Resumo da aula de administração de medicamentos:

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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem
Departamento de Enfermagem
Disciplina: Enfermagem no Processo do Cuidar da Criança II
Professora: Francisca Elisângela Teixeira Lima
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA E
NEONATOLOGIA
CUIDADOS BÁSICOS

USO DE EPIS
- Lavagem básica das mãos.
- Uso de máscara descartável.
- Uso de gorro.
CUIDADOS NO PREPARO DE MEDICAMENTOS
1- Lavar as mãos.
2- Concentrar a atenção na medicação.
3- Identificar a criança, número do leito, nome da medicação, via de
administração, dose a ser administrada, horário.
4- Cuidado com letras ilegíveis.
5- Cuidados com medicamentos sem rótulos.
6- Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa.
7- Não permitir que familiares preparem medicamentos.
8- Checar somente após aplicação ou ingestão do medicamento.
9- Caso não seja administrado o medicamento, rodelar o horário,
justificar no relatório de enfermagem e comunicar a enfermeira da
unidade.
10- Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar.
11- Nunca ultrapassar a dose prescrita.
12- Em casos de emergência, medicação por ordem verbal, deve ser
anotada no prontuário.
13- Em geral, a prescrição médica é válida por 24 horas.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E LOCAIS DE ABSORÇÃO



VIAS
ENTERAIS: TGI
 Oral
 Sub-lingual
 Retal
TÓPICAS: Pele e Mucosas
 Via respiratória
 Nasal






LOCAIS DE ABSORÇÃO
Mucosa gástrica e intestinal
Mucosa oral
Mucosa retal
Mucosa Nasal, Traqueal e Brônquica
Alvéolos Pulmonares
Via cutânea
 Pele
Epiderme
Via Geniturinária
 Vagina
Mucosa vaginal
 Uretra
Mucosa uretral
Via Ocular e ouvido
 Olho
Conjuntiva ocular
 Ouvido
Ouvido externo
PARENTERAIS: lesão de pele e/ou mucosas
Com absorção:Intramuscular
Subcutânea
Intraperitoneal
Intradérmica
Sem absorção:Intravenosa
Intra-arterial
Peridural
VIA ORAL
A.
Absorção ocorre no aparelho digestivo
B.
Administração através da boca
C.
Forma liquida ou sólida

A.
B.
C.
Vantagens :
Método simples
Econômica
Segura (menor risco de contaminação)

A.
B.
C.
D.
E.
Desvantagens :
Sabor (desagradável, náuseas e vômitos)
Irritação gástrica
Dificuldade para deglutir
Depende do nível de consciência da criança
Criança muitas vezes recusam
TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO
- Lactente em posição semi-sentada ou sentada
- Administrar o conteúdo lentamente, permitindo a criança engolir
- Casos de recusa → coerção física
- Lactentes < 11 meses: sopro na face → reflexo de deglutição
CUIDADOS ATRAUMÁTICOS
- Fornecer a criança uma bebida gelada ou cubo de gelo antes do
medicamento;
- Misture o medicamento com uma substância doce (evitar itens
essenciais);
- Forneça um gole de água, suco... após medicamento
- Medicação com paladar desagradável pode ser ingerida com
canudo
CUIDADOS ATRAUMÁTICOS
- Fornecer a criança uma bebida gelada ou cubo de gelo antes do
medicamento;
- Misture o medicamento com uma substância doce (evitar itens
essenciais);
- Forneça um gole de água, suco... após medicamento
- Medicação com paladar desagradável pode ser ingerida com
canudo
VIA SUBLINGUAL
Consiste em colocar a medicação sob a língua do paciente
VANTAGENS:
Ação mais rápida do que via oral
Evita a passagem pelo fígado
Evita a ação do suco gástrico
Absorção muito rápida para substâncias lipossolúveis
DESVANTAGENS:
Imprópria para substâncias
irritantes e de sabores desagradáveis
VIA NASOGÁSTRICA, OROGÁSTRICA E GASTROSTOMIA

É a introdução do medicamento através da sonda gástrica.

