Divisão da Teoria Econômica O que é Microeconomia? MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Prof. Daniel da Mata Objetivos da Economia Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo e como tais escolhas criam mercados O que é Macroeconomia? Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços... A macroeconomia utiliza os fundamentos da microeconomia Em alguns modelos, essa interação é clara Em outros modelos, a microeconomia está implícita na análise macroeconômica Vamos iniciar o Estudo da Macroeconomia Macroeconomia Crescimento econômico Macroeconomia de curto prazo Pleno Emprego Estabilidade dos Preços Flutuações econômicas Macroeconomia de longo prazo Crescimento econômico Eficiência Distribuição eqüitativa da renda Conceitos Básicos da Macroeconomia MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Contas Nacionais Prof. Daniel da Mata Os economistas usam diferentes tipos de dados para medir a performance de uma economia. Três variáveis macroeconômicas são especialmente importantes: (a) Produto Interno Bruto (b) Taxa de Inflação (c) Taxa de Desemprego 1 Variável Estoque e Variável Fluxo Estoque vs. Fluxo Estoque: quantidade medida em um determinado ponto no tempo Fluxo: quantidade medida por unidade de tempo Exemplos: Riqueza (estoque), renda (fluxo) Número de pessoas empregada (estoque), número de pessoas que estão sendo demitidas (fluxo) Quantidade de capital (estoque); quantidade de investimento (fluxo) Dívida do governo (estoque); déficit orçamentário (fluxo) Passivo externo líquido (estoque) e déficit externo (fluxo) MARE (1999) Com relação aos conceitos de variável estoque e variável fluxo, pode-se afirmar que (A) déficit público é necessariamente uma variável fluxo, ao passo que a dívida pública é necessariamente uma variável estoque. (B) o déficit público é uma variável fluxo e nada se pode afirmar quanto a dívida pública. (C) o déficit público, por ser independente da variável tempo, é necessariamente uma variável estoque. (D) dependendo do modelo, a classificação do déficit e dívida pública nos conceitos de variável estoque e fluxo podem ser alteradas. (E) as variáveis déficit e dívida pública, só podem ser classificadas num único conceito: ou ambas são variáveis estoque ou ambas são variáveis fluxo. Resp.: Alternativa “a” BACEN (1998) Na teoria econômica, muitas vezes é oportuno classificar as variáveis como sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”. Tomando como caso os conceitos de dívida e déficit público, pode-se dizer que: (a) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “fluxo”, enquanto que o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo estoque (b) a dívida pública pode ser considerada como uma variável do tipo “estoque”, enquanto o déficit público pode ser considerado como uma variável do tipo “fluxo” (c) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “fluxo” (d) tanto a dívida pública quanto o déficit público são variáveis “estoque” (e) dependendo do enfoque, tanto o déficit quanto a dívida pública podem ser considerados variáveis “estoque” ou variáveis “fluxo” Resp.: Alternativa “b”. AFRF (2000) Pode-se dividir as variáveis macroeconômicas em duas categorias: variáveis “estoque” e variáveis “fluxo”. Assim, podemos afirmar que: (a) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque” (b) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e o déficit orçamentário são variáveis “estoque”, ao passo que a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “fluxo” (c) a renda agregada, o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque” (d) o investimento agregado, o consumo agregado e a dívida pública são variáveis “fluxo”, ao passo que a renda agregada, o déficit orçamentário e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque” (e) a renda agregada e o déficit orçamentário são variáveis “fluxo”, ao passo que, o consumo agregado, o investimento agregado, a dívida do governo e a quantidade de capital na economia são variáveis “estoque”. Resp.: Alternativa “a” Agentes Econômicos Os agentes econômicos são aqueles que atuam na economia Quem são os agentes econômicos? Famílias (fornecem fatores de produção e comprar bens e serviços) Empresas (compram os fatores de produção e vendem bens e serviços) Governo (emprega fatores de produção e presta serviços públicos) Resto do Mundo ou Setor Externo (compreende todas as entidades externa a uma economia) PRINCÍPIOS DE CONTABILIDAE NACIONAL Eles formam o fluxo monetário (remuneração dos fatores) e o fluxo real (produção) 2 Contabilidade Nacional Definição: Organização das transações econômicas reais realizadas pelas economias em determinado período de tempo Passo importante para aprender como muitas variáveis macroeconômicas são determinadas Principais conceitos Macroeconômicos PRODUTO (P) Valor em unidades monetárias dos bens e serviços finais produzidos por uma economia em um determinado período de tempo O termo “unidades monetárias” é importante, pois fornece um meio de agregar os bens e serviços finais produzidos na economia Imagine como iríamos agregar chapas de aço, sucos de laranja e cortes de cabelo O termo “período de tempo” merece destaque, Uma vez que o produto e todos os seus componentes são variáveis de fluxo O termo “bens e serviços finais” também é relevante Evita a chamada dupla contagem (super-estimação da produção) Portanto, os bens intermediários não são contabilizados no Produto Principais conceitos Macroeconômicos RENDA (R ou Y) É a remuneração dos fatores de produção na forma de salários, aluguéis, juros e lucros Salários (capital humano), aluguéis (capital físico), juros (capital financeiro) e lucros (capital empresarial) Royalties e patentes também entram no conceito de renda Principais conceitos Macroeconômicos CONSUMO (C) Valor dos bens e serviços adquiridos pelos indivíduos para atender suas preferências Pode-se dividir o consumo em consumo de: Bens duráveis (geladeira, carros, etc.) Bens não-duráveis (alimentação, roupas, etc.) Serviços (dentista, fisioterapeuta, transporte, etc.) Remuneram a tecnologia ou o capital tecnológico Principais conceitos Macroeconômicos POUPANÇA (S) É a parcela da renda que não foi consumida É o excesso da renda sobre o consumo Isto é: S = Y - C Principais conceitos Macroeconômicos INVESTIMENTO (I) ou Taxa de Acumulação do Capital É o aumento do estoque físico do capital Classifica-se em: Equipamentos (máquinas, ferramentas, etc.) Edificações (prédios, galpões, etc.) Estoques Logo, o investimento é igual a soma da formação bruta de capital fixo (soma dos investimentos em capital fixo, tais como máquinas, equipamentos e investimentos na construção civil) e da variação dos estoques I = FBKF + ∆E FBKP = Formação Bruta de Capital Fixo ∆E = Variação no estoque 3 SEAD-PRODEPA (2004) Avalie a assertiva: “Os gastos com investimento, que são relevantes para o cálculo da despesa agregada, englobam tanto a compra de máquinas e equipamentos pelas firmas privadas, como as despesas com aquisições de ações de empresas pelos clientes de corretoras de valores” Resp.: Errado. Compra de títulos e ações de empresas já existentes não significa aumento do estoque de capital físico. Ações são aplicações financeiras. Principais conceitos Macroeconômicos Principais conceitos Macroeconômicos GASTOS DO GOVERNO (G) Despesas com os salários dos funcionários públicos e com compras do governo (educação, saúde, etc.) TRANSFERÊNCIAS GOVERNAMENTAIS (Transf) Recursos que o Governo transfere a entes privados sem receber bens e serviços em troca Transferências a pessoas (aposentadorias, bolsa-família, etc.) Transferências a empresas (recursos para empresas) Imposto diretos negativos Principais conceitos Macroeconômicos IMPOSTOS DIRETOS (ID) SUBSÍDIOS (Sub) É quando o governo financia parte do custo de produção de certos produtos O objetivo do subsídio é baratear o preço de algum produto físico ao consumidor final Impostos indiretos negativos Impostos recolhidos diretamente pelo contribuinte Impostos diretos incluem os impostos sobre a renda, patrimônio, etc. IMPOSTOS INDIRETOS (II) Impostos em que o último consumidor na cadeia suporta a carga Os impostos indiretos recaem sobre bens e serviços a serem vendidos OUTRAS RECEITAS CORRENTES (LÍQUIDAS) DO GOVERNO (ORG) Receitas oriundas de aluguéis dos imóveis da união e das participações acionárias da União Principais conceitos Macroeconômicos RECEITA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG) Principais conceitos Macroeconômicos EXPORTAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS (X) São bens e serviços vendidos ao exterior Definida como a soma dos impostos diretos (ID) mais impostos indiretos (II) mais outras receitas do governo (ORG), subtraída dos subsídios (sub) e das transferências (transf) RLG = II + ID + ORG – sub - transf IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS (M) São bens e serviços comprados do exterior EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS (NX) É o excesso de exportações sobre importações NX = X - M 4 Identidades Macroeconômicas Básicas Em economia, é importante a distinção entre equação e identidade A identidade é uma relação decorrente da própria definição São válidas em todos os casos (“as identidades são sempre verdadeiras”) A identidade é indicada pelo símbolo de três barras (≡) Uma equação contém alguma hipótese sobre o comportamento da economia É fácil lembrar para o caso da equação de demanda de mercado Várias hipóteses foram assumidas na sua construção e ela simboliza uma relação que pode ser testada empiricamente A identidade A ≡ B diz que A sempre assume o valor B Na equação A = B, A pode ou não se verificar empiricamente igual a B ACE/MDIC (2001) Avalie a assertiva: “Se, em um determinado ano, na indústria automobilística, ocorreu um aumento considerável nos estoques de carros que não haviam sido vendidos, conseqüentemente, nesse ano, a renda total na economia excedeu a despesa total com bens e serviços.” Resp.: Errado. É só lembrar que despesa total e renda total fazem parte de uma identidade. Os Conceitos de Produto (P) Produto Interno vs. Produto Nacional Definição: Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLE) Diferença entre Renda Enviada ao Exterior (RE) e Renda Recebia do Exterior (RR) Interpretação: diferença entre o que é pago pela utilização de fatores de produção que pertencem a não-residentes e o que é recebido do exterior por uso de fatores de produção dos residentes Se RLE > 0, então o país envia mais renda do que recebe Qual seria a definição de Renda Líquida Recebida do Exterior? Identidades Macroeconômicas Básicas IDENTIDADE 1 RENDA ≡ PRODUTO ≡ DESPESA Um produto de valor X requer uma despesa no valor X para comprá-lo. O que é produzido é revertido em pagamento dos fatores de produção O valor X pode ser R$ 1 ou R$ 1 trilhão IDENTIDADE 2 POUPANÇA ≡ INVESTIMENTO O investimento é idêntico às poupanças privadas (SP), do governo (SG) e externa (SE) I = SP + SG + SE Poupança doméstica ou interna: SP + IP+ IG = SP + SG + SE SG Os Conceitos de Produto (P) Produto Interno vs. Produto Nacional Definição: Renda Enviada ao Exterior (RE) Composta pela soma das despesas do balanço de serviços de fatores (BSF) e donativos cedidos (Donativos Enviados) Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. enviados e pagos ao exterior É a parcela da produção interna de um país que não pertence aos residentes do país Definição: Renda Recebida do Exterior (RR) Composta pela soma das receitas do balanço de serviços de fatores (BSF) e donativos recebidos (Donativos Enviados) Lucros, donativos, juros, rendas do trabalho, etc. recebidos do exterior Renda recebida da produção de empresas brasileiras no exterior Os Conceitos de Produto (P) Produto Interno vs. Produto Nacional O Produto Interno inclui a Renda Enviada (RE) e exclui a Renda Recebida (RR) Então, o lucro de multinacionais que produzem no Brasil entra no cálculo do Produto Interno Enquanto que exclui os lucros de empresas brasileiras sediadas no exterior Produto Interno é a produção realizada no país 5 Os Conceitos de Produto (P) Os Conceitos de Produto (P) Produto Interno vs. Produto Nacional Produto Interno vs. Produto Nacional O Produto Nacional inclui a Renda Recebida (RR) e exclui a Renda Enviada (RE) Se RLE é positivo (RE é maior do que RR), então o Produto Interno é maior do que o Produto Nacional E no Brasil, o que é maior? O Produto Interno ou o Produto Nacional? É válido ressaltar que em uma economia fechada, Produto Interno e Produto Nacional são iguais Então, o lucro de multinacionais que produzem no Brasil não entra no cálculo do Produto Nacional Inclui os lucros de empresas brasileiras sediadas no exterior Produto Nacional é a produção do país, que pertence ao país, independente de onde é realizada Os Conceitos de Produto (P) Produto Bruto vs. Produto Líquido A diferença entre produto bruto e produto líquido é a depreciação O produto bruto inclui, enquanto que o líquido exclui a depreciação Como a depreciação é sempre positiva, o produto bruto é sempre superior ao produto líquido O que é o PIB (Produto Interno Bruto)? PIB vs. PIL PNB vs. PNL Os Conceitos de Produto (P) O que é PNLcf? Inclui a Renda Recebida Não computa a Renda Enviada Exclui a Depreciação Inclui subsídios Exclui Impostos Indiretos O que é então o PIBpm? Inclui a Renda Enviada Exclui a Renda Recebida Inclui Depreciação Inclui Impostos Indiretos Exclui Subsídios Os Conceitos de Produto (P) Produto a Preço de Mercado vs. Produto a Custo de Fatores Produto a Preço de Mercado (pm) É o produto que inclui os impostos indiretos, mas não inclui os subsídios Produto a Custo de Fatores (cf) É o produto que não inclui os impostos indiretos e inclui os subsídios A diferença entre o Produto a Preço de Mercado e o Produto a Custo de Fatores são os impostos e os subsídios TCU (2000) “O que difere o Produto Interno Bruto do Produto Nacional Bruto é: (a) a depreciação dos investimentos estrangeiros realizados no país (b) renda líquida enviada ou recebida do exterior (c) saldo da balança comercial (d) as importações (e) o saldo do Balanço de Pagamentos”. Resp.: Alternativa “b”. O que difere os conceitos é a Renda Recebida e a Renda Enviada ao Exterior. Ou seja, a Renda Líquida Enviada ou Recebida do Exterior 6 ACE/MDIC (1998) Identidades e Conceitos de Produto Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto. a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal b) o salário de um deputado federal c) a compra de um novo aparelho de televisão d) a compra de um pedaço de terra e) um decréscimo nos estoques do comércio Devido à identidade entre produto, renda e despesa: PIBpm = RIBpm = DIBpm PNLcf = RNLcf = DNLcf PILpm = RILpm = DILpm Resp.: Alternativa “d”. Só entra no cálculo das várias definições de Produto o que foi efetivamente produzido durante o ano (ou período de referência do cálculo do produto). A compra de um pedaço de terra é um bem já “existente”. As demais alternativas mostram bens produzidos durante o período de mensuração do Produto. Conversão entre os Diversos Conceitos de Agregados Produto Interno Produto Nacional Subtrair a RLE Produto Bruto Produto Líquido Subtrair a Depreciação Produto a Preço de Mercado Custo de Fator Produto a Subtrair os impostos indiretos e somar os subsídios Resp.: Para se obter o PNBcf a partir do PIBcf, basta subtrair o RLE do último. Isto é: PIBcf – RLE = 1000-50 = 950 = PNBcf Então estamos agora entre as alternativas “c” e “d”. Sabemos que o PNLpm = RNLpm. Então temos que achar o PNLpm a partir do PNBcf. Basta subtrair a depreciação (para tornar “líquido”), adicionar os impostos indiretos e subtrair os subsídios (para transformar em “preços de mercados”). Então: PNBcf – Depreciação + II – Sub = 1020 Alternativa “d” é a resposta final. AFPs (2002) Considere os seguintes dados: Produto Interno Bruto a custo de fatores = 1.000 Renda enviada ao exterior = 100 Renda recebida do exterior = 50 Impostos indiretos = 150 Subsídios = 50 Depreciação = 30 Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fatores e a Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente: a) 1.250 e 1.050 b) 1.120 e 1.050 c) 950 e 1.250 d) 950 e 1.020 e) 1.250 e 1.120 As três óticas do PIB Como os conceitos de renda, despesa e produto são idênticos, pode-se calcular o valor do PIBpm por três caminhos distintos: (a) ótica da despesa Somas todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos (b) ótica do produto (que se analisa de duas maneiras) Somar todos os bens e serviços finais (c) ótica da renda Somar todas as remunerações pagas aos agentes econômicos O resultado encontrado deve ter o mesmo valor numérico 7 As três óticas do PIB AFPS (2002) Ótica do Produto: (a) PIBpm = (Produção total de bens e serviços) – (produção intermediária) (b) PIBpm = soma dos valores adicionados de todos os setores da economia Defini-se valor adicionado como sendo igual ao valor bruto da produção ou valor total da produção (VBP) menos o consumo de bens intermediários VA = VBP – consumo de bens e serviços intermediários Resp.: As três óticas do PIB De acordo com a tabela abaixo, o VBP é 4600 e o consumo intermediário é igual a 2500. Então o VA é 2100. A alternativa “b” é a correta Valor Bruno da Produção Produto Semente (setor S) 200 Tribo (setor T) 1500 Farinha (setor F) 1300 Pão (setor P) 1600 Total 4600 Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo: • O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T; • O setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; • O setor F produziu farinha no valor de 1.300; • O setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores finais. Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no período, de: a) 1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600 Consumo Intermediário 0 200 1000 1300 2500 Valor adicionado 200 1300 300 300 2100 As três óticas do PIB Ótica da Renda: A renda é a remuneração dos fatores de produção O PIB na ótica da renda é dado pela soma de todas as remunerações pagas aos agentes econômicos em um determinado ano, ou seja: PIBpm = salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos + lucros retidos+ ... Se é produto interno, temos que somar as depreciações Se é preços de mercado, temos que soma os impostos indiretos e subtrair os subsídios Existem outros componentes, mas poucos importantes para as questões Ótica da Despesa: A despesa agregada é o destino da produção, isto é, as fontes que adquirem a produção São os gastos que os agentes realizam para comprar a produção A despesa total é a soma do consumo das famílias (C) + investimento das empresas (I) + gastos do governo (G) + setor externo sob forma de exportações líquidas (NX=X-M) Isto é: Bens e serviços não-fatores D = C + I+ G + X - M As três óticas do PIB Componentes da Renda Nacional: O importante são as remunerações dos fatores de produção! Renda Nacional = (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a pessoas + lucros retidos + ... ...+ Impostos diretos das empresas – transferências a empresas + ORG 8 As três óticas do PIB Renda pessoal = Renda nacional – “itens relativos a empresas” + itens que pertencem a pessoas (e que não remuneram fatores de produção) Componentes da Renda Pessoal (salários + aluguéis + juros + lucros distribuídos) a pessoas + transferências a pessoa + juros pagos pelo Governo a pessoas + juros pagos por pessoas a pessoa Renda Pessoal Disponível (RPD) É o que realmente “sobra” para as pessoas, isto é, temos que descontar os impostos do governo RPD = Renda Pessoal – Impostos Diretos das pessoas Resp.: (a) Errado. As importações são componentes da demanda agregada (despesa agregada) (b) Dupla contagem é quando um bem intermediário é computado duas vezes no produto agregado. Errado (c) Incorreto. Produto é uma variável fluxo (d) As atividades econômicas do governo entram sim no cálculo do produto agregado. Alternativa incorreta. (e) Suponha que um bem intermediário foi produzido e estocado. Ele não é um bem final e entra no cálculo do produto, na forma de investimento (variação dos estoques). BACEN (2001) Considere a seguinte equação: Y = C + I + G + (X - M), onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = os gastos do governo. Com base nestas informações, podemos afirmar que: a) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = saldo do balanço de pagamentos em transações correntes b) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = déficit na balança comercial c) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = superávit na balança comercial d) se Y = Produto Nacional Bruto, (X - M) = saldo total do balanço de pagamentos e) se Y = Produto Interno Bruto, (X - M) = exportações menos importações de bens e serviços não fatores APO/MPOG (2002) Com relação ao processo de mensuração do produto agregado, é correto afirmar que: a) as importações, por serem consideradas como componentes da oferta agregada, entram no cálculo do produto agregado. b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando um determinado bem final é computado duas vezes no produto agregado. c) o valor do produto agregado é considerado como "variável estoque". d) no valor do produto agregado, não são consideradas atividades econômicas do governo, cujos valores são computados separadamente. e) nem todo bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem final por natureza. Ministério das Cidades (2005) “Na medida do PIB, as importações do país: (a) não entram no cálculo, pois são produzidas no país (b) são contabilizadas com sinal positivo, pois são utilizadas na produção de outros bens (c) são contabilizadas, pois o PIB inclui a produção no exterior (d) são contabilizadas com sinal negativo, por estarem incorporadas nos demais componentes do PIB (e) não entram no cálculo, pois o PIB é medido pelo valor adicionado Resp.: Alternativa “d” O PIB Nominal O Produto Interno Bruto (PIB) Nominal (em moeda corrente ou preços correntes) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia (dentro do território nacional) durante determinado período de tempo O PIB Real é medido em preços constantes Ou seja, é ajustado pelo inflação É o aumento da produção real Devemos utilizar um “deflator” para obter o PIB real Resp.: Alternativa “e”. X é exportação de bens e serviços nãofatores e M a importação de bens e serviços não-fatores. 9 AFC (2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto agregado a custos de fatores. b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”. c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda no produto agregado real. d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia. e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto nacional bruto. Resp.: Alternativa “a”. A relação entre as magnitudes do produto a preços de mercado e o produto a custos de fatores irá depender dos impostos e dos subsídios. O subsídio pode ser maior do que o imposto e vice-versa. AFRF (2002) Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B). Considere os dados a seguir: Bem A Bem B quantidade preço quantidade preço Período1 10 5 12 6 Período 2 10 7 10 9 Com base nestes dados, é incorreto afirmar que: a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do período 1. b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de, aproximadamente, 31%. c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2, considerando o índice de Laspeyres de preço. d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi de 30%. e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2, considerando o índice de Fisher. Resp.: - cont. (d) Vimos no item anterior que o índice de preços de Laspeyres foi igual a 1,459. O que quer dizer uma inflação de 46% no período. Alternativa “d” está incorreta. (e) Para calcularmos o índice de Fisher, é necessário primeiro calcular o índice de preço de Paasche. IP = p A2 q A2 + pB2 qB2 7 *10 + 9 *10 160 = = = 1,454 p1A q A2 + p1B qB2 5 *10 + 6 *10 110 Fisher é igual à média geométrica de Laspeyres e de Paasche: I F = I L × I P = 1,46 × 1,4545 ≈ 1,46 Como o índice é bem similar ao de Laspeyres, podemos utilizar os resultados da letra “c” e afirmar que não houve crescimento do PIB real utilizando também o índice de Fisher BNB (2006) O produto nacional de um país, medido a preços constantes, aumentou consideravelmente em dois anos. Isso significa que: a) a economia cresceu devido apenas ao aumento de preços. b) o investimento real entre os dois anos diminuiu. c) ocorreu um incremento real da produção. d) a inflação permaneceu inalterada. e) nada se pode afirmar sem o conhecimento do comportamento da inflação. Resp.: Alternativa “c”. Se o PIB real aumentou, quer dizer que houve um aumento da produção da economia. Resp.: (a) Para calcular o produto nominal do período 1, bastar somar duas expressões: (1) a multiplicação da quantidade produzida do bem 1 pelo seu preço e (2) a multiplicação da quantidade do bem 2 pelo seu preço. Isto é: P1 = 10*5 + 12*6 = 122, Para o período 2, temos que P2 = 10*7 + 10*9 = 160. Portanto, o produto nominal no período 2 é maior. (b) O crescimento do produto nominal é dado por: (P2-P1)/P1 = 38/122 = 0,2533 ou seja 31,15. O que é aproximadamente 31%. A alternativa está correta. (c) O índice de Laspeyres de preço é igual a: IL = p A2 q1A + p B2 q1B 7 *10 + 9 *12 178 = = = 1,459 p1A q1A + p1B q1B 5 *10 + 6 *12 122 Portanto, o PIB real no segundo período é, utilizando o índice de preços de Laspeyres como deflator: 160/1,46 = 109. Neste caso, não houve crescimento do PIB real, já que ele saiu de 122 para 109. SENADO (2002) Considerando que o PIB nominal de 2000 foi superior ao PIB nominal verificado em 1999, é correto concluir que houve aumento da produção nesse período. Resp.: Errado. Um aumento no PIB nominal pode ocorrer devido a aumento do nível de preços. Em outras palavras, um aumento do PIB nominal pode ocorrer sem aumento da produção real da economia. 