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apostila arte 8ano 1semestre

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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
1° BIMESTRE
Arthur Bispo do Rosário
Biografia
Natural de Japaratuba-Sergipe, Arthur Bispo é
descendente de escravos africanos, foi marinheiro
na juventude, vindo a tornar-se empregado de uma
tradicional família carioca.
Na noite 22 de Dezembro de 1938, despertou com
alucinações que o conduziram ao patrão, o
advogado Humberto Magalhães Leoni, a quem disse
que iria se apresentar à Igreja da Candelária. Depois
de peregrinar pela rua Primeiro de Março e por
várias igrejas do então Distrito Federal, terminou
subindo ao Mosteiro de São Bento, onde anunciou a
um grupo de monges que era um enviado de Deus,
encarregado de julgar aos vivos e aos mortos. Dois
dias depois foi detido e fichado pela polícia como
negro, sem documentos e indigente, e conduzido ao
Hospício Pedro II (o hospício da Praia Vermelha),
primeira instituição oficial desse tipo no país,
inaugurada em 1852, onde anos antes havia sido
internado o escritor Lima Barreto (1881-1922).
Um mês após a sua internação, foi transferido para
a Colônia Juliano Moreira, localizada no subúrbio de
Jacarepaguá, sob o diagnóstico de "esquizofrênicoparanóico". Aqui recebeu o número de paciente
01662, e permaneceu por mais de 50 anos.
Em determinado momento, Bispo do Rosário
passou a produzir objetos com diversos tipos de
materiais oriundos do lixo e da sucata que, após a
sua descoberta, seriam classificados como arte
vanguardista e comparados à obra de Marcel
Duchamp. Entre os temas, destacam-se navios
(tema recorrente devido à sua relação com a
Marinha na juventude), estandartes, faixas de
mísses e objetos domésticos. A sua obra mais
conhecida é o Manto da Apresentação, que Bispo
deveria vestir no dia do Juízo Final.
Com eles, Bispo pretendia marcar a passagem de
Deus na Terra.
Os objetos recolhidos dos restos da sociedade de
consumo foram reutilizados como forma de registrar
o cotidiano dos indivíduos, preparados com
preocupações estéticas, onde se percebem
características dos conceitos das vanguardas
artísticas e das produções elaboradas a partir de
1960.
Utilizava a palavra como elemento pulsante. Ao
recorrer a essa linguagem manipula signos e brinca
com a construção de discursos, fragmenta a
comunicação em códigos privados.
Inserido em um contexto excludente, Bispo driblava
as instituições todo tempo. A instituição manicomial
se recusando a receber tratamentos médicos e dela
retirando subsídios para elaborar sua obra, e
Museus, quando sendo marginalizado e excluído é
consagrado
como
referência
da
Arte
Contemporânea brasileira.
As artes de Arthur Bispo do Rosário
Arthur Bispo do Rosário perambulou numa delicada
região entre a realidade e o delírio, a vida e a arte.
No refúgio de sua cela no Hospital Nacional dos
Alienados, na Praia Vermelha, o paciente
psiquiátrico
produziu
mais
de
mil
obras
consagradas no mercado internacional de arte
contemporânea. Criou um universo lúdico de
bordados, assemblages, estandartes e objetos
durante os mais obscuros períodos da psiquiatria –
época dos eletrochoques, lobotomias e tratamentos
violentos aplicados para o controle de crises. Sem
se dar conta, Bispo não só driblou os mecanismos
de poder no manicômio como utilizou sobras de
materiais dispensados no hospital para criar suas
obras, inventando um mundo paralelo, feito para
Deus.
Dizia-se
um
escolhido
do
todo-poderoso,
encarregado de reproduzir o mundo em miniaturas.
Eram
suas
“representações”,
afirmava.
Paradoxalmente,
as
obras,
que
deveriam
representar tudo o que havia na Terra acabariam
reconhecidas como peças de vanguarda, incluídas
por críticos em importantes movimentos artísticos.
Sua arte genial chegou a representar o Brasil na
prestigiada Bienal de Veneza, além de correr
museus pelo mundo, a exemplo do Jeu de Paume,
em Paris. Curiosamente, em vida, Bispo recusava o
rótulo de “artista”, dado o caráter divino de sua
tarefa. Mas a potência de sua obra ignora limites e
até hoje atravessa fronteiras, transgredindo
convenções e levando espectadores de todo o
mundo
ao
encantamento.
A história da “loucura” de Bispo remonta à noite de
22 de dezembro de 1938, quando, aos 29 anos,
conduzido por um imaginário exército de anjos,
andou pelas ruas do Rio com um destino certo: ia se
“apresentar” na igreja da Candelária, no centro.
Peregrinou pelas várias igrejas enfileiradas na rua
Primeiro de Março e terminou no Mosteiro de São
Bento, onde anunciou a uma confraria de padres
1
Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
que era um enviado, incumbido de “julgar os vivos e
os mortos”. Detalhes dessa narrativa, meio real
meio ficcional, constam de um estandarte bordado
por Bispo, uma das belas peças de sua vasta obra,
que mistura autobiografia e autoficção. É nesse
estandarte que Bispo registra a frase-síntese de sua
vida e obra Eu preciso destas palavras – Escrita. A
palavra tinha para ele status extraordinário, por isso
seus bordados estão repletos de nomes de pessoas,
trechos
poéticos,
mensagens.
