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2 TROVADORISMO

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Origens da Literatura
Portuguesa
Trovadorismo
Origens da Literatura
Portuguesa
Contexto histórico
 Origem de Portugal
 Reconquista da península
Ibérica
 Surge a linguagem de Portugal
e Galiza (galego-portuguesa)
 Sociedade da Época
Feudalismo
Teocentrismo
Origens da Literatura
Portuguesa
Contexto histórico
 Início da expansão ultra marítima e do desenvolvimento Náutico
 Conquistas coloniais
• As guerras pelo controle de
terras
○ Conquista de Ceuta ○ Descoberta da Ilha
da Madeira ○ A costa oeste da
África ○ Vasco da Gama chega à Índia • A fome
 Fundação da universidade de Coimbra
 Dinastia de Avis

Decadência do
sistema Feudal
• As epidemias
• O surgimento da
Burguesia(Renascimento
comercial)
Trovadorism
o
O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua
portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período
em que Portugal estava no processo de formação nacional.
• Origens
Teses
suas origens dão-se na Provença(Sul da
França) e lá o poeta recebia a alcunha de trouvère
(em Português: trovador), cujo radical é: trouver (achar)
 a tese arábica “Cantiga da Ribeirinha” Ou “Cantiga da Guarvaia”
escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de
 A Tese folclórica
1189 Ou 1198 (?). Muitas poesias competem com
Esse posto.
 A tese médio-latinista
 A tese litúrgica
Trovadorism
o
• A poesia
As poesias na época eram feitas para serem
cantadas acompanhada de instrumentos
como a cítara, viola, flauta, lira ou a harpa.
• Divisão
Refrão
Lírico amorosa
Maestria
Satírica
Cantigas de amor
Cantigas de Escárnio
Cantigas de amigo
Cantigas de Maldizer
Trovadorism
o
Cantigas de amor
Cantigas de amigo
Sujeito
O trovador assume o
eu - lírico masculino
O trovador assume o
eu - lírico Feminino
Objeto
Feminino: a dama, a “senhor”
Masculino: O amigo ( namorado)
Caracterização
do Sujeito
Cativo, coitado, sofredor
aflito, enlouquecido
Formosa, bela, graciosa,
camponesa
Caracterização
do Objeto
Idealização da mulher pela
Mentiroso, traidor, formoso
Qualidade física, moral e social
Expressão dos
sentimentos
A coita por amar Uma Mulher
inacessível (vassalagem
amorosa)
Sofre por sentir saudades de
Seu ‘amigo’, chora pelo abandono
em razão da partida à guerra
Cenário
O ambiente da corte
ambiente pastoril (campo, mar)
Origem
Provençal
Galaico-portuguesa
CANTIGA DE AMOR DE D. DINIS
•
Quer’eu em maneira de proença!
fazer agora um cantar d’amor
e querrei muit’i loar lmia senhor
a que prez nem fremosura nom fal,
nem bondade; e mais vos direi ém:
tanto a fez Deus comprida de bem
que mais que todas las do mundo val.
Ca mia senhor quizo Deus fazer tal,
quando a faz, que a fez sabedord
e todo bem e de mui gram valor,
e com tod’est[o] é mui comunal
ali u deve; er deu-lhi bom sém,
e desi nom lhi fez pouco de bem
quando nom quis lh’outra
foss’igual
Ca mia senhor nunca Deus pôs mal,
mais pôs i prez e beldad’e loor
e falar mui bem, e riir melhor
que outra molher; desi é leal
muit’, e por esto nom sei oj’eu quem
possa compridamente no seu bem
falar, ca nom á, tra-lo seu bem, al.
Quero à moda provençal
fazer agora um cantar de amor,
e quererei muito aí louvar minha senhora
a quem honra nem formosura não faltam
nem bondade; e mais vos direi sobre ela:
Deus a fez tão cheia de qualidades
que ela mais que todas do mundo.
Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo
quando a fez, que a fez conhecedora de
todo bem e de muito grande valor,
e além de tudo isto é muito sociável
quando deve; também deu-lhe bom senso,
e desde então lhe fez pouco bem
impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela
Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal,
mas pôs nela honra e beleza e mérito
e capacidade de falar bem, e de rir melhor
que outra mulher também é muito leal
e por isto não sei hoje quem
possa cabalmente falar no seu próprio bem
pois não há outro bem, para além do seu.
Cantiga de amigo de Martim Codax
Trovadorism
o
Cantigas de Escárnio
Cantigas de Maldizer
As cantigas satíricas apresentam interesse sobretudo histórico.
Enquanto as cantigas de escárnio utilizam a ironia, o equívoco para realizar
indiretamente essas zombarias, as cantigas de maldizer são sátiras diretas.
Crítica indireta
Crítica direta
A pessoa satirizada
Não é identificada
Geralmente o nome da pessoa é
Revelado e a intenção é difamar.
Linguagem
trabalhada
Linguagem
trabalhada
Cheia de sutileza, Ironia,
trocadilhos e ambiguidades
Comum a agressão verbal à
pessoa satirizada (palavrões)
Cantiga de Escárnio De Joan Garcia
de Guilhade
Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se Deus mi pardom,
pois avedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero ja loar toda via;
e vedes qual sera a loaçom:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora ja um bom cantrar farei,
em que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
•
Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
em que vos louvares de qualquer
modo;
e vede como quero vos louvar
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, que Deus me perdoe,
pois tendes tão grande desejo
de que eu vos louve, por este motivo
quero vos louvar já de qualquer modo;
e vede qual será a louvação:
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trovar, embora tenha trovado
muito;
mas agora já farei um bom cantar;
em que vos louvarei de qualquer
modo;
e vos direi como vos louvarei:
dona feia, velha e maluca!
CANTIGA DE MALDIZER DE PERO
DA PONTE
Garcia López del Faro,
direi-vos que m’agravece:
que vosso don é mui caro
e vosso don é rafece.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á
d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.
Por caros teemos panos
que ome pedir non ousa;
e, poi-los tragen dous anos,
rafeces son, por tal cousa.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á
d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.
Esto nunca eu cuidara:
que ua cousa senlheira
podesse seer (tan) cara
e rafeç’ en tal maneira.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á
d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.
Garcia López de Alfaro,
sabei o que me aborrece:
o que dais sai mui caro
mas barato nos parece.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.
Caros nos saem os panos
que pedir-vos ninguém ousa
mas por que os trazeis dois anos,
barata parece a coisa.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.
Com espanto se me depara
numa só coisa o exemplo
dela sair muito cara
e barata ao mesmo tempo.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.
Tipos de compositores
Os principais
são
Trovadorism
o
• Trovador
compositor, cantor e instrumentador
pertencente, na maioria das vezes,
à nobreza. Pela qualidade cultural,
compunha uma categoria superior.
• Segrel
fidalgo inferior ou em decadência.
Era compositor e cantor, geralmente
• Menestrel
andarilho e profissional, ou seja,
origem popular, limitava-se a
apresentar composições alheiras vivia desse trabalho.
nos castelos ou feudos
• Jogral
de origem popular e parca cultura
• Soldadeira
era bailarino e servia a senhores
moça que acompanhava os
feudais para distrair a corte ou o
artistas dançando, cantando e
exército.
tocando castanholas.
Trovadorism
o
Os cancioneiros
• Cancioneiro da ajuda
reúne 310 composições, das quais 304 são cantigas de amor, foi
organizado por D. Dinis e é o mais antigo de todos. Encontra-se
na Biblioteca da Ajuda, em Portugal
• Cancioneiro da Vaticana
reúne 1205 poesias, de autoria de 163 trovadores. Conserva-se ainda
hoje na Biblioteca do Vaticano, em Roma.
• Cancioneiro da biblioteca nacional
também conhecido por Cancioneiro de Colocci-Brancuti, em homenagem
a um de seus antigos possuidores. É o mais completo de todos, contendo
1647 cantigas de todos os gêneros. Encontra-se na Biblioteca Nacional
de Lisboa.
• Cancioneiro á virgem Maria
um cancioneiro de poesias religiosas composto por 426 produções
acompanhadas das respectivas músicas.
Trovadorismo
Os representantes da escola
D. Afonso X
D. Duarte
D. Dinis
Trovadorismo
Prosa Trovadoresca
Hagiografias
biografia de santos
Nobiliários
relatos genealógicos de famílias nobres
Cronicões
relatam, de forma romanceada, os
episódios históricos/sociais do século XIV
Novelas de
cavalaria
poemas que celebram acontecimentos históricos,
trazidos principalmente da França e Inglaterra.
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