10 AFRF (2000) Considere uma economia hipotética que produza apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades monetárias) e quantidades (em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir: AFRF (2000) Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que: a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%. b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no Produto Real. c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 26,26%. d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 42,03%. e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 59,79%. Produto Potencial vs. Produto Efetivo Resp.: Alternativa “c” Produto Potencial: possível trajetória do PIB real se todos os recursos disponíveis fossem plenamente empregados Produto Efetivo: é o que realmente se produz em um dado período de tempo A diferença entre o PIB potencial e o PIB efetivo é conhecida como hiato do produto Um hiato negativo ou inflacionário indica um excesso de utilização dos fatores de produção Vamos ver no curso que essa situação é quando a demanda agregada é superior à oferta agregada ACE/MDIC (2001) Avalie a assertiva: “Durante os períodos de expansão econômica, o produto interno bruto pode, temporariamente, exceder o produto potencial.” Resp.: Correto. O PIB efetivo flutua em torno do PIB potencial. Então o PIB efetivo pode exceder temporariamente o PIB potencial. Essa situação é conhecida como hiato negativo ou inflacionário BNB (2006) O hiato de produto (diferença entre o produto potencial e o efetivo) é positivo quando: a) a economia atinge o pleno emprego. b) a economia supera o produto de pleno emprego. c) parte dos fatores de produção está sendo subutilizado. d) o nível de utilização da capacidade instalada é pleno. e) verifica-se ausência de capacidade ociosa. Resp.: Alternativa “c” 11 Déficits Gêmeos Relação entre déficit orçamentário e saldo em conta-corrente de um país Conhecida como hipótese dos déficits gêmeos Déficit público é a diferença entre investimento governamental e poupança do governo em conta-corrente Ou, de forma mais simples, é o excesso do investimento público sobre a poupança pública Déficit = I - S Resp. Sabemos que uma das identidades fundamentais é a que o investimento é idêntico a poupança Então, Ipr + Ipu ≡ Spr + Sg + Se Reagrupando a expressão, temos que: Ipu - Sg ≡ Spr - Ipr + Se Tem-se que Ipu – Sg é equivalente ao déficit público. Portanto, Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se A resposta correta é a alternativa “b” Déficits Gêmeos Supondo que a poupança privada equivale ao investimento privado, tem-se o resultados dos déficits gêmeos Spr =~ Ipr Déficit público =~ Se AFRF (2000) Considere: Ipr = investimento privado Ipu = investimento público Spr = poupança privada Sg = poupança do governo Se = poupança externa Com base nas identidades macroeconômicas fundamentais, pode-se afirmar que: a) Ipr + Ipu = Spr + Sg b) déficit público = Spr - Ipr + Se c) Ipr + Ipu + Se = Spr + Sg d) déficit público = Spr + Ipr + Se e) Ipr = Spr + Se Déficits Gêmeos A questão anterior mostra que o déficit público é financiado pelo excesso de poupança do setor privado sobre o investimento privado e pela poupança externa (que corresponde a um déficit no Balanço de Transações Correntes) Déficit público ≡ Spr - Ipr + Se Déficit público ≡ Excesso de Spr + Se AFC (2000) A partir das identidades macroeconômicas básicas, pode-se estabelecer uma relação entre déficit orçamentário do governo e o saldo em conta corrente de um país. A partir dessa relação, assinale a opção correta. a) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante. b) Uma redução do déficit orçamentário do governo, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado, melhora o saldo em transações correntes do país. 12 AFC (2000) – Cont. c) Uma redução do déficit orçamentário do governo melhora o saldo em transações correntes do país, desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante. d) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações nos investimentos públicos, independentemente de ocorrerem ou não variações na diferença entre poupança e investimento privado. e) Alterações no déficit orçamentário do governo somente causam mudanças no saldo em transações correntes do país se tais alterações decorrem exclusivamente de alterações na poupança do governo e desde que a diferença entre poupança e investimento privado permaneça constante. MPU (2004) Um déficit em transações correntes pode ser considerado como a) poupança interna. b) despoupança externa. c) poupança externa. d) despoupança interna. e) despoupança do governo. Resp.: Alternativa “c” Resp.: Alternativa “c” APO/MPOG (2005) Considere os seguintes dados: Investimento privado = 300 Poupança privada = 300 Investimento público = 200 Poupança do governo = 100 Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, a economia apresenta a) um déficit em transações correntes de 100 e um superávit público de 100. b) um superávit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. c) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público de 100. d) um déficit em transações correntes de 100 e um déficit público nulo. e) um déficit em transações correntes nulo e um superávit público de 100. Ótica das Injeções e dos Vazamentos Vazamentos (S + T + M) Recursos que deixam de fluir para empresas e famílias Injeções (I + G + X) Representam a demanda de outros agentes econômicos Se: Injeções > vazamentos: renda nacional está crescendo Injeções < vazamentos: renda nacional está em queda Injeções = vazamentos: renda nacional está em equilíbrio estacionário Resp.: O déficit publico é definido como (Ipu - Sg) = (200 – 100) = 100 Sabemos que I = S ou Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se “Se” é a poupança externa ou o déficit em transações correntes Então: Se = (Ipr – Spr) + (Ipu – Sg) Se = (300 – 300) + (200 – 100) = 100 A resposta é então déficit em transações correntes igual a 100 e déficit público igual a 100. Alternativa “c” Ótica das Injeções e dos Vazamentos Tome S + T + M = I + G + X (S - I) + (T - G) = (X - M) Se X – M > 0 ou X > M superávit do setor privado (S - I)>0 e/ou superávit no governo (T – G) > 0 O que representa uma poupança externa negativa (-Se) Se X – M < 0 ou X < M O que representa uma poupança externa positiva (+Se) 13 Absorção Interna Carga Tributária Definição: A = C + I + G A diferença entre a absorção interna e o produto é devido às exportações (X) e às importações (M) Se o PIB for maior que absorção, isto quer dizer que há superávit comercial (NX>0) No caso oposto, se o PIB for menor que a absorção, há uma necessidade de produtos produzidos no exterior AFPS (2002) APO/MPOG (2003) ( ID + II + CPF ) × 100 PIBpm Parafiscais (COFINS, PIS, CSLL, INSS) É também conhecida como a receita tributária do governo Carga tributária líquida (CTL) = carga tributária menos transferências do governo ( ID − transf ) + ( II − sub) + CPF CTL = × 100 PIBpm c) 370 “O bruto é sempre o liquido mais a depreciação”. Isso vale também para a poupança. A poupança bruta (ou simplesmente S) é igual a : S = SL + depreciação = 100 + 5 Sabemos que pela identidade fundamental: I = S Lembrar que estamos trabalhando com uma economia fechada e em governo O investimento é equivalente a: I = FBKF + ∆e Ou seja, FBKF= I – ∆e = 105 – 50 = 55 A resposta é então a alternativa “b”. Resp.: Considere os seguintes dados para uma economia hipotética • renda nacional líquida: 1000 • depreciação: 30 • consumo pessoal: 670 • variação de estoques: 30 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas que decorrem de um sistema de contas nacionais para uma economia fechada e sem governo, podemos afirmar que a formação bruta de capital fixo nesta economia é de: b) 330 CTB = Resp.: Considere os seguintes dados: Poupança líquida = 100 Depreciação = 5 Variação de estoques = 50 Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente: a)100 e 105 b) 55 e 105 c) 50 e 100 d) 50 e 105 e) 50 e 50 a) 300 Carga tributária bruta (CTB) = total de tributos arrecadados no país Contribuições d) 400 e) 430 Temos que calcular a renda nacional bruta RNB = RNL + Depreciação = 1000 + 30 = 1030 Como estamos em uma economia fechada e sem governo, Y = C + I Pela identidade sabemos que a renda equivale a despesa, logo Y = RNB = C + I .: I = RNB – C = 1030 – 677 = 360 Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 360 – 30 = 330 Resp.: Alternativa “b” 14 APO/MPOG (2002) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias num determinado período de tempo: poupança líquida do setor privado: 100; depreciação: 10; déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 50; saldo do governo em conta corrente: 30; variação de estoques: 30. Com base nestes valores e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo, o investimento bruto total e a poupança bruta total são iguais a, respectivamente: a) 160, 190 e 190 b) 130, 160 e 160 c) 130, 140 e 150 d) 160, 160 e 160 e) 120, 160 e 160 AFC (2000) Com relação aos conceitos de produto agregado, podemos afirmar que a) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido; o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado b) o produto nacional é necessariamente maior do que o produto interno; o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido; e o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores c) o produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores; o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido MPU (2004) Considere os seguintes dados para uma economia fechada e sem governo. Salários = 400 Lucros = 300 Juros = 200 Aluguéis = 100 Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 100 Depreciação = 50 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e a renda nacional bruta são, respectivamente, a) 500 e 1050. b) 400 e 1000. c) 450 e 1000. d) 400 e 1050. e) 450 e 1050. Resp.: Tem-se que a poupança privada bruta é: Spr = Slpr + Depreciação = 100 + 10 = 110 Uma das identidades fundamentais I = S = Spr + Sg + Se I = S = 110 + 30 + 50 = 190 Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 190 – 30 = 160 Logo FBKF = 160; I = 190 e S = 190 Resp.: Alternativa “a” AFC (2000) – cont. d) o produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido; o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; e o produto a preços de mercados pode ser maior ou menor do que o produto a custo de fatores e) o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional; o produto líquido pode ser maior ou menor do que o produto bruto; e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado Resp.: Vamos por partes. O produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido, visto que é o último mais a depreciação. Ademais, o produto nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno, a depender do sinal da receita líquida enviada ao exterior (que pode ser positiva ou negativa. E, por fim, e o produto a custo de fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado (a depender da magnitude dos impostos indiretos e dos subsídios). Alternativa “a” é a resposta. Resp.: O PIB pela ótica da renda é dado por: salários + aluguéis + juros + lucros + depreciação = 400 + 100 + 200 + 300 + 50 = 1050 PIB = RNB como não existe setor externo RNB = C + I (já que não existe governo e setor externo) I = RNB – C = 1050 – 500 = 550 Por fim, I = FBKF + ∆e .: FBKF= I – ∆e = 550 – 100 = 450 Resp.: Alternativa “e” 15 APO/MPOG (2002) Com base nas identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que: a) no Brasil, o produto nacional bruto é maior do que o produto interno bruto. b) se o país obteve um saldo positivo no saldo do balanço de serviços de fatores, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto. c) se o saldo em transações correntes for nulo, o produto nacional bruto será igual ao produto interno bruto. d) se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto. e) independente das contas externas do país, o produto interno bruto é necessariamente maior do que o produto nacional bruto. Resp.: Alternativa “b” Resp.: Temos que I = FBKF + ∆e. Precisamos saber o valor dos investimentos (I) para saber o resultado da questão. Mas como fazer isso? É só olhar os dados da questão e pensar no PIB da ótica da despesa: PIB = C + I + X – M (em uma economia sem governo) O PIB é igual a PIL + depreciação (ou a RIL + depreciação) Por sua vez, o PIL é igual a PNL + renda líquida enviada ao exterior (ou a RNL + renda líquida enviada ao exterior) Estas duas informações nos dizem que o: PIB = RNL + RLE + depreciação Ou seja: PIB = 1000 + 50 + 5 = 1055 Como PIB = C + I + G + X – M, temos 1055 = 500 + I + 200 – 100 I = 455 Logo, I = FBKF + ∆e AFRF (2002) Considere um sistema de contas nacionais para uma economia aberta sem governo. Suponha os seguintes dados: Importações de bens e serviços não fatores = 100 Renda líquida enviada ao exterior = 50 Renda nacional líquida = 1.000 Depreciação = 5 Exportações de bens e serviços não fatores = 200 Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 80 Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 375 b) 275 c) 430 d) 330 e) 150 ACE/MDIC (2002) Considere uma economia hipotética com os seguintes dados: • Exportações de bens e serviços não fatores = 300; • Importações de bens e serviços não fatores = 100; • Renda recebida do exterior = 50; • Renda enviada ao exterior = 650; • Poupança interna líquida = 200; • Variação de estoques = 100; • Depreciação = 50. 455 = FBKF + 80 FBKF = 375 Alternativa “a” é a resposta ACE/MDIC (2002) – cont. Com base nestes dados, a poupança externa e a formação bruta de capital fixo desta economia são, respectivamente: a) 400 e 450 b) 400 e 550 c) 350 e 500 d) 300 e 450 e) 300 e 650 Resp.: “b” Resp.: Sabemos que a poupança externa é equivalente ao déficit das transações correntes: Poupança externa = transações correntes = fluxo de bens e serviços + fluxo de renda Ou seja: Transações Correntes = X – M (bens e serviços) + RR – RE (renda) Transações Correntes = 300 – 100 + 50 – 650 = – 400 Logo Se = – Transações Correntes = – ( – 400) = 400 Mais uma vez, I = FBKF + ∆e O investimento corresponde à poupança interna bruta (Sd = Spr + Sg) mais a poupança externa, ou seja A poupança interna bruto é igual a poupança interna líquida mais depreciação I = Sd + Se = (SL + depreciação) + Se = (200 + 50) + 400 = 650 Portanto: FBKF = I – ∆e = 650 – 100 = 550. A resposta é então a alternativa “b” 16 ENAP (2006) Com base nos conceitos macroeconômicos é incorreto afirmar que a) se os subsídios forem iguais a zero, na existência de impostos indiretos, o Produto Interno Bruto a custo de fatores será menor do que o Produto Interno Bruto a preços de mercado. b) a diferença entre o Produto Interno Bruto e o Produto Nacional Bruto depende do sinal do saldo da conta de renda líquida enviada ao exterior. c) a dívida pública como percentual do Produto Interno Bruto não pode ser superior a 100%. d) considerando que a depreciação é sempre positiva, o Produto Interno Bruto é necessariamente maior do que o Produto Interno Líquido. e) o Produto Interno Bruto pode ser considerado o que se denomina variável fluxo. Resp.: Não vimos ainda com detalhes o conceito de dívida pública, mas com o que estudamos até agora podemos ver que cada uma das alternativas (a), (b), (d) e (e) está correta. Portanto, a alternativa (c) está incorreta (para ser preciso, a dívida pública pode, em tese, ser qualquer valor maior do que zero). CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Primeiro Grupo: Conta de Bens e Serviços Recursos: Produto (cf) + Impostos sobre Produtos+ Importações Usos: Consumo Final + Consumo Intermediário + Investimentos + Exportações Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X Resp.: É uma questão que envolve o conceito de Conta de Bens e Serviços Neste caso, temos que somar e igualar (a) os recursos: Produto (cf) + Impostos sobre Produtos+ Importações E (b) os usos: Consumo Final + Consumo Intermediário + Investimentos + Exportações Isto é: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X A formação bruta de capital fixo vem do componente investimento TABELAS DE USOS E RECURSOS E CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Componentes da metodologia das Contas Nacionais Tabelas de Usos e Recursos (TRU) apresenta a oferta total da economia como o somatório da produção de bens e serviços e, simultaneamente, como somatório do consumo intermediário e da demanda final As Contas Econômicas Integradas (CEIs) correspondem ao conjunto de quatro contas do sistema anterior e são apresentadas como base em três grandes grupos Substitui-se as tradicionais colunas de débito e crédito pelas colunas de usos (aplicação dos recursos) e recursos (origem dos recursos GESTOR/MPOG (2003) Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Bens e Serviços do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Importação de bens e serviços: 69.310.584 • Impostos sobre produtos: 83.920.429 • Consumo intermediário: 628.444.549 • Consumo final: 630.813.704 • Variação de estoques: 12.903.180 • Exportação de bens e serviços: 54.430.127 Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150.050.300 b) 66.129.871 c) 233.970.729 d) 100.540.580 e) 200.000.000 Resp.: A tabela abaixo sistematiza o cálculo a ser feito: Recursos 1.323.410.847 69.310.584 83.920.429 1.476.641.860 Operações e Saldos Produção Importação de Bens e Serviços Impostos sobre produtos Consumo Intermediário Consumo Final Formação Bruta de Capital Fixo Variação de Estoques Exportação de Bens e Serviços Total Usos 628.444.549 630.813.704 ? 12.903.180 54.430.860 1.476.641.860 P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X 1.323.410.847 + 83.920.429 + 69.310.584 = 628.444.549 + 630.813.704 + (FBKF + 12.903.180) + 54.430.127 FBKF = 150.050.300. Resp.: Alternativa “a”. 17 GESTOR/MPOG (2005) Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1.300 Importação de bens e serviços = 70 Impostos sobre produtos = 85 Consumo intermediário = 607 Consumo final = 630 Variação de estoques = 13 Exportações de bens e serviços = 55 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 150 b) 100 c) 50 d) 200 e) 250 Resp.: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X 1300 + 70 + 85 = 607 + 630 + (FBKF + 13) + 55 FBKF = 1455 – 1305 = 150 Resp.: Alternativa “a”. Resp.: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X 1200 + 70 + 60 = Ci + 600 + (100 + 10) + 120 Ci = 1330 – 830 = 500 Alternativa “a” Resp.: A questão é idêntica à anterior, só que com menos exigência de álgebra A tabela abaixo resumo os números do problema Recursos 1300 70 85 1455 Operações e Saldos Produção Importação de Bens e Serviços Impostos sobre produtos Consumo Intermediário Consumo Final Formação Bruta de Capital Fixo Variação de Estoques Exportação de Bens e Serviços Total Usos 607 630 ? 13 55 1455 APO/MPOG (2005) Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200 Importação de bens e serviços = 60 Impostos sobre produtos = 70 Consumo final = 600 Formação bruta de capital fixo = 100 Variação de estoques = 10 Exportações de bens e serviços = 120 Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600 CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Segundo Grupo é constituído de três contas: (a) Conta de produção Valor Bruto da Produção = Consumo Intermediário + Produto Interno Bruto (b) Conta de Renda Identidades sobre conceitos de renda (c) Conta de Acumulação Trabalha diretamente com a identidade investimento/ poupança Estima a necessidade ou capacidade de financiamento do país O sinal negativo do saldo (poupança doméstica - investimento doméstico) mostra que houve a complementação com poupança externa no ano em questão 18 GESTOR/MPOG (2003) Considere os seguintes dados extraídos da Conta de Produção do Sistema de Contas Econômicas Integradas: • Produção: 1.323.410.847 • Produto Interno Bruto: 778.886.727 • Imposto de importação: 4.183.987 • Demais impostos sobre produtos: 79.736.442 Com base nestas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário é de: a) 628.444.549 b) 632.628.536 c) 600.000.000 d) 595.484.200 e) 550.000.003 Resp.: Portanto, a resolução da questão fica: P + Impostos = Ci + PIB 1.323.410.847 + (4.183.987 + 79.736.442) = Ci + 778.886.727 Logo “Ci” = 1.407.331.276 – 778.886.727 Ci = 628.44.549 A alternativa correta é a “a” Resp.: É uma questão sobre a conta de produção Como derivamos a conta de produção? É bem simples. Sabemos que pela conta de bens e serviços P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X O consumo final (Cf) agrupa o consumo das famílias (C) e o do governo (G) E que o PIB pela ótica da despesa: PIB = C + I + G + X – M Assim, P + Impostos = Ci + PIB Ou: PIB = P + Impostos - Ci AFRF (2002) No ano de 2000, a conta de produção do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057 Consumo Intermediário: 1.011.751 Impostos sobre produto: 119.394 Imposto sobre importação: 8.430 Produto Interno Bruto: 1.086.700 Com base nestas informações, o item da conta “demais impostos sobre produto” foi de: a)839.482 b)74.949 Resp.: É uma questão sobre a conta de produção P + Impostos = Ci + PIB 1.979.057 + (Impostos) = 1.011.751 + 1.086.700 Impostos = 119.394 Impostos totais = impostos sobre importações + “demais impostos sobre produto” “demais impostos sobre produto” = 119.394 - 8.430 = 110.964 A alternativa correta é a “c” c)110.964 d)128.364 e)66.519 AFRF (2002) No ano de 1999, a conta de capital do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000): Poupança bruta: 149.491 Formação bruta de capital fixo: 184.087 Variação de estoques: 11.314 Transferências de capital enviada ao resto do mundo: 29 Transferências de capital recebida do resto do mundo: 91 Com base nessas informações, é correto afirmar que a necessidade de financiamento foi igual a: a) 34.566 b) 45.848 c) 80.414 d) 11.282 e) 195.401 19 Resp.: É uma questão de Conta de Acumulação. Vamos então utilizar a identidade entre poupança e investimento O investimento é dado por: FBKF + ∆e I = 184.087+11.314 = 195.401. A questão diz que a economia recebeu transferência positiva de capital (91-29 = 62) e tem poupança interna bruta de 149.491. Claramente a poupança interna mais as transferências são menores do que o investimento. O que significa necessidade de financiamento do país Tal necessidade é na magnitude de (149.491 + 62 - 195.401) = 45.848. A resposta é a letra “b” CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS Terceiro Grupo é constituído das contas relativas ao resto do mundo: Chamada de Conta de Operações Correntes com o Mundo Quais os usos e recursos dessa conta? Usos: Exportações, Rendas enviadas ao exterior, transferências correntes enviadas, etc. Recursos: Importações, Rendas externas recebidas, transferências correntes recebidas, etc. GESTOR/MPOG (2008) QUESTÕES EXTRAS Resp.: A partir da identidade I = S, temos que Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se Sabemos que a poupança externa é igual ao déficit de transações correntes, logo: 200 + Ipu = 100 + 50 + 100 Ipu = 50 O déficit público é igual ao investimento público menos a poupança do governo, isto é: Dg = Ipu – Sg = 50 - 50 Dg = 0 não há déficit público Alternativa “c” está correta. Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200; Poupança privada: 100; Poupança do governo: 50; Déficit em transações correntes: 100. Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. APO/MPOG (2008) “No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos. a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital.” 20 Resp.: O PIB per capita é um indicador da produção por pessoa na economia, não englobando outros aspectos importantes como bem-estar, qualidade de vida, entre outros. Alternativa “c” está incorreta Resp.: PIB Real nos períodos 1 e 2: Período 1: ∑ Pi Qi = (1×100) +(3 × 200) + (2 ×150) = 1000 Período 2: ∑ Pi Qi = (1×110) +(3 × 200) + (2 ×100) = 910 Houve um decréscimo de R$ 90 no PIB real Resp.: Alternativa “c” ACE/MDIC (1998) Uma economia produz apenas três bens, A, B e C. A tabela abaixo mostra as quantidades produzidas e os preços unitários de cada um destes bens nos anos de 1996 e 1997: 1996 1997 Bem Quant. Preço Quant. Preço A 100 $ 1 110 $1 B 200 $ 3 200 $3 C 150 $ 2 100 $ 4 Neste contexto, indique a resposta correta. a) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre 1996 e 1997. b) Tomando 1997 como ano-base, o PIB real desta economia cresceu $110 entre 1996 e 1997. c) Tomando 1996 como ano-base, o PIB real desta economia decresceu $90 entre 1996 e 1997. d) Tomando 1997 como ano-base, o PIB nominal desta economia cresceu $10 entre 1996 e 1997. e) Tomando 1996 como ano-base, o PIB nominal desta economia decresceu $110 entre 1996 e 1997 ACE/TCU (2002) Considere os seguintes dados para uma economia aberta e sem governo, num determinado período de tempo e em unidades monetárias: Poupança líquida do setor privado: 100 Depreciação: 10 Variação de estoques: 40 Formação bruta de capital fixo: 120 Com base nestes dados e considerando um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que, no período, o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes foi: a) superavitário no valor de 40. b) superavitário no valor de 50. c) deficitário no valor de 40. d) deficitário no valor de 50. e) nulo. Resp.: Alternativa “d” Resp.: I = S .: Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se Queremos identificar o valor da poupança externa Se, que equivale ao déficit em transações correntes. Como a economia é sem governo, Ipu e Sg são iguais a zero. Sabemos que Ipr = FBKF + ∆e = 120 + 40 = 160 E que Spr = Sl + depreciação = 100+ 10 = 110 Então: Ipr = Spr + Se 160 = 110 + Se .: Se = 50 Déficit em transações correntes igual a 50. Resposta letra “d” ENAP (2006) Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil: Produção = 6000 Importação de bens e serviços = 250 Impostos sobre produto = 550 Consumo intermediário = 2850 Formação bruta de capital fixo = 430 Variação de estoques = 25 Exportação de bens e serviços = 235 Com base nesses dados, o consumo final foi de a) 2890. b) 3010. c) 3285. d) 3005. e) 3260. 