O dia 24 de dezembro de 1938 foi um divisor de
águas psíquico para Bispo. Era Natal, ele se
convertia na figura de Jesus Cristo, mas acabaria
sob o domínio da psiquiatria. Interditado pela polícia
dois dias após a sua “anunciação”, foi enviado ao
Hospital Nacional dos Alienados, na Praia Vermelha,
onde rótulos não tardariam a marcar sua ficha:
negro, sem documentos, indigente.
ATIVIDADE
1- Observe as obras abaixo, de Arthur Bispo do
Rosário, e desenhe , separadamente, em duas
folhas do seu caderno de desenho, dois objetos que
fazem parte destas obras.
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
2- Faça um resumo da vida de Arthur Bispo do
Rosário.
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3-Procure no dicionário o significado de estandarte.
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4- Quais os objetos utilizados por Arthur Bispo do
Rosário em suas obras.
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Objetos na arte
É comum o desenho de objetos para a composição
plástica, sem que esses percam a sua função usual
do dia a dia.
Marcel Duchamp criou a expressão ready-made
para designar um tipo de produção que utiliza um
objeto do uso cotidiano, deslocando de seu espaço
e de sua função, apresentando com um novo
significado.
Duchamp, cuja obra é uma crítica radical da arte
Artista francês, Marcel Duchamp nasceu em
Blainville, França, a 28 de julho de 1887, e morreu
em Nova York, EUA, em 2 de outubro de 1968. Irmão
do pintor Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do
escultor Raymond Duchamp-Villon. Freqüentou em
Paris a Academie Julian, onde pinta quadros
impressionistas, segundo ele, "só para ver como
eles
faziam
isso".
Em 1911-1912 suas obras "O rei e a rainha cercados
de nus" e "Nu descendo uma escada" estão na
confluência entre o Cubismo e o Futurismo. São
quadros simultaneistas, análises do espaço e do
movimento. Mas já se destacam pelos títulos, que
Duchamp pretende incorporar ao espaço mental da
obra.
Entre 1913-1915 elabora os "ready-made", isto é,
objetos encontrados já prontos, às vezes
acrescentando detalhes, outras vezes atribuindolhes títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de
"Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição
em Nova York e recusado pelo comitê de seleção.
Os títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um
ruído secreto" ou "Farmácia". Detalhe acrescentado
em um "ready-made" célebre: uma reprodução da
Gioconda, de Leonardo da Vinci, com barbicha e
bigodes.
Segundo o crítico e historiador de arte Giulio Carlo
Argan, os "'ready-mades' podem ser lidos como
gesto gratuito, como ato de protesto dessacralizante
contra o conceito 'sacro' da 'obra de arte', mas
também como vontade de aceitar na esfera da arte
qualquer objeto 'finito', desde que seja designado
como
'arte'
pelo
artista".
Esses "ready-mades" escondem, na verdade, uma
crítica agressiva contra a noção comum de obra de
arte. Com os títulos literários, Duchamp rebelou-se
contra a "arte da retina", cujos significados eram só,
segundo ele, impressões visuais. Duchamp
declarou preferir ser influenciado pelos escritores
(Mallarmé, Laforgue, Raymond Roussel) - e não
pretendia criar objetos belos ou interessantes. A
crítica da obra de arte se estendia à antítese bom
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
gosto-mau
gosto.
Entre 1915 e 1923 o artista dedicou-se à sua obra
principal, "O grande vidro", pintura a óleo sobre
uma placa de vidro duplo dividido em duas seções.
A parte superior chamou de "A noiva desnudada
pelos seus celibatários, mesmo"; e a inferior,
"Moinho de chocolate". Toda a obra é um
pseudomaquinismo: a "noiva" é um aparato
mecânico, assim como os "celibatários". Contendo
vários níveis de significação, várias hipóteses foram
formuladas pela crítica para descobrir o sentido de
sua
complicada
mitologia.
para o campo das artes. A princípio como uma
brincadeira entre seus amigos, entre os quais
Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp
passou a incorporar material de uso comum nas
suas
esculturas.
Em
vez
de
trabalhá-los
artisticamente, ele simplesmente os considerava
prontos e os exibia como obras de arte.
Para Giulio Carlo Argan, "O grande vidro" foi
desenvolvido "em torno de significados eróticomísticos, joga com a transparência do espaço, com
o significado alquímico e simbólico, com o conceito
de 'andrógino', inato em todos os indivíduos".
Coincidir arte e vida
Marcel Duchamp, A fonte
Após "O grande vidro", Duchamp dedicou-se aos
mecanismos
ópticos
que
chamou
de
"rotorrelevos". Em 1941 executa uma "caixamaleta", contendo modelos reduzidos de suas
obras, e, em 1943, a "Caixa verde", contendo fotos,
desenhos,
cálculos
e
notas.
A partir de 1957 vive em Nova York, dedicando-se à
sua paixão pelo jogo de xadrez. Seu silêncio parece
uma redução da capacidade inventiva, mas após
sua morte descobre-se que o artista estivera
trabalhando secretamente na construção de um
"ambiente": um quarto fechado onde repousa uma
figura em cera, cercada de vegetações. O ambiente
só pode ser visto, por determinação do artista, por
um
orifício
da
porta.
A obra de Duchamp, reduzidíssima, foi menos obra
do que uma atitude, um gesto crítico radical, mas
em muitas declarações o artista recusou-se a ser
visto como um destruidor. A atitude crítica de
Duchamp ainda repercute, tantos anos depois de
suas
criações
radicais.