Vantagens: administrar o medicamento no horário, sem
incomodar a criança

Desvantagem: risco de obstruir a sonda

Cuidados:
- Medicamento deve ser diluído
- Fornecer medicamento na temperatura ambiente
- Verificar se a sonda esta no estomago (ausculta, copo com água e
retorno gástrico).
- Lavar sempre a sonda após administrar o medicamento.
Clampear a sonda após a lavagem.
VIA INALATÓRIA

A medicação é inalada pelo aparelho respiratório

Absorve em toda a sua extensão (fossas nasais até alvéolos)

Nebulização (oxigênio)

Vaporização (vapor de água quente)

Os dois métodos tem a mesma finalidade:
- Umidificar
- Eliminar secreções
- Dilatação dos brônquios
INSTILAÇÃO

Consiste em colocar um medicamento em uma cavidade ou
orifício corporal

Nariz

Olhos (saco conjuntival)

Ouvidos

Usada para efeitos locais (pode levar a efeitos sistêmicos)

Não dolorosa, mas desagradável
TÓPICA


Aplicação de medicamento na pele ou mucosas
Ação é local




Exemplo:
Anti-sépticos
Loções hidratantes
Pomadas para pele ou via vaginal
VIA RETAL




Clister e enema
Supositório: sedativos, analgésicos, antieméticos...
Usada: crianças incapazes de ingerir pela boca
Criança com vômitos incontroláveis
Absorção no TGI: Mucosa Retal

Cuidados:
- Introduzir o supositório lubrificado
- Com o dedo enluvado colocar o supositório rapidamente, mas
suave, no reto
- Aproximar as nádegas por 5 a 10 minutos (após urgência de
expulsar)
VIA PARENTERAL

Administrar um medicamento por meio de uma injeção nos
tecidos do corpo.

Material deve ser “esterilizado”





VIAS COMUNS:
Intradérmica
Subcutânea
Intramuscular
Intravenosa ou Endovenosa
VIA INTRADÉRMICA
Administração de medicamento na camada dérmica da pele (entre a pele
e o tecido subcutâneo)

Exemplo: Teste tuberculínico, Vacinas ...

Agulha deve ser introduzida no ângulo de 15o com o bisel para
cima e o líquido é injetado, formando uma pápula

Área de Aplicação:
a. Face anterior do antebraço
b.Região escapular do dorso
c. Inserção inferior do deltóide
VIA SUBCUTÂNEA
Administração do medicamento no tecido subcutâneo, logo abaixo
da derme

Absorção ocorre lenta e continuamente

Exemplo: insulina, vacinas, ...




Vantagens:
Absorção quase completa do medicamento
Independe do nível de consciência do paciente
Não causa irritação gástrica

Desvantagens :