21 ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento/2003 Resp.: P + Impostos + M = Ci + Cf + I + X 6000 + 550 + 250 = 2850 + Cf + (430 + 25) + 235 Cf = 6800 – 3540 = 3260 Alternativa “e” Considere os seguintes dados de um sistema de contas nacionais, que segue a metodologia do sistema adotado no Brasil, em unidades monetárias: Produção = 1200 Importação de bens e serviços = 60 Impostos sobre produtos = 70 Consumo final = 600 Formação bruta de capital fixo = 100 Variação de estoques = 10 Exportações de bens e serviços = 120 Com base nessas informações, o consumo intermediário é igual a: a) 500 b) 400 c) 450 d) 550 e) 600 Resp.: Alternativa “a” Balanço de Pagamentos Balanço de Pagamentos (BP) é o registro sistemático das transações entre residentes e não-residentes de um país durante determinado período de tempo MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo No Brasil, é elaborado pelo Banco Central É importante frisar que só são registrados no Balanço de Pagamentos transações entre residentes e não-residentes Balanço de Pagamento Prof. Daniel da Mata Residentes 1. Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo centro de interesse é o pais Transações entre residentes não são contabilizadas no Balanço de Pagamentos Não-Residentes 1. Ex.: indivíduos que vivem permanentemente no país (incluindo estrangeiros que trabalham no país) 2. Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no país Ex.: Turista estrangeiro no país 2. Ex.: empresas nacionais e multinacionais instaladas no país 3. Embaixadas do país no mundo Ex.: Embaixada Brasileira em Roma 4. Pessoas jurídicas de direito público sediadas no país Órgãos dos Poderes em nível estadual Pessoas físicas, nacionais ou não, cujo centro de interesse não é o pais Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país Ex.: filial da Gerdau no Chile 3. Embaixadas estrangeiras no país 4. Pessoas jurídicas de direito público de outros países Ex.: Embaixada da China em Brasília 22 ACE/MDIC (2002) Tomando como caso o Brasil, não é considerado como residente para efeito de pagamento no balanço de pagamentos a) embaixadas brasileiras no exterior. b) empresas multinacionais instaladas no Brasil. c) turistas brasileiros no exterior. d) instituições norte-americanas de ensino instaladas no Brasil. e) filiais de empresas brasileiras no exterior. Resp.: Alternativa “e”. Pessoas jurídicas de direito privado instaladas fora do país são consideradas não-residentes, não importando se tal empresa é brasileira ou não. Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) A estrutura antiga é útil como introdução, visto que a maioria dos conceitos permanecem iguais E esses conceitos são cobrados em concursos 1. BALANÇO COMERCIAL (Valor FOB) Saldo líquido entre exportação de bens e importações de bens 2. BALANÇO DE SERVIÇOS Saldo líquido entre serviços prestados por residentes a não-residentes e despesas com serviços prestados por não-residentes a residentes. Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) 3. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (DONATIVOS) Saldo líquido entre receitas de donativos e despesas de donativos cedidos Incluem as remessas de imigrantes e reparações de guerras 4. SALDO EM TRANSAÇÃO CORRENTE (OU CONTA CORRENTE) DO BP = 1 + 2 + 3 É a soma dos itens anteriores T = BC + BS + TU Como é realizada o pagamento das transações entre residentes e não residentes? Basicamente, de 4 formas: (a) Haveres a Curto Prazo no Exterior Liquidez imediata: moeda forte, títulos de curto prazo Principal meio de pagamento internacional (b) Ouro Monetário É o ouro em poder do Banco Central. É aceito como pagamento nas transações do comércio internacional (c) Posição das Reservas no Fundo Monetário Internacional (FMI) Cota-parte de cada país membro É considerado um empréstimo quando um país retirar recursos superiores a sua cota-parte, feito para regularizar um déficit no saldo do Balanço de Pagamentos (d) Direito Especial de Saque (DES) Moeda escritural, criada pelo FMI, para fazer pagamentos e recebimentos entre Bancos Centrais dos países Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) BALANÇO DE SERVIÇOS Balanço de serviços não-fatores Viagens internacionais Fretes Seguros Serviços governamentais Outros serviços não-fatores Balanço de serviços fatores Renda do Capital (juros e lucros) Renda do Trabalho Outros serviços fatores (royalties, patentes, etc.) Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) 5. MOVIMENTO DE CAPITAIS AUTÔNOMOS Capitais que livremente entram ou saem do país Investimentos Diretos Empréstimos e Financiamentos Amortização Reinvestimento Refinanciamento Capitais a Curto Prazo 23 Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) 6. ERROS E OMISSÕES Conta de ajuste dos débitos e créditos 7. SALDO TOTAL DO BALANÇO DE PAGAMENTOS = 4 + 5 + 6 Soma do Saldo em Conta-Corrente (T), Capitais Autônomos (Ka) e Erros e Omissões (EO) BP = T + Ka + EO Em suma: 1. BC (Balança Comercial) 2. BS (Balança de Serviços) 3. TU (Transferências Unilaterais) 4. T (Saldo em Transações Correntes) T = BC + BS + TU 5. Ka (Capitais Autônomos) 6. EO (Erros e Omissões) 7. B (Saldo do Balanço de Pagamentos) B = T + Ka + EO 8. Kc (Capitais Compensatórios) 8.1 Contas de Caixa: haveres, ouro monetário, DES, reservas do FMI 8.2 ER (empréstimos de regularização) 8.3 A (Atrasados) MPU (2004) Não é registrado no balanço de serviços o(a) a) remessa de lucros. b) amortização de empréstimos. c) pagamento de fretes. d) pagamento de seguro de transportes de mercadorias. e) recebimento de juros de empréstimos. Resp.: Alternativa “b”. Amortização é computada na conta de movimento de capitais autônomos Estrutura do Balanço de Pagamentos (antiga!) 8. MOVIMENTO DE CAPITAIS COMPENSATÓRIOS (Demonstrativo de Resultado) Contas de Caixas Haveres Ouro Monetário DES Reservas do FMI Empréstimos de regularização Atrasos MRE (2004) “Quando nisseis brasileiros que trabalham no Japão remetem parte de suas economias a seus familiares, no Brasil, essa transação é registrada como uma transferência unilateral e constitui parte integrante da conta de transações correntes.” Resp.: Correto. Vimos que os donativos são registrados como transferência unilateral, parte da balança de transações correntes AFPS (2002) Considere as seguintes informações: Saldo da balança comercial: déficit de 100; Saldo da balança de serviços: déficit de 200; Saldo em transações correntes: déficit de 250; Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 50. Com base nessas informações, o saldo das “transferências unilaterais” e do “movimento de capitais autônomos” foram, respectivamente: a) + 50 e + 300 b) – 50 e – 300 c) + 30 e – 330 d) – 30 e + 330 e) – 30 e – 300 24 Resp.: Classificação das Contas do BP Sabemos que o saldo de transações correntes corresponde a soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais T = BC + BS + TU Logo: TU = T – BC – BS = (-250) – (-100) – (-200) = +50 Temos também que o saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões B = T + Ka + EO A questão estipula que não há erros e omissões Portanto: Os registros contábeis do Balanço de Pagamentos são elaborados dentro do princípio das partidas dobradas Crédito em uma conta corresponde a débito em outra Visando a homogeneização entre os diversos países, o BP é expresso em apenas uma divisa padrão (dólar) Ka = B – Ta = +50 – (-250) = + 300 Resp.: Alternativa “a” Classificação das Contas do BP Classificação das Contas do BP Contas Operacionais (fatos geradores) As contas de Ativo (bens e direitos) representam uma aplicação de recursos e possuem natureza devedora As contas de Passivo (obrigações) representam a origem dos recursos e possuem natureza credora Divide-se as contas do BP em dois tipos: Contas operacionais Contas de caixa Entrada de divisas tem sinal positivo (+)! Saída de divisas tem sinal negativo (-)! Exportação Importação Investimentos Transferências unilaterais Amortização Etc. Contas de Caixa (movimento de meio de pagamentos) Entrada de divisas (uma receita) tem sinal negativo (-), isto é, diminuem as obrigação Saída de divisas tem sinal positivo (+) Haveres Ouro Monetário Direitos especiais de saque (DES) Reservas do FMI Classificação das Contas do BP Classificação das Contas do BP Exemplos de entrada de divisas Tipos de Contas Contas Operacionais Contas de caixa Receita: entrada de divisas (ou de reservas) Crédito (+) Débito (-) Despesa: saída de divisas (de reservas) Débito (-) Crédito (+) Exportação de bens Receitas de viagens internacionais Receitas de fretes Receitas com juros da dívida externa Receitas com rendas do trabalho Receitas com lucros recebidos Entrada de investimentos diretos Amortizações recebidas Em suma, representam: Uma entrada de divisas e as contas operacionais devem ser creditadas (+) Um aumento do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser debitadas (diminuição das obrigações) 25 Classificação das Contas do BP Exemplos de saída de divisas Importação de bens Despesas de viagens internacionais Despesas de fretes Despesas com juros da dívida externa Despesas com rendas do trabalho Despesas com lucros recebidos Saída de investimentos diretos Paramentos de amortizações Em suma, representam: Uma saída de divisas e as contas operacionais devem ser debitadas (-) Uma diminuição do saldo em alguma conta de caixa, que devem ser creditadas (aumento das obrigações) Exemplos de Lançamentos no BP Exportação de Mercadorias O Brasil exporta mercadorias no valor de 100 e recebe em moeda forte Exportação: +100 Haveres: -100 Exportação de Bens O Brasil exporta bens no valor de 100 e recebe metade em moeda forte e metade em DES Exportação: +100 Haveres: -50 DES: -50 Importação de Bens O Brasil importa bens no valor de 100 e paga metade em moeda forte e metade em ouro Importação: -100 Haveres: +50 Ouro monetário: +50 Exemplos de Lançamentos no BP Recebimento de lucros Uma empresa brasileira recebe de sua filial no exterior lucros no total de 10 Lucros: +10 Haveres: -10 Envio de lucros Uma multinacional estrangeira residente no Brasil envia para exterior 20 Lucros: -20 Haveres: +20 Pagamento de fretes A Petrobrás paga frete de navio petroleiro no valor de 100 à vista Fretes: -100 Haveres: +100 Classificação das Contas do BP No BP, podemos encontrar três gêneros de lançamento (a) O lançamento é feito em uma conta operacional e a respectiva contrapartida contábil é feita em uma conta de caixa (b) o lançamento e a respectiva contrapartida contábil são ambos registrados em contas operacionais (c) O lançamento e a contrapartida são ambos registrados em contas de caixa No próximo slide vamos ver alguns exemplos de lançamentos no BP Notar que as contas de caixa possuem subcontas utilizadas para lançamentos de ajustes Valorização e desvalorização Monetização e desmonetização Alocação (compras) e cancelamentos (venda) de DES Variação total de haveres, ouro monetário, DES e reservas do FMI Exemplos de Lançamentos no BP Vamos praticar um pouco! Permuta de mercadorias* O Brasil importa automóveis no valor de 100 pagando com madeira Importação: -100 Exportação: +100 Pagamento de juros da dívida externa O Brasil paga juros da sua dívida externa no valor de 100, metade com reservas do FMI e metade em moeda forte Juros: -100 Haveres: +50 Reserva do FMI: +50 Recebimento de juros da dívida externa O Brasil recebe da Bolívia juros da dívida externa boliviana no valor de 100 em moeda forte Juros: +100 Haveres: -100 Exemplos de Lançamentos no BP Pagamento de seguro Residente para prêmio a seguradora no exterior no valor de 20 Seguros: -20 Haveres: +20 Receitas de renda do trabalho Trabalhador presta serviço à embaixada americana em Brasília, no valor de 10 Rendas do trabalho: +10 Haveres: -10 Recebimento de donativos em moeda forte* Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1 milhão de dólares Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão Haveres: - US$ 1 milhão 26 Exemplos de Lançamentos no BP Exemplos de Lançamentos no BP Migração* Recebimento de donativos em mercadoria* Uma ONG brasileira recebe de uma organização estrangeira 1 milhão de dólares em remédios Transferência unilaterais: + US$ 1 milhão Importação: - US$ 1 milhão Doação em mercadoria O país doa 1 milhão de dólares em remédios e alimentos para socorrer vítimas de um terremoto na China Transferência unilaterais: - US$ 1 milhão Exportação: + US$ 1 milhão Envio de remessa de imigrantes Familiares enviam para um parente dos EUA um valor de 3 Transferências unilaterais: - 3 Haveres: +3 Exemplos de Lançamentos no BP Entrada de investimentos diretos sob forma de participação acionária Um americano compra ações no Brasil no valor de 20 Investimento direto: +20 Haveres: -20 Saída (pagamento) de investimentos diretos (de risco) Residentes no país investem 20 no exterior Investimento direto: -20 Haveres: +20 Entrada de investimentos diretos sem cobertura cambial* Ingressam no país, sob forma de investimento direto, máquinas e equipamentos no valor de 3 Investimento direto: +3 Importação: -3 Exemplos de Lançamentos no BP Reinvestimento Uma multinacional reinveste 10 no país Reinvestimentos: +10 Lucro: -10 Refinanciamento O Brasil refinancia parte de sua dívida no valor de 10 Refinanciamento: +10 Juros (refinanciados): -10 Atrasados O país deixa de pagar juros no valor de 10 Juros: -10 Atrasados: +10 Um brasileiro retorno ao país e traz bens no valor de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4 Transferências Unilaterais: (+2) + (+3) + (-4) = +1 Importação: -2 Empréstimos: (-3) + (+4) = +1 Migração* Um brasileiro, ao emigrar para outro país, leva consigo bens no valor de 2, direitos no valor de 3 e obrigações no valor de 4 Transferências unilaterais: (-2) + (-3) + (+4) = -1 Exportações: +2 Empréstimos: (+3) + (-4) = -1 Aquisição de propriedade no exterior por parte de residentes Um brasileiro compra uma residência em Miami por 4 Investimento Direto: -4 Haveres: +4 Exemplos de Lançamentos no BP Saída de investimentos diretos sem cobertura cambial Saem no país, sob forma de investimento direto, máquinas e equipamentos no valor de 3 Investimento direto: -3 Exportação: +3 Recebimento de empréstimos de não-residentes Residentes no país obtêm um empréstimo de não-residente Empréstimos/financiamentos: +10 Haveres: -10 Pagamento de amortização O Brasil amortiza parte do principal da sua dívida no valor de 10 Amortização:-10 Haveres: +10 Exemplos de Lançamentos no BP Atrasados Vencem fretes no valor de 10. O país paga 8, sendo metade em moeda forte e metade em DES Fretes: -10 Haveres: +4 DES:+4 Atrasados: +2 Monetização no mercado interno O Banco Central compra ouro de garimpeiros no valor de 10 Variação total de ouro monetário: +10 Contrapartida para desmonetização: -10 Desmonetização no mercado externo O Banco Central vende ouro no exterior diminuindo suas reservas no valor de 10 Variação total de ouro monetário: -10 Contrapartida para desmonetização: +10 Exportação: +10 Haveres: -10 27 Exemplos de Lançamentos no BP Importação de ouro não-monetário Uma indústria no Brasil compra ouro no exterior para utilizar como insumo na linha de produção Importação: -10 Haveres: +10 Exportação de ouro não-monetário Um artista na França compra ouro do Brasil para utilizar nas suas criações Exportações: +10 Haveres: -10 APO (2002) Com base no balanço de pagamentos, é correto afirmar que: a) o saldo dos movimentos de capitais autônomos tem que ser necessariamente igual ao saldo do balanço de pagamentos em transações correntes. b) as transferências unilaterais têm como única contrapartida de lançamento a balança comercial. c) o saldo total do balanço de pagamentos é necessariamente igual a zero. d) os lucros reinvestidos são lançados com sinal positivo nos movimentos de capitais e com sinal negativo no balanço de serviços. e) as amortizações fazem parte do balanço de serviço. Variação das reservas internacionais A variação das reservas internacionais é dada pela equação ∆RES = BP + ER + A + C B = Saldo Total do BP; ER = empréstimos de regularização; A = Atrasados; C = Saldo de contrapartidas Se ∆RES é positiva indica um aumento das reservas internacionais Uma outra maneira de calcular a variação das reservas é através da fórmula ∆RES = ( Saldo _ da _ Conta _ Caixa ) + C C = Saldo de contrapartidas Se ∆RES é negativa indica um aumento das reservas internacionais MPU (2004) No balanço de pagamentos, os lucros reinvestidos têm como lançamento a) débito na conta rendas de capital e crédito na conta caixa. b) débito na conta rendas de capital e crédito na mesma conta. c) crédito na conta reinvestimentos e débito na mesma conta. d) débito na conta rendas de capital e crédito na conta reinvestimentos. e) crédito na conta rendas de capital e débito na conta caixa. Resp.: Alternativa “d”, conforme estudamos nos slides anteriores Resp.: (a) Errado. Sabemos que B = T + Ka + EO e, portanto, T não tem que ser igual a Ka (b) Errado. As transferências unilaterais podem ter como contrapartida haveres, no caso de donativos em dólares (c) Errado. B = T + Ka + EO e pode ser maior, igual ou menor que zero (d) Quando residentes no exterior decidem reinvestir os lucros no país, a operação entre como débito no balanço de serviço de fatores e como crédito os investimentos diretos ou reinvestimentos (balanço de capitais autônomos). A resposta está correta. (e) Errado. Amortizações fazem parte do balanço de capitais autônomos BACEN (2002) Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares: • o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista; • o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista; • o país paga 100 a vista, referente a juros, lucros e aluguéis; • o país amortiza empréstimo no valor de 100; • ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 100 sob a forma de investimentos diretos; • ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo; • o país realiza doação de medicamentos no valor de 30. Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do país, no período: a) tiveram uma elevação de 100 milhões de dólares. b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares. c) tiveram uma redução de 100 milhões de dólares. d) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares. e) não sofreram alterações 28 Resp.: Vamos ver o impacto de cada operação: (i) Exportação: BC = +500 (ii) Importações: BC = -400 (iii) Pagamento de juros, lucros e aluguéis: BSF = -100 (iv) Amortização: Capitais Autônomos= -100 (v) Investimento direto: (a) Capitais Autônomos= +100 e (b) Importações BC = -100 (vi) Capitais de curto prazo: Capitais autônomos: +50 (vii) Doação de medicamentos: (a) TU = -30 e (b) Exportações BC =+30 AFPS (2002) Considere os seguintes lançamentos entre residentes e nãoresidentes de um país, num determinado período de tempo (em unidades monetárias): (a) o país exporta 500, recebendo a vista; (b) o país importa 300, pagando a vista; (c) ingressam no país, sob a forma de investimentos diretos, 100 em equipamentos; (d) o país paga 50 de juros e lucros; (e) o país paga amortizações no valor de 100; (f) ingressam no país 350, sob a forma de capitais de curto prazo; (g) o país paga fretes no valor de 70. Com base nessas informações e supondo a ausência de erros e omissões, os saldos em transações correntes e do balanço de pagamentos são, respectivamente: a) – 20 e + 150 b) – 20 e + 20 c) – 20 e + 330 d) – 40 e + 330 e) – 40 e + 40 BNDES (2008) Na conta de transações correntes do balanço de pagamentos do país, entre outros itens, registram-se as(os) (A) exportações e os investimentos estrangeiros que trazem divisas para o país. (B) exportações e as importações de mercadorias feitas pelos residentes no país. (C) variações das reservas internacionais no Banco Central. (D) empréstimos e os financiamentos de longo prazo. (E) pagamentos de juros e de amortizações de capital recebidos do exterior. Resp.: As transações correntes incluem o balaço comercial, o de serviços e as transferências unilaterais. Alternativa “b” inclui os dois componentes do balanço comercial e está, como resultado, correta. Resp.: Agora, cada uma das contas: 1. Balanço comercial = (+500(i) + (-400)(ii) + (-100)(v) + (30)(vii)) = +30 2. Balanço de serviços = -100 Fatores (BSF): -100(iii) = -100 Transferências Unilaterais: -30(vii) Saldo em conta corrente: T = +30 – 100 + -20 = -100 Capitais autônomos: +50 Amortização: -100(iv) Investimento direto: +100(v) Capitais de curto prazo: +50(vi) Erros e Omissões: 0 Salto total do BP = (-100)+ 50 + 0 = (-50) Variação “física” das reservas = -50 A resposta é então a alternativa “d” Resp.: O saldo de transações correntes corresponde a soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais É válido lembrar que os 100 de equipamentos também entram como importação T = BC + BS + TU BC = (500(a)-300(b)-100(c)) = 100 BS = (-50(d) + (-70(g))) = -120 TU = 0 T = 100 – 120 = -20 O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões B = T + Ka + EO T = -20 Ka = InvDireto + Amort + Kcp = (+100(c)) + (-100(e)) + (+350(f))=+350 EO = 0 BP = (-20) + (+350) = +330 A resposta é então a alternativa “c” ACE/MDIC (2002) Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: a) um déficit na balança de serviços não necessariamente implica um déficit em transações correntes. b) entradas de mercadorias no país são, necessariamente, consideradas como importações. c) se o país não possui reservas, um déficit em transações correntes tem que ser necessariamente financiado com movimentos de capitais autônomos. d) os investimentos diretos são considerados como item dos movimentos de capitais autônomos. e) se, em valor absoluto, o déficit em transações correntes é igual ao superávit no movimento de capitais autônomos, então, na ausência de erros e omissões, o saldo total do balanço de pagamentos será nulo. 29 Resp.: (a) Verdadeiro. Em países com muitas empresas multinacionais, o balanço de serviços é deficitário. O balanço comercial pode compensar esse déficit ou não. As transferências unilaterais pode ter efeito similar (b) Verdadeiro. Toda entrada de mercadoria corresponde a um débito na conta de importação (c) Falso. O déficit pode ser financiado por exemplo com venda de ouro monetário ou por empréstimos do FMI (d) Verdadeiro. Os capitais autônomos são compostos por investimentos diretos, amortizações e empréstimos (e) Verdadeiro. Na ausência de erros e omissões, um saldo nulo do BP equivale a um déficit em transações correntes igual ao superávit no movimento de capitais autônomos AFRF (2002) Com relação ao balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: a) as exportações de empresas multinacionais instaladas no Brasil são computadas na balança comercial do país. b) os investimentos diretos fazem parte dos chamados movimentos de capitais autônomos. c) o saldo da conta “transferências unilaterais” faz parte do saldo do balanço de pagamentos em transações correntes. d) o saldo total do balanço de pagamentos não é necessariamente nulo. e) as chamadas rendas de capital fazem parte do denominado balanço de serviços não fatores. Resp.: Alternativa “e”. Na verdade, rendas de capital fazem parte do balanço de serviços fatores, já que são as remunerações do fator de produção capital. PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP) PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP) 1. T = BC + BS + TU 4. T + Ka + Kc = 0 (Salvo erros e omissões) Saldo de transações em conta correntes (T) é igual à soma do balanço de comercial (BC), como balanço de serviços (BS) e das transferências unilaterais. 2. BP = T + Ka + EO Saldo do Balanço de Pagamentos (BP) é igual à soma do saldo das transações em conta correntes (T), mais capitais autônomos (Ka), mais erros e omissões (EO) 3. Kc = CC + ER + A O capital compensatório (Kc) – demonstrativo do resultado – é igual a soma da conta de caixa (CC) mais empréstimos de regularização (ER) e de atrasados (A) PRINCIPAIS IDENTIDADES DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BP) 7. B = -Kc O saldo do BP igual o capital compensatório (Kc) com sinal trocado 8. T + Ka + Kc + EO = 0 No caso de existência de erros e omissões, o saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) mais erros e omissões (EO) é zero Saldo de transações em conta corrente (T) mais capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc) é zero, considerando erros e omissões inexistentes 5. T = - (Ka + Kc), considerando EO = 0 Saldo de transações em conta corrente (T) é igual à soma de capitais autônomos (Ka) mais capital compensatório (Kc), com sinal trocado, considerando erros e omissões nulo. 6. BP + Kc = 0 A soma do saldo do BP e capital compensatório (Kc) é zero INFRAERO (2004) No balanço de pagamentos de um país, um déficit em transações correntes pode ser resolvido, dentre outros meios, por superávit: a) na balança comercial; b) na conta de capitais; c) em transferências unilaterais; d) na conta de royalties; e) nos gastos de turismo, transportes e seguros. Resp.: Alternativa “b”. É só lembrar da que o balanço de pagamentos é composto pelo saldo de transações e pelo conta de capitais autônomos (considerando que não há erros e omissões). Se o saldo das transações correntes é deficitário, para compensá-lo é necessário uma superávit na conta de capitais. É interessante notar que as demais alternativas da questão são subcontas do saldo de transações correntes 30 AFRF (2000) Considere os seguintes dados que refletem as relações de uma economia hipotética com o resto do mundo, num determinado período de tempo, em unidades monetárias (i) exportações com pagamento à vista: 100; (ii) importações com pagamento à vista: 50; (iii) entrada de investimento direto externo sob forma de máquinas e equipamentos: 200 (iv) pagamento de juros de empréstimos, remessa de lucros e pagamento de aluguéis: 80 (v) amortização de empréstimos: 50 Resp.: Vamos ver cada uma das contas: 1. Balanço comercial = (+100(i) + (-50)(ii)) + (-200)(iii) BC = -150 2. Balanço de serviços = -80 Juros, lucros e aluguéis = -80(iv) Transferências Unilaterais: 0 Saldo em conta corrente: T = -150 – 80 – 0 = -230 Capitais autônomos: +150 Amortização: -50(v) Investimento direto: + 200(iii) Erros e Omissões: 0 Salto total do BP = (-230)+ 150 + 0 = (-80) Capitais compensatórios = +80 A resposta é portanto a opção “e”. Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos Vamos agora relacionar o BP ao que estudamos de Contas Nacionais EXPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (XNF) XNF = Exportação de bens + receitas do BSNF IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS NÃO-FATORES (MNF) MNF = Importação de bens + despesas do BSNF O excesso de exportações de bens e serviços nãofatores sobre as importações de serviços não-fatores é chamada de transferência líquida de recursos para o exterior (H) AFRF (2000) – cont. Pode-se afirmar que: (a) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80. (b) o saldo da balança comercial é de +50; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80. (c) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -130; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80. (d) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de +230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80. (e) o saldo da balança comercial é de -150; o saldo da balança de serviços é de -80; o saldo de transações correntes é de -230; e o saldo total do balanço de pagamentos é de -80. ACE/MDIC (2001) Diga se cada alternativa é verdadeira (V) ou falsa (F): “Os saldos relevantes para o balanço de pagamentos incluem os saldos (a) de empréstimos em moeda e de amortização da dívida externa. (b) da balança comercial e do balanço de pagamentos. (c) de transferências unilaterais. (d) da conta de capitais, da conta de serviços e da conta-corrente. (e) comercial e de viagens internacionais.” Resp.: Estudamos cada um dos saldos ou balanços referentes ao balanço de pagamentos: comercial, serviços, transferências unilaterais, conta-corrente e capitais autônomos. É direto identificar se a alternativa está correta ou não: (a) Errada (empréstimos e amortização fazem parte de capitais autônomos) (b) , (c) e (d) estão Corretas (e) Errada (por conta de viagens internacionais) Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLE) RLE = -(BSF + TU) RENDA RECEBIDA (RR) DO EXTERIOR RR = receitas do BSF + receitas de TU RENDA ENVIADA (RE) AO EXTERIOR RE = despesas do BSF + despesas de TU Portanto, RLE = RE - RR H = XNF - MNF 31 Forma Alternativa de apresentar o Balanço de Pagamentos Sabemos que T = BC + BS + TU Ou: T = BC + BNSF + BSF + TU Ou seja, T = H - RLE Sabemos que a poupança externa (Se) é equivalente ao déficit em transações em conta corrente (T) Em outras palavras: Se = -T = -(H – RLE) = -(BC + BS + TU) Resp.: Vimos que o saldo em transações correntes é igual a diferença entre a transferência líquida de recursos para o exterior (H) e a renda líquida enviada ao exterior (RLE) T = H - RLE Logo: -100 = (200 – 100) – RLE RLE = 200 Resp.: Alternativa “d” Resp.: A poupança externa é igual ao déficit em transações correntes: T = H – RLE = (100-200) – (50) = -150 A poupança externa é então igual a 150. O investimento total é igual a I = FBKF + ∆e = 260+50=310 Sabemos que o investimento total é idêntico à soma das poupanças privadas, pública e externa I = Spr + Sg + Se 310 = Spr + 50 + 150 Spr = 110 A poupança privada bruta é 110, a líquida é então a bruta menos a depreciação: Spr(líquida) = Spr – depr = 110 – 10 = 100 ENAP (2006) Considere os seguintes dados: Exportações de bens e serviços não fatores = 200; Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes = 100; Importação de bens e serviços não fatores = 100. Com base nessas informações, é correto afirmar que a) a renda líquida recebida do exterior foi de 100. b) a renda líquida recebida do exterior foi de 200. c) a renda líquida enviada ao exterior foi de 100. d) a renda líquida enviada ao exterior foi de 200. e) a renda enviada ao exterior = renda recebida do exterior. GESTOR/MPOG (2008) Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50. Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são respectivamente: a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. NOVA METODOLOGIA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS Adotada a partir de 2001 Baseada no Manual de Balanço de Pagamentos do FMI (BPM5) de 1993 A nova metodologia é bem similar à nomenclatura do Sistema de Contas Nacionais Resp.: Alternativa “e”. 32 Apresentação das Contas Apresentação das Contas Conta-Corrente ou Transações Correntes (TC) Conta-Corrente: TC = BC + BS + BR +TUR Balança Comercial (BC) Balança de Serviços (BS) Equivalente aos serviços não-fatores da velha metodologia Balanço de Rendas (BR) Transferências unilaterais correntes (TUR) Conta de Capital e Financeira (CCF) Conta de Capital (CC) Conta Financeira (CF) Balanço comercial e de serviços (BC + BS) Bens / Mercadorias Serviços Renda (BR) Transferências unilaterais (TUR) Conta de Capital e Financeira: CCF = CC + CF Conta de Capital (CC) Transferências de capital Conta Financeira (CF) Investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos Saldo do Balanço de Pagamentos: TC + CCF + EO Reservas Internacionais: ∆Res = -(TC+CCF+EO) Erros e Omissões (EO) Alterações no Balanço de Pagamentos (a) Distinção, na conta-corrente, entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento dos serviços A conta-corrente foi redefinida com exclusão de algumas transações, que passaram a integrar as novas contas de capital e financeira (b) Introdução da “conta capital”, que incluí as transferências unilaterais de patrimônio de imigrantes As transferências unilaterais correntes, relativas a consumo, ainda permanecem na conta-corrente A conta capital também engloba a cessão de marcas e patentes (c) Introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais. Para registrar transações referentes à formação de ativos e passivos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativo e outros investimentos A conta financeira foi estruturada para evidenciar a formação de ativos e passivos externos, como investimento direto, investimento em carteira, derivativos e outros investimentos GESTOR (2003) A partir de janeiro de 2001, o Banco Central do Brasil passou a divulgar o balanço de pagamentos de acordo com a metodologia contida no Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Não faz parte das alterações introduzidas na nova apresentação: a) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação dos serviços. b) introdução da "conta de capitais" em substituição à antiga "conta financeira". c) estruturação da "conta de rendas" de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira. d) inclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias. e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimentos em carteira. Resp.: Vimos que, na verdade, houve foi a introdução da conta financeira e que a conta de capitais é a antiga nomenclatura. A alternativa “b” está incorreta Alterações no Balanço de Pagamentos (d) Empréstimos intercompanhia incluídos nos item investimentos diretos (e) Realocação de itens relativos a investimentos financeiros para a conta de “investimentos em carteiras” (f) Registro de derivativos financeiros na conta financeira, anteriormente alocados na conta de serviços e de capitais de curto prazo (g) Estruturação da conta de “rendas” para detalhar as receitas e despesas em cada modalidade de ativos e passivos da conta financeira ENAP (2006) Sejam: BP = saldo total do balanço de pagamentos; R = variação das reservas; TC = saldo em transações correntes; MC = soma do resultado dos movimentos de capitais. Considerando a nova metodologia do balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que a) BP = - R. b) BP + R = 0. c) TC + MC = R. d) se BP = 0 então R = 0. e) TC = -( MC + R). Resp.: Alternativa “c” 33 ENAP (2006) Faz parte da conta de movimento de capitais na nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto, a) empréstimos de regularização. b) investimentos diretos. c) amortização de empréstimos. d) capitais de curto prazo. e) remessa de lucros. Resp. Alternativa “e”. Lucro é renda de fator de produção e não renda financeira. Portanto, está na conta-corrente e não na conta de capital e financeira Usos e Fontes BACEN (2002) A partir de 2001, o Banco Central do Brasil introduziu algumas importantes alterações no balanço de pagamentos. Entre estas alterações, destaca-se: a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de capitais autônomos. b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços de fatores. c) a introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos externos. d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investimentos diretos. e) a retirada do item de investimentos diretos dos empréstimos intercompanhias. Resp.: A única alternativa correta é a “c”. GESTOR (2003) Usos: Balança comercial Serviços e renda Transferências unilaterais correntes + Amortizações Único item da conta de capital e financeira que entra como uso Fontes: Conta capital (transferências unilaterais de capital) Conta financeira (investimentos direto, investimentos financeiros, etc.) O desempenho das contas externas pode ser avaliado a partir da denominada "tabela de usos e fontes". Constituem usos: a) os desembolsos de médio e longo prazos b) a conta de capital c) a balança comercial d) os investimentos estrangeiros diretos e) os investimentos em papéis domésticos de longo prazo Resp.: Alternativa “c” BACEN (2002) No Brasil, as operações entre residentes e nãoresidentes têm sido apresentadas sob a forma de “usos e fontes de recursos”. Não faz(em) parte dos denominados “usos”: a) ativos brasileiros no exterior b) balança comercial c) serviços e rendas d) transferências unilaterais correntes e) amortizações de médio e longo prazo QUESTÕES EXTRAS Resp.: Alternativa “a” 34 SENADO (2002) “O balanço de pagamento registra, de forma detalhada, a composição da conta-corrente e das várias transações que a financiam. Nesse contexto, julgue os itens a seguir. 1. Quando um brasileiro compra livros e CDs na livraria virtual sediada no exterior, essa transação é registrada na conta de capital do balanço de pagamentos brasileiro. 2. Ceteris paribus, a recessão econômica que está ocorrendo nos EUA, ao contribuir para aumentar as exportações líquidas, tende a reduzir o déficit no balanço comercial norte-americano. 3. As doações feitas pelo governo brasileiro aos refugiados afegãos são debitadas no balanço das transações correntes. 4. Quando a poupança doméstica é superior ao investimento doméstico, a economia apresenta um déficit no balanço comercial. 5. O desequilíbrio das contas públicas reduz a poupança doméstica, aumenta as taxas de juros e deprecia a moeda nacional, produzindo, assim, déficits externos recorrentes.” ACE/MDIC (2002) Considere que tenham ocorrido apenas as seguintes operações nas contas de transações correntes, operações essas realizadas entre residentes e não-residentes de um país, em um determinado período de tempo, em unidades monetárias: (1) o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo a vista; (2) o país importa mercadorias no valor de 400, pagando a vista; (3) o país realiza doação de medicamentos no valor de 150; (4) o país paga 300 a vista referente a juros e lucros; (5) o país paga 50 a vista referente a fretes. Resp.: Vamos ver cada uma das contas: 1. Balanço comercial = (+500(1) + (+150)(3)) – (-400)(2) BC = +250 2. Balanço de serviços = -350 Fretes = -50(5) Juros e lucros = -300(4) Transferências Unilaterais: -150(3) Saldo em conta corrente: T = 250 – 350 – 150 = -250 Capitais autônomos: 0 Erros e Omissões: 0 Salto total do BP = (-250)+ 0 + 0 = (-250) Capitais compensatórios = +250 A resposta é portanto a opção “b”. Resp.: 1. Errado. Tal transação é registrada na balança comercial, ou seja, nas transações correntes 2. Certo. A recessão norte-americana tende a reduzir as importações (e aumentar as exportações líquidas), o que acarreta em uma diminuição do déficit comercial 3. Certo. Doações são debitadas na conta transferências unilaterais. 4. Errado. É só lembrar da identidade investimento-poupança na contabilidade nacional. Quando a poupança doméstica é maior do que o investimento interno, há um superávit de transações correntes. 5. Errado. Um aumento das taxas de juros domésticas irá atrair capital estrangeiro. Desta forma, haverá mais moeda estrangeira para um mesmo estoque de moeda nacional. A moeda nacional irá, na verdade, se apreciar. ACE/MDIC (2002) – cont. Com base nessas informações e supondo que a conta de erros e omissões tenha saldo nulo, é incorreto afirmar que, no período considerado: a) o balanço de serviços apresentou déficit de 350. b) o saldo da balança comercial apresentou superávit de 100. c) o saldo do item “transferências unilaterais” foi deficitário em 150. d) o país apresentou déficit em transações correntes. e) para que o país apresente um saldo nulo do balanço de pagamentos, o ingresso líquido de recursos na conta de movimento de capitais deverá ser de 250. ACE/TCU (2002) Com base no balanço de pagamentos, é incorreto afirmar que: a) o saldo positivo no balanço de pagamentos num determinado período é necessariamente igual ao volume de reservas em moeda estrangeira do país nesse período. b) os serviços de fatores correspondem aos pagamentos ou recebimentos em função da utilização dos fatores de produção. c) as amortizações de empréstimos fazem parte dos movimentos de capitais autônomos. d) o pagamento de juros sobre empréstimos são registrados na balança de serviços. e) uma transferência unilateral realizada em mercadoria tem necessariamente como contrapartida lançamento na balança comercial. Resp.: Alternativa “a”. O Saldo do Balanço de Pagamentos corresponde à variação das reservas (i.e., ao fluxo) e não ao volume de reserva (i.e., ao estoque). 35 ACE/MDIC (2002) Considere os seguintes dados (em unidades monetárias, em um determinado período de tempo): • Saldo da balança comercial: déficit de 100 • Saldo em transações correntes: déficit de 300 • Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 500 Considerando a ausência de lançamento nas contas de "transferências unilaterais" e "erros e omissões”, pode-se concluir que o saldo do balanço de serviços e o saldo do movimento de capitais autônomos foram, respectivamente: a) - 100 e + 800 b) + 100 e + 800 c) - 200 e + 500 d) + 200 e + 500 e) - 200 e + 800 BNDES (2008) “Os residentes de certo país recebem liquidamente renda do exterior. Então, necessariamente, (A) o país tem déficit no balanço comercial. (B) o país está atraindo investimentos externos. (C) o PNB do país é maior que seu PIB. (D) a taxa de juros doméstica está muito baixa. (E) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.” Resp.: Sabemos que o conceito de renda líquida enviada (RLE) está relacionado ao balanço de serviços e às transferências unilaterais. Portanto podemos eliminar as letras (a) e (b) já que tratam do balanço comercial e de capitais autônomos. A taxa de juros atrai investimento direto e não renda, então a alternativa (d) está errada. A entrada líquida de renda acarreta em uma valorização cambial sim, mas temos que considerar o movimento de capitais autônomos para determinar se haverá valorização ou não da taxa de câmbio. A alternativa (e) está incorreta. Por fim, sabemos que quando a renda líquida recebida é maior que zero, então a produção nacional (incluindo empresas brasileiras no exterior) é maior do que a produção interna. Portanto, a opção (c) é a correta. IRBr/MRE (2008) A tabela a seguir apresenta dados em unidades monetárias (u.m.) do país Alfa em determinado ano. As transações do país Alfa com o resto do mundo nesse mesmo ano são mostradas na tabela seguinte. Com base nessa situação hipotética, julgue (C ou E) os itens que se seguem. 1. ( ) As poupanças dos residentes no país Alfa foram capazes de financiar todo o investimento realizado por esse país no ano considerado. 2. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi superior à Renda Interna Bruta desse país. 3. ( ) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi inferior à Renda Disponível Bruta desse país. 4. ( ) O Produto Interno Bruto (PIB) de Alfa, no ano considerado, foi igual a 475 u. m. Resp.: A resposta é a alternativa “e” O saldo de transações correntes corresponde a soma do balanço comercial, do de serviços e das transferências unilaterais T = BC + BS + TU Tu = 0 Logo: BS = T – BC = (-300) – (-100) = (-200) O saldo da balança de pagamentos é equivalente ao saldo das transações correntes + capitais autônomos + erros e omissões B = T + Ka + EO EO = 0 Logo: Ka = B – T = (+500) – (-300) = (+800) AFRF (2002) No balanço de pagamentos brasileiro, as rendas auferidas com a realização de investimentos e com a remuneração de empréstimos e aplicações financeiras no exterior são registradas: a) com sinal positivo na rubrica Serviços da conta de transações correntes. b) com sinal negativo na rubrica de operações de longo prazo da conta de capitais. c) com sinal positivo na rubrica transferências unilaterais da conta de transações correntes. d) com sinal positivo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais. e) com sinal negativo na rubrica de operações de curto prazo da conta de capitais. Resp.: Alternativa “a” Resp.: 1. Errado. Nessa economia, há déficit em transações correntes e, portanto, o uso de poupança externa para o financiamento T = BC + BS + TU T = (+20 – 40) + (-10) + (+5) = -25 2. Errado. A diferença entre renda nacional e renda interna é dada pela receita enviada ao exterior RI – RLE = RN A RLE é igual a –(BSF e TU) =-(-10 +5) = +5 Portanto, a renda nacional é inferior à renda interna 3. RDB = RNB + TUR 4. Certo. Temos que achar primeiro o investimento: I = S .: I = Spr + Spu + Se = Sdoméstica + Se = 120 + 25 = 145 PIB = C + I + G + NX = 250 + 100 + 145 – 20 = 475 36 MACROECONOMIA PARA CONCURSOS SISTEMA MONETÁRIO E OFERTA MONETÁRIA Sistema Monetário Prof. Daniel da Mata Moeda História da moeda Funções da moeda Meio de troca Unidade de valor Reserva de valor Tipos de moeda Moeda fiduciária: moeda manual ou corrente Moeda escritural: moeda bancária ou contábil Cheque não é moeda, é uma ordem de pagamento a visa da moeda escritural que são os depósitos em conta-corrente dos bancos comerciais Instituições capazes de criar moeda Banco Central: cria moeda fiduciária Bancos Comerciais: criam moeda escritural AFRF (2002) A moeda cumpre funções essenciais ao funcionamento das economias. Entre essas, destacam-se: a) evitar riscos financeiros, intermediar transações comerciais e financeiras e nominar preços de bens, serviços e de outros ativos financeiros. b) servir como meio de pagamento, servir como unidade de conta e como reserva de valor. c) prover lastro a outros ativos, nominar preços de bens e serviços e intermediar transações comerciais e financeiras. d) servir como reserva de valor, prover poder de compra e lastrear outros ativos monetários e financeiros. e) assegurar a liquidez de outros ativos financeiros, servir como meio de pagamento e fornecer parâmetro para a determinação do valor de bens, serviços e de outros ativos monetários. Resp.: Alternativa “b” APO/MARE (1999) Pode-se afirmar que a moeda é: (A) o estoque de todos os ativos de uma economia, o qual é usado para escambo. (B) a quantidade de reais em posse dos agentes econômicos, somente. (C) uma reserva de valor, somente. (D) uma reserva de valor, um meio de troca e um “numerário” (uma unidade de conta). (E) o estoque das aplicações financeiras de curto-prazo, com liqüidez elevada, somente Resp.: A alternativa “d” reflete exatamente as três funções da moeda e está correta. Banco Central e Política Monetária Autoridade monetária Funções clássicas do Banco Central Emissor de papel-moeda Banqueiro dos bancos comerciais Banqueiro do Tesouro Nacional Depositário das reservas internacionais Instrumentos de política monetária para controle da liquidez Recolhimento compulsório Depósitos à vista que devem ser compulsoriamente recolhidos junto ao Banco Central Redesconto Empréstimos do Banco Central a banco comerciais Operações de mercado aberto (open market) Transações com títulos públicos 37 SENADO (2002) Moeda Papel-Moeda Emitido (PME) Avalie a assertiva: “Entre as funções do Banco Central do Brasil (BACEN), listam-se a emissão de papel moeda, a realização de operações de redesconto, a administração das reservas cambiais, a fiscalização das bolsas de valores e a regulação do crédito e das taxas de juros.” Resp.: Errado. Quem fiscaliza as bolsas de valores é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Moeda Total de moeda legal existente Essa moeda legal pode estar nas mãos do (a) público, (b) na caixa dos bancos comerciais ou (c) na caixa do Banco Central Papel Moeda em Circulação (PMC) Igual ao papel-moeda emitido menos o caixa em moeda corrente do Banco Central Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP) Igual ao Papel moeda em circulação menos o caixa dos bancos comerciais PMPP = PMC – caixa dos bancos comerciais Moeda Encaixe Total (ET) Caixa dos bancos comerciais + depósitos compulsórios + depósitos voluntários Caixa dos bancos comerciais: papel moeda em poder dos bancos comerciais Depósitos compulsórios: recolhimentos obrigatório junto ao Banco Central que determina um percentual de depósitos a vista que deve ser diariamente e obrigatoriamente recolhidos Depósitos voluntários: recolhimentos junto ao Banco Central para fazer frente a uma eventual posição negativa Reservas bancárias (RB) Reservas compulsórias + reservas voluntárias Portanto: ET = (caixa dos bancos comerciais) + RB IRB (2004) Segundo a atual configuração do Sistema Financeiro Nacional, não entra(m) na classificação de instituição financeira captadora de depósito a vista: a) as caixas econômicas. b) os bancos múltiplos com carteira comercial. c) os bancos comerciais. d) as sociedades de crédito imobiliário. e) o Banco do Brasil. Resp.: Alternativa “d” Base monetária (B) É o passivo monetário do Banco Central, as obrigações monetárias do Banco Central B = PMPP + ET Meios de pagamento (M ou M1) É o passivo monetário do Sistema Bancário (Banco Central + bancos comerciais) Os meios de pagamento são a moeda fiduciária (papel moeda) + a moeda escritural (depósitos à vista) M = PMPP + DVBC DVBC = depósito à vista nos bancos comerciais MPU (2004) Considere α1 = papel-moeda em poder do público/M1, α2 = depósitos a vista/M1. É incorreto afirmar que a) se α1 > 0,5, então α2 < 0,5. b) se α1 = α2, então α1 + α2 = 0. c) se α2 = 0, então α1 = 1. d) α1 = 1 - α2. e) α1 não pode ser negativo. Resp.: M1 é a soma do papel-moeda em poder do público mais depósitos a vista. Então soma entre α1 (papel-moeda em poder do público/M1) e α2 (depósitos a vista/M1) deve ser igual a 1. Portanto, a única alternativa que viola esta condição é a “b”. 38 PETROBRÁS (2004) Avalie a assertiva: “A magnitude das operações de crédito efetuadas pelos bancos comerciais brasileiros depende das exigências de recolhimentos compulsórios junto ao Banco Central.” Resp.: Correto. Os bancos comerciais só podem realizar empréstimos com recursos que não estão no depósito compulsório, instrumento de política monetária do Banco Central. M1, M2, M3 ou M4? Em resumo: M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias. M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez M1, M2, M3 ou M4? São os conceitos de meios de pagamento ampliados Houve uma mudança de critério de ordenamento de seus componentes: Antes: grau de liquidez Novo critério: definição a partir seus sistemas emissores M1 é gerado pelas instituições emissoras de haveres estritamente monetários M2 corresponde ao M1 e às demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias Instituições que realizam multiplicação de crédito M3, por sua vez, é composto pelo M2 e captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). M4 engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez. IRB (2004) De acordo com a nova reformulação conceitual e metodológica efetuada pelo Banco Central do Brasil, em relação aos meios de pagamentos oficiais, é correto afirmar que o denominado "M1": a) inclui os títulos públicos de alta liquidez. b) é gerado por instituição emissora de haveres estritamente monetários. c) é igual à base monetária mais "papel-moeda em poder do público". d) inclui as operações compromissadas registradas no Selic. e) inclui cotas de fundos de renda fixa. Resp.: Alternativa “b” GESTOR (2008) Considerando a definição de meios de pagamentos adotada no Brasil, é incorreto afirmar que: a) o M1 engloba o papel-moeda em poder do público. b) o M2 engloba os depósitos para investimento e as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias. c) o papel-moeda em poder do público é resultado da diferença entre papel-moeda emitido pelo Banco Central do Brasil e as disponibilidades de caixa do sistema bancário. d) o M3 inclui as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa. e) o M3 engloba os títulos públicos de alta liquidez. Resp.: Alternativa “e” Multiplicador dos Meios de Pagamento A relação entre a base monetária e os meios de pagamento é dada pelo multiplicador monetário M = mB M = Meios de pagamento B = Base monetária m = multiplicador dos meios de pagamentos Temos que comparar os componentes de B e M: B = PMPP + ET M = PMPP + DVBC DVBC > ET (os bancos não podem ter mais moeda do que o restante da economia) Para cada unidade monetária emitida pelo Banco Central (que faz parte da base monetária), os bancos comerciais pode criar moeda escritural através de empréstimos. Portanto os Meios de Pagamento (M) são maiores do que a Base monetária (B) 39 Multiplicador dos Meios de Pagamento AFRF (2003) O multiplicador monetário é maior do que 1 M = mB ou m= M B Defina c = PMPP ; d1 = Notar que c + d1 = 1 Vamos mostrar que m= M DVBC ; M R= ET DVBC 1 1 − d1 (1 − R ) Resp.: Considere os seguintes dados: m = 4/3 R = 0,5 Onde m = multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista Com base nessas informações, pode-se afirmar que o coeficiente “papel-moeda em poder do público/ M1” é igual a: a) 0,2 b) 0,3 c) 0,4 d) 0,5 e) 0,7 ACE/MDIC (2002) Resp.: O multiplicador é definido pela razão entre os meios de pagamento (M) e a base monetária (B) A questão pede o valor de “c” (papel-moeda em poder do público/ M1). Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1 Precisamos então achar o valor de d1 Isto é possível a partir da fórmula do multiplicador: 1 ; 1 − d1 (1 − R ) Resp.: Alternativa “c” AFPS (2002) Podemos resolver a questão pela fórmula do multiplicador ou por intuição via os conceitos aprendidos (a) Quanto maior o número de depósitos à vista, maior a possibilidade de criação de moeda escritural e maior o multiplicador. Verdadeiro (b) Por outro lado, quando maior a quantidade de papelmoeda, menor a de depósitos à vista e menor o multiplicador. Verdadeiro (c) Falso. Vimos na alternativa (b) que é exatamente o contrário (d) Um R menor significa um maior número de depósitos à vista, o que aumenta o multiplicador (e) Os meios de pagamentos são compostos por papel-moeda e depósitos à vista, então se houver depósitos à vista, a soma papel-moeda e depósitos à vista é superior ao número de papel-moeda. m= Considere c: papel-moeda em poder do público/meios de pagamentos d: depósitos a vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais m = multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais constante: a) quanto maior d, maior será m b) quanto maior c, menor será d c) quanto menor c, menor será m d) quanto menor R, maior será m e) c + d > c, se d for ≠ 0 4 1 = 3 1 − d1 (1 − 0,5) Resp.: Alternativa “d” ; d1 = 0,5 c = 0,5 Com base nos conceitos de base monetária, M1 e multiplicador, é incorreto afirmar que a) define-se M1 como sendo papel moeda em poder do público mais depósitos a vista nos bancos comerciais. b) define-se base monetária como papel moeda em poder do público mais encaixes totais dos bancos comerciais. c) apesar de o Banco Central não controlar M1, ele possui total controle sobre a base monetária. d) o valor de M1/Base é conhecido como multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária. e) o multiplicador não pode ser negativo. Resp.: O Banco Central tem controle sim sobre o M1, via os instrumentos de controle monetário. A alternativa “c” está errada 40 MPU (2004) Resp.: Considere c = papel-moeda em poder do público/M; d = depósitos a vista nos bancos comerciais/M, R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais. Sabendo que c = d e que R = 0,25, o valor do multiplicador da base monetária em relação aos meios de pagamentos será de, aproximadamente, a) 1,6000. b) 1,9600. c) 1,5436. d) 1,1100. e) 1,2500. Sabemos que c + d1 = 1 Se c = d1 , então d1 = 0,5 Utilizando a fórmula do multiplicador m= 1 1 ; m= 1 − d1 (1 − R ) 1 − 0,5(1 − 0,25) A resposta é o item “a” Resp.: ACE/MDIC (2002) Considere M1/Base monetária = 1,481481; papel moeda em poder do público/M1 = 0,35. Com base nestas afirmações, pode-se afirmar que a proporção "encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais” será de: a) 0,5 b) 0,8 c) 0,3 d) 0,2 e) 0,7 Alternativa “a” O multiplicador é definido pela razão entre os meios de pagamento (M) e a base monetária (B), que é igual portanto a 1,481481. A questão pede o valor de “R” (encaixes totais dos bancos comerciais/ depósitos a vista dos bancos comerciais). Para poder aplicar a fórmula do multiplicador, precisamos então achar o valor de d1. Podemos obter o valor de “c” a partir de: c + d1 = 1 0,35 + d1 = 1; d1 = 0,65 A partir da fórmula do multiplicador: m= MRE (2004) 1 1 ; 1,481481 = 1 − d1 (1 − R ) 1 − 0,65(1 − R ) ; R = 0,5 MPU (2004) Julgue o item a seguir, como verdadeiro ou falto “Aumentos nos coeficientes de encaixe compulsório, por interferirem diretamente no nível de reservas bancárias, reduzem o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia.” Resp.: Verdadeiro. Um aumento na relação depósito compulsório no Banco Central / depósitos à vista irá aumentar o nível de reservas bancárias. Como resultado, o multiplicador monetário irá diminuir: ↑ r3 =↑ ET = r1 + r2 + ↑ r3 ⇒↑ R = ; m = 1,6 ↑ ET ⇒↓ m DVBC Considere as seguintes informações. c = papel-moeda em poder do público/M d = depósitos a vista nos bancos comerciais/M R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais M = meios de pagamentos B = base monetária Com base nessas informações, é incorreto afirmar que a) se R > 0 e c <1, então M > B. b) M = c.M + d.M. c) B = c.M + R.d.M. d) M/B > 1. e) se d = 0, B = 0. 41 Resp.: (a) A partir da fórmula do multiplicador, 1 m= 1 − d1 (1 − R) é fácil verificar que se R > 0 e d<1, uma vez que c + d = 1, que o multiplicador m é maior do que 1 Como M = mB, tem-se que M > B (b) M = PMPP + DV M= (c) B = PMPP + ET B= PMPP DV ×M + × M = cM + dM M M PMPP ET DV ×M + × M = cM + RdM M DV M (d) Como M = mB, então m = M/B. Uma vez que m>1, logo M/B>1 (e) Utilizando o resultado da opção (c), B = cM + RdM Se d = 0, então B = cM e a alternativa está incorreta. SENADO (2002) Resp.: Correto. Uma diminuição das reservas possibilita uma maior criação de meios de pagamentos, ou seja, um maior multiplicador monetário. Balancete consolidado do Banco Central Passivo Reservas Internacionais Saldo do papel-moeda emitido Empréstimos ao Tesouro Nacionais Depósitos do Tesouro Nacional Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais Depósitos de Bancos comerciais Títulos públicos federais Empréstimos ao setor privado Imobilizado Considerando o multiplicador dos meios de pagamentos em relação a base monetária, pode-se afirmar que (A) seu valor depende do comportamento dos agentes em relação a forma com que eles guardam meios de pagamentos. (B) dependendo do valor dos parâmetros que fazem parte do seu cálculo, é um número que pode assumir valores negativos. (C) não pode ter seu valor reduzido pelo Banco Central, já que depende do comportamento dos bancos. (D) tende a ser constante ao longo do tempo. (E) independe dos encaixes voluntários mantidos pelos bancos. Resp.: Alternativa “a” está correta visto que se a magnitude do multiplicador depende de c (PMPP/M). Se as pessoas tiverem posse de uma menor quantidade de papel-moeda, o multiplicador aumenta Vimos que o (b) multiplicador nunca é negativo, (c) que o Banco Central pode alterar o recolhimento do compulsório e mudar o valor do multiplicador, (d) que o multiplicador pode sim se alterar ao longo do tempo e (e) os encaixes voluntários interferem na criação de meios de pagamento As contas do sistema monetário Avalie a assertiva: “Quando a razão reserva-depósito é reduzida, o multiplicador monetário eleva-se, contribuindo, assim, para a expansão do estoque monetário”. Ativo MARE (1999) - Voluntários - Compulsórios Balancete consolidado do Banco Central Balancete consolidado sintético do Banco Central Balancete de um Banco Comercial Balancete consolidado do Sistema Monetário Balancete consolidado do Banco Central Notar que o balancete consolidado do Banco Central reflete suas funções clássicas Emissor de papel-moeda Banqueiro do Tesouro Nacional Banqueiro dos bancos comerciais Depositário das reservas internacionais Empréstimos externos Demais exigibilidades Aplicações especiais Outras aplicações 42 AFRF (2000) São consideradas operações ativas do Banco Central: a) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, compra de títulos públicos federais b) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alteração dos impostos nas operações financeiras c) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional, alterações dos impostos nos mercados de capitais d) alterações nas reservas internacionais, alterações na taxa de câmbio, operações de redescontos, empréstimos ao Tesouro Nacional e) alterações nas reservas internacionais, operações de redescontos, alterações no Imposto sobre Operações Financeiras Resp.: Opção “a“ MPU (2004) Não faz parte do ativo do balancete sintético do Banco Central a) redescontos. b) reservas internacionais. c) empréstimos ao setor privado. d) recursos externos. e) empréstimos aos bancos comerciais. Resp.: Alternativa “d” MPU (2004) Não faz parte do ativo do balancete consolidado dos bancos comerciais a) encaixes voluntários junto ao Banco Central. b) encaixes em moeda corrente. c) depósitos a prazo. d) encaixes compulsórios junto ao banco central. e) títulos públicos. Resp.: Alternativa “c”. Os depósitos a prazo são obrigações dos bancos comerciais e fazem parte do Passivo. Balancete consolidado Sintético do Banco Central Ativo Reservas Internacionais Empréstimos ao Tesouro Nacionais Redesconto e outros empréstimos aos bancos comerciais Passivo Base Monetária (passivo monetário) Papel-moeda em poder do público Encaixes totais dos bancos comerciais Depósitos de Bancos comerciais - Voluntários - Compulsórios Títulos públicos federais Empréstimos ao setor privado Imobilizado Aplicações especiais Outras aplicações Recursos Não-Monetários (passivo não-monetário) Depósitos do Tesouro Nacional Empréstimos externos Demais exigibilidades Balancete de um Banco Comercial Ativo Passivo Encaixes em moeda corrente Depósitos à vista Depósitos nas autoridades monetárias Depósitos à prazo - Voluntários - Compulsórios Empréstimos externos Redescontos Empréstimos ao setor privado Demais exigibilidades Empréstimos a órgãos públicos Títulos públicos e particulares Ativo permanentes Demais aplicações Recursos próprios (Patrimônio Líquido) AFRF (2003) Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos bancos comerciais a) os encaixes em moeda corrente. b) os redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central. c) os empréstimos ao setor público. d) os empréstimos ao setor privado. e) os títulos privados. Resp.: Alternativa “b”. “Redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central” são obrigações dos bancos comerciais perante o Banco Central e, portanto, fazem parte do passivo 43 Balancete consolidado do Sistema Monetário Ativo Passivo Aplicações dos Bancos Comerciais Meios de pagamentos Empréstimos ao setor privado Depósitos de Bancos comerciais Papel-moeda em poder do público Títulos públicos e particulares Aplicações do Banco Central Recursos Não-Monetários dos Bancos Comerciais Reservas Internacionais Depósitos a prazo Empréstimos ao Tesouro Nacionais Saldo líquido das demais contas Títulos públicos federais Empréstimos ao setor privado Empréstimos aos Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e Outras Entidades Públicas Aplicações especiais Recursos Não-Monetários do Banco Central Depósitos do Tesouro Nacional AFPS (2002) Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Central: a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos. b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais. c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos. d) base monetária e papel-moeda em poder do público. e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo. Resp.: Alternativa “c” Empréstimos externos Demais exigibilidades Transações que criam base monetárias Aumento das operações ativas do Banco Central Diminuição do passivo não-monetário do Banco Central Transações que destroem base monetárias Diminuição das operações ativas do Banco Central Aumento do passivo não-monetário do Banco Central Transações que criam/destroem meios de pagamento (liquidez) Transações entre o setor bancário e o setor não bancário (o público) Criação: Banco comercial compra títulos da dívida pública em posse do público Destruição: O público paga um empréstimo contraído no sistema bancário Transações que não criam meios de pagamentos Realizadas somente entre agentes monetários Realizadas entre agentes não monetários Transações que criam meios de pagamento Aumento das operações ativas do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais) Diminuição do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais) Transações que destroem M1 Diminuição das operações ativas do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais) Aumento do passivo não-monetário do Sistema Bancário (Banco Central + Bancos Comerciais) MPU (2004) Na ausência de alterações nos recursos não-monetários do passivo do balancete sintético do Banco Central, são fatores que tendem a elevar a base monetária, exceto a) compra de dólares no mercado cambial. b) elevação dos empréstimos aos bancos comerciais. c) elevação dos empréstimos ao setor privado. d) compra de títulos. e) redução dos redescontos. Resp.: Alternativa “e”. Operações ativas do Banco Central criam base monetária. O único item que corresponde a uma operação ativa que diminui a base monetária é o item “e”. 44 OFERTA MONETÁRIA A oferta monetária é representada pelo M (ou M1)! Portanto: (a) A oferta de moeda é proporcional à base monetária (b) E o Banco Central influi na oferta monetária com os seus instrumentos Mercado aberto: vender títulos diminui oferta monetária Reservas compulsórias: aumentar a taxa de reserva diminui a oferta monetária Redesconto: quanto maior a taxa de redesconto, menor a oferta monetária ACE/MDIC (2001) O estudo dos fenômenos monetários é fundamental para a explicação dos problemas econômicos. Utilizando os conceitos essenciais da teoria monetária, julgue os itens a seguir. (a) Em determinada economia, o aumento da razão moedadepósito conduz a uma redução do multiplicador monetário somente se a proporção de reservas nessa economia for inferior à unidade. (d) Uma redução na taxa de redesconto aumenta a oferta de moeda porque conduz a uma expansão da base monetária. (e) Com a supressão da conta-movimento, o Banco do Brasil S.A. deixou de fazer parte das instituições caracterizadas como autoridades monetárias. AFRF (2000) São fatores que tendem a elevar a oferta monetária na economia: a) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central b) redução das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central c) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; venda de títulos públicos pelo Banco Central d) elevação das reservas internacionais do país; concessão, por parte do Banco Central, de empréstimos aos bancos comerciais; compra de títulos públicos pelo Banco Central e) elevação das reservas internacionais do país; recebimento, pelo Banco Central, de empréstimos concedidos ao setor privado; venda de títulos públicos pelo Banco Central Resp.: “d“ Resp.: (a) Correto. Um aumento das reservas acarreta em uma diminuição da possibilidade de geração de moeda bancária e reduz, portanto, o multiplicador monetário (d) Errado. Uma redução da taxa de redesconto reverbera, na verdade, em uma expansão dos meios de pagamento. (e) Certo. Até março de 1987, o Banco do Brasil também era autoridade monetária (mista, funções de banco central e funções de banco comercial. Existia uma “conta movimento” que interligava as operações do Banco Central com o Banco do Brasil. Hoje o Banco do Brasil é só tem funções de um banco comercial BACEN (2001) Considere os seguintes dados: - papel moeda em poder do público/M1 = 0,3; - encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais = 0,3. QUESTÕES EXTRAS Com base nestas informações, pode-se afirmar que: a) um aumento de 30% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento vde aproximadamente 19,830% no multiplicador bancário. b) um aumento de 25% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancário. c) um aumento de 20% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancário. d) um aumento de 10% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 8,750% no multiplicador bancário. e) um aumento de 15% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciai”c”s” implica uma redução de aproximadamente 9,102% no multiplicador bancário. Resp.: Alternativa “c” 45 ENAP (2006) Considerando os conceitos relacionados com os meios de pagamentos e multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária, é incorreto afirmar que a) quanto maior for a proporção (papel moeda em poder do público/M1) menor será o multiplicador. b) a base monetária é definida como a soma entre o papel moeda em poder do público mais os encaixes totais dos bancos comerciais. c) quanto maior for a proporção (encaixes totais/depósitos a vista) menor será o multiplicador. d) os bancos comerciais podem elevar a liquidez da economia; a liquidez pode também ser influenciada pelo comportamento das pessoas em relação ao percentual de M1 que elas querem manter nos bancos. e) se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador seria zero. Resp.: Alternativa “e” MACROECONOMIA PARA CONCURSOS BACEN (2001) No que diz respeito à capacidade da autoridade monetária em controlar a liquidez da economia, é correto afirmar que: a) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, o valor do multiplicador bancário será nulo. b) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a uma unidade adicional de M1. c) se as pessoas carregam 50% dos meios de pagamento sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a 2,5 unidades adicionais de meios de pagamento. d) se os recolhimentos totais dos bancos comerciais forem 100% dos depósitos a vista, o valor do multiplicador bancário será nulo. e) se as pessoas mantêm 100% dos meios de pagamento sob a forma de depósitos a vista, a fórmula do multiplicador torna-se incorreta como forma de medição da relação entre M1 e base monetária. Resp.: Alternativa “b” IS-LM MODELOS MACROECONÔMICOS Prof. Daniel da Mata IS-LM O que é a curva IS? Equilíbrio no mercado de bens e serviços O que desloca a IS? O que a curva LM? Equilíbrio no mercado monetário O que desloca a LM? GESTOR (2002) No modelo IS-LM um aumento dos gastos públicos (política fiscal expansionista) promove um deslocamento da curva IS e um aumento da oferta de moeda (política monetária expansionista) promove um deslocamento da curva LM, respectivamente, para: a) direita e direita b) esquerda e esquerda c) direita e esquerda d) esquerda e direita e) baixo e cima 46 Resp.: ANS (2005) Alternativa “a” r LM Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita Um aumento da oferta monetária desloca a LM para direita e para baixo LM’ IS’ IS Constitui um exemplo de política fiscal expansionista a decisão da Receita Federal de aumentar, por medida provisória, o IR e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para empresas prestadoras de serviços. Resp.: Errado. É exatamente o contrário: um aumento dos impostos equivale a uma política fiscal restritiva. Y GESTOR (2002) AFPS (2002) No modelo IS-LM para uma economia fechada, indique as conseqüências de um aumento dos gastos públicos, coeteris paribus, sobre o deslocamento da curva IS (IS), sobre a renda real (Y) e sobre a taxa real de juros (i). a) IS – esquerda; Y – redução e i – elevação b) IS – direita; Y – elevação e i – elevação c) IS – esquerda; Y – elevação e i – redução d) IS – direita; Y – redução e i – redução e) IS – esquerda; Y – elevação e i – elevação Resp.: Alternativa “b”. Um aumento dos gastos do governo desloca a IS para a direita, elevando tanto a renda (Y) quanto a taxa real de juros (i) AFC (2005) Resp.: No modelo IS/LM sem os denominados casos clássicos e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz juros reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. Alternativa “d” r Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita Há um aumenta da renda agregada A taxa de juros permanece a mesma Considere o modelo IS/LM. Suponha a LM horizontal. É correto afirmar que: a) a situação descrita na questão refere-se ao chamado “caso clássico”. b) uma elevação das exportações não altera o nível do produto. c) uma elevação dos gastos públicos eleva tanto as taxas de juros quanto o nível do produto. d) uma política fiscal expansionista eleva o produto, deixando inalterada a taxa de juros. e) não é possível elevar o nível do produto a partir da utilização dos instrumentos tradicionais de política macroeconômica. LM IS’ IS Y Resp.: Neste caso, a demanda por moeda depende negativamente da taxa de juros e proporcionalmente da renda. A única que contempla alguma dessas possibilidades é a alternativa “e”. 47 Armadilha da Liquidez e Caso Clássico Armadilha da Liquidez Taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter toda a moeda ofertada na forma de encaixes totais A curva de demanda por moeda é infinitamente elástica a uma dada taxa de juros Um aumento da oferta monetária não tem impacto sobre a taxa de juros, e não impacta sobre o investimento A renda de equilíbrio permanece a mesma A LM é horizontal A política monetária é ineficaz Só a política fiscal é eficaz AFRF (2000) Considerando o modelo IS/LM com os casos denominados de "clássico" e da "armadilha da liquidez", podemos afirmar que: a) no "caso clássico", deslocamentos da curva IS só altera o nível do produto uma vez que a taxa de juros é fixa. b) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da liquidez", elevações dos gastos públicos causam alterações no produto. A diferença, entre os dois casos, está apenas na possibilidade ou não de alterações nas taxas de juros. c) no caso da "armadilha da liquidez", a política fiscal é totalmente inoperante, ocorrendo o oposto no "caso clássico". d) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da liquidez", o nível do produto é dado. A diferença está apenas nos efeitos dos deslocamentos da curva IS sobre as taxas de juros. e) o "caso clássico" ocorre quando a demanda por moeda é totalmente insensível à taxa de juros; já o caso da "armadilha da liquidez“ ocorre quando a demanda por moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros. INFRAERO (2004) Se a curva LM é totalmente vertical, caracteriza-se o caso: (a) keynesiano; (b) marshalliano; (c) marxista; (d) clássico; (e) kaleckiano. Resp.: A LM vertical caracteriza o caso clássico. A alternativa “d” está correta. Armadilha da Liquidez e Caso Clássico Caso Clássico A demanda por moeda não depende da taxa de juros A LM é vertical Um aumento da oferta monetária tem forte impacto para reduzir as taxas de juros e aumentar a demanda agregada Neste caso, a política monetária tem eficácia máxima A política fiscal não tem efeito sobre o produto Resp.: (a) Errado. No caso clássico, a política fiscal não tem impacto sobre o produto (b) Errado. Novamente, no caso clássico, a política fiscal não tem impacto sobre o produto (c) A alternativa troca os conceitos. A política fiscal é inoperante no caso clássico e eficiente no caso da armadilha da liquidez (d) Errado. Há uma diferença com relação à eficiência de políticas econômicas durante um cenário do caso clássico e um outro cenário de armadilha pela liquidez (e) Correto. ACE/MDIC (1998) O termo "armadilha da liquidez" refere-se a uma situação onde a) o nível de investimento não pode ser elevado, e portanto encontra-se "preso" no seu equilíbrio presente b) as autoridades monetárias reduziram a oferta de moeda de forma demasiadamente drástica para que o nível de produto possa aumentar c) a oferta de moeda torna-se inelástica a uma dada taxa de juros d) a curva de demanda por moeda torna-se infinitamente elástica a uma dada taxa de juros e) a demanda especulativa por moeda aumenta dada uma taxa de juros baixa Resp.: Alternativa “d” 48 AFC (2002) Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses: • ausência dos casos “clássico” e da “armadilha da liquidez”; • curva IS dada pelo “modelo keynesiano simplificado” supondo que os investimentos não dependam da taxa de juros. Com base nestas informações, é incorreto afirmar que: a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto. b) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros. c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto. d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros. e) uma política monetária contracionista reduz o produto. Resp.: Alternativa “e”. Como o investimento é insensível à taxa de juros, uma política monetária contracionista não tem a capacidade de reduzir o produto agregado ACE/MDIC (2001) Avalie as assertivas: “(1) Se a função consumo for C = 100 + 0,8 × (Y-T), em que C, Y e T representem, respectivamente, o consumo, a renda e a tributação, e se o governo aumentar os impostos e a despesa pública no mesmo montante, então o nível de renda da economia não será afetado.” Resp.: Errado. O impacto do aumento dos impostos do governo está relacionado à propensão marginal a consumir (no caso 0,8). Um aumento da despesa pública é autônoma e tem um impacto direto 1-1. “(2) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, o aumento das taxas de juros reduz a quantidade de moeda que as pessoas desejam reter”. Resp.: Certo. Um aumenta da taxa de juros eleva o custo de oportunidade de reter moeda Resp.: (a) No caso Keynesiano, a demanda por moeda dependa da taxa de juros e da renda; enquanto que na teoria quantitativa da moeda, a demanda por moeda só é função da renda. (b) A armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é muito baixa (c) No caso clássico, a LM é vertical (d) Correto! É só pensar em um deslocamento tanto da IS quanto da LM (e) Não necessariamente. Dependa do formato da curva LM AFRF (2003) Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar que a) quanto maior a taxa de juros, menor é a demanda por moeda. b) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista eleva a taxa de juros. c) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista eleva a renda. d) no caso da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista não aumenta o nível de renda. e) quanto maior a renda, maior é a demanda por moeda. Resp.: A alternativa “d” está incorreta, visto que na armadilha da liquidez uma política fiscal é eficiente. AFC/STN (2005) No modelo IS/LM, é correto afirmar que a) no caso keynesiano, a demanda por moeda pode ser expressa de forma semelhante à teoria quantitativa da moeda. b) o caso da armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é extremamente alta. c) no caso clássico, a LM é horizontal. d) o governo pode utilizar a política monetária para anular os efeitos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros. e) uma política fiscal expansionista aumenta as taxas de juros SENADO (2002) Ocorre efeito deslocamento (crowding out), quando o aumento dos gastos públicos eleva a renda, desloca a demanda de moeda para a direita, aumenta a taxa de juros e reduz o investimento privado. Resp.: Correto! 