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A formação das monarquias ibéricas. Informativa docx

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A formação das monarquias ibéricas
No final da Idade Média, tanto a monarquia portuguesa
como a espanhola se formaram durante as lutas dos cristãos
para expulsar os árabes muçulmanos da Península
Ibérica. Essas lutas são chamadas de Reconquista, pois o
objetivo dos cristãos era justamente reconquistar as terras
perdidas para os árabes.
Com a invasão dos árabes muçulmanos, os cristãos foram
viver no norte da Península Ibérica, onde fundaram os reinos
de Leão, Castela, Navarra e Aragão. A partir do século IX, no
entanto, animados pelo espírito das Cruzadas e pelas
desavenças entre os próprios muçulmanos, os cristãos
iniciaram as lutas de Reconquista.
A formação de Portugal
No século XI, o nobre Henrique de Borgonha ganhou do
rei de Leão e Castela recompensa pela sua participação na
luta contra os árabes, uma faixa de terra: o Condado
Portucalense. Seu filho e herdeiro, Afonso Henriques,
continuou a combater os ára¬bes e, ao mesmo tempo,
liderou a luta para conseguir a independência do condado.
Em 1139 ele alcançou seu objetivo, tornando-se, ele próprio,
o primeiro rei de Portugal.
A formação da Espanha
Na região vizinha a Portugal, as lutas dos cristãos contra os
árabes muçulmanos eram lideradas pelos reinos cristãos de
Aragão e Castela. Ambos possuíam cidades portuárias
movimentadas, como Barcelona, e uma burguesia próspera
que colaborava fornecendo dinheiro para a luta contra os
árabes.
Em 1469, ocorreu um fato decisivo para o processo que
estamos estudando: os reis cristãos Fernando de Aragão e
Isabel de Castela casaram-se e uniram suas terras e seus
esforços no combate aos árabes. Em 1492, os exércitos de
Fernando e Isabel ampliaram seu território reconquistando
Granada, o último reduto árabe na Península Ibérica. Anos
depois, com a conquista de Navarra, completou-se a
formação do reino da Espanha.
Os reis europeus voltaram a se fortalecer
Ao mesmo tempo que ocorriam as Guerras de
Reconquista, o espírito das Cruzadas tomava conta do
homem medieval que acreditava lutar contra infiéis e ao
mesmo tempo o comércio estava renascendo na Europa,
embora a estrutura política feudal ainda estava muito forte,
aos poucos os senhores feudais iam perdendo poder e os reis
se fortaleciam. A partir do século XIV, que foi um tempo de
peste, fome, guerras e revoltas populares, com apoio dos
burgueses e de alguns nobres que apoiavam o poder os reis,
estes souberam aproveitar o momento: ampliaram o poder a
centralizaram a administração. Os reis conseguiam apoio em
dinheiro da burguesia, assim, puderam formar exércitos
melhores.
A nobreza teve dificuldade em aceitar tal situação,
mas, como sua renda havia diminuído durante a crise do
século XIV, não teve outra saída; era melhor aliar-se ao rei e
manter alguns privilégios do que perder totalmente o
prestígio diante
das
revoltas
populares,
do
aumento do poder
econômico
da
burguesia e da
epidemia da peste
negra.
A
burguesia
entrava
em
conflito com a
nobreza, que vivia
cobrando taxas e
mais
taxas,
dificultando o comércio, mas acabou aceitando a autoridade
dos reis porque acreditava que eles, mesmo cobrando
impostos, poderiam livrá-la das taxas cobradas pelos
senhores feudais e das revoltas populares. Poderiam também
unificar a moeda, as leis, os pesos e as medidas e os im­
postos dos país, facilitando em muito as transações
comerciais.
Depois da centralização, o absolutismo
No princípio os reis acreditavam no poder da
autoridade e que esse poder não se origina das pessoas,
então passaram a concentrar todo o poder em suas mãos e
não dividi-lo com mais ninguém. Essa forma de agir
politicamente é chamada de absolutismo, pois o poder do
governante é total e, teoricamente, não depende de mais
ninguém, ou seja o rei é absoluto.
Entre os séculos XVI e XVIII, na Europa Ocidental, era
comum, e aceito pela maioria, o fato de os reis serem
absolutistas. Esses reis mandavam como queriam, eram
poderosos e viviam num extremo luxo, cercados dos nobres
cortesãos e de uma imensa rede de funcionários. Precisavam
mostrar que eram poderosos, ricos, importantes, muito
sábios e valentes. Passaram a controlar a economia, então
para exercer qualquer atividade econômica, o indivíduo
precisava pagar impostos, o que não agradava aos
comerciantes, ou seja ao burgueses. Para garantir o apoio dos
nobres, os reis concediam-lhes cargos, títulos, pensões. O
dinheiro dos impostos era em boa parte usado para manter a
nobreza, a burguesia e o povo sob o controle real.
Como mantinham a sociedade sob controle, os reis
contavam com o apoio da Igreja que era mantida e
controlada pela nobreza, exercendo muita influência sobre a
população. A Igreja defendia a teoria do direito divino, de
Jacques Boussuet, que afirmava que o rei era uma figura
sagrada.
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