A Fonte, obra que fez repercutir o nome de
Duchamp ao redor do mundo - especialmente
depois de sua morte -, está baseada nesse conceito
de ready made: pensada inicialmente por Duchamp
(que, para esconder o seu nome, enviou-a com a
assinatura "R. Mutt", que se lê ao lado da peça) para
figurar entre as obras a serem julgadas para um
concurso de arte promovido nos Estados Unidos, a
escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na
avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de
labor artístico. Com efeito, trata-se de um urinol
comum, branco e esmaltado, comprado numa loja
de construção e assim mesmo enviado ao júri;
entretanto, a despeito do gesto iconoclasta de
Duchamp, há quem veja nas formas do urinol uma
semelhança com as formas femininas, de modo que
se pode ensaiar uma explicação psicanalítica,
quando se tem em mente o membro masculino
lançando urina sobre a forma feminina.
Na opinião de Giulio Carlo Argan, "talvez a obra de
Duchamp alquímica por excelência seja toda a sua
vida, que serve de modelo para todas as novas
vanguardas do segundo pós-guerra, do 'New Dada'
às experiências de recuperação do corpo como
expressão artística, na intenção de fazer coincidir
arte e vida".
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready
made, que é o transporte de um elemento da vida
cotidiana, a priori não reconhecido como artístico,
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
1- Qual a relação entre ready-made e
dadaísmo?
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2- Quem foi Marcel Duchamp ?
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3- Onde nasceu Marcel Duchamp ?
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4-O que é ready-mades ?
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Geoges Braque
Georges Braque era filho e neto de pintores. Foi
criado em Le Havre e, ali, estudou na École des
Beaux-Arts
de
1897
a
1899.
Mudou-se para Paris e estudou com um mestre
decorador
em
1901.
Legado
Vale a pena ressaltar que a obra de Duchamp deixou
um legado importante para as experimentações
artísticas subseqüentes, tais como o Dadaísmo, o
Surrealismo, o Expressionismo abstrato, a Arte
conceitual, entre outros. Muitos dos artistas
identificados com essas tendências prestaram
tributo a Duchamp, quando não o conheceram de
fato, tendo com ele um contato direto (ou, às vezes,
íntimo), o que influenciou as suas respectivas
obras. John Cage, por exemplo, trocou idéias com
Duchamp, e André Breton, pai do Surrealismo, por
várias vezes tentou cooptar Duchamp para a causa
do movimento surrealista; Tristan Tzara, um dos
responsáveis pelo Dadaísmo, também reconheceu
na obra de Duchamp, apesar do pouco contato da
arte norte-americana com a arte européia, uma
espécie de precursora.
Atividades:
Seu estilo inicial era impressionista. Entre 1902
e 1904, foi aluno da Academie Humbert, também
em Paris. Lá, fez amizade com Marie Laurencin e
Francis Picabia. Em 1907, depois de alguns
meses em Antuérpia, participou de uma
exposição do Salão dos Independentes (Paris),
apresentando obras mais próximas do fauvismo.
Fez sua primeira exposição individual em 1908.
No ano seguinte, trabalhou com Picasso no
desenvolvimento
do
cubismo.
Em 1911, casou-se com Marcelle Lapré. Em
1912, Braque e Picasso começaram a incorporar
em suas pinturas a técnica da colagem. A
parceria duraria até 1914, quando estourou a
Primeira Guerra Mundial e Braque, convocado,
partiu para a frente de batalha. Em 1915, foi
ferido
em
combate.
Após a guerra, a obra de Braque foi adquirindo
liberdade, tornando-se menos esquemática. Em
1922, expôs no Salão de Outono (Paris), o que
lhe rendeu fama. Fez ainda a cenografia para
dois
balés
de
Sergei
Diaghilev.
Em
1925,
mandou
construir
uma
casa,
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
chamando o arquiteto Auguste Perret (o mesmo
do teatro dos Champs-Élysées). No fim da
década, sua obra foi ficando mais realista.
Em 1930, comprou casa de campo em
Varengeville, na Normandia, onde passou a
morar boa parte do tempo, usando seu ateliê de
pintura e escultura. Em 1931, elaborou as
primeiras gravuras e começou a utilizar motivos
mitológicos. Sua pintura tornou-se então mais
lírica.
Em
1933,
Braque
realizou
a
primeira
retrospectiva de peso, num museu da Basiléia
(Suíça). Quatro anos depois, ganhou o primeiro
prêmio na mostra Carnegie International, em
Pittsburgh
(EUA).
Durante a Segunda Guerra Mundial, recolheu-se
a Varengeville e trabalhou com litogravura,
gravura
em
metal
e
escultura.
A partir do fim da década de 1940, pintou
pássaros, paisagens e marinhas. Em 1954,
desenhou os vitrais da igreja de Varengeville e,
em 1958, participou da Bienal de Veneza, que lhe
dedicou
uma
sala
especial.
Nos últimos anos de vida, mesmo com
problemas de saúde, Georges Braque continuou
atuante, dedicando-se à pintura, à litografia e à
joalheria.
CUBISMO
Assim Braque definiu seu trabalho: "Amo a regra
que corrige a emoção. Amo a emoção que corrige a
regra". Junto com Pablo Picasso, ele inventou o
cubismo, revolucionando a pintura.
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de
Cézanne, pois, para ele a pintura deveria tratar as
formas da natureza como se fossem cones, esferas
e cilindros,
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que
Cézanne. Passaram a representar os objetos com
todas as suas partes num mesmo plano. Na
verdade,essa atitude de decompor os objetos não
tinha nenhum compromisso de fidelidade com a
aparência real das coisas. Significava, em suma, o
abandono da busca da ilusão da perspectiva ou das
três dimensões dos seres, tão perseguidos pelos
pintores renascentistas, Com o tempo, o Cubismo
evoluiu em duas grandes tendências chamadas
Cubismo analítico e Cubismo sintético, O Cubismo
analítico foi desenvolvido por Picasso e Braque,
aproximadamente entre 1908 e 1911. Esses artistas
trabalharam com poucas
cores - preto, cinza e alguns tons de marrom e ocre ,
já que o mais importante para eles era definir um
tema e apresentá-lo de todos os lados
simultaneamente
.
Levada
às
últimas
conseqüências, essa tendência chegou a uma
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
fragmentação tão grande dos seres, que tornou
impossível o reconhecimento de qualquer figura nas
pinturas cubistas .
Violinoe Cântaro (1910), de Braque.
Mulher com Violão (1908), de Braque.
O Cubismo sintético foi chamado também de
Colagem porque introduziu letras, palavras,
números, pedaços de madeira, vidro, metal e até
objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode
ser explicada pela intenção do artista de criar novos
efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das
sensações visuais que a pintura sugere,
despertando também no observador as sensações
táteis.
Questões
1- Quem foi o precursor do Cubismo?
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O Poeta (1911), de Picasso.
Reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à
destruição de sua estrutura, os cubistas passaram
ao Cubismo sintético. Basicamente, essa tendência
procurou
tornar
as
figuras
novamente
reconhecíveis.
Mas, apesar de ter havido uma certa recuperação da
imagem real dos objetos, isso não significou o
retorno a um tratamento realista do tema.
Foi mantido o modo característico de o Cubismo
apresentar simultaneamente as várias dimensões de
um objeto, como podemos observar em Mulher
comViolão, de Braque (fig. 1.6).
2- O
Cubismo
foi
dividido
em
duas
partes.Quais foram elas ?
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3- Discorra sobre o Cubismo Analítico.
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4- Discorra sobre o Cubismo Sintético.
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
5- No inicio do século, em Paris, Pablo Picasso e
Georges Braque criaram um novo estilo que mudou
a idéia de se fazer arte. Estamos falando do
Cubismo. Quanto a este movimento marque uma
ÚNICA alternativa FALSA. Os cubistas:
a)( )Romperam com a idéia de arte como imitação
da natureza.
b)( )Passaram a valorizar as formas geométricas.
c)( )A cor é o elemento mais importante da obra.
d)( ) Reproduzia os objetos e figuras em dezenas de
pedaços.
conseguiríamos ver quem fez o que, quando e
como. Os artistas e as pessoas que registram as
mudanças na forma de se fazer arte, no caso os
críticos e historiadores, costumam classificá-las por
categorias e rotulá-las. È um procedimento comum
na arte ocidental.
Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo,
Surrealismo, etc.
IMPRESSIONISMO
6- Sobre o Cubismo marque a alternativa correta:
1.( ) O Cubismo é uma arte realista.
2.( ) O Cubismo é uma arte surreal.
3.(
) No Cubismo não aparecem figuras da
realidade.
4.( ) No Cubismo existe o triângulo
7- São fases de Pablo Picasso:
1. (
2. (
3. (
4. (
) Rosa e Verde.
) Rosa e Azul.
) Azul e Verde.
) Azul e Vermelho.
8- Além de pintor Pablo Picasso foi também:
1. (
2. (
3. (
4. (
) Ator.
) Médico.
) Advogado.
) Cenógrafo.
Historicismo
1866 – O Tocador de Pífaro, de Manet
1867 – Consagração do estilo Art Nouveau
9- No Cubismo analítico:
1. ( ) As figuras são dispostas de forma quase
incompreensível.
2. ( ) As figuras são bem nítidas.
3. ( ) AS figuras são surreais.
4. ( ) Não existem figuras.
10- No caderno de desenho crie uma obra do
cubismo analítico e uma obra do cubismo sintético.
2º Bimestre
ESTILO
Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o
artista ter tomado suas decisões. Cada artista
possui um estilo único.
Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje
fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca
1869 – Degas pinta A orquestra da Ópera
1874 – Primeira exposição pública Impressionista
1886 – Surge a técnica do Pontilhismo
1889 – Proclamação da República no Brasil
1895 – Invenção do Cinema
1897 – Fundação da Academia Brasileira de Letras
O Impressionismo foi um movimento artístico que
revolucionou profundamente a pintura e deu início
às grandes tendências da arte do século XX. Os
impressionistas procuraram, a partir da observação
direta do efeito da luz solar sobre os objetos,
registrar em suas telas as constantes alterações que
essa luz provoca nas cores da natureza. A partir daí,
criaram considerações práticas que caracterizaram
a pintura impressionista:
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
A pintura deve registrar as tonalidades que os
objetos adquirem ao refletir a luz solar num
determinado momento.
As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a
linha é uma abstração para representar imagens. As
sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como
é a impressão visual que nos causam, e não escuras
ou pretas. Os contrastes de luz e sombra devem ser
obtidos de acordo com a lei das cores
complementares.
Assim, um amarelo próximo a um violeta produz
uma impressão de luz e sombra mais real do que o
claro-escuro do barroco. As cores e tonalidades não
devem ser obtidas em misturas na paleta, mas sim
puras e dissociadas nos quadros, em pequenas
pinceladas. O observador é que combina as cores
no seu campo visual. A mistura deixa de ser técnica
para ser óptica.