49 AFRF (2005) Considere: Md = demanda por moeda P = nível geral de preços Y = renda agregada r = taxa de juros Considere ainda: Demanda real por moeda: Md/P = 0,3.Y – 20.r Relação IS: Y = 650 – 1.000.r Renda real de pleno emprego = 600 Considerando todas essas informações e supondo ainda que o nível geral de preços seja igual a 1, pode-se afirmar que a oferta real de moeda no equilíbrio de pleno emprego é igual a a) 183. b) 139. c) 123. d) 97. e) 179. QUESTÕES EXTRAS Resp.: Alternativa “e” AFRF (2003) Considere: M/P = 0,2.Y - 15.r Y = 600 - 1.000.r YP = 500 P=1 onde: M = oferta nominal de moeda; P = nível geral de preços; Y = renda real; YP = renda real de pleno emprego; e r = taxa de juros. Com base nestas informações, pode-se afirmar que o valor da oferta de moeda necessária ao pleno emprego é de: a) 80,0 b) 98,5 c) 77,2 d) 55,1 e) 110,0 BACEN (2005) - adaptado Avalie a assertiva: “No modelo IS-LM para uma economia fechada, o resgate de títulos públicos em operações de mercado aberto tende a reduzir o nível de desemprego no curto prazo e, ao mesmo tempo, elevar a taxa de juros no economia” Resp.: Errado. Resp.: Alternativa “b” BNB (2006) No modelo IS-LM para uma economia fechada, um aumento dos gastos do governo desloca a(as) função(ões): a) IS para a direita. b) IS para a esquerda. c) IS e LM para a esquerda. d) LM para a direita. e) LM para a esquerda. Resp.: Alternativa “a” 50 PETROBRÁS (2004) Em presença da armadilha da liquidez, a taxa de juros é constante porque a elasticidade da demanda de moeda com respeito a essa variável (taxa de juros) é nula eliminando, assim, os impactos econômicos da política monetária. Resp.: A questão está errada por um detalhe: a demanda por moeda na armadilha da liquidez é perfeitamente elástica (o valor da elasticidade é infinita)! AFPS (2002) Considere o seguinte modelo (modelo IS/LM): Equilíbrio no mercado monetário: M/P = L(Y, r); ∆L/∆Y > 0 e ∆L/∆r < 0 Equilíbrio no mercado de bens: Y = C(Y) + I + G ; 0 < ∆C/∆Y <1, onde: M = oferta de moeda P = nível geral de preços L (Y, r) = demanda por moeda Y = renda r = taxa de juros C = consumo agregado I = investimento agregado (exógeno) G = gastos do governo ∆ = símbolo que representa “variação” Com base nessas informações, é correto afirmar que: a) uma política fiscal expansionista reduz as taxas de juros. b) como forma de elevar o produto, a política monetária é mais eficiente do que a política fiscal. c) nem a política fiscal nem a política monetária afetam o produto. d) nesse modelo, a curva IS é horizontal. e) a política monetária só afeta as taxas de juros. GESTOR (2005) Considere os dois modelos a seguir: I - modelo keynesiano simplificado: Y = C + I + G C = C(Y) II - modelo IS/LM: Y = C(Y) + I(i) + G Ms = L(Y, i) Onde Y = produto; I = investimento; G = gastos do governo;i = taxa de juros; Ms = oferta de moeda; e L(Y, i) = função demanda por moeda. Considerando o nível de preços igual a 1 e que todas as funções dos dois modelos seguem os pressupostos da denominada “teoria keynesiana” sem os denominados “casos extremos” do modelo IS/LM, é incorreto afirmar que: a) no modelo II, ∆Y/∆ Ms = Ly/(1 - c’), onde Ly é a derivada parcial de L em relação a y. b) no modelo II, uma política fiscal expansionista eleva o nível do produto; o conseqüente aumento da renda resulta então numa elevação na demanda por moeda, o que pressiona para cima a taxa de juros. c) no modelo II, ∆i/∆Ms < 0. d) no modelo II, é possível avaliar o denominado efeito “crowding out”. e) no modelo I, ∆Y/∆G = ∆Y/∆I = 1/(1 - c’). Resp.: Alternativa “a” BNDES (2008) O gráfico abaixo mostra as curvas IS e LM numa certa economia. Maiores gastos públicos financiados por novas emissões monetárias (A) expandiriam a produção e a renda acima de yo. (B) reduziriam necessariamente a taxa de juros para baixo de io. (C) reduziriam as importações. (D) deslocariam a IS e a LM para posições tais como AB e CD. (E) provocariam, necessariamente, aumento dos preços. Resp.: Um maior gasto público desloca a IS para a direita. Uma maior oferta monetária também desloca a LM para direita. Portanto, os dois fatores têm o efeito de aumenta a renda agregada. A letra “a” está correta. Resp.: Alternativa “e” GESTOR (2002) A demanda real de moeda é expressa por (M / P) = 0,3 Y – 40 r, onde Y representa a renda real e r a taxa de juros. A curva IS é dada por Y = 600 – 800 r, a renda real de pleno emprego é 400, enquanto o nível de preços se mantém igual a 1. Indique o valor da oferta de moeda necessária para o pleno emprego. a) 80 b) 90 c) 100 d) 110 e) 120 Resp.: Alternativa “d” 51 MACROECONOMIA PARA CONCURSOS DEMANDA E OFERTA AGREGADA Demanda e Oferta Agregada Prof. Daniel da Mata Demanda Agregada O que descola a demanda agregada? Componentes do mercado de bens e serviços Isto é, da despesa agregada (consumo, investimento, gastos governamentais, exportações líquidas...) Componentes do mercado monetário Oferta monetária Oferta Agregada Hipótese Keynesiana: nível de preços é constante Rigidez dos preços da economia (e dos salários) A oferta agregada de curto prazo (OACP) é uma linha horizontal No longo prazo, os fatores de produção variam e também os preços A oferta agregada de longo prazo (OALP) é vertical O que importa para a produção no longo prazo são fatores “reais”: fatores de produção e tecnologia PETROBRÁS (2004) Avalie a assertiva: “A curva de demanda agregada é negativamente inclinada porque preços mais elevados reduzem as taxas de juros reais conduzindo, pois, à contração da produção e dos investimentos”. Resp.: Errado. Os preços mais elevados reduz o saldo monetário real e desloca para cima e para a esquerda a LM (o que aumenta os juros reais). O aumento dos juros reais leva à contração da produção. Oferta Agregada Existe também a oferta agregada de curto prazo (OACP) positivamente inclinada! Vários modelos explicam tal formato da oferta agregada Exemplo: Rigidez dos salários e flexibilidade de alguns outros preços na economia O que desloca a oferta agregada? Choques de oferta (positivos ou negativos) 52 PETROBRÁS (2004) Avalie a assertiva: “No curto prazo, em virtude de os salários serem determinados contratualmente e, portanto, relativamente rígidos, a curva de oferta agregada é positivamente inclinada.” Resp.: Correto BACEN (2001) Com relação ao modelo de oferta e demanda agregada, é incorreto afirmar que: a) se os preços e salários são fixos no curto prazo, deslocamentos da demanda agregada afetam o emprego. b) uma redução na oferta monetária só afeta o nível de produto se houver alguma rigidez de preços e salários. c) a diferença entre curto e longo prazo no modelo é explicada pela rigidez nos preços e salários. d) se os preços e salários são perfeitamente flexíveis, deslocamentos na curva de demanda agregada tendem a exercer grande influência sobre o produto. e) não é necessário rigidez total de preços e salários para que deslocamentos na demanda agregada afetem o produto. Resp.: Alternativa “d” está incorreta. Se os preços são flexíveis, a curva de demanda não tem impacto sobre o produto, somente sobre os preços AFRF (2000) Considerando o modelo de oferta e demanda agregada; considere ainda que, no longo prazo os preços são flexíveis, mas no curto prazo, verificase rigidez total nos preços. Então, é correto afirmar que: a) deslocamentos na demanda agregada afetam o produto agregado tanto no curto quanto no longo prazo. A diferença entre os dois casos está apenas no grau de intensidade dos efeitos da demanda sobre o produto. b) deslocamentos na demanda agregada no longo prazo só afetam o nível de preços; já no curto prazo, tais deslocamentos só afetam o produto agregado. c) no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afastam o produto agregado do seu nível de pleno emprego. Tal efeito, entretanto, não ocorre no curto prazo. d) tanto no curto quanto no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afastam o produto do seu nível de pleno emprego. A diferença está nos efeitos desses deslocamentos sobre a inflação. e) tanto no curto quanto no longo prazo, o produto agregado encontra-se em seu nível de pleno emprego. Assim, deslocamentos da demanda agregada só causam efeitos sobre a inflação, cuja intensidade é maior no longo prazo. Resp.: Alternativa “b” Equilíbrio na Macroeconomia Demanda agregada igual à oferta agregada É um modelo de flutuação econômica, com foco no produto agregado e nas variações no nível geral de preços da economia AFC/STN (2000) Considerando o modelo de oferta e demanda agregada, podemos afirmar que: a) no longo prazo, a curva de oferta agregada pode ser vertical ou horizontal, dependendo do grau de rigidez dos preços no curto prazo. Assim, no longo prazo, alterações na demanda agregada necessariamente afetam os preços, mas nada se pode afirmar no que diz respeito aos seus efeitos sobre o produto b) no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical. Neste caso, descolamentos na curva de demanda agregada afetam o nível de preços, mas não o produto. No curto prazo, entretanto, a curva de oferta não é vertical. Neste caso, alterações na demanda agregada provocam alterações no produto agregado c) tanto no curto quanto no longo prazo a curva de oferta agregada é vertical. Assim, os únicos fatores que podem explicar as flutuações econômicas, tanto no curto quanto no longo prazo, são as disponibilidades de capital e tecnologia d) no curto prazo, não há qualquer justificativa teórica para que a curva de oferta agregada de curto prazo não seja horizontal. Nesse sentido, no curto prazo, alterações na demanda agregada são irrelevantes para explicar tanto a inflação como alterações no nível do produto e) desde que os preços sejam rígidos, as curvas de oferta agregadas são verticais, tanto no curto quanto no longo prazo Resp.: Alternativa “b” SENADO (2002) O estudo da demanda e da oferta agregada é crucial para a elaboração de políticas macroeconômicas apropriadas. A esse respeito, julgue os itens subseqüentes. ... 2. Aumentos da produtividade agrícola que se traduzam em rendas mais elevadas para os agricultores deslocam a curva de oferta agregada para cima e para a esquerda. 3. No Brasil, a indexação das faixas de renda para o imposto de renda de pessoa física (IRPF), ao reduzir o imposto pago pelos contribuintes, aumenta a demanda por bens e serviços e desloca, assim, a curva IS para a esquerda. ... 5. Quando o investimento autônomo aumenta, a produção de equilíbrio aumentará à medida que a propensão marginal a poupar for menor 53 Resp.: 2. Errado 3. Errado 5. Correto Resp.: Alternativa “b” AFRF (2002) Considere: Curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LM Curva de oferta agregada de longo prazo horizontal Curva de oferta agregada de curto prazo vertical Considere a ocorrência de um choque adverso de oferta como, por exemplo, uma elevação nos preços internacionais do petróleo. Supondo que este choque não desloca a curva de oferta agregada de longo prazo, é correto afirmar que: a) uma elevação na demanda tenderá a intensificar a queda no produto que decorre do choque de oferta. b) o choque adverso de oferta aumenta os custos e, portanto, os preços. Se não houver alterações na demanda agregada, teremos uma combinação, no curto prazo, de preços crescentes com redução do produto. No longo prazo, com a queda dos preços, a economia retornará ao seu nível de pleno emprego. c) se não ocorrer deslocamentos na curva de demanda agregada, o choque de oferta causará deflação. d) o choque de oferta alterará apenas o produto de pleno emprego. e) não ocorrerá alterações nem nos preços nem no nível do produto, tanto no curto quanto no longo prazo, uma vez que, se o choque de oferta não desloca a curva de oferta de longo prazo, também não deslocará a curva de oferta de curto prazo. ACE/MDIC (1998) Suponha uma economia em uma situação de equilíbrio, a partir da qual ocorre uma expansão na oferta monetária. No curto prazo, os efeitos sobre o nível de produto e a taxa de juros serão a) menores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada b) maiores quanto mais elástica for a curva de oferta agregada c) independentes da inclinação da curva de oferta agregada d) maiores quanto maior for a variação resultante no nível agregado de preços e) independentes de variações no nível agregado de preços Resp.: Alternativa “b” Curva de Phillips CURVA DE PHILLIPS É oriundo da oferta agregada Mostra a relação entre inflação e (a) expectativas inflacionárias, (b) taxa de desemprego e (c) choques de oferta. A primeira versão da Curva de Phillips mostrava somente a relação entre inflação e desemprego π = π e − β (u − un ) + ε 54 GESTOR/MPOG (2008) Considere a seguinte equação para a inflação: π = π − β (u − u n ) + ε onde πt = inflação em t; πe = inflação esperada; u = taxa de desemprego efetiva; un = taxa natural de desemprego; ε = choques de oferta; e β = uma constante positiva. Com base neste modelo de inflação, é incorreto afirmar que: a) se πe = α.πt-1, onde πt-1 representa a inflação passada, se α = 1, β = 0 e ε = 0, a inflação será essencialmente inercial. b) um aumento do preço internacional do petróleo representa um choque de oferta e tende a aumentar a inflação. c) o impacto das políticas que reduzem a demanda sobre a inflação dependerá de β. d) Se πe = α.πt-1, onde πt-1representa a inflação passada, se α > 1, a inflação será explosiva. e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflação tendo em vista o menor volume de oferta agregada. e PETROBRÁS (2008) A figura abaixo mostra, em linha cheia, a Curva de Phillips de uma certa economia, supondo um determinado nível de expectativas de inflação. Resp.: A curva de Phillips da questão mostra a relação entre inflação, expectativas, desemprego e choques de oferta. (a) está correta, uma vez que se β = 0 e ε = 0 não há inflação de demanda e de oferta. Como a expectativa inflacionária é dada pela inflação passada, temos o caso de inflação inercial (b) Correto. Um aumento do preço internacional do petróleo é um choque (negativo) de oferta. (c) o coeficiente “beta” mostra o impacto de políticas do lado da demanda sobre a inflação (d) se houver a alimentação contínua da inflação passada (isto é, se “alfa” é maior do que 1), o processo inflacionário será crescente (e) Errado! Um aumento da taxa de desemprego tende a diminuir a inflação. É só lembrar da relação negativa entre desemprego e inflação. Resp.: Alternativa “d” Caso as expectativas de inflação diminuam, a Curva de Phillips mudaria para uma posição como (A) AB (B) CD (C) CF (D) EF (E) BD AFRF (2000) Considere a seguinte equação: πt - φπt-1 = A onde: πt = taxa de inflação em t (πt-1 = taxa de inflação em t -1); A = choques exógenos; φ > 0. Com base nesta equação, pode-se afirmar que a) a trajetória da inflação dependerá de A e φ. Se A > 0 ou se φ > 0, a inflação será crescente; mas se A = 0, independente de φ, a inflação será estável. b) a trajetória da inflação dependerá principalmente de A. Neste sentido, a inflação será estável somente se A = 0. c) a trajetória da inflação dependerá exclusivamente do termo φ. Supondo a ausência de choques exógenos, se φ > 1, a inflação será explosiva; se φ = 1 a inflação será inercial; e se φ < 1, a inflação será decrescente. d) a trajetória da inflação, pela equação, será sempre crescente, independente dos valores de A e φ. e) não é possível, a partir da prever uma situação de inflação inercial. Resp.: Alternativa “c” LEI DE OKUN 55 Lei de Okun Expressa a relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego, ou seja, a relação entre hiato de produto e taxa de desemprego A lei afirma que o desemprego declina se o crescimento estiver acima da taxa tendencial de 2,3% A lei de Okun resume a relação entre crescimento e a variação na taxa de desemprego. Altas taxas de crescimento causam queda na taxa de desemprego E vice-versa. GESTOR/MPOG (2002) A relação entre crescimento e variações na taxa de desemprego é conhecida como: a) Lei de Wagner b) Lei de Okun c) Lei de Walras d) Lei de Say e) Lei de Gresham Resp.: Alternativa “b” GESTOR/MPOG (2005) Um dos importantes “pressupostos” utilizado na análise entre inflação e desemprego é conhecido na literatura como “Lei de Okun” e relaciona a taxa de desemprego com a taxa de crescimento do produto. Considerando gyt = taxa de crescimento do produto no período t, ut e ut-1 as taxas de desemprego nos períodos t e t-1 respectivamente e go a taxa “normal” de crescimento da economia, não está de acordo com a Lei de Okun: a) gyt = go => ut = ut-1 b) gyt > go => ut < ut-1 c) gyt < go => ut > ut-1 d) ut - ut-1 = β.(gyt - go); β > 0 e) a Lei de Okun permite a passagem da oferta agregada de curto prazo para a curva de Phillips Resp.: A alternativa “d” diz que o desemprego é maior quando o crescimento está acima da taxa natural (é só notar que o “beta” é positivo), o que claramente está em desacordo com a lei de Okun. MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Macroeconomia Aberta Prof. Daniel da Mata O que é taxa de câmbio Taxa de câmbio = preço relativo entre moeda de dois países Cotação do Certo (modelo Mundell-Fleming) MACROECONOMIA ABERTA Preço da moeda nacional expressa em moeda estrangeira = 0,5 US$/R$ Uma diminuição da taxa de câmbio é uma desvalorização Cotação do Incerto (como no Brasil) Preço da moeda estrangeira expressa em moeda nacional = 2 R$/US$ Um aumento da taxa de câmbio corresponde a uma desvalorização 56 O que é taxa de câmbio Taxa de câmbio nominal e real Taxa nominal: paridade entre moedas Taxa real de câmbio Cotação incerto p ext Z = E int p Valorização nominal: a moeda nacional se valorizou em termos de moeda estrangeira Taxa real: paridade entre bens e serviços Cotação certo Valorização real: os produtos nacionais estão mais caros em relação ao produtos estrangeiros AFRF (2000) Considere que tenha ocorrido uma desvalorização nominal da taxa de câmbio de 10% num determinado período. Considerando o conceito de taxa de câmbio utilizada no Brasil e o conceito de câmbio real que leva em conta a inflação interna e externa, podese afirmar que, a) se a inflação externa foi de 10% no período e a inflação interna foi de 25% no período, houve uma desvalorização real da taxa de câmbio. b) se a inflação externa foi de 20% e a inflação interna foi de 5% no período, houve uma valorização real da taxa de câmbio. c) se tanto a inflação interna quanto a externa foram de 5% no período, não houve alteração na taxa de câmbio real. d) se a inflação externa foi de 15% no período e a inflação interna foi de 30% no período, houve uma desvalorização real da taxa de câmbio. e) se a inflação externa foi de 5% e a inflação interna foi de 20% no período, houve uma valorização real da taxa de câmbio. ACE/MDIC (2002) Em uma das formas de se medir a taxa real de câmbio, consideram-se as inflações interna e externa, além da taxa nominal de câmbio. Considerando que as exportações e importações respondem às variações na taxa real de câmbio, é correto afirmar que: a) pode-se considerar a fórmula E = e.(p*/p) onde e = taxa nominal de câmbio; E = taxa real de câmbio; p* = inflação interna; p = inflação externa. b) inflação externa serve de desestímulo às exportações. c) inflação interna é mais importante do que a inflação externa para as exportações. d) independente das taxas de inflação, uma desvalorização nominal da taxa de câmbio necessariamente resulta em uma desvalorização da taxa real de câmbio. e) a inflação interna serve de estímulo às importações. Z=E p int p ext Resp.: A variação da taxa real de câmbio é expressa por: (1 + ∆pext ) (1 + ∆Z ) = (1 + ∆E ) × (1 + ∆pint ) (1 + 0,1) 1,1× 1,1 = 0,968 = (1 + 0,25) 1,25 ∆Z = 0,968 − 1 = −0,032 = −3,2% (a) Falso. (1 + ∆Z ) = (1 + 0,1) × (b) Falso. ∆Z=25,7% (c) Falso. ∆Z=10% (d) Falso. ∆Z=-3% (e) Verdadeiro. ∆Z=-4% Resp.: Uma inflação interna torna os produtos nacionais mais caros e menos competitivos, o que desestimula as exportações. O raciocínio inverso vale para as importações Uma inflação interna maior incentiva as importações! Quando a inflação externa é elevada, coeteris paribus, os produtos nacionais ficam mais baratos do que os produtos estrangeiros. Isso gera estímulo às exportações nacionais (a) Errado! Vimos na questão passada a verdadeira fórmula da variação real da taxa de câmbio (b) Errado, a inflação externa serve de estímulo às exportações (c) Errado, tanto a inflação interna quanto a inflação externa são importantes (d) Errado. Temos que considerar as taxas de inflação interna e externa para saber se uma desvalorização nominal da taxa de câmbio resulta em uma desvalorização da taxa real de câmbio. (e) Correto! Ver explicação acima. 57 Regimes Cambiais Câmbio Fixo Câmbio Flutuante Flutuação Suja Bandas Cambiais Minidesvalorização (crawling peg) Conselhos de moeda (currency boards) AFC/STN (2005) Considere um regime de câmbio fixo. Seja a taxa de câmbio representada pela letra “e” e considere o conceito de taxa de câmbio utilizada no Brasil. Suponha que o Banco Central fixe a taxa de câmbio em “e1”. Com base nessas informações, é correto afirmar que: a) o Banco Central é obrigado a comprar qualquer demanda por moeda estrangeira no mercado à taxa e1, mas pode vender moeda estrangeira a uma taxa menor do que e1. b) não é possível utilizar a política fiscal. c) se existem pressões no mercado de câmbio para uma taxa maior do que e1, o Banco Central deverá vender a moeda estrangeira à taxa e1. d) o Banco Central não precisa intervir no mercado cambial uma vez que o regime de câmbio fixo é determinado por lei. e) se o mercado sinaliza para uma taxa maior do que e1, o Banco Central deve emitir moeda para manter a taxa fixa. Resp.: Alternativa “c” ACE/MDIC (2001) Considerando a definição de políticas de câmbio de um país, que consideram tanto argumentos de ordem teórica quanto resultados práticos, julgue os seguintes itens. 1 A opção entre uma taxa de câmbio fixa ou flexível deve considerar o tempo de ajuste a um choque: se deixada ao ritmo do mercado, a taxa de câmbio é um preço altamente sensível e pode provocar correções nos preços relativos antes que outros preços variem. 2 Taxas de câmbio flexíveis favorecem a ocorrência de efeitos disciplinadores da política econômica, uma vez que políticas equivocadas (ou a permanência de desequilíbrios) podem provocar alterações nos preços relativos e nas taxas de câmbio, como uma punição imposta pelos mercados. 3 A condição básica para que uma taxa de câmbio se mantenha em equilíbrio é que haja equilíbrio em todos os demais mercados associados (de bens, de serviços, de fatores de produção e de divisas). BNB (2006) Sobre os tipos de regimes cambiais, é INCORRETO afirmar que: A) um regime de flutuação cambial pura é caracterizado pelo fato de que a taxa de câmbio é determinada, exclusivamente, por meio da atuação das forças de mercado. B) um regime de câmbio fixo é aquele em que uma paridade entre moeda doméstica e estrangeira é estabelecida por meio de uma decisão do governo ou de uma lei. C) nos chamados conselhos de moeda (currency boards), a quantidade de moeda (primária) na economia é determinada pelos fluxos de oferta e demanda de moeda estrangeira. D) no regime de bandas cambiais, as mudanças na taxa de câmbio são feitas com freqüência e, em geral, obedecendo a determinadas regras. E) no sistema de flutuação suja (dirty-floating), o Banco Central intervém basicamente para evitar volatilidade excessiva da taxa de câmbio. Resp.: Alternativa “d” ACE/MDIC (2002) Considere e = taxa de câmbio (conceito utilizado no Brasil referente a quantidade de reais necessários para a compra de um dólar). Suponha que o país adote um regime de bandas cambiais com limite inferior e1 = 1,00 e limite superior e2 = 1,20. Suponha que o mercado sinalize para negócios com e = 0,90. Para manter o sistema de bandas, o Banco Central deverá: a) comprar a moeda americana a um valor e1 > 0,90 e em seguida vender moeda americana a um valor e1 < 1,00 b) vender moeda americana no mercado a um valor e1 < 1,00 c) vender moeda americana a qualquer valor d) comprar a moeda americana no mercado a um valor e1 > 1,00 e) não intervir no mercado pois a sinalização implica que, necessariamente, o valor de e irá subir no futuro Resp.: Alternativa “d” ACE/MDIC (2001) – cont. 4 As vantagens de um sistema de taxa de câmbio fixa incluem o menor impacto inflacionário interno, a maior previsibilidade da política monetária e a menor necessidade de preservar um estoque excessivo de reserva de divisas. 