Risco de contaminação ou infecção
Administração de até 0,5 ml

Áreas de Aplicação:
a. Face externa do braço
b.Face externa da coxa
c. Terço médio da região anterior da coxa
d.Região periumbilical
e. Flanco direito ou esquerdo
f. Usar seringa de insulina 1ml
g.Agulha 13x4,5 em um ângulo de 90o
h.Agulha 25x7; 25x8 em um ângulo de 45o
i. Fazer o coxim
j. Administrar lentamente
k.Fazer leve compressão local
l. Não friccionar após aplicação
m.
Mudar diariamente o local da aplicação (insulina)
VIA INTRAMUSCULAR
Introdução medicamentosa no músculo com utilização de uma
agulha.
IDENTIFICAÇÃO DE AGULHAS
TABELA DE EQUIVALÊNCIA
MÉTRICO (milímetro)
INGLÊS
(polegada)
DE
PARA
16 G1 1/2
40x16 1,60x40
18 G1 1/4
30x12 1,20x30
18 G1 1/2
40x12 1,20x40
19 G1
25x10 1,00x25
19 G1 1/4
30x10 1,00x30
20 G1
25x9
0,90x25
20 G1 1/4
30x9
0,90x30
20 G1 1/2
40x9
0,90x40
21 G1
25x8
0,80x25
21 G1 1/4
30x8
0,80x30
21 G1 1/2
40x8
0,80x40
22 G1
25x7
22 G1 1/4 30x7
22 G1 1/2 40x7
0,70x25
0,70x30
0,70x40
23 G1
23 G1 1/4
23 G1 1/2
24 G 3/4
25 G 5/8
25 G 3/4
25 G 1
26 G 1/2
26 G 3/8
27 G 1/2
27,5 G 1/2
30 G 1/2
0,60x25
0,60x30
0,60x40
0,55x20
0,50x15
0,50x20
0,50x25
0,45x13
0,45x10
0,40x13
0,38x13
0,30x13
25x6
30x6
40x6
20x5,5
15x5
20x5
25x5
13x4,5
10x4,5
13x4
13x3,8
13x3
Tamanho da seringa  Quantidade do líquido
Comprimento da agulha  Quantidade da tecido a penetrar
Calibre da agulha  Viscosidade do líquido
Vantagens :
Absorção mais rápida que no tecido subcutâneo (maior vascularização).
Tolera doses maiores
Não irrita mucosa gástrica.
Desvantagens:
Risco de lesar vasos sanguíneos e nervos
Risco de contaminação, infecção (abscessos, nódulos, endurecimento da
região e celulites).
Doloroso (+ inervação)
DETERMINAÇÃO DO LOCAL DE APLICAÇÃO
Quantidade e característica da medicação a ser injetada
- Quantidade e condição geral da massa muscular
- Frequencia ou número de injeções a serem administradas
- Tipo de medicação
- Capacidade da criança ficar na posição necessária
Em geral, cerca de 1 ml é volume máximo que deve ser
administrado em um único local em crianças de pequeno porte e
lactentes.
Local
Idade
Compr.
agulha
Vasto lateral Lactente
15
Toddler
15-25
Pré-escolar 25
Escolar
25
Deltóide
Lactente
Toddler
15-25
Pré-escolar
Escolar
Dorsoglúteo Lactente
Toddler
Pré-escolar
Escolar
13-40
Ventroglúteo Lactente
15
Toddler
15-25
Pré-escolar 25
Escolar
25-40
Vol
Observação
0,5
0,5-1,0
1,0
1,5-2,0
< 7 meses
Fácil acesso
Seguro
Doloroso
> 5 anos
Não soluções irritantes
Absorção + rápida
Risco de lesão do radial
Maior volume
Risco de lesão do
isquiático e artéria
glútea superior
> 7 meses
Seguro
Pouco tec. SC, fácil de
ser IM
0,5
0,5
0,5-1,0
1,5-2,0
0,5
1,0
1,5
1,5-2,0
IM
FACE EXTERNA/VASTOLATERAL

Localização: terço médio entre o trocânter maior e a articulação
do joelho

Inserção da agulha: ângulo de 90º ou 45º em direção ao joelho
(lactentes).

Calibre: 22 a 25 mm

Vantagens:
- Músculo grande: 0,5 ml (lactentes) a 2,0 (criança)
- Ausência de nervos e vasos importantes
- Fácil acesso

Desvantagens:
- Trombose da artéria femoral decorrente da injeção na área mediana da
coxa
- Local é mais doloroso.
IM - DELTÓIDE

Localização: terço superior do músculo. Duas polpas digitais
abaixo do acrômio

Inserção da agulha: ângulo de 90º

Calibre: 22 a 25 mm

Vantagens:
- Absorção + rápida que no glúteo
- Fácil acesso
- Menos dor que o vasto lateral

Desvantagens:
- Massa muscular: 0,5 ml (lactentes) a 1,0 (criança)
- Margem de segurança pequena (risco de lesão do nervo radial e axilar)
IM - DORSOGLÚTEO

Localização: desenhar uma linha imaginária entre o trocânter
maior e a espinha ilíaca póstero-superior. Admininstrar lateral e superior
à linha (glúteo máximo)

Inserção da agulha: ângulo de 90º

Calibre: 20 a 25 mm

Vantagens:
- Massa muscular maior em crianças maiores (até 2 ml)
- Criança não ver agulha e seringa
- Fácil acesso

Desvantagens:
- Não administrar em crianças que não deambulam (< 1 ano)
- Risco de atingir grandes vasos sanguíneos e o nervo ciático
- Tecido adiposo subcutâneo espesso
- Criança recusa expor o glúteo
IM – VENTRO-GLÚTEA