Almoço
sobre relva, Manet
Claude Monet (1840 – 1926): as inconstantes cores
da natureza
Lago com nenúfares, de Claude Monet
A grande preocupação de Monet era a pesquisa com
a luz solar refletida nos seres humanos e na
natureza.
Entusiasta da pintura ao ar livre, que lhe permitia
recriar os efeitos da luz do sol, Monet criou uma
série de quadros da catedral de Rouen, pintados em
vários momentos do dia, registrando assim as
diferentes
impressões que o edifício lhe causava. Esse
encanto pela luz e a ousadia de representá-la tão
intensamente
o
tornaram
o
mestre
dos
impressionistas.
Baile no Moulin de La Galette, de Auguste Renoir
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
Édouard Manet
Catedral de Ruen (Monet) – Pela ordem: de manhã,
ao meio-dia, à tarde e ao entardecer.
Auguste Renoir (1841-1919) – a alegria de pintar
Artista impressionista de maior popularidade e
reconhecimento ainda em vida, Renoir manifestava
em seus quadros otimismo, alegria e a intensa
movimentação da vida parisiense do fim do século
XIX.
Explorou ao máximo o princípio óptico do
Impressionismo: em suas telas, as manchas
coloridas, unidas
visualmente pelo observador, compõem um todo só
percebido à distância.
Renoir empenhou-se em explorar todas as
possibilidades em superfícies refletoras de luz,
como águas e espelhos
Edgar Degas (1834 – 1917) – a influência da
fotografia
Degas teve uma posição muito pessoal dentro do
Impressionismo. Sua formação acadêmica fez com
que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que
era a grande paixão do Impressionismo. Além disso,
optou por pintar interiores com luz artificial.
Na verdade, sua grande preocupação era flagrar um
instante da vida das pessoas, captar um movimento
ou expressão. Suas telas com bailarinas (Ensaio de
Balé, Quatro Bailarinas em Cena e O Ensaio) trazem
leveza de movimentos, a delicadeza das cores em
pastel e a sutileza do desenho.
Édouard Manet nasceu em Paris no dia 23 de
Janeiro de 1832 foi um pintor e artista gráfico
francês e é considerado uma das figuras mais
importantes da arte do século XIX.
Nascido em uma família burguesa, Manet cresceu
com todos os privilégios de boa saúde e educação,
mas escolheu tornar-se um artista em vez de seguir
os passos do pai e do avô no Direito.
Ainda jovem, tentando a carreira naval, embarcou
em um navio mercante para uma viagem ao Brasil,
retornando após alguns meses. Mas entre 1850 e
1856 passa a estudar no ateliê de Thomas Couture.
Não se submetendo ao ensino acadêmico, contudo,
prefere freqüentar os museus, viajando pela Itália,
Áustria, Alemanha, Bélgica e Holanda.
Questões
1-Descreva o quadro Almoço sobre a Relva, de
Edouard Manet.
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2-Cite o sabe sobre Claude Monet.
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3-Quais são as principais características de uma
obra impressionista ?
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
4-Descreva o que é estilo.
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5-O que ocasionou o aparecimento da bisnaga de
tinta?
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POP ART
ANDY WARHOL
A expressão "pop-art" também vem do inglês e
significa “Arte popular”. A fonte da criação os
artistas ligados a esse movimento era o dia-a-dia
das grandes cidades, pois sua proposta era romper
qualquer barreira entre a arte e a vida comum.
Em conseqüência disso, seus temas são os
símbolos e os produtos industriais dirigidos às
massas urbanas: lâmpadas elétricas, dentifrícios,
automóveis, sinais de transito, eletrodomésticos,
enlatados e até mesmo a imagem das grandes
estrelas norte americano, que também é consumida
em massa nos filmes, nas tevês e nas revistas. Um
exemplo bastante ilustrativo é o trabalho Marilyn
Monroe feito por Andy Warhol (1930-1987).
Nesse trabalho, realizado a partir de uma fotografia,
Andy Warhol reproduz, em seqüência, imagens de
Marilyn Monroe que, apesar das variações de cor,
permanecem invariáveis.
Com isso, o artista talvez quisesse mostrar que
assim como os objetos são produzidos em série, os
mitos também são manipulados para o consumo do
grande público.
Andrew
Warhola,
assim
registrado,
mas
conhecido depois como Andy Warhol, nasceu na
cidade de Pittsburgh, no dia 6 de agosto de 1928.
Apesar de nascer nos EUA, seus pais eram
migrantes provenientes do norte da Eslováquia.
Para evitar ser convocado pelo exército austrohúngaro logo após o término da Primeira Guerra
Mundial, Andrei, genitor de Andy, mudou-se para o
território norte-americano, posteriormente seguido
pela esposa, que em 1921 desembarcou na América.
Durante a infância, Warhol foi acometido por uma
enfermidade que atingiu seu sistema nervoso
central, provocando no garoto uma reação de
extrema timidez. Seus estudos se desenrolaram no
Liceu de Schenley, escola na qual ele assistia às
aulas de arte, bem como no Museu Carnegie,
localizado próximo à instituição onde ele estudava.