5 Modalidades de política cambial como minidesvalorizações, desvalorizações pré-anunciadas e bandas cambiais são opções intermediárias entre sistemas de taxas fixas e flexíveis; e, ao permitirem um maior grau de gestão do processo, facilitam a previsão de eventuais choques externos. Resp.: Certo Certo Certo Errado Errado 58 MUNDELL-FLEMING MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Modelo Mundell-Fleming Prof. Daniel da Mata MUNDELL-FLEMING O modelo assume perfeita mobilidade dos capitais internacionais Se a taxa de juros nacional é superior à internacional, haverá uma entrada de dividas estrangeiras Já que os investidores internacionais desejam receber uma maior remuneração pelos seus investimentos Quando há entrada de divisa no território nacional, o Banco Central age trocando a moeda estrangeira pela nacional... Resultando em uma queda na taxa de juros Haverá entrada de divisas até o momento que não haja mais diferença entre o juros interno e o externo Conclusão: a perfeita mobilidade de capitais garante que as taxas de juros interna e externa são iguais Resp.: (a) Falso. A mobilidade perfeita do capital implica que as taxas de juros no país e no exterior são iguais (b) Falso (c) Falso (d) Falso (e) Correto. IS-LM com câmbio A taxa de câmbio utilizada é na cotação do certo A despesa agregada agora adiciona as exportações (X) e importações (M), na forma de exportações líquidas (NX = X – M) Quanto mais desvalorizada a taxa de câmbio, (a) maiores as exportações, (b) menores as importações e (c) maiores as exportações líquidas ACE/MDIC (1998) Indique a afirmação VERDADEIRA a respeito de uma economia aberta com regime de taxa de câmbio FIXA. a) Assumindo mobilidade perfeita de capital, a taxa de juros doméstica deve ser superior à externa. b) O Banco Central desta economia pode usar a política monetária para tentar combater o desemprego. c) Assumindo mobilidade perfeita de capital, a taxa de juros doméstica deve ser inferior à externa. d) No caso de um aumento da demanda pela moeda doméstica, o governo deve reduzir seus gastos para manter a taxa de câmbio no nível desejado. e) No caso de um aumento na demanda por moeda doméstica, o Banco Central deve aumentar a oferta de moeda para manter a taxa de câmbio no nível desejado. IRBr/MRE (2003) Em um regime de taxas de câmbio flexíveis, a imposição de restrições ao comércio, tais como quotas às importações ou tarifas, não afeta a renda porque a apreciação da moeda nacional aumenta as importações compensando o aumento inicial das exportações líquidas Resp.: Correto. 59 ENAP (2006) Um sistema de câmbio fixo num regime de livre e perfeita mobilidade de capitais é incompatível com a) um aumento na taxa de câmbio real. b) uma política fiscal expansionista. c) uma política monetária contracionista. d) uma queda na taxa de câmbio real. e) um aumento da inflação. Resp. A política monetária não possui efeito em um regime de taxa de câmbio fixo. Alternativa “c” é a resposta. Resp.: Alternativa “e” AFC/STN (2000) O modelo Mundell-Fleming representa o modelo IS/LM aplicado a uma pequena economia aberta. Tal modelo considera o nível de preços fixo e analisa as causas das flutuações da renda e da taxa de câmbio. Com base nesse modelo, e supondo livre mobilidade de capital, é correto afirmar que: a) a política fiscal é mais adequada para estabilizar a renda, independente do regime ser de taxas de câmbio fixas ou flexíveis b) quando as taxas de câmbio são flutuantes, a política monetária não exerce qualquer influência sobre a renda agregada c) quando as taxas de câmbio são fixas, a política fiscal não exerce qualquer influência sobre a renda agregada d) quando as taxas de câmbio são fixas, a política monetária é a única capaz de influenciar a renda agregada e) quando as taxas de câmbio são flutuantes, a política fiscal não exerce qualquer influência sobre a renda agregada Resp.: Alternativa “e” GESTOR (2003) Considere que as exportações brasileiras dependam da taxa de câmbio real calculada a partir da relação entre o real e o dólar e considerando as taxas de inflação no Brasil e Estados Unidos da América. É então correto afirmar que: a) a inflação americana tende a desestimular as exportações brasileiras. b) tudo mais constante, a inflação brasileira tende a estimular as exportações brasileiras. c) tudo mais constante, uma desvalorização do dólar frente ao real tende a estimular as exportações brasileiras. d) tudo mais constante, uma desvalorização do real frente ao dólar tende a desestimular as exportações brasileiras. e) tudo mais constante, a inflação americana tende a estimular as exportações brasileiras. BACEN (2005) - adaptado “Numa pequena economia aberta com perfeita mobilidade de capitais e taxas de câmbios flexíveis, é adequado a utilização de políticas fiscais de expansão dos gastos do governo com o objetivo de reduzir a taxa de desemprego da economia” Resp.: Errado ACE/MDIC (2001) A globalização das modernas economias de mercado exige que as questões macroeconômicas sejam analisadas em modelos com economia aberta. A esse respeito, julgue os itens seguintes. (a) Em uma economia pequena, cuja taxa de câmbio seja flutuante, a política fiscal será inoperante porque um aumento (redução) dos gastos públicos será compensado por uma redução (aumento) nas exportações líquidas. (b) Em um regime de taxas de câmbio fixas, políticas comerciais restritivas não alteram a renda porque as exportações líquidas aumentam, mas os investimentos diminuem. (c) No modelo de Mundell-Fleming, tanto as políticas fiscais como as políticas monetárias terão maiores efeitos sobre a renda nacional, se as taxas de câmbio forem flexíveis. (d) Em regimes de taxa de câmbio fixas, uma política monetária contracionista não altera o nível de renda real da economia. (e) Quando ocorre uma desvalorização da moeda nacional, a curva LM desloca-se para a direita, fazendo que as exportações líquidas e o nível de renda sejam reduzidos. 60 Resp.: Correto Errado Errado Correto Errado SENADO (2002) Avalie a assertiva: “Quando a queda da inflação no Brasil conduz à redução das taxas de juros e à depreciação do real, o aumento das exportações líquidas daí decorrente provoca expansão da demanda agregada. Resp.: Correto! AFC/STN (2005) Considere um modelo de regime de câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais. Pode ser considerado como fator que tende a provocar uma desvalorização da moeda nacional: a) política fiscal expansionista. b) elevação dos juros externos. c) política monetária contracionista. d) elevação da taxa básica de juros interna. e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais. Resp.: Alternativa “b” AFRF (2000) Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses: i) economia pequena e aberta ii) livre mobilidade de capital iii) taxa de câmbio nominal igual à taxa de câmbio real Suponha que a autoridade econômica disponha dos dois tradicionais instrumentos de política econômica: política fiscal e política monetária. Pode-se então afirmar que: a) os impactos de um ou outro instrumento sobre a renda agregada dependem do regime cambial adotado no modelo. b) ambos os instrumentos exercem impactos sobre a renda, independente do regime cambial adotado, já que as taxas de câmbio real e nominal são iguais. AFRF (2000) – cont. c) independentemente do regime cambial, a política monetária é a única capaz de exercer influência sobre o produto, já que se verifica uma situação de total estabilidade no nível de preços internos. d) se o regime for de câmbio fixo, tanto a política monetária quanto a política fiscal exercem influência sobre a renda agregada, já que as taxas de câmbio nominal e real são iguais. e) independentemente do regime cambial, a política fiscal é a única capaz de exercer influência sobre o produto já que, no modelo, está implícita a hipótese de que a taxa esperada de inflação é zero. Resp.: alternativa “a” QUESTÕES EXTRAS: MODELOS MACROECONÔMICOS 61 APO (2003) Considere o seguinte gráfico ACE/MDIC (2001) O modelo da oferta e da demanda agregada constitui um instrumento extremamente útil para a análise das flutuações econômicas de curto prazo assim como para o estudo dos efeitos econômicos das políticas fiscais e monetárias. Com referência a esse modelo, julgue os itens que se seguem. 5. A teoria keynesiana dos salários rígidos explica porque, no longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical. Resp.: Errado. Nesta caso, a curva de oferta agregada seria positivamente inclinada no curto prazo (salários rígidos, outros preços da economia não necessariamente rígidos) Resp.: Alternativa “b” APO (2003) – cont. Onde P = nível geral de preços; Q = produto agregado; OLP = oferta agregada de longo prazo; OCP = oferta agregada de curto prazo; Q* = produto agregado de pleno emprego. Supondo que a economia encontra-se no equilíbrio de longo prazo e considerando os fundamentos utilizados para a construção das curvas de oferta e demanda agregada, é correto afirmar que: a) um aumento na velocidade de circulação da moeda reduz o nível de emprego no curto prazo. b) uma política fiscal expansionista reduz o nível de emprego no curto prazo. c) uma política monetária contracionista reduz o nível de emprego no curto prazo. d) a partir do gráfico, podemos afirmar que existe total flexibilidade nos preços no curto prazo. e) uma política monetária contracionista gera inflação no curto prazo. Resp.: Alternativa “c” AFPS (2002) Considere a seguinte equação para a curva de oferta agregada de curto prazo: Y = Yp + α(P – Pe), onde: Y = produto agregado Yp = produto de pleno emprego α>0 P = nível geral de preços Pe = nível geral de preços esperados Com base nas informações constantes da equação acima e considerando as curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agregada, é correto afirmar que: a) Uma política monetária expansionista não altera o nível geral de preços, tanto no curto quanto no longo prazo. b) Alterações na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alterações tanto no nível geral de preços quanto na renda. c) No curto prazo, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de preços. d) O produto estará sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo. e) Alterações na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, só geram inflação, não tendo qualquer impacto sobre a renda. INFRAERO (2004) O multiplicador de investimentos keynesiano, para uma economia fechada, sem governo, corresponde: (a) à propensão marginal a consumir; (b) ao inverso da propensão marginal a poupar; (c) à eficiência marginal do investimento; (d) à taxa de juros; (e) à propensão média a consumir. Resp.: Alternativa “b”. Lembrar que a propensão marginal a poupar é (1 – c). E que o multiplicador em uma economia fechada e sem governo é igual a 1/(1-c) 62 MPU (2004) Com relação ao conceito do multiplicador da renda, é correto afirmar que a) quanto maior a propensão marginal a consumir, maior tenderá ser o valor do multiplicador. b) o valor do multiplicador não pode ser maior do que 2. c) o valor do multiplicador não pode ser maior do que 10. d) o valor do multiplicador para uma economia fechada tende a ser menor do que para uma economia aberta. e) o valor do multiplicador pode ser negativo. Resp.: Alternativa “a” está correta. Quanto maior a propensão marginal a consumir, maior o multiplicador. As alternativas “b” e ”c” estão erradas uma vez que o multiplicador pode assumir um valor maior do que 10 (é só pensar em uma propensão marginal a consumir muito elevada, digamos, de 0,99). Sabemos que o multiplicador em uma economia aberta tende a ser maior e, por fim, o multiplicador não pode ser negativo. Com base no multiplicador keynesiano numa economia fechada, é incorreto afirmar que: a) se a propensão marginal a poupar for igual a 0,4, então o valor do multiplicador será de 2,5. b) na possibilidade de a propensão marginal a poupar ser igual à propensão marginal a consumir, o valor do multiplicador será igual a 1. c) se a propensão marginal a consumir for menor do que a propensão marginal a poupar, então o multiplicador será necessariamente menor do que 2. d) seu valor tende a ser maior quanto menor for a propensão marginal a poupar. e) o seu valor nunca pode ser negativo. Resp.: Alternativa “b” está incorreta. Se a propensão marginal a poupar ser igual à propensão marginal a consumir, então c=0,5 e o multiplicador é igual a 2. AFRF (2000) APO/MPOG (2002) Com relação ao multiplicador keynesiano, é correto afirmar que: a) se a propensão marginal a consumir for igual à propensão marginal a poupar, o seu valor será igual a um. b) numa economia fechada, seu valor depende da propensão marginal a poupar, pode ser menor do que um e só é válido para os gastos do governo. c) numa economia aberta seu valor depende da propensão marginal a consumir e importar, pode ser negativo e vale apenas para os gastos do governo e exportações autônomas. d) numa economia fechada, seu valor depende da propensão marginal a poupar, não pode ser menor do que um e vale para qualquer componente dos denominados gastos autônomos agregados. e) seu valor para uma economia fechada é necessariamente menor do que para uma economia aberta. Resp.: Alternativa “d” Considere as seguintes informações para uma economia hipotética, num determinado período de tempo, em unidades monetárias: Consumo autônomo = 100; Investimento agregado = 150; Gastos do governo = 80; Exportações = 50; Importações = 30. Pode-se então afirmar que, a) se a propensão marginal a consumir for 0,8, a renda de equilíbrio será de 1700 b) se a propensão marginal a poupar for 0,3, a renda de equilíbrio será de 1700 c) se a propensão marginal a consumir for de 0,6, a renda de equilíbrio será de 1730 d) se a propensão marginal a consumir for 0,7, a renda de equilíbrio será de 1800 e) se a propensão marginal a poupar for 0,2, a renda de equilíbrio será de 1750 ACE/MDIC (2002) Resp.: Y= C + I + G + X - M Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma Não há tributação, nem importação como função da renda Y-cY=100+150+80+50-30 Y(1-c)=350 Se s=0,2 c=0,8 Y=350/0,2 Resp.: Alternativa “e” ACE/TCU (2002) Y = 1750 Considere as seguintes informações: Produto agregado de equilíbrio = 1000; Consumo autônomo = 50; Investimento agregado = 100; Exportações = 50; Importações = 30; Gastos do Governo = 100. Considerando o modelo de determinação da renda, é correto afirmar que o valor da propensão marginal a consumir, do consumo total e do multiplicador são, respectivamente: a) 0,73; 780; 3,70 aproximadamente. b) 0,80; 800; 2,60 aproximadamente. c) 0,90; 950; 4,10 aproximadamente. d) 0,73; 500; 1,50 aproximadamente. e) 0,80; 400; 1,38 aproximadamente. 63 Resp.: AFPS (2002) Y= C + I + G + X - M Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma Não há tributação, nem importação como função da renda 1000*(1-c)=50+100+100+50-30 1-c = 270/1000 c = 0,73 Consumo total = Ca + cY = 50 + 0,73*1000 = 780 Multiplicador: 1/(1-c) = 1/(1-0,73) = 3,703703... Resp.: Alternativa “a” BACEN (2002) Resp.: Vamos utilizar mais uma vez a equação de equilíbrio Y= C + I + G + X - M Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma Não há tributação, T=0 Y-cY+mY=100+150+80+50-30 Y(1-c+m)=350 c=0,7 e m = 0,2 Y= (1/0,5)*450 Y = 2*450 = 900 Resp. “a” Considere as seguintes informações: C = 100 + 0,7Y I = 200 G = 50 X = 200 M = 100 + 0,2Y, onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo; X = exportações; M = importações. Com base nessas informações, a renda de equilíbrio e o valor do multiplicador são, respectivamente: a) 900 e 2 b) 1.050 e 1,35 c) 1.000 e 1,5 d) 1.100 e 2 e) 1.150 e 1,7 Multiplicado r Considere C = 100 + 0,8Y I = 300 G = 100 X = 100 M = 50 + 0,6Y Onde: C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo; X = exportações; e M = importações. Supondo um aumento de 50% nos gastos do governo, podese afirmar que a renda de equilíbrio sofrerá um incremento de, aproximadamente: a) 55,2 % b) 15,2% c) 60,1% d) 9,1 % e) 7,8 % Renda de equilíbrio Resp.: Mais uma vez: Y= C + I + G + X - M Y= Ca + c(Y-T) + Ia + Ga + Xa – Ma – mY Y-c(Y-T)-mY= Ca + Ia + Ga + Xa - Ma Não há tributação, T=0 Y-cY+mY=100+300+100+100-50 Y(1-c+m)=550 c=0,8 e m = 0,6 Y= (1/0,8)*550 Y = 1,25*550 = 687,5 Se Ga crescer 50%, então Ga = 150 e Y’ = 1,25*600 = 750 Logo a nova renda de equilíbrio é 9,1% (é só fazer 750/687,5) maior do que a antiga renda de equilíbrio Resp. “d” ANA (2006) Uma implicação direta dos estabilizadores automáticos é o fato de eles permitirem um crescimento maior da renda ao longo do tempo. Resp.: Errado. Os estabilizadores agem exatamente para suavizar o crescimento da renda. “No curto prazo, um aumento na propensão marginal a poupar, decorrente, por exemplo, da redução do valor real esperado das pensões e das aposentadorias devido à crise atual do sistema de seguridade social, desloca a curva de demanda agregada para cima e para a direita.” Resp.: Errado 64 GESTOR (2002) No modelo IS-LM um aumento dos gastos públicos (política fiscal expansionista) promove um deslocamento da curva IS e um aumento da oferta de moeda (política monetária expansionista) promove um deslocamento da curva LM, respectivamente, para: a) direita e direita b) esquerda e esquerda c) direita e esquerda d) esquerda e direita e) baixo e cima Resp.: Alternativa “a” r LM Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita Um aumento da oferta monetária desloca a LM para direita e para baixo LM’ IS’ IS Y ANS (2005) Constitui um exemplo de política fiscal expansionista a decisão da Receita Federal de aumentar, por medida provisória, o IR e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para empresas prestadoras de serviços. Resp.: Errado. É exatamente o contrário: um aumento dos impostos equivale a uma política fiscal restritiva. AFPS (2002) Considere o modelo IS/LM. Suponha a LM horizontal. É correto afirmar que: a) a situação descrita na questão refere-se ao chamado “caso clássico”. b) uma elevação das exportações não altera o nível do produto. c) uma elevação dos gastos públicos eleva tanto as taxas de juros quanto o nível do produto. d) uma política fiscal expansionista eleva o produto, deixando inalterada a taxa de juros. e) não é possível elevar o nível do produto a partir da utilização dos instrumentos tradicionais de política macroeconômica. GESTOR (2002) No modelo IS-LM para uma economia fechada, indique as conseqüências de um aumento dos gastos públicos, coeteris paribus, sobre o deslocamento da curva IS (IS), sobre a renda real (Y) e sobre a taxa real de juros (i). a) IS – esquerda; Y – redução e i – elevação b) IS – direita; Y – elevação e i – elevação c) IS – esquerda; Y – elevação e i – redução d) IS – direita; Y – redução e i – redução e) IS – esquerda; Y – elevação e i – elevação Resp.: Alternativa “b”. Um aumento dos gastos do governo desloca a IS para a direita, elevando tanto a renda (Y) quanto a taxa real de juros (i) Resp.: Alternativa “d” r Um aumento do gasto público desloca a IS para cima e para direita Há um aumenta da renda agregada A taxa de juros permanece a mesma LM IS’ IS Y 65 AFC (2005) No modelo IS/LM sem os denominados casos clássicos e keynesiano, a demanda por moeda a) não varia com a renda e com a taxa de juros. b) não depende da renda. c) só depende da taxa de juros quando esta taxa produz juros reais negativos. d) é inversamente proporcional à renda. e) é inversamente proporcional à taxa de juros. Resp.: Neste caso, a demanda por moeda depende negativamente da taxa de juros e proporcionalmente da renda. A única que contempla alguma dessas possibilidades é a alternativa “e”. Resp.: (a) Errado. No caso clássico, a política fiscal não tem impacto sobre o produto (b) Errado. Novamente, no caso clássico, a política fiscal não tem impacto sobre o produto (c) A alternativa troca os conceitos. A política fiscal é inoperante no caso clássico e eficiente no caso da armadilha da liquidez (d) Errado. Há uma diferença com relação à eficiência de políticas econômicas durante um cenário do caso clássico e um outro cenário de armadilha pela liquidez (e) Correto. ACE/MDIC (1998) O termo "armadilha da liquidez" refere-se a uma situação onde a) o nível de investimento não pode ser elevado, e portanto encontra-se "preso" no seu equilíbrio presente b) as autoridades monetárias reduziram a oferta de moeda de forma demasiadamente drástica para que o nível de produto possa aumentar c) a oferta de moeda torna-se inelástica a uma dada taxa de juros d) a curva de demanda por moeda torna-se infinitamente elástica a uma dada taxa de juros e) a demanda especulativa por moeda aumenta dada uma taxa de juros baixa Resp.: Alternativa “d” AFRF (2000) Considerando o modelo IS/LM com os casos denominados de "clássico" e da "armadilha da liquidez", podemos afirmar que: a) no "caso clássico", deslocamentos da curva IS só altera o nível do produto uma vez que a taxa de juros é fixa. b) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da liquidez", elevações dos gastos públicos causam alterações no produto. A diferença, entre os dois casos, está apenas na possibilidade ou não de alterações nas taxas de juros. c) no caso da "armadilha da liquidez", a política fiscal é totalmente inoperante, ocorrendo o oposto no "caso clássico". d) tanto no "caso clássico" quanto no caso da "armadilha da liquidez", o nível do produto é dado. A diferença está apenas nos efeitos dos deslocamentos da curva IS sobre as taxas de juros. e) o "caso clássico" ocorre quando a demanda por moeda é totalmente insensível à taxa de juros; já o caso da "armadilha da liquidez“ ocorre quando a demanda por moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros. INFRAERO (2004) Se a curva LM é totalmente vertical, caracteriza-se o caso: (a) keynesiano; (b) marshalliano; (c) marxista; (d) clássico; (e) kaleckiano. Resp.: A LM vertical caracteriza o caso clássico. A alternativa “d” está correta. AFC (2002) Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses: • ausência dos casos “clássico” e da “armadilha da liquidez”; • curva IS dada pelo “modelo keynesiano simplificado” supondo que os investimentos não dependam da taxa de juros. Com base nestas informações, é incorreto afirmar que: a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto. b) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros. c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto. d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros. e) uma política monetária contracionista reduz o produto. Resp.: Alternativa “e”. Como o investimento é insensível à taxa de juros, uma política monetária contracionista não tem a capacidade de reduzir o produto agregado 66 AFRF (2003) Com relação ao modelo IS/LM, é incorreto afirmar que a) quanto maior a taxa de juros, menor é a demanda por moeda. b) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista eleva a taxa de juros. c) na ausência dos casos clássico e da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista eleva a renda. d) no caso da armadilha da liquidez, uma política fiscal expansionista não aumenta o nível de renda. e) quanto maior a renda, maior é a demanda por moeda. Resp.: A alternativa “d” está incorreta, visto que na armadilha da liquidez uma política fiscal é eficiente. AFC/STN (2005) No modelo IS/LM, é correto afirmar que a) no caso keynesiano, a demanda por moeda pode ser expressa de forma semelhante à teoria quantitativa da moeda. b) o caso da armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é extremamente alta. c) no caso clássico, a LM é horizontal. d) o governo pode utilizar a política monetária para anular os efeitos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros. e) uma política fiscal expansionista aumenta as taxas de juros SENADO (2002) Ocorre efeito deslocamento (crowding out), quando o aumento dos gastos públicos eleva a renda, desloca a demanda de moeda para a direita, aumenta a taxa de juros e reduz o investimento privado. Resp.: Correto! ACE/MDIC (2001) Avalie as assertivas: “(1) Se a função consumo for C = 100 + 0,8 × (Y-T), em que C, Y e T representem, respectivamente, o consumo, a renda e a tributação, e se o governo aumentar os impostos e a despesa pública no mesmo montante, então o nível de renda da economia não será afetado.” Resp.: Errado. O impacto do aumento dos impostos do governo está relacionado à propensão marginal a consumir (no caso 0,8). Um aumento da despesa pública é autônoma e tem um impacto direto 1-1. “(2) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, o aumento das taxas de juros reduz a quantidade de moeda que as pessoas desejam reter”. Resp.: Certo. Um aumenta da taxa de juros eleva o custo de oportunidade de reter moeda Resp.: (a) No caso Keynesiano, a demanda por moeda dependa da taxa de juros e da renda; enquanto que na teoria quantitativa da moeda, a demanda por moeda só é função da renda. (b) A armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é muito baixa (c) No caso clássico, a LM é vertical (d) Correto! É só pensar em um deslocamento tanto da IS quanto da LM (e) Não necessariamente. Dependa do formato da curva LM GESTOR (2002) A demanda real de moeda é expressa por (M / P) = 0,3 Y – 40 r, onde Y representa a renda real e r a taxa de juros. A curva IS é dada por Y = 600 – 800 r, a renda real de pleno emprego é 400, enquanto o nível de preços se mantém igual a 1. Indique o valor da oferta de moeda necessária para o pleno emprego. a) 80 b) 90 c) 100 d) 110 e) 120 Resp.: Alternativa “d” 67 AFRF (2005) Considere: Md = demanda por moeda P = nível geral de preços Y = renda agregada r = taxa de juros Considere ainda: Demanda real por moeda: Md/P = 0,3.Y – 20.r Relação IS: Y = 650 – 1.000.r Renda real de pleno emprego = 600 Considerando todas essas informações e supondo ainda que o nível geral de preços seja igual a 1, pode-se afirmar que a oferta real de moeda no equilíbrio de pleno emprego é igual a a) 183. b) 139. c) 123. d) 97. e) 179. Resp.: Alternativa “e” (ESAF – Analista da CVM - Área: Mercado de Capitais – 2010). Considere o modelo keynesiano simplificado, fechado e com governo. É correto afirmar que política de expansão dos gastos do governo: a) será neutra, porque o investimento público substituirá o investimento privado (crowding out). b) terá impacto menor sobre o crescimento da renda do que a política de transferência de renda dogoverno. c) terá impacto maior do que política de transferência de renda, na proporção do inverso da propensão marginal a consumir. d) afeta o dispêndio agregado, mas não afeta a renda da economia. e) afeta negativamente o dispêndio agregado e a renda da economia. (ESAF – PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – FISCAL DE RENDAS – 2010) Resp.: Alternativa “c” A partir de um modelo keynesiano simplificado, fechado e sem governo, podemos dizer que, quando a produção está acima do equilíbrio macroeconômico, a) o investimento equivale à poupança. b) há excesso de demanda por bens. c) há excesso de oferta de moeda. d) a taxa de juros da economia deve cair. e) a produção supera a demanda. ACE/MDIC (2012) Resp.: Alternativa “e” Considere o modelo de oferta e demanda por moeda e o modelo keynesiano. Suponha um aumento nos gastos públicos. Considerando tudo mais constante, é correto afirmar que o aumento dos gastos públicos provocará a) uma redução na demanda por moeda. Se a oferta de moeda ficar estável, o efeito final será a ocorrência de um equilíbrio com taxas de juros mais baixas. b) uma redução na demanda por moeda, pois tornará os títulos públicos mais atrativos. c) um aumento na taxa de juros por resultar em um aumento na base monetária sem alterar a demanda por moeda. d) um aumento na taxa de juros por elevar a demanda por moeda. e) uma queda na demanda por moeda com efeitos nulos sobre a taxa de juros no curto prazo. 