiro questionário pode-se concluir que a principal barreira que dificulta a adesão das gestantes ao atendimento odontológico é o medo de ir ao dentista. Em segundo lugar, encontra-se a crença de que o tratamento dentário realizado no período gestacional pode prejudicar o desenvolvimento do bebê. Além disso, o mito que é normal sentir dor durante a gravidez interfere negativamente na adesão ao tratamento. O trabalho em grupo facilita a conscientização por favorecer a troca de idéias entre os sujeitos. Acredita-se que o diálogo criado em tal contexto resulte numa conscientização coletiva sobre as condições de vida e na compreensão da possibilidade de que o indivíduo e o grupo tenham competência para mudar sua realidade (Oliveira, 2001). Na experiência relatada o resultado obtido foi positivo. Ao confrontarem-se as respostas do primeiro e do segundo questionários obteve-se uma assimilação de 94 % das informações transmitidas para as gestantes. Assim, é de suma importância que o odontólogo inserido na equipe de saúde da família esteja atento as necessidades do paciente como um todo levando em conta seus anseios e medos e suas crenças culturais que interferem no atendimento. A partir disso, poderá elaborar atividades educativas que contribuirão para a prevenção do estabelecimento de doenças. Durante a gestação a mulher passa por uma série de mudanças fisiológicas naturais deste período. Todavia, a gravidez não é a vilã responsável pelo aparecimento de cárie nem pela perda de minerais dos dentes da mãe. Por isso, é importante a união da ação curativa à preventiva para que se promova 16 e mantenha a saúde bucal objetivando a melhora e recuperação da saúde da gestante. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, O. M. R; ABEGG, C.; RODRIGUES C. S. Percepção de gestantes do Programa da Família em relação a barreiras no atendimento odontológico em Pernambuco, Brasil. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20, n.3, p. 789- 796,maijun. 2004. COSTA I. C. C.; MARCELINO G.; BERTI G. M.; SALIBA N. A. A gestante como agente multiplicador de saúde. Rev. RPG, v.5, n.2, p.87- 92, 1998. COZZUPOLI, C. A. Odontologia na gravidez. Panamed editorial. São Paulo, 1981. DIAS, C. R. Promoção e proteção saúde bucal na família: o cotidiano da prevenção. Editora Santos, 2007. FILHO, A. G. O.; OLIVEIRA L. S. Odontologia na gravidez. In: ElIAS, R. A. Odontologia de alto risco: pacientes especiais. Rio de Janeiro, Revinter, 1995. cap. 9, p.117-132. MARTINS R. F. O.; MARTINS Z.F.O. O que as gestantes sabem sobre a cárie : uma avaliação dos conhecimentos de primigestas e multigestas quanto a própria saúde bucal. Rev ABO Nacional, v.10, n. 5, p.278- 284, 2002. POLITANO, G. T.; PELLEGRINETTI, M. B.; ECHEVERRIA, S. R.; IMPARATO, J. C. P. Avaliação da informação das mães sobre cuidados bucais com o bebê. 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Artmed, 2002. 18 Apêndice A ESF Estoril Entrevista com gestante 1 nome:___________________________________________________________________ Período gestacional:________________________________ Telefone:_________________________________________ Idade:____________________________________________ nº de filhos:_______________________________________ Tipo de atendimento médico (pré- natal): ( )SUS ( ) convênio ( ) particular Na sua opinião, quando deve-se iniciar os cuidados com a higiene bucal de seu filho? ( ) não sabe ( ) logo que o bebê nasce ( ) quando erupcionam os dentes ( ) mais tarde Outro período: __________________________________________ Como deve ser este cuidado? ( ) não sabe ( ) com fralda ou gaze embebida em água ( ) escova ( ) escova e pasta Quem forneceu a informação sobre os cuidados com a boca do bebê? ( ) nunca obteve informação ( ) dentista ( ) pediatra ( ) ginecologista Outros:_______________________________________________ Você acredita que é normal sentir dor de dente durante a gravidez? ( ) sim ( ) não por quê? __________________________________________________________ Na sua opinião, tratamento odontológico durante a gravidez: ( ) prejudica o bebê ( ) pode adiantar o parto ( ) não prejudica a gestação Você tem algum medo, receio ou ansiedade de ir ao dentista? Por quê? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 19 ______________________________________________________________________________ ___________________________________________ _______________________ Qual a sua renda familiar estimada ( em n° de salários mínimos) ___________________________________ Apêndice B ESF Estoril Entrevista com gestante 2 nome:___________________________________________________________________ Período gestacional:________________________________ Telefone:_________________________________________ Idade:____________________________________________ nº de filhos:_______________________________________ Na sua opinião, quando deve-se iniciar os cuidados com a higiene bucal de seu filho? ( ) não sabe ( ) logo que o bebê nasce ( ) quando erupcionam os dentes ( ) mais tarde Outro período: __________________________________________ Como deve ser este cuidado? ( ) não sabe ( ) com fralda ou gaze embebida em água ( ) escova ( ) escova e pasta Você acredita que é normal sentir dor de dente durante a gravidez? ( ) sim ( ) não por quê? __________________________________________________________ Na sua opinião, tratamento odontológico durante a gravidez: ( ) prejudica o bebê ( ) pode adiantar o parto ( ) não prejudica a gestação Você tem algum medo, receio ou ansiedade de ir ao dentista? Por quê? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 20