Mais tarde seus familiares, com um certo sacrifício,
custearam-lhe o curso de design no famoso
Instituto de Tecnologia Carnegie, atualmente
conhecido como Carnegie Melon University. Nesta
renomada escola técnica, Andy já exercitava seu
estilo polêmico, pois se recusava a aceitar as
normas estabelecidas.
Sua permanência neste Instituto foi interrompida
pelo final da Segunda Guerra Mundial, pois a Lei de
Desmobilização obrigava vários alunos a cederem
lugar nas Universidades dos EUA a soldados que
agora se encontravam desocupados, em tempos de
paz. Mas vários de seus mestres exigiram sua volta,
assim foi permitido a ele assistir o Curso de Verão,
o que lhe propiciava realizar nova inscrição no
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
outono do ano seguinte. Os projetos por ele
executados durante a graduação levaram-no a
receber um prêmio concedido por esta instituição,
com a conseqüente exposição de seus trabalhos.
Ao concluir o curso ele seguiu para Nova York, logo
iniciando sua carreira como ilustrador de veículos
significativos da mídia, tais como Vogue, Harper’s
Bazaar e The New Yorker, e como produtor de
anúncios e displays publicitários para serem
exibidos nas vitrines de vários estabelecimentos
comerciais. Sua trajetória profissional como artista
gráfico, coroada de êxito, iniciou-se neste momento.
Ao longo de sua jornada ele conquistou inúmeros
prêmios como diretor de Arte do Art Director’s Club
e do The American Institute of Graphic Arts.
Warhol, um dos criadores e principal representante
da Pop Art, pintor e cineasta norte-americano,
morreu em Nova York, no dia 22 de fevereiro de
1987, após uma cirurgia da vesícula biliar. Famoso
durante 35 anos, ele foi o criador da frase: “No
futuro, toda a gente será célebre durante quinze
minutos”, o que se concretiza na atual cultura de
massa, na qual a arte é um mero produto comercial,
disseminado através de meios de produção
massificados. Ele também criou e financiou a
célebre banda The Velvet Underground.
“In the future everyone will be famous for fifteen
minutes.”
Cor e Equilíbrio
Andy realizou sua primeira exposição individual em
1952, na Hugo Galley, com a mostra de quinze
desenhos inspirados na produção de Truman
Capote, jornalista e ficcionista norte-americano.
Estes trabalhos são igualmente exibidos no MOMA,
Museu de Arte Moderna, em 1956, quando ele passa
a assinar suas obras como Warhol.
Na década de 60, sua trajetória como artista plástico
sofre uma reviravolta, pois ele passa a se apropriar
das idéias publicitárias em suas criações, valendose de tonalidades fortes e tintas acrílicas. Neste
mesmo período ele renova o movimento conhecido
como pop art, ao gerar mecanicamente inúmeras
cópias de seus trabalhos, através de uma técnica
denominada serigrafia – processo de reprodução de
imagens sobre papel, madeira, vidro, entre outros
materiais, o qual utiliza uma moldura com tela de
seda ou nylon formado por malhas; a tinta passa
através das malhas permeáveis, que correspondem
à imagem a ser impressa, permanecendo as
restantes impermeáveis à tinta. Ele concretiza essa
produção artística com temas extraídos do dia-a-dia,
como latas de sopas Campbell, garrafas de CocaCola, rostos de ícones da indústria cultural, entre
eles os de Marilyn Monroe, Elvis Presley, entre
outros. As colagens e a utilização de matéria-prima
descartável, geralmente não utilizada pelos artistas
plásticos, foram outras técnicas privilegiadas por
Andy.
Andy reproduziu a imagem da embalagem da sopa
Campbell’s, trocando as cores originais e
empregando vários tipos de harmonia cromática.
Na sua produção, Andy utilizou a harmonia do
contraste, empregando na base de fundo, duas
cores localizadas em lados opostos no círculo.
Em outras obras, utilizou a harmonia isocromática,
empregando cores análogas, isto é, vizinhas no
círculo.
No ano de 1968 ele é vítima de um atentado
perpetrado por uma militante do grupo Society for
Cutting Up Men – Sociedade para castrar homens -,
Valerie Solanis, criadora e única integrante desta
entidade. O tiro que o alveja não o conduz à morte e
inspira o filme I shot Andy Warhol – Eu atirei em
Andy Warhol -, de1996, dirigido por Mary Harron.
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
Roy Lichtenstein (1923-1997).
Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como
tema artístico começou provavelmente com uma
pintura do camundongo Mickey, que realizou em
1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta
acrílica, ampliou as características das histórias em
quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu
a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos.
Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista
para simular os pontos reticulados das historietas.
Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por
um traço negro, contribuíam para o intenso impacto
visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma
reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas.
Seus quadros, desvinculados do contexto de uma
história, aparecem como imagens frias, intelectuais,
símbolos ambíguos do mundo moderno. O
resultado é a combinação de arte comercial e
abstração
Observe o círculo das cores:
Cores primárias:
São as cores puras, que não se fragmentam.
As cores primárias das cores-pigmento são:
Vermelho, amarelo e azul
Cores secundárias.
As combinações surgidas de duas cores primárias
são chamadas de cores secundárias. São elas:
laranja, que é a mistura do amarelo com o vermelho,
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
o verde, que é a mistura do azul com o amarelo e o
violeta, que é a mistura do vermelho com o azul.
Cores Terciárias.
São obtidas pela mistura de uma primária com uma
ou mais secundárias.