68 Resp.: Alternativa “d” MACROECONOMIA PARA CONCURSOS Questões Recentes Prof. Daniel da Mata (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2008) Assim entendida como a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos públicos, a política fiscal possui como objetivos, exceto: a) prestação de serviços públicos (atendimento de necessidades da comunidade). b) redistribuição de renda (bem-estar social). c) estabilização econômica, que corresponde ao controle da demanda agregada (C+I+G+X-Z) no curto prazo. d) promoção do desenvolvimento econômico, que corresponde ao estímulo da oferta agregada. e) controle da moeda nacional em relação a outras moedas. Resp. Alternativa “e” Gestor (2013) - ESAF Em relação ao modelo de oferta e demanda agregada, é correto afirmar que: a) a curva de demanda agregada é equivalente à curva de demanda definida pela análise microeconômica, ou seja, ela pode ser determinada a partir do processo de maximização da função utilidade sujeita a uma restrição orçamentária. b) a curva de oferta agregada de curto prazo é equivalente à curva de oferta defi nida pela análise microeconômica, ou seja, trata-se da curva de custo marginal acima da curva de custo médio mínimo. c) é possível derivar a curva de demanda agregada a partir do modelo IS/LM. d) se os preços da economia são rígidos, as curvas de oferta e demanda agregadas, de curto e de longo prazo, possuirão a mesma inclinação. e) um aumento dos gastos do governo desloca a curva de oferta agregada de longo prazo no sentido de elevar a renda da economia. Resp. Alternativa “c” 69 APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009 APOF – SEFAZ/SP – ESAF – 2009 As contas do Balanço de Pagamentos contêm os fluxos de moeda para dentro e para fora de um país e fornecem informações sobre as relações comerciais entre os países. Com relação ao Balanço de Pagamentos, indique a opção falsa. a) O Balanço Comercial corresponde ao saldo das exportações sobre as importações. b) O Balanço de Transações Correntes, quando superavitário, indica que o país está recebendo recursos que podem ser utilizados no pagamento de compromissos assumidos anteriormente. c) O Balanço de Serviços e Rendas representa as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis e os rendimentos de investimentos e do trabalho. d) Os principais fatores que determinam o saldo do Balanço Comercial são: o nível de renda da economia e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca. e) As transações do Balanço de Serviços e Rendas são as transações que afetam diretamente a Renda Nacional. Resp: Alternativa “e” O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques. c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. Resp: Alternativa “a” ANA – ESAF – 2009 ANA – ESAF – 2009 Considere os seguintes dados macroeconômicos: Produção bruta total = 2.500 Importação de bens e serviços = 180 Impostos sobre produtos = 140 Consumo Intermediário = 1.300 Consumo Final = 1.000 Formação Bruta de Capital Fixo = 250 Variação de estoques = 20 Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno Bruto são, respectivamente: a) 250 e 1.340 b) 250 e 1,250 c) 350 e 1.340 d) 350 e 1.250 e) 250 e 1.450 Resp.: Alternativa “a” AFC/STN – ESAF – 2008 Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400 Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 Resp: Alternativa “e” Resp: Alternativa “e” GESTOR – MPOG – 2008 – ESAF A partir do início deste século, o Banco Central do Brasil passou a divulgar o balanço de pagamentos com nova metodologia. Pode-se considerar as seguintes alterações em relação à metodologia anterior, exceto a: a) exclusão, no item investimentos diretos, dos empréstimos intercompanhias, de qualquer prazo, nas modalidades de empréstimos diretos e colocação de títulos. b) introdução, na conta corrente, de clara distinção entre bens, serviços, renda e transferências correntes, com ênfase no maior detalhamento na classificação de serviços. c) estruturação da conta de rendas de forma a evidenciar as receitas e despesas geradas por cada uma das modalidades de ativos e passivos externos contidas na conta financeira. d) inclusão da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capitais. e) reclassificação de todos os instrumentos de portfolio, inclusive bônus, notes e commercial papers, para a conta de investimento em carteira. Resp: Alternativa “a” 70 APO – MPOG – 2008 – ESAF No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos. a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. Resp: Alternativa “c” ESAF/Economista/MPOG/2006 APO – MPOG – 2008 – ESAF Pode-se afirmar que o Balanço de Pagamentos de um país é um resumo contábil das transações econômicas que este país faz com o resto do mundo, durante certo período de tempo. No que tange a Balanço de Pagamentos, assinale a única opção falsa. a) Na contabilização dos registros das transações efetuadas, adota-se o método das partidas dobradas. b) Sob a ótica do Balanço de Pagamentos, as transações internacionais podem ser de duas espécies: as transações autônomas e as transações compensatórias. c) O Brasil, ao longo de muitos anos, apresentou déficit na conta de transações correntes, que tinha que ser financiada por meio da entrada de capitais, levando ao aumento da divisa externa do país. d) O déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos corresponde à poupança interna da economia, isto é, à diferença entre investimento e poupança interna na conta de capital do sistema de Contas Nacionais. e) Os fluxos do Balanço de Pagamentos afetam a posição internacional de investimentos do país. Resp: Alternativa “d” ESAF/Economista/MPOG/2006 Faz parte da conta de movimento de capitais na nova metodologia do Balanço de pagamentos, exceto, a) empréstimos de regularização. b) investimentos diretos. c) amortização de empréstimos. d) capitais de curto prazo. e) remessa de lucros. Resp: Alternativa “e” Com relação aos meios de pagamentos adotados no Brasil, é incorreto afirmar que a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos a vista. b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas no Selic. c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados. d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez. e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez. Resp.: Alternativa “b” GESTOR (2009) GESTOR (2009) – Resp.: Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Produto Interno Bruto: 1.162; = PIB Remuneração dos empregados: 450; = RE Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150; = RA Impostos sobre a produção e importação: 170; = IPI Subsídios à produção e importação: 8; = Subs Despesa de consumo final: 900; = CF Exportação de bens e serviços: 100; =X Importação de bens e serviços: 38. =M Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente, a) 300 e 362 b) 200 e 450 c) 400 e 200 d) 200 e 400 e) 200 e 262 PIB = C + I + G + X – M PIB = CF + I + X – M 1162 = 900 + I + 100 – 38 I = 200. I = FBKF + ∆e .: ∆e não foi fornecida pela questão FBKF = 200 PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs) 1162 = 450 + EOBRA + (170 – 8) EOBRA = 550 EOBRA = EOB + RA EOB =EOBRA –RA EOB = 550 – 150 EOB = 400 Resp.: Alternativa “d” 71 GESTOR (2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas de produção de renda: Produção: 2.500; = VBP Impostos sobre produtos: 150; = ISP Produto Interno Bruto: 1.300; = PIB Impostos sobre a produção e de importação: 240; = IPI Subsídios à produção: zero; = Subs Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos: 625. = EOBRA Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente: a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435 c) 1.200 e 410 d) 1.200 e 440 e) 1.300 e 500 GESTOR (2009) – Resp.: PIB = VBP – CI + ISP 1300 = 2500 – CI + 150 CI = 1350 PIB = RE + EOBRA + (IPI – Subs) 1300 = RE + 625 + (240 – 0) RE = 435 Resp.: Alternativa “b” ACE/MDIC (2012) - ESAF Considere os seguintes dados presentes na “Conta de Alocação da Renda” do Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Resp.: Alternativa “c” Renda Nacional Bruta: 3.175 Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336 Remuneração dos Empregados: 1.414 Impostos sobre a Produção e a Importação: 496 Subsídios à Produção: 6 Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83 Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades monetárias, as “Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo” foram iguais a: a) 101. b) 24. c) 18. d) 65. e) 97. ACE/MDIC (2012) - ESAF Considere os seguintes dados presentes no Sistema de Contas Nacionais em unidades monetárias: Salários: 681 Contribuições Sociais Diversas: 141 Contribuições Sociais Imputadas: 38 Rendimento Misto Bruto: 201 Rendimento Operacional Bruto: 755 Imposto sobre a Produção e Importação: 335 Resp.: Alternativa “b” Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da Economia seja de 2.147, os “subsídios à produção e importação” e a “remuneração dos empregados” deverão ser (em unidades monetárias) respectivamente: a) 38 e 822. b) 4 e 860. c) 8 e 681. d) zero e 681. e) 22 e 898. 72 ACE/MDIC (2012) - ESAF Com as informações retiradas no Sistema de Contas Nacionais, listadas abaixo, é possível obter os valores do Produto Interno Bruto (PIB) e da Renda Nacional Bruta (RNB) de um determinado País. ACE/MDIC (2012) – ESAF – Cont. É correto afirmar que os valores do PIB e da RNB são, respectivamente, iguais a: a) PIB = 2.500,00 e RNB = 2.200,00. b) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.760,00. c) PIB = 1.800,00 e RNB = 1.500,00. d) PIB = 1.880,00 e RNB = 1.600,00. e) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.660,00. Resp. Alternativa “c“ ACE/MDIC (2012) – ESAF Um Analista de Comércio Exterior inicia um estudo para verifi car o valor monetário da Poupança Bruta do País X, no ano de 2011. Para realizar esse estudo, o Analista retira do Sistema de Contas Nacionais do País X os seguintes elementos das Contas Econômicas Integradas (CEI) e os respectivos valores monetários, apresentados abaixo: ACE/MDIC (2012) – ESAF – Cont. Após esse levantamento, o Analista de Comércio Exterior poderá afirmar que a Poupança Bruta no País X, em 2011, foi de: a) $ 0,00 (zero). b) $ 1.500,00. c) $ 1.300,00. d) $ 1.220,00. e) $ 220,00. Resp.: Alternativa “c“ GESTOR (2009) Com relação ao Déficit Público, uma das afirmações a seguir é falsa. Identifique-a. a) O governo pode financiar seu déficit por meio de recursos extrafiscais. b) O déficit de caixa omite as parcelas do financiamento do setor público externo e do resto do sistema bancário, bem como de fornecedores e empreiteiros. c) No cálculo do déficit público, segundo o conceito operacional, incluem-se as despesas com a correção monetária e cambial pagas sobre a dívida. d) O déficit total indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro, nas três esferas de governo e administrações. e) A apuração do déficit pelo método “abaixo da linha” mede o tamanho do déficit pelo lado do financiamento. Alternativa “c” 73 GESTOR (2009) Considere os seguintes saldos, em unidades monetárias, para as contas dos Balanços de Pagamentos: Balanço comercial: - 700; Balanço de serviços: - 7.000; Balanço de rendas: - 18.000; Transferências unilaterais: + 1.500; Conta Capital: + 300; Investimento Direto: + 30.500; Investimento em Carteira: + 7.000; Derivativos: - 200; Outros investimentos na conta financeira = -18.000; Erros e omissões: + 2.500. Considerando esses lançamentos, é correto afirmar que a conta Haveres da Autoridade Monetária apresentou saldo de: a) + 2.000 b) – 2.100 c) – 2.900 d) zero e) + 2.100 ACE/MDIC (2012) - ESAF Não faz parte da conta de serviço do balanço de pagamentos as despesas e/ou receitas realizadas entre residentes e não residentes de um país: a) com corretagens. b) com Royalties e licenças. c) com aluguéis de equipamentos. d) com eventos culturais e recreacionais. e) com as aplicações em fundos de renda fi xa. Resp.: Alternativa “e” Resp.: Alternativa “e” ACE/MDIC (2012) - ESAF Os dados extraídos do balanço de pagamentos de uma economia hipotética, expressos em milhões de reais em 2003, estão apresentados no quadro abaixo. A partir dessas informações, um analista econômico apurou que o valor das importações de bens e serviços (FOB), em milhões de reais, realizado pela economia hipotética foi de: a) $ 600,00. b) $ 300,00. c) $ 1.100,00. d) $ 1.500,00. e) $ 500,00. GESTOR (2009) Resp.: Alternativa “e” Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: M1 = meios de pagamentos c = (papel-moeda em poder do público/M1) d = (depósitos a vista nos bancos comerciais/M1) R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais) Considerando que c = d/3 e R = 0,3, o valor do multiplicador da base monetária será de, aproximadamente, a) 2,105 b) 3,103 c) 1,290 d) 1,600 e) 2,990 74 AFC/STN – ESAF – 2008 Resp.: Alternativa “a” Considere os seguintes coeficientes de comportamento monetário: c = (papel moeda em poder do público) ÷ M1 d = (depósitos a vista do público nos bancos comerciais) ÷ M1 R = (encaixes totais dos bancos comerciais) ÷ depósitos a vista Considerando M1 = meios de pagamentos e B = base monetária, é correto afirmar que: a) B = c.R + R. M1, desde que “d” e “R” sejam positivos b) se “d” = 0, então M1÷B será igual a zero c) quanto maior “c”, maior tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária. d) quanto maior “R”, maior tende a ser M1÷B e) dado que 0<”c”<1 e “c” + “d” = 1, então M1 é maior do que B. Resp.: Alternativa “e” ACE/MDIC (2012) - ESAF Considere os seguintes coefi cientes de comportamento monetário: d = (depósitos a vista/meios de pagamentos) c = (papel moeda em poder do público/meios de pagamentos) R = (encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais) Considere d = 0,6 e R = c. Então, para cada unidade a mais de Base Monetária na economia, haverá: a) 1,5625 a mais de meios de pagamentos na economia. b) 1,9642 a mais de meios de pagamentos na economia. c) 1,8944 a mais de meios de pagamentos na economia. d) Haverá uma diminuição dos meios de pagamentos na economia. e) Nada acontecerá com os meios de pagamento na economia, já que R = c. Resp.: Alternativa “a” GESTOR (2009) Em relação aos conceitos relacionados a uma economia monetária, é incorreto afirmar que: a) os bancos podem alterar o multiplicador bancário alterando os seus recolhimentos voluntários junto ao Banco Central. b) alterando os recolhimentos compulsórios, o Banco Central consegue controlar os coeficientes de comportamento bancário “c” e “d”. c) um banco cria meios de pagamentos quando compra bens ou serviços do público pagando com moeda corrente. d) o valor do multiplicador da base monetária pode se alterar independente das intenções do Banco Central. e) quanto maior o coeficiente “papel moeda em poder do público/M1”, menor será o multiplicador da base monetária. Resp.: Alternativa “b” 75 AFRF (2009) Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias: Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) de 200 e o superávit público foi de 100. b) de 100 e o défi cit público foi de 200. c) negativa e o défi cit público foi nulo. d) de 100 e o superávit público foi de 200. e) igual ao défi cit público. Resp.: Alternativa “b” AFRF (2009) Considere a seguinte identidade macroeconômica básica: Y = C + I + G + (X – M) onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = gastos do governo. Para que Y represente a Renda Nacional, (X – M) deverá representar o saldo: a) da balança comercial. b) total do balanço de pagamentos. c) da balança comercial mais o saldo da conta de turismo. d) da balança comercial mais o saldo da conta de serviços. e) do balanço de pagamentos em transações correntes. APO/MPOG (2010) Assinale a opção incorreta com relação à Teoria Econômica. a) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da microeconomia. b) A utilidade representa o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado. c) A macroeconomia trata os mercados de forma global. d) Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, em um dado período, dada a sua renda, seus gastos e o preço de mercado. e) A Curva de Phillips mostra o tradeoff entre a infl ação e desemprego, no curto prazo. Resp.: Alternativa “e” APO/MPOG (2010) A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: a) o valor das importações. b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. c) o saldo da balança comercial do país. d) o valor da renda líquida de fatores externos. e) o valor das exportações. Resp.: Alternativa “d” Resp.: Alternativa “d” 76 APO/MPOG (2010) Quanto ao balanço de pagamentos de um país, sabe-se que: a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes, salvo erros e omissões. b) o saldo das transações correntes, se positivo (superávit), implica redução em igual medida do endividamento externo bruto, no período. c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões. d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do balanço de pagamentos. e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de transações correntes, salvo erros e omissões. Resp.: Anulada APO/MPOG (2010) Com relação ao Déficit Público, Dívida Pública e Necessidade de Financiamento do Setor Público, aponte a opção incorreta. a) O déficit público é uma medida de caixa, ou seja, a mensuração deve ser feita em relação a determinado período de tempo. b) O governo pode financiar seu déficit pela emissão de moeda e também por meio da venda de títulos da dívida pública ao setor privado. c) O desempenho fiscal pode ser mensurado pelo déficit primário, que é dado pela diferença entre receitas e despesas não financeiras. d) A Necessidade de Financiamento do Setor Público corresponde ao conceito de déficit nominal apurado pelo critério “acima da linha”. e) A Dívida Fiscal Líquida (DFL) é dada pela diferença entre a Dívida Líquida do Setor Público e o ajuste patrimonial. Gestor (2013) - ESAF Resp.: Alternativa “a” Considere os seguintes dados para uma economia hipotética, em um determinado período de tempo, em unidades monetárias: Remuneração dos empregados: 861 Rendimento misto bruto: 201 Excedente operacional bruto: 755 Imposto sobre a produção e importação: 335 Subsídios à produção e importação: 4 Com base nesses dados e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o PIB desta economia foi de: a) 2.148 b) 1.821 c) 1.955 d) 1.956 e) 2.160 Gestor (2013) - ESAF Resp.: Alternativa “a” Considerando o sistema de contas nacionais, é correto afirmar que: a) a Renda Nacional Líquida é igual ao Excedente Operacional Bruto mais os impostos diretos e indiretos sobre os produtos e rendas nacionais e externas menos a depreciação. b) a Despesa Nacional Bruta é igual à formação bruta de capital menos o consumo final. c) o Produto Interno Bruto é igual à despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais o saldo da balança comercial. d) o Produto Interno Bruto é igual ao valor da produção mais o consumo intermediário menos os impostos não incluídos no valor da produção. e) a Renda Nacional Disponível Bruta é igual à Renda Nacional Bruta mais os impostos correntes sobre a renda e o patrimônio líquidos, recebidos do exterior, mais as contribuições e benefícios sociais e outras transferências correntes líquidas, recebidas do exterior. 77 Gestor (2013) - ESAF Resp.: Alternativa “e” Em relação à política monetária, é incorreto afirmar que: a) tudo mais constante e considerando que o multiplicador monetário é maior do que um, as compras de títulos pelo Banco Central elevam os Meios de Pagamentos. b) considerando o balancete do Banco Central, a Base Monetária pode ser alterada a partir das denominadas “operações ativas” do Banco Central. c) tudo mais constante, quanto maior for o coeficiente “(encaixes totais dos bancos comerciais)/ (depósitos à vista realizados nos bancos comerciais)”, menor serão os Meios de Pagamentos. d) o Banco Central possui total controle sobre o multiplicador monetário por poder exercer infl uência plena sobre os denominados “coeficientes de comportamento monetário”. e) se o multiplicador monetário é maior do que um, então o agregado monetário M1 será necessariamente maior do que a Base Monetária. AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “d” De acordo com a Teoria Clássica de determinação da renda, supondo plena flexibilidade de preços e salários, de tal forma que o salário real de equilíbrio seja alcançado, a economia encontra-se: a) em equilíbrio aquém do pleno emprego. b) em desequilíbrio, mas com pleno emprego. c) em equilíbrio acima do pleno emprego. d) em equilíbrio com o salário nominal superior ao valor da produtividade marginal do trabalho. e) em pleno emprego e sua taxa de desemprego é a natural. AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “e” A curva LM mostra combinações de a) renda e taxa de juros que equilibram o Balanço de Pagamentos. b) renda e taxa de juros que equilibram o mercado de bens. c) preço e taxa de juros que equilibram o mercado monetário. d) renda e taxa de juros que equilibram o mercado monetário. e) câmbio e taxa de juros que equilibram o mercado monetário. 78 AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “d” Considere o modelo keynesiano básico para uma economia fechada e sem governo. Admitindo que a economia esteja em equilíbrio a tal ponto que uma elevação de 50 unidades monetárias no investimento provoca um aumento de 250 unidades monetárias no produto, nesse caso: a) a propensão marginal a consumir é de 0,8. b) a propensão marginal a poupar é de 0,8. c) o multiplicador keynesiano é de 0,2. d) o multiplicador keynesiano é de 2. e) a propensão média a consumir é de 0,8 AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “a” Considere o modelo IS/LM. Em uma situação conhecida como “Armadilha da Liquidez”, um aumento no consumo: a) aumenta a taxa de juros de equilíbrio da economia e diminui a demanda agregada. b) não produz efeito sobre o produto da economia, mas aumenta a taxa de juros de equilíbrio. c) aumenta a renda agregada, mas não altera a taxa de juros de equilíbrio. d) aumenta a taxa de juros e a renda de equilíbrio. e) reduz a demanda agregada e a taxa de juros de equilíbrio. AFC/STN (2013) Suponha uma economia representada pelas seguintes equações: Resp.: Alternativa “c” a) caso a taxa de desemprego vigente seja igual à natural e a taxa de infl ação em vigor seja de 2%, uma taxa de crescimento monetário de 6% manterá constante a taxa de desemprego. b) a taxa de desemprego natural é igual a 2%. c) para manter a inflação nula é necessário expandir a demanda em 10%. d) se a taxa de desemprego vigente for maior que a taxa natural, a taxa de infl ação vigente será maior que aquela que seria observada caso a taxa de desemprego vigente fosse igual à taxa natural. e) admitindo a hipótese das expectativas racionais, a taxa de infl ação será igual a 5%. 79 AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “b” De acordo com o modelo IS/LM/BP com perfeita mobilidade de capitais e regime de câmbio fixo, e admitindo que a economia esteja em equilíbrio (interseção entre as curvas IS, LM e BP), uma elevação do gasto público: a) aumentará a renda, mas sem efeito sobre a taxa de juros de equilíbrio. b) o novo equilíbrio será com déficit no balanço de pagamentos. c) a política fi scal não terá nenhum efeito sobre a renda quando há perfeita mobilidade de capitais. d) reduzirá a renda e a taxa de juros de equilíbrio. e) aumentará a renda e levará, necessariamente, a uma apreciação cambial. AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “a” Se o público retém 80% dos meios de pagamentos em depósitos a vista nos bancos comerciais, supondo que alíquota de depósito compulsório de 30% e que, além disso, os bancos retêm 7,5% dos depósitos a vista como reserva para contingência e se o saldo de papel moeda em circulação for de 5 trilhões de unidades monetárias, pode-se afirmar que: a) o multiplicador da base monetária é igual a 2. b) o volume do papel moeda em poder do público é de 10 trilhões de unidades monetárias. c) a base monetária é igual a 2 trilhões de unidades monetárias. d) o total de depósitos a vista nos bancos comerciais é de 2 trilhões de unidades monetárias. e) o estoque dos meios de pagamento é de 50 trilhões de unidades monetárias. AFC/STN (2013) Resp.: Alternativa “a” O regime de metas de inflação, que começou a ser implementado em diversos países no início da década de 1990, teve como um dos pressupostos o fracasso do regime de expansão monetária ao estilo Friedman pelo FED no final da década de 1970, em função, sobremaneira, da impossibilidade de prever o comportamento da demanda por moeda em um sistema financeiro com inovações financeiras e mobilidade de capitais. Pode-se considerar também como um pressuposto teórico que serviu como ponto de partida para o regime de metas de inflação: a) a não independência do Banco Central. b) a política monetária é ineficaz para afetar variáveis reais da economia de forma duradoura. c) para o sucesso do regime de metas de inflação, é necessário o uso da taxa nominal de câmbio como principal instrumento de política monetária. d) a política fiscal é totalmente eficaz independentemente do regime de taxa de câmbio. e) a existência da taxa natural de desemprego seria condição necessária para a adoção do regime de metas de infl ação. 80 Resp.: Alternativa “b” 81