ARTIGO_Jander - formatado - Editora Panorama Crítico

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#10 – Mar/Abr 2011
Artigos
Camadas Pictóricas:
Uso e desdobramentos na História da Arte
Jander Luiz Rama1
RESUMO
Esta pesquisa surgiu da observação do uso de camadas na pintura
como recurso formal ao longo da história da Arte ocidental desde o
Renascimento, e a recorrência deste uso na contemporaneidade, mas
modificando-se ao longo do tempo e dos movimentos artísticos. Este trabalho
insere-se na pesquisa Pintura Contemporânea Em Seu Campo Específico2
iniciada em março de 2007 e constitui parte de sua problemática teórica.
Propõe-se, primeiramente, uma introdução ao uso das camadas na pintura,
citando os momentos históricos de sua criação e desconstrução. O primeiro é a
instauração das camadas a partir da pintura renascentista, tomando como
exemplo a obra de Leonardo da Vinci; no segundo momento aborda-se suas
mudanças operadas no modernismo, com Braque e Picasso no Cubismo; e em
um
terceiro
momento
histórico,
com
o
uso
das
camadas
e
seus
desdobramentos na Arte Contemporânea.
Palavras-chave: pintura contemporânea, camadas pictóricas, pintura.
ABSTRACT
This research arose from the observation of the use of layers in the
painting as a formal appeal through the history of western Art since the
1
Artista Visual, Bacharel em Artes Visuais/UFRGS (2009) e Licenciado em Artes Visuais
(2010) pela mesma universidade. ([email protected])
2
Grupo de pesquisa em pintura contemporânea. Coordenadora: Icleia Borsa Cattani. CNPq.
(http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0192803P1BIS3D)
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Renaissance, and the recurrence of this use in the present, but modifying the
course of time and artistic movements. This work is part of the research
Contemporary Painting in their Specific Field began in March 2007 and is part
of his theoretical problematic. Propose, first, an introduction to using layers of
paint, citing the historical moments of its creation and deconstruction. The first
is the introduction of layers from Renaissance painting, taking as example the
work of Leonardo da Vinci, in the second time it approaches its changes of
modernism, with Picasso and Braque in Cubism, and a third time in history, with
the use of layers and its development in Contemporary Art.
Keywords: contemporary painting, pictorial layers, painting.
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Introdução
Esta pesquisa surgiu da observação do uso de camadas pictóricas como
recurso formal ao longo da história da arte ocidental desde o Renascimento, e
a recorrência deste uso na contemporaneidade, mas modificando-se ao longo
do tempo e dos movimentos artísticos.
As camadas pictóricas são recursos utilizados na pintura e tem por
definição tradicional o princípio da sobreposição de pigmentos através de um
meio (midium), a fim de dar forma a uma imagem acrescentando-se tons,
texturas e cores diversos. Pode-se definir camadas pictóricas como planos
matéricos impregnados de pigmentos, sobrepostos ou justapostos de diversas
maneiras conforme a necessidade plástica.
O primeiro momento abordado nesta pesquisa está relacionado com a
instauração das camadas a partir da pintura renascentista, tomando como
exemplo algumas obras de Leonardo da Vinci. No segundo momento abordase as mudanças operadas no modernismo, mais especificamente com Braque
e Picasso no Cubismo, que proporcionaram a construção de novos espaços
pictóricos na época. Posteriormente é abordado um terceiro momento histórico,
com o uso das camadas e seus desdobramentos na Arte Contemporânea.
Como exemplos e objetos de análise, são referenciados alguns trabalhos de
Daniel Senise, Ângelo Venosa e de Lúcia Koch que levam a problemática das
camadas a um patamar mais reflexivo, inclusive expandindo-a para a
tridimensionalidade.
Como referencial teórico são exploradas as bibliografias e produções
críticas sobre os artistas mencionados e a maneira particular como cada um se
relaciona com o uso das camadas em suas respectivas obras.
O sistema perspectivo renascentista
Para uma melhor compreensão do contexto em que surgiram algumas
das primeiras soluções pictóricas envolvendo camadas, observemos as
relações entre diferentes concepções de espaços pictóricos no início do
Renascimento. O sistema de representação no espaço pictórico do
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Renascimento surgiu basicamente em oposição ao sistema anterior, ao
sistema representativo da pintura medieval. Na pintura medieval havia pouca
preocupação com volume, proporções e tamanho tais como a percebemos na
natureza. Nas pinturas e mosaicos, o tamanho das figuras possuía variações
conforme a hierarquia que as mesmas obedeciam dentro de um sistema
representativo. Este sistema de figuras estilizadas ficou muito caracterizado no
período bizantino. O espaço era tratado na sua bidimensionalidade
propriamente dita.