Primária + Secundária = Terciária
Vermelho + Roxo = Vermelho-arroxeado
Vermelho + Laranja = Vermelho-alaranjado
Amarelo + Verde = Amarelo-esverdeado
Amarelo + Laranja = Amarelo-alaranjado
Azul + Verde = Azul-esverdeado
Azul + Roxo = Azul-arroxeado
A cor é um elemento fundamental no processo de
comunicação visual. Quando vista, impressiona a
retina e, quando sentida, provoca emoção e possui
valor simbólico.
Cores análogas
São as que aparecem lado-a-lado no gráfico. São
análogas porque há nelas uma mesma cor básica.
Pôr exemplo o amarelo-ouro e o laranjaavermelhado tem em comum a cor laranja.
As cores análogas, ou da mesma "família" de tons, são
usadas para dar a sensação de uniformidade.
Uma composição em cores análogas em geral é
elegante, porém deve-se tomar o cuidado de não a
deixar monótona
Cores Complementares.
Note no gráfico, que uma cor primária é sempre
complementada por uma cor secundária. Esta é a cor
que está em oposição a posição desta cor primária. Por
exemplo, a cor complementar do vermelho é o verde.
As cores complementares são usadas para dar força e
equilibrio a um trabalho criando contrastes. Raramente
se usa apenas cores complementares em um trabalho, o
efeito pode ser desastroso, mas em alguns casos é
extremamente interessante. Os pintores figurativos em
geral usam as cores complementares apenas para
acentuar as outras criando assim, equilibrio no
trabalho.
Vale lembrar que as cores complementares são as que
mais contrastes entre si oferecem, sendo assim, se
queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto
dele
um
violeta.
Outra
caracteristica
importante
das
cores
complementares é que elas se neutralizam entre si. O
que isso quer dizer? Que se quisermos tirar a
"potência" de um amarelo, basta acrescentar-lhe certa
quantidade de violeta até que neutralizando-o em um
tom de cinza, até chegar ao preto. (Processo químico de
composição
de
cores.)
Cores neutras.
Os cinzas e os marrons são consideradas as cores
neutras, mas podem ser neutras também os tons de
amarelos acinzentados, azuis e verdes acinzentados e
os violetas amarronzados. A função das cores neutras é
servir de complemento da cor aproximada, para dar-lhe
profundidade, visto que as cores neutras em geral tem
pouca reflexividade de luz.
O "calor" das cores.
A temperatura das cores, designa a capacidade que
as cores têm de parecer quentes ou frias. Quando
se divide um disco cromático ao meio (figura acima)
com uma linha vertical cortando o amarelo e o
violeta, percebe-se que os vermelhos e laranjas do
lado esquerdo, são cores quentes, vibrantes. Pôr
outro lado, os azuis e verdes do lados direito são
cores frias, que transmitem sensações de
tranquilidade.
Matiz
É a característica que define e distingue uma cor.
Vermelho, verde ou azul, pôr exemplo, são matizes.
Para se mudar o matiz de uma cor acrescenta-se a
ela outro matiz.
Tom
Refere-se a maior ou menor quantidade de luz
presente na cor. Quando se adiciona preto a
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
determinado matiz, este se torna gradualmente mais
escuro, e essas gradações são chamadas escalas
tonais. Para se obter escalas tonais mais claras
acrescenta-se branco.
Intensidade
Diz respeito ao brilho da cor. Um matiz de
intensidade alta ou forte é vívido e saturado,
enquanto o de intensidade baixa ou fraca
caracteriza cores fracas ou "pastel". O disco de
cores mostra que o amarelo tem intensidade alta
enquanto a do violeta é baixa.
Conhecer a teoria das cores não é suficiente para
elaborar trabalhos interessantes, porém ajuda e
muito a atingir objetivos quando estes envolverem o
sentido da visão. Afinal é o olho o órgão que capta
as cores, passando a mensagem ao cérebro que a
identifica e associa com estes conceitos
apresentados.
Seu saber:
Tarefa
1-Trazer de casa um rótulo ou uma embalagem.
2-Observe o produto e verifique se ela apresenta
cores análogas ou complementares.
3-Crie um rótulo ou uma embalagem de um
produto.Use sua criatividade.
4- Complete o círculo .
Arte para o consumo
Os rótulos de embalagens não são clasificados
como obras de arte, mas devemos considerar que a
atitude artítica está presente no trabalho do
designer profissional que cria uma forma singular
com intencionalidade, utilizando elementos com os
quais estamos familiarizados.
Normalmente, é a aparência de uma embalagem que
ajuda na decisão da compra. O criador do rótulo da
embalagem de um produdto tem a intenção objetiva
de chamar a atenção do consumidor.
Para tanto, ele escolhe as formas e as cores com as
quais o consumidor possa identificar o produto
entre tantas marcas existentes.
A
imagem
publicitária
experimentou
um
desenvolvimento notável em São Paulo, entre 1900 e
1930, em rótulos, logomarcas, anúncios
e
embalagens. Artistas anônimos, em sua maioria
imigrantes italianos e espanhóis, foram os
responsáveis pela produção de imagens de extrema
qualidade comunicativa e técnica. Podemos
observar alguns exemplos de rótulos e embalagens.
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
Responda:
Há uma relação ente a Pop Art e a divulgação de
obras de arte em embalagens dos produtos de
consumo? Por que?
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Tarefa
No seu caderno reproduza, o rótulo da embalagem
em que você apresentou na sala de aula. Lembre-se
todo trabalho deve ter margem.
Observe a produção acima e disserte sobre as
questões abaixo:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
as formas são figurativas ou abstratas?
