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INTERNATIONAL NURSING CONGRESS
Theme: Good practices of nursing representations
In the construction of society
May 9-12, 2017
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Cuidados de enfermagem voltados a pacientes com Acidente Vascular Encefálico:
uma Revisão Integrativa de Literatura
Layane Estefany Siqueira dos Santos (Graduanda em Enfermagem Bacharelado Universidade
Tiradentes - Aracaju/SE) E-mail: [email protected]
Jordana Sobral Santos (Graduanda em Enfermagem Bacharelado Universidade Tiradentes Aracaju/SE) E-mail: [email protected]
Ana Cláudia Oliveira Ribeiro (Graduanda em Enfermagem Bacharelado Universidade Tiradentes Aracaju/SE) E-mail: [email protected]
Isla Téffany de Oliveira Nunes (Graduanda em Enfermagem Bacharelado Universidade Tiradentes Aracaju/SE) E-mail: [email protected]
Fernanda Dantas Barros (Orientadora, Docente, Enfermeira, Mestranda em Biotecnologia Industrial
UNIT), e-mail: [email protected];
Linha Assistencial 03 – Modelos e impactos do cuidado de enfermagem nas condições de saúde da
população. Sublinha de pesquisa: Práticas avançadas de cuidado de enfermagem direcionadas aos 4
grupos humanos: criança, adolescente, adulto (homem e mulher) e idoso.
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), que
antes era denominado acidente vascular
cerebral, encontra-se sendo uma das
principais causas de mortalidade no Brasil,
sendo assim, um grave problema de saúde
pública, com consequências como déficit
funcional, cognitivo, alterações emocionais e
comportamentais no paciente e em sua família
(MANIVA; FREITAS, 2012; NUNES; FONTES;
LIMA, 2017). Segundo (NUNES; FONTES;
LIMA, 2017), o AVE é uma infartação de uma
parte específica do cérebro devido à irrigação
sanguínea insuficiente, que ocorre devido
oclusão de um vaso que nutre o cérebro, por
obstrução parcial ou completa de um grande
vaso intracraniano, ou por hemorragia
intracerebral. A prevenção dar-se por meio de
três formas: a primeira é a através da
prevenção primária, que parte das orientações
dadas em relação à importância de manter
peso corporal adequado, manter os níveis de
colesterol controlados e abster-se do fumo; a
segunda é através da prevenção secundária,
que diz respeito ao controle da diabetes,
hipertensão e de doenças cardíacas e a
terceira maneira é a prevenção terciária que
destina-se a indivíduos que já sofreram um
AVE anteriormente, sendo assim, necessário
prevenir complicações relacionadas a
infartações futuras (MANIVA; FREITAS, 2012).
Diante das várias disfunções apresentadas
pelos pacientes com AVE e mediante a
necessidade de se melhorar a qualidade do
cuidado prestada aos pacientes, surge o
questionamento a respeito de quais
intervenções devem ser usadas por
enfermeiros no ambiente hospitalar. O
indivíduo que sofre um AVE necessitará de
cuidados de acordo com a gravidade do seu
quadro clínico, sendo sua frequência regida
pelo fator gravidade. Durante a assistência
prestada no âmbito hospitalar, o enfermeiro
tem o importante papel de realizar o
acolhimento desse paciente e da família,
verificar suas necessidades e buscar sempre
tirar as dúvidas destes e dos familiares a cerca
do assunto (COSTA et al., 2016).
OBJETIVOS
Frente às colocações citadas e com o
intuito de colaborar para a melhoria da
assistência de enfermagem à clientela do
estudo, objetiva-se explorar por meio de uma
análise da literatura científica sobre o
conhecimento relacionado as intervenções de
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enfermagem aos pacientes com AVE no
âmbito hospitalar.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de uma Revisão integrativa de
literatura e para a elaboração da mesma,
foram realizadas as seguintes etapas: a
decisão do tema a ser utilizado, o problema, a
definição dos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS): “Cuidados de Enfermagem”;
“Acidente Vascular Cerebral”; “Assistência de
Enfermagem”; “Nurse Care”; “Stroke”. Foram
pesquisados artigos na Biblioteca Virtual da
Saúde e nas seguintes bases de dados:
LILACS e Scientific Electronic Library Online
(Scielo). Os requisitos para seleção dos
artigos foram o ano, que foram usados de
2013 a 2017 e o tema abordado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo dados do Ministério da Saúde, o
AVE ainda é uma das patologias mais
incapacitantes do país com uma incidência
anual de 108 casos por 100 mil habitantes, de
acordo com um estudo prospectivo nacional
(BRASIL, 2013). Estudos mostram que o AVE
tem incidência diferente quando as variáveis
são gênero, raça/cor, faixa etária, acometendo
mais homens, negros e mulheres > 80 anos,
respectivamente (BOTELHO et al., 2016;
GOUVÊA et al., 2015) e que ao avaliar a
qualidade de vida de cuidadores, aplicando o
instrumento Short Form 36 (SF-36), os
domínios 'Dor', 'Saúde mental' e 'Aspectos
sociais' obtiveram os menores escores, isto
indica que estes tem alto impacto na qualidade
de vida dos mesmos (COSTA et al., 2016).
Costa segue afirmando que é importante
esclarecer o paciente e sua família/cuidadores
a respieto do novo quadro de saúde, cuidados
a serem adotados, mas também necessitam
que os profissionais da enfermagem tenham
plano de cuidados elaborado tanto na atenção
secundária como na primária. Na atenção
secundária os cuidados de enfermagem estão
voltados para tratamento e recuperação do
quadro pós AVE. Quanto ao tratamento a
equipe de enfermagem deve prevenir
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complicações de qualquer fonte; adotar
cuidados e ações que promovam a
recuperação para alta hospitalar e atentar-se
as queixas apresentadas. Os cuidados
ofertados no intra-hospitalar pela equipe deve
conter: prevenção de quedas, intercorrências
por interações medicamentosas ou alterações
hemodinâmicas não avaliadas corretamente;
quanto
as
orientações:
sobre
os
medicamentos, suas classes, seus efeitos e
como
utilizá--los;
sobre
alimentação
balanceada, hipossódica, com baixa ingesta
de gordura e rica em potássio (para evitar
hipotassemia e consequentemente alterações
musculares e cardíacas); sobre a prática de
atividade física (duração, intensidade e
quando evitá-la);
quanto a ingesta e
eliminação hídrica (NUNES; FONTES; LIMA,
2017). Antes da alta hospitalar é indispensável
a execução de uma avaliação detalhada, pelo
enfermeiro, acerca das condições físicas,
neurológicas, mentais e emocionais do
paciente para que este esteja ciente quanto às
mudanças que irão ocorrer em seu dia-a-dia.
A partir deste, o plano de cuidados deverá ser
elaborado levando em conta as reais
condições de vida, sejam elas habitacionais,
demográficas, financeiras, emocionais e/ou
sociais, sendo indispensável explicar este
plano ao paciente, a sua família e cuidador.
Dentro da atenção primária, a equipe de
enfermagem deve acolher e assistir de forma
humanizada não só o paciente, mas também
sua família e/ou seu cuidador e com estes
desenvolver atividades que promovam o
autocuidado, esclarecimento e diálogos
quanto às mudanças a serem feitas, rodas de
conversa sobre o cotidiano e as dificuldades
enfrentedas com a finalidade de proporcionar
melhor qualidade de vida ao paciente e ao seu
cuidador. Estas ferramentas são de suma
importância e auxilia na tentaiva de minimizar
estresse mental, desgaste emocional, baixa
qualidade de vida, sobrecarga, entre outros,
que quando existentes afetam a relação
paciente-cuidador e a assistência prestada
(COSTA et al., 2016; NUNES; FONTES; LIMA,
2017). As práticas assistenciais dispensadas
de forma humanizada, pela equipe de
enfermagem para com os pacientes e suas
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famílias auxiliam no processo de aceitação,
entendimento, adesão ao tratamento,
recuperação e promoção do autocuiado. É
preciso difundir e aplicar tais abordagens
durante o internamento dos pacientes,
ressaltando a relevância que a atuação da
equipe de enfermagem tem na promoção da
saúde.
CONCLUSÕES
Essas considerações respaldam o
interesse em reproduzir uma revisão
integrativa de literatura relacionada ao
conhecimento
das
intervenções
de
enfermagem oferecidas aos pacientes com
AVC.
Ao final deste trabalho é possível concluir
que mesmo com os avanços no tratamento e
cuidados ofertados a pacientes em estado pós
AVE, é essencial melhorar e treinar mais a
equipe de enfermagem para receber, tratar e
cuidar destes pacientes e suas famílias.
Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem;
Assistência de Enfermagem; Acidente
Vascular Cerebral; Stroke; Nurse Care.
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