Localização: Colocar a palma da mão sobre o trocânter maior, o
dedo indicador sobre a espinha ilíaca antero-superior e o dedo médio na
crista ilíaca posterior (mais distante possível). Injetar no V formado
pelos dedos

Inserção da agulha: ângulo de 90º

Calibre: 22 a 25 mm

Vantagens:
- Ausência de nervos e vasos importantes
- Fácil identificação pelas proeminências ósseas
- Massa muscular: 0,5 ml (lactentes) a 2,0 (criança)
- Menos doloroso que o vasto lateral

Desvantagens:
-Profissionais de saúde pouco familiarizados com a região
PROCEDIMENTO
- Conferir prescrição
- Lavar as mãos
- Verificar dose do medicamento, tamanho da seringa, agulha, músculo
- Usar seringa de 1ml (doses < 0,5 ml)
- Usar luvas
- Administrar conferindo as cinco certezas
- Usar técnica asséptica (Limpar com álcool e deixar secar)
- Introduzir a agulha, aspirar e verificar ausência de sangue
- Administrar lentamente
- Retirar agulha e fazer uma pressão sobre o local com algodão seco
- Retirar luvas e lavar mãos
- Confortar criança
- Avaliar reações adversas
Obs.: Evitar locais com paralisia, edema, hiperemia, abscesso e
fístula arteriovenosa.
ACESSO PERIFÉRICO

Discernimento na seleção da veia.

Destreza e habilidade manual.

Material de boa qualidade.

Vigilância constante.
CRITÉRIOS PARA REALIZAR ACESSO VENOSO
PERIFÉRICO
1. Administração por pessoal realmente habilitado;
2. Acomodação do cliente e profissional em posição confortável;
3. Não ter pressa, inspecionar e selecionar com segurança o melhor local
para a punção;
4. Selecionar o local da punção no sentido da extremidade para a raiz do
membro;
5. Evitar, se possível, articulações;
6. Puncionar a veia com dispositivo de calibre adequado ao vaso, à
característica da droga a ser infundida e à velocidade de fluxo desejado;
7.Caso não obtenha sucesso na primeira punção, selecionar membro
contralateral, se possível, ou fazer segunda punção em veia lateral;
8.Não puncionar a mesma veia em um ponto abaixo à punção anterior
para evitar extravasamento acima;
9. Introduzir com segurança o cateter; evitar punções incompletas;
10. Fixar o dispositivo, preferencialmente, com adesivo tipo Micropore,
estreito, em pequena quantidade;
11. Nunca puncionar uma veia com o medicamento no interior do
sistema;
VIA INTRAVENOSA

Características:
Via mais usada e segura, em relação a níveis séricos e de absorção.