Já no século XV, surgia entre os artistas a necessidade de construção
de um espaço pictórico mais adequado às questões voltadas à perspectiva.
Francastel afirma que o espaço perspectivo, fundamental para o novo sistema
representativo, foi elaborado sobre um conjunto de descobertas que haviam
sido realizadas muito anteriormente, tais como o ponto de fuga e a diferença
dimensional, recursos que proporcionavam a sensação de profundidade
conforme um objeto estivesse mais próximo ou mais distante do observador.
(FRANCASTEL, 1990)
O espaço perspectivo renascentista não se definiu instantaneamente,
mas foi fruto de um processo gradual. E conforme surgiam novas soluções,
estas eram incorporadas às antigas maneiras de representação. Como
exemplo temos diversas pinturas de batalhas realizadas por Paolo Uccello3.
Nestas pinturas (ver fig.1), o artista florentino utilizava-se de diversos modos
perspectivos em um mesmo plano. Cada bloco das cenas de batalha possuía
seu próprio sistema perspectivo conforme Uccello julgava melhor, dentre todas
as possibilidades que estavam disponíveis, desde a perspectiva medieval,
baseada na diferenciação dimensional, até à perspectiva linear. Naquele
período havia uma busca constante por novas soluções perspectivas e
pictóricas.
3
Paolo Uccello: (1397, Florença — 10 de Dezembro de 1475, Florença) foi um pintor italiano.
Uccello fez parte do Quattrocento do Renascimento, destacando-se por sua maestria nas
pinturas em perspectiva e pela impressão de relevo que deu à pintura, recorrendo para isso ao
claro-escuro (chiaroescuro).
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Figura 1 - PAOLO UCCELLO: Batalha de São Romão, 1450, têmpera sobre madeira, 182 x
320cm,
National
Gallery
London.
Fonte:
http://www.wga.hu/framese.html?/html/u/uccello/4battle/1battle.html
Foi no Quattrocento que as disponibilidades técnicas surtiram mais efeito
no sistema representativo e, conseqüentemente, nas obras artísticas. Esta
geração de artistas da primeira metade do século XV estabeleceu o espaço
pictórico como um cubo espacial, representação do espaço tridimensional,
onde
agiam
as
forças
da
física
e
os
elementos
da
natureza.
(FRANCASTEL,1990, p.22)
Neste contexto, salienta-se também a importância das soluções
empregadas por Brunelleschi4 na cúpula de Florença (Cúpula de Santa Maria
del Fiore). A cúpula já apresentava indicações de um novo espaço pictórico,
mas que só ganharia força na segunda metade do Quattrocento. Nesta
composição surgiu a unificação dos blocos pintados através das linhas
perspectivas e a luz foi tratada como um elemento trabalhado de forma
minuciosa. Fizeram parte de uma pequena revolução que atingiu o cerne da
representação pictórica medieval.
Este conjunto de questionamentos sobre o antigo espaço pictórico
medieval e a busca por novas fórmulas geraram um grande número de
experimentações. E foi neste contexto que as soluções técnicas envolvendo
determinados processos com camadas favoreceram a construção de um novo
espaço pictórico.
4
Filippo Brunelleschi: (Florença, 1377 — Florença, 1446) foi um arquitecto renascentista.
Começou a vida como ourives e foi, posteriormente, um arquitecto, pioneiro desta arte na
Renascença.
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Os recursos com camadas do espaço pictórico do Quattrocento
Cattani5 chama a atenção para outro elemento que contribuiu muito para
a constituição do espaço pictórico moderno, a perspectiva atmosférica. Este
elemento foi crucial para a afirmação do uso de camadas como solução técnica
na pintura. Neste contexto, elaborou-se grandes avanços no campo pictórico
na época do Quattrocento, como o chiaroscuro, o sfumato e a veladura.
Através de articulações
entre estes procedimentos era possível dar a
sensação de distanciamento dos objetos representados em um plano pictórico,
compondo a perspectiva atmosférica. Esta perspectiva baseava-se na
observação de paisagens onde os objetos mais longínquos possuíam menor
contraste entre luz e sombra, além de possuírem cores mais tênues e
azuladas. Tais técnicas andaram juntas como soluções desenvolvidas
atendendo às necessidades de uma nova concepção perspectiva na pintura.
(CATTANI, 1990)
O chiaroscuro foi empregado para dar volume aos objetos através do jogo
de tons claros e escuros. Este ajuste quase escultórico poderia seguir uma
única fonte de luz ou, como era mais praticado, vários focos de luz conforme a
necessidade de ressaltar determinados volumes de objetos na pintura. Através
do sfumato havia uma passagem harmônica e suave entre volumes e objetos,
eliminando a marca da linha de contorno e dando maior naturalidade às
pinturas. Já a veladura foi uma conquista introduzida pela difusão das tintas
com base oleosa e consistia na sobreposição de finas camadas com pigmento
moderado, proporcionando atenuações e jogos de luz jamais alcançados com
outras técnicas envolvendo tintas a base d’água.
Como exemplo de aplicação destes recursos, tomamos as obras
realizadas por Leonardo da Vinci. O artista usava a técnica da veladura
empregando camadas muito finas, com pouquíssimo pigmento. Devido à
quantidade de camadas sobrepostas para compor uma superfície e dar o efeito
de volume, alguns de seus quadros levaram anos para serem concluídos. Com
as análises mais atuais sobre alguns destes quadros comprovou-se o uso da
5
CATTANI, Icleia Borsa. O princípio de realidade na pintura do Renascimento – a questão da
perspectiva. Porto Arte Nº1. Porto Alegre: Instituto de Artes da UFRGS, 1990.
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veladura de modo especial, permitindo, inclusive, que o espectador observasse
as primeiras camadas pintadas através das camadas posteriores translúcidas.
Isso só foi possível devido à pequena quantidade de pigmento em relação ao
midium que Leonardo conferiu a cada camada.
As incursões cubistas envolvendo camadas pictóricas
Este conjunto de processos e revoluções técnicas do Renascimento
ocasionou uma mudança permanente nas formas e na percepção do espaço
pictórico até o final do século XIX.
Já no século XX, no Cubismo, o espaço plástico passou por processos de
reestruturação a medida em que os artistas desenvolviam suas pesquisas
pessoais. A representação literal e ótica dos objetos já não satisfazia os
conceitos e estruturas intelectuais dos artistas da época. Isso se deu, dentre
muitos fatores, através
da
ruptura
das
estruturas já
iniciada pelos
impressionistas. Alguns elementos viriam a compor um espaço baseado em
uma relação sensorial e intelectual do mundo, constituindo uma experiência
“psicofisiológica”. Não se tratava mais do que se via de fato, mas do que se
sabia sobre aquilo que estava sendo observado. (COTTINGTON, 2001)
O espaço pictórico no Cubismo foi repensado mediante o contexto cultural
da París do início do século XX. O volume passou a ser uma questão
explorada pelos cubistas numa tentativa, dentre outras questões, de oposição
ao Impressionismo, onde imperava o uso das cores e das luminosidades
dispersas. A representação dos sólidos e a própria fisicalidade destes foram
motivos das pesquisas dos artistas cubistas. É recorrente neste período, a
representação embasada na densidade volumétrica e fragmentada do espaço.
Exemplificando essa afirmativa temos Guitarra (1910) e Copo e Garrafa de
Suze (1912) de Picasso, além de trabalhos de Georges Braque e Henri Le
Fauconnier.
Percebe-se que naquele momento houve uma grande reflexão dos artistas
sobre o papel dos planos na pintura, onde se realizaram experimentações com
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a representação simultânea de vários pontos de vista de um mesmo objeto.
Assim, as camadas pictóricas novamente entrariam na problemática da
construção do espaço da pintura.
O que viria a seguir seria o papier-collé, que inaugurou o chamado
Cubismo Sintético e é originário de uma colagem experimental de Picasso
usando um encerado que imitava a padronagem de palha de uma cadeira
industrializada. Na seqüência, Braque propôs a colagem de pedaços de papel
de parede que reproduziam a textura da madeira. Estas novas possibilidades
proporcionaram o que David Cottington afirma ser “uma profundidade espacial
não-ilusionista.” (COTTINGTON, 2001, p.70)
Através destas experiências com a tridimensionalidade, dentre outras que
questionaram o espaço plástico e pictórico, o Cubismo marcou mudanças
muito importantes para a pintura e para a Arte do século XX. As conclusões
deste período estão longe de serem consideradas definitivas, de modo algum.
Há desdobramentos que continuam ocorrendo na contemporaneidade. É uma
experiência que está em aberto e que leva consigo a relação do espaço
pictórico com o uso de camadas.
As camadas na contemporaneidade
Neste contexto, pode-se afirmar que atualmente existem pintores que lidam
com as questões historicamente propostas pela pintura, como também fazem
uso de referências e questões próprias da contemporaneidade, surgindo assim
os hibridismos e as mestiçagens.
Tomemos três artistas contemporâneos: Daniel Senise, Ângelo Venosa e
Lucia Koch. Artistas que buscam novos espaços dentro de suas obras e estão
ligados a questões relacionadas à pintura ou a determinadas problemáticas
correlacionadas.
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Figura 2 – DANIEL SENISE: Tham, 2008, acrílica sobre
cretonne em colagem sobre alumínio, 200cm
x
155cm,
coleção
do
artista.
Fonte:
http://www.danielsenise.com/portu/
comercio.asp?flg_Lingua=1&flg_Tipo=05
Daniel Senise aborda questões próprias do campo da pintura, com
referências diretas à história da arte, principalmente ligadas a questões da
perspectiva e planaridade. O artista optou pela pintura utilizando a técnica de
frottage6 com tinta óleo. Senise extrai texturas de diversos assoalhos e
superfícies ressaltando o aspecto planar de sua pintura, ao mesmo tempo em
que, através da colagem e justaposição destas texturas recortadas, traz a
representação da perspectiva (ver fig.2). O embate entre planaridade e
perspectiva confere certas zonas de tensão às suas obras.
Lúcia Koch usa o recurso de camadas e sobreposições aliadas à
transparências. Uma de suas obras específica, Multiply (ver fig.3), consiste em
diversos planos de tule de lycra semi-transparentes, cujas superfícies
apresentam padrões com linhas, colocadas em diversos sentidos. Estes planos
são sobrepostos. A soma destas camadas dá origem a imagens que se
difundem no espaço tridimensional, jogando com as qualidades intrínsecas da
luz.
6
Foi desenvolvida pelo pintor e artista gráfico alemão, Max Ernst, em 1925. No frottage o
artista utiliza um lápis ou outra ferramenta de desenho e faz uma "fricção" sobre uma superfície
texturizada.
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Figura 3 - LUCIA KOCH: Multiply, 2007, trilhos e tule
de
lycra,
Reliance
dimensões
Gallery,
variáveis,
Londres.
The
Fonte:
http://www.luciakoch.com/
No trabalho de Ângelo Venosa não falamos mais de pintura, mas de
objetos tridimensionais. São obras que exploram fragmentos do corpo humano
no espaço, mas que abordam a questão das camadas e das sobreposições
que compõem uma imagem (ver fig.4 e fig.5). Venosa parte de imagens digitais
oriundas de um mapeamento do corpo humano através da ressonância
magnética. Tendo acesso a esses dados digitais, o artista transporta
fragmentos dessa informação para o objeto tridimensional. Conforme a
necessidade, Venosa utiliza o MDF, o alumínio ou o vidro para, com camadas,
criar os volumes tridimensionais.
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Figura 4 - ANGELO VENOSA: Maria, 1999, impressões fotográficas sobre lâminas de vidro, 160cm x
120cm. Fonte: http://www.angelovenosa.com/images/99/ im9903.html
Figura
5
-
ANGELO
VENOSA:
Sem
Título,
1999,
lâminas
de
vidro.
Fonte:
http://www.angelovenosa.com/images/99/im9906.html
Nas obras destes três artistas contemporâneos vemos claramente o uso
do recurso de sobreposições de camadas, pictóricas no seu sentido
convencional ou ampliado, que dão origem a imagens determinadas que
sintetizam a exploração de novas possibilidades espaciais. Trabalhando com o
simulacro da perspectiva, com a luz e a transparência, estes artistas encontram
novos lugares para pesquisas plásticas distintas, lançando outros olhares sobre
antigas problemáticas, próprias do campo específico da pintura.
Considerações Finais
Desta análise sobre alguns períodos da história da Arte, sob o foco do
uso de técnicas pictóricas, foi possível perceber uma relação estreita entre a
criação de novos espaços pictóricos e o uso das técnicas de camadas.
No Renascimento, o chiaroscuro e o sfumato surgiram como solução de
camadas para problemáticas relacionadas à representação perspectiva. No
Cubismo, a colagem permitiu a Picasso encontrar um espaço plástico em sua
pintura, inserindo questões próprias da escultura. Nesses e em outros casos,
os processos envolvendo camadas proporcionaram reflexões sobre o espaço e
construíram novas possibilidades em termos de linguagens.
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Assim, na contemporaneidade este fenômeno persiste e a pesquisa de
processos que utilizam camadas é abordada por diversos artistas do meio
artístico brasileiro e internacional, através da produção da pintura em seu
conteúdo específico ou ampliado.
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