Quantos planos apresentam?
Há perspectiva ?
Que cores foram utilizadas?
Que tipo de harmonia crómatica utilizou ?
Quais as facilidades que você encontrou na
realização do trabalho ?
Quais as dificuldades encontradas na
realização do trabalho?
O resultado do seu trabalho foi satisfatório?
Por quê ?
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
A ARTE EM QUADRINHOS
Henfil (1944 - 1988)
Biografia
Henrique de Souza Filho (Ribeirão das Neves MG
1944 - Rio de Janeiro RJ 1988). Cartunista,
jornalista, escritor. Cresce na cidade de Belo
Horizonte, Minas Gerais. Por influência do irmão
mais velho, Herbert de Souza, o Betinho (1935 1997), interessa-se pela militância política. Integra a
Juventude Estudantil Católica - JEC, e a União
Municipal dos Estudantes Secundaristas - Umes.
Acompanhando o irmão, freqüenta o diretório
acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas.
Além de caricaturas dos líderes estudantis, faz
Ilustrações para faixas, cartazes, folhetos e jornais
nas campanhas do diretório acadêmico. Publica
seus primeiros desenhos no Resmungo, jornal
mimeografado da JEC. Inicia o curso de sociologia,
na Universidade Federal do Minas Gerais - UFMG,
mas o abandona após dois meses. Em 1962,
ingressa como revisor na revista Alterosa, mas logo
se torna cartunista, a convite do editor da
publicação e também escritor Roberto Drummond, o
criador do nome Henfil. Em 1965, faz caricatura
política para o Diário de Minas. Em 1967, reside no
Rio de Janeiro, onde faz charges esportivas para o
Jornal dos Sports e colabora nas revistas Visão,
Realidade, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969,
desenha para o semanário Pasquim e para o Jornal
do Brasil. Seus cartuns e charges satirizam as
instituições, os costumes e fazem crítica à política.
Seus personagens mais conhecidos, são Os
Fradinhos, o Capitão Zeferino, a Graúna, o Bode
Orelana e Ubaldo, o paranóico. No fim da década de
1970, engaja-se na luta pelo fim do regime militar,
pela Anistia e pelas Diretas-Já. Participa da criação
do Partido dos Trabalhadores - PT, para o qual
produz cartuns e desenhos para confecção de
cartazes, camisetas, buttons e outros produtos.
Hemofílico, morre em 1988 em decorrência da Aids,
contraída em transfusão de sangue.
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
A produção de rótulos para embalagens está
vinculada ao desenvolvimento da arte e da técnica
de reproduzir textos e imagens no papel, em grande
quantidade.
E a propagação da história em quadrinhos também
vinculada a esse fator.
O que caracteriza a história em quadrinhos é uma
narrativa por meio do desenho , em sua maioria lida
horizontalmente, acompanhada ou não de diálogos
curtos, apresentados em balões.
The Yellow Kid
No Journal, Outcault passou a experimentar com o
uso de múltiplos painéis e balões de diálogo.
Embora não tenha sido o primeiro a usar ambas as
técnicas, foi ele quem criou o padrão pelos quais os
quadrinhos seriam medido.
Onomatopéias
Os balões de diálogo surgiram nas histórias em
quadrinhos por volta de 1895, criados pelo
americano Richard Outcault.
Richard Felton Outcault (Lancaster, Ohio, 14 de
Janeiro de 1863 - Flushing, Nova York, 25 de
Setembro de 1928), autor e ilustrador de tiras de
quadrinhos norte-americano. Foi o criador da série
The Yellow Kid e é considerado o inventor da tira em
quadrinhos moderna.
Significa imitar um som com um fonema ou palavra.
Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza,
barulho de máquinas, o timbre da voz humana
fazem parte do universo das onomatopéias. Por
exemplo, para os índios tupis tak e tatak significam
dar estalo ou bater e tek é o som de algo quebrando.
As onomatopéias, em geral, são de entendimento
universal.
Ao dizermos que um grilo faz "cri cri" ou que
batemos à porta e fazemos "toc toc", estamos
utilizando onomatopéias. Aristófanes, na sua peça
"As rãs", faz uso de determinadas palavras que, no
grego original, pretendem imitar o som desses
animais; usa, portanto, uma figura retórica que é
também de carácter onomatopeico.
Exemplos: tilintar, grasnar, piar,cacarejar, zurrar,
miar
Outcault começou sua carreira como desenhista
técnico de Thomas Edison, e como arte-finalista de
humorísticos nas revistas Judge e Life. Ele logo
juntaria-se à New York World, que passou a usar as
tiras de Outcault para um suplemento em cores
experimental que usava um único cartum em um
painel na capa chamado "Hogan's Alley", que
estreou em 5 de maio de 1895.
Em outubro de 1896 Outcault desertou para o New
York Journal, gerando um processo que resultou na
posse pela New York World do título "Hogan's
Alley".
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Apostila de Arte – 8º ano – Prof. Márcio Guerra
Tarefa
Você receberá do seu professor um quadro com
uma onomatopéia. Observe-a e crie uma situação
para
representar
uma
cena
e
um
som
correspondente
Pesquisar a história em quadrinhos no Brasil.
As onomatopéias surgiram nas histórias em
quadrinhos por volta de 1897, atribuindo-se a sua
inserção a Rudolph Dirks, criador de Os sobrinhos
do Capitão, irmãos traquinas que se expressam com
um pesado sotaque alemão.
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