Cuidados de enfermagem:
Rigorosa habilidade técnica,
Cuidados especiais na administração
CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA VEIA
Localização
Condição da veia e histórico do uso
Tamanho da veia e sitio de inserção
Comprimento da veia
Facilidade de acesso
Pele
Conforto
Veias mais usadas em neonatos e lactentes jovens.
Superficiais
Preferidas para cateter de longa permanecia
• Basílica
• Cefálica
posterior
• Auricular
Temporal
•
externa*
• Jugular
Safena
magna
• Safena inferior
•
Profundas
Maiores riscos por estarem
acompanhadas de artérias e nervos.
Dificuldade na visualização: utilizar
aplicação de calor e torniquetes além
um ultra-som portátil
•Axilar*
•Femoral*
•Poplítea
* Só podem ser puncionadas por pessoas experimentes
Apresentam-se a seguir, no Quadro 3.4, as principais veias da cabeça, do dorso mão, braço,
pernas e pés, utilizadas na TIV.
Seleção do local da inserção nas veias superficiais do braço
Veia
Origem e características
Veias da cabeça - Fig 3.3
Temporal - Permite fácil acesso à
circulação central
- Atravessa o arco zigomático
e une-se a veia
retromandibular.
Auricular - Atravessa o couro cabeludo
posterior atrás da orelha, ligando-se à
veia retromandibular abaixo
da glândula parótida.
- Continua descendo até
desembocar na veia jugular
externa.
Recomendações para a prática
- Melhor visualizada acima do osso
temporal, frente à orelha.
- Pode-se palpar a artéria temporal
adjacente a ela
- Se houver dificuldade, uma tração leve na
pele pode ajudar na progressão do cateter.
- Geralmente é uma veia grande.
- Se houver dificuldade na progressão do
cateter a pele poderá ser retirada
gentilmente.
- A presença de cabelo pode dificultar a
punção.
Veia
Origem e características
Recomendações para a
prática
Digital
- Porções laterais e dorsais
dos dedos.
- Usar apenas soluções
isotônicas, sem aditivos
devido ao risco de
infiltração.
- Dorso da mão, formado pela
união das veias entre as
articulações.
- Normalmente de fácil
visualização.
- Evitar infusão de
antibióticos, cloreto
de potássio ou agentes
quimioterápicos.
Veia
Origem e características
Recomendações para a prática
Basílica
- Origina-se no lado ulnar ou
medial do antebraço e
ascende à superfície posterior
do
braço. Antes de alcançar o
cotovelo, passa pela frente do
braço até chegar à área
antecubital, onde junta-se à
veia antecubital média.
- Possui 4 ou 8 válvulas e é a
maior veia da região
antecubital. - Une-se a veia
braquial formando a veia
axilar próxima à axila.
- Se não pode ser visualizada, realizar fricção
na dobra antecubital. A artéria braquial é
medial ao tendão, com a veia basílica
residindo próxima a ela.
- É a primeira escolha para cateter de longa
permanência.
- Fácil de palpar, porém fácil de moverse,
estabiliza-se com a tração durante a punção.
- Acima da área antecubital, na porção média
do braço, penetra na fáscia profunda e é difícil
à palpação e conseqüentemente o acesso.
- Origina-se na porção
radial ou lateral do
antebraço, próximo ao
polegar.
- Ascende pela lateral
do braço e une-se à
cefálica
mediana
abaixo
da
fossa
antecubital
- Menor do que a basílica
e tortuosa quando
ascende à parte superior
do braço
- Há uma válvula presente
na junção com a veia axilar,
totalizando 6 a 10 válvulas.
- Usar inicialmente na região mais distal e em
terapia de longa duração.
- Útil para a infusão de hemocomponentes e
soluções irritantes. - Há rigidez na junção com
a cefálica acessória, sendo o ponto menos
desejável para inserção do cateter.
- Acima da fossa antecubital, canais linfáticos e
gânglios envolvem a cefálica, fazendo desta
uma área de risco.
- Próximo ao ombro, associa-se à veia axilar
num ângulo de 90° abaixo da clavícula. Este
percurso torna a passagem do cateter difícil ou
impossível. Para superar esta dificuldade deve-se
abduzir ou aduzir o braço, ou ainda elevar o
ombro.
Veias da mão
Metacarpo dorsal
Veias do braço
Cefálica
II
Veia
Origem e características
Recomendações para a prática
Veias do braço
,
Cubital
mediana
- Ascende ao longo da
superfície anterior do braço;
- Permite comunicação
entre a basílica e a cefálica.
- O cateter pode ser inserido por esta veia
e introduzido até o vaso principal,
caracterizando-se como um bom local
para TIV.
- Freqüentemente é promeniente na fossa
antecubital e é usada para obter amostra
de sangue por venopunção.
Axilar - Grande veia que forma uma
ligação direta à veia
subclávia.
- Encontra-se na porção
medial da artéria axilar.
- Há apenas uma válvula que
necessita ser transpassada,
antes de entrar na subclávia.
- O grande calibre desta veia permite a
inserção de um cateter largo especialmente
em crianças com menos de 800 gramas,
onde a veia antecubital pode não ter
suficiente calibre pra aceitar um introdutor
de 18 a 20 G.
- Melhor visualizada se abduzir o braço e
colocar a mão de baixo da cabeça.
- Em crianças maiores é mais difícil de
visualizar devido ao aumento da gordura
subcutânea.
- Pode ser visualizada na axila e a artéria
axilar pode ser palpada antes da punção.
- Pode se colocar o dedo ou um swab
estéril na porção proximal da veia para
distender a pele.
- Quando puncionar esta veia utilize um
ângulo superficial, para evitar a
cateterização arterial.
- Pode haver grande sangramento.
- Manter o cateