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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

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Colégio São João Evangelista
Ensino Médio
Daniel Albernaz, Samuel Coimbra, Mariana Albernaz, Alanna
Mendonça, Coraline Miranda e Henrique Esteves
Mudanças Climáticas
Itamaraju
2019
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de dissertar sobre o as Mudanças Climáticas
do planeta Terra. Será definido os principais conceitos e processos envolvidos tais
como: Tempo, Clima, Mudanças Climáticas, Efeito Estufa e Aquecimento Global.
Será exposto de igual forma os agentes e todo os procedimentos envolvidos
que levaram às Alterações Climáticas sendo eles antropológicos ou não. Juntamente
a isso, se explanará as implicações de tais conjunturas, tal qual as de escala global e
em áreas específicas.
Por fim, será eludido a respeito dos tratados Internacionais assinados nos
últimos anos em razão de diminuir os gases poluentes na atmosfera, como ocorreu os
processos de assinatura, países que os compõem, e suas principais decretos. Em
conjunto a isto será apresentado medidas e atitudes que a população mundial pode
fazer para amenizar o problema exposto
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Em primeira instância deve-se estabelecer a diferença entre “Tempo” e “Clima”.
O tempo é o estado físico das condições atmosférica em um determinado momento e
local. Isto é, a influência do estado físico da atmosfera sobre a vida e as atividades do
homem. O clima é o estudo médio do tempo para o determinado período ou mês em
uma certa localidade. Também, se refere às características da atmosfera inseridas
das observações contínuas durante um certo período. O clima abrange maior número
de dados e eventos possíveis das condições de tempo para uma determinada
localidade ou região.
Desta maneira, tempo e clima são dois termos que estão intimamente
relacionados, mas, mesmo assim, distintos. Vale então salientar, que a temperatura,
chuva, vento, umidade, nevoeiro, nebulosidade, formam o conjunto de parâmetros do
tempo (estado instantâneo da atmosfera) e o clima, portanto, corresponde ao
comportamento das condições atmosféricas de determinado lugar por muitos anos
sucessivos.
Isto posto, Mudanças Climáticas são alterações de forma irregular no clima
terrestre. Por isso, em 1988, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
criou o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC). Foram mais
de 2500 cientistas de 130 países reunidos em três grupos de trabalho para investigar
a situação e já foram apresentados seis relatórios, sendo o último em 2018.
Em outubro de 2018, o IPCC publicou um relatório especial sobre os impactos
do aquecimento global de 1,5°C, concluindo que limitar o aquecimento global a 1,5°C
exigiria mudanças rápidas, profundas e sem precedentes em todos os aspectos da
sociedade.
Com benefícios claros para as pessoas e ecossistemas naturais, o relatório
constatou que limitar o aquecimento global a 1,5°C, em comparação com os 2°C,
poderia garantir uma sociedade mais sustentável e equitativa.
O relatório também destaca vários impactos das mudanças climáticas que
poderiam ser evitados ao limitar o aquecimento global a 1,5ºC, em comparação a 2ºC
ou mais. Por exemplo, em 2100, a elevação global do nível do mar seria 10 cm mais
baixa com aquecimento global de 1,5°C, em comparação com 2°C.
A probabilidade de um oceano Ártico livre de gelo marinho no verão seria uma
vez por século com o aquecimento global de 1,5°C, em comparação com pelo menos
uma vez por década com 2°C. Os recifes de corais declinariam de 70 a 90% com o
aquecimento global de 1,5°C, enquanto praticamente todos (> 99%) seriam perdidos
com 2°C.
As emissões globais líquidas de dióxido de carbono causadas pelo homem
(CO2) precisariam cair cerca de 45% em relação aos níveis de 2010 até 2030,
atingindo o ‘zero líquido’ por volta de 2050. Isso significa que quaisquer emissões
remanescentes precisariam ser equilibradas pela remoção do CO2 da atmosfera.
Entre as causas para o agravamento das alterações climáticas datadas nos
relatórios está o efeito estufa que por sua vez leva ao aquecimento global.
EFEITO ESTUFA
O Efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a superfície da
terra, essa camada composta principalmente por gás carbônico (CO²), metano (CH4),
N²O (óxido nitroso) e vapor d’agua, é um fenômeno natural fundamental para
manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se tornar muito frio,
inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.
Normalmente parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e
retorna diretamente para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela
superfície terrestre e uma parte é retida por esta camada de gases que causa o
chamado efeito estufa. O problema não é o fenômeno natural, mas o agravamento
dele. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade de gases
formadores do efeito estufa (GEEs), esta camada tem ficado cada vez mais espessa,
retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da atmosfera terrestre e dos
oceanos e ocasionando o aquecimento global.
AQUECIMETO GLOBAL
Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da
camada de ar próxima à superfície da Terra.
Os cientistas já observam que o aumento da temperatura média do planeta tem
elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo ocasionar
o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há previsão
de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais,
inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis) com
graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo
ocasionar a extinção de espécies de animais e de plantas.
CAUSAS DA MUDANÇA CLIMÁTICA
As mudanças climáticas podem ter causas naturais como alterações na
radiação solar e dos movimentos orbitais da Terra ou podem ser consequência das
atividades humanas.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das
Nações Unidas, responsável por produzir informações científicas, afirma que há 90%
de certeza que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pela ação do
homem.
A partir da Revolução Industrial o homem passou a emitir quantidades
significativas de gases de efeito estufa (GEE), em especial o dióxido de carbono.
Neste período, a concentração original de 280 ppm4 deste gás cresceu até os atuais
400 ppm5 , intensificando significativamente o efeito estufa. Assim, as atividades
humanas passaram a ter influência importante nas mudanças climáticas.
ATIVIDADES HUMANAS QUE PROVOCAM O AQUECIMENTO GLOBAL
Entre as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e
consequentemente as mudanças climáticas, a queima de combustíveis fósseis
(derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia,
atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte
de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande
quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.
No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela
maior parte das emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de
gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais
são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver
e estocar CO². Todavia, quando acontece um incêndio florestal ou uma área é
desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito
estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE por outras atividades como
agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos
anos.
TRATADOS INTERNACIONAIS
Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um compromisso mundial sobre as alterações climáticas
e prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Para que esse
acordo entrasse em vigor, era necessário que os países que representam em torno
de 55% da emissão de gases de efeito estufa ratificassem-no. Em 12 de dezembro de
2015, o acordo foi assinado após várias negociações, entrando em vigor em 4 de
novembro de 2016. Até 2017, 195 países assinaram e 147 ratificaram.
Objetivo: Reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de
carbono, é o principal objetivo do Acordo de Paris. O uso intenso de combustíveis
fósseis como matriz energética no mundo intensifica a liberação de dióxido de carbono
e outros gases nocivos à atmosfera. Essa emissão de gases contribui de maneira
significativa para o aumento da temperatura do planeta. A meta do Acordo de Paris é
manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2 ºC.
*Saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris
Em 1 de junho de 2017, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump
anunciou que o país deixaria toda sua participação no Acordo de Paris sobre
mudanças climáticas firmado em 2015. De acordo com o Artigo 28 do Acordo de Paris,
qualquer signatário pode encerrar sua participação em até quatro anos após a
ratificação. No caso, o prazo máximo para os Estados Unidos seria até 4 de novembro
de 2020, coincidentemente um dia após a eleição presidencial daquele ano. Até a
oficialização da medida, os Estados Unidos são obrigados a divulgar e reportar sua
emissão de gases às Nações Unidas. Os Estados Unidos serão mais um dos países
que não integram o Acordo de Paris, juntamente com Síria e Nicarágua. A Nicarágua
recusou-se a assinar o acordo por considerar as demandas desajustadas com a
realidade climática, enquanto a Síria esteve inapta a negociar suas taxas de emissão
de carbono por conta da corrente Guerra Civil em seu território.
Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional entre os países integrantes da
Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o objetivo de se reduzir a
emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global.
Redigido e assinado em Kyoto (Japão), em 1997, o Protocolo criou diretrizes para
amenizar o impacto dos problemas ambientais causados pelos modelos de
desenvolvimento industrial e de consumo vigentes no planeta. De acordo com o
Protocolo, as nações se comprometem a reduzir a emissão de gases causadores do
efeito estufa em 5,2%, comparando-se com os níveis de 1990.
*Mecanismos e medidas.
O Protocolo de Kyoto propõe três mecanismos para auxiliar os países a
cumprirem suas metas ambientais. O primeiro prevê parcerias entre países na criação
de projetos ambientalmente responsáveis. O segundo dá direito aos países
desenvolvidos de comprarem "créditos" diretamente das nações que poluem pouco.
Por fim, também foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), conhecido
como o mercado de créditos de carbono.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos o tema Mudanças Climáticas. Primeiramente,
definimos o conceito de Tempo, nos referindo a alterações locais do clima, dentro de
períodos de tempo mais curtos e Clima sendo uma média do tempo ao longo de várias
estações, anos ou décadas. As principais mudanças são o agravamento do efeito
estufa, processo essencial para a existência de vida na forma em que a conhecemos.
Ele ocorre quando os gases presentes na atmosfera absorvem parte da radiação
solar, devolvendo-a para a superfície terrestre em forma de calor, parte desse calor
vai para o espaço. Sendo essa a maneira que a Terra consegue manter sua
temperatura ideal.
Apesar do Efeito Estufa ser um processo natural, algumas ações humanas
intensificam-no, provocando o aquecimento global, desestabilizando, por exemplo,
todo o ciclo biogeoquímico do carbono e da água, o que afeta diretamente o clima.
Diante disso podemos citar a agricultura, pois ao ter trocado a mão de obra pelo
trabalho das máquinas, a mecanização influenciou à alteração drástica das
temperaturas pela queima de combustível fóssil, como óleo diesel onde são emitidos
gases que promovem o efeito estufa.
Em seguida, o desmatamento, sendo a segunda maior causa do aquecimento
global. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento. De 1990 a
1994, o total líquido da emissão de gases do efeito estufa no Brasil aumentou em
8,8%%. Um fator também muito importante é o aumento significativo da própria
urbanização, onde uma pesquisa feita do DataFolha registrou uma taxa de
urbanização no país subiu de 31,24% (em 1940) para 84,36% (em 2010).
Devido ao efeito bumerangue, as consequências da intensificação do efeito
estufa, como alterações no regime de chuvas e aumento dos períodos de seca afetam
proporcionalmente a vida, tanto humana como selvagem. Animais precisam fugir de
seus habitats, sendo expostos a um risco acrescido de extinção; torna-se evidente o
possível desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas e há
previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades
tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e
tsunamis). Dentre tantas alterações, uma das mais notáveis é o degelo das calotas
polares. As regiões mais afetadas são o Ártico, a Antártida, a Groelândia e várias
cordilheiras.
Logo, para prevenir o mundo de um apocalipse ambiental, tanto o Brasil como
os demais países estabelecem e participam de acordos internacionais que estipulam
limites para as ações humanas no meio, como o Acordo de Paris e o Protocolo de
Kyoto. Esses tratados são um compromisso mundial e preveem metas para a redução
da emissão de gases poluentes na atmosfera, como o dióxido de carbono e o metano.
Isso posto, atitudes viáveis precisam ser tomadas, de modo que tais efeitos
sejam controlados. Cabe a polução desenvolver o hábito de tomar banhos curtos - em
vista da enorme quantidade de energia gasta pelo chuveiro -; optar por pintar o telhado
das casas com tinta reflexiva, pois ajuda a reduzir a temperatura do local, o que
diminuirá o uso de refrigeradores; manter os automóveis em devida manutenção além
de optar pelo uso do Etanol, pois evita a emissão de gases poluentes, e cultivar uma
alimentação inteligente, escolhendo alimentos e embalagens de baixo impacto
ambiental. Cabe ao governo cumprir devidamente os acordos ambientais
internacionais assinados; preservar os territórios florestais e desenvolver políticas
públicas que façam o proveito das áreas ambientais de forma sustentável, como as
que foram propostas na Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20. Estão entre elas : o reflorestamento, a reciclagem e a utilização mais
frequente das fontes de energia renováveis -tendo um destaque para a energia eólica
que chega a atender quase 14% do Brasil e mais de 70% do Nordeste em alguns dias
de junho a novembro, no período conhecido como “safra dos ventos”, produzindo o
equivalente a capacidade da Hidrelétrica Itaipu, abastecendo cerca de 26 milhões de
habitações. Ademais, deve melhorar a infraestrutura das rodovias - estradas ruins
podem reduzir a economia de combustível mesmo para os veículos mais eficientes - e
dos transportes públicos, ampliando pelo país linhas de alta eficiência como a VLT
Carioca e Rede de Transportes de Curitiba, que conseguem ligar todos os principais
pontos turísticos de suas cidades cobrando um baixo preço por passageiro.
Este trabalho foi, portanto, importante para melhorarmos nossa investigação de
fatos, seleção e organização de informações, e, claro, para compreendermos e nos
aprofundarmos sobre tal tema: as mudanças climáticas, suas causas, consequências, o
que vem sendo feito internacionalmente para conter os efeitos e, principalmente, qual a
nossa obrigação com o mundo em que vivemos, pois o homem almeja tanto encontrar
outro planeta para viver e desenvolve pesquisas para isso, mas se esquece de preservar
o que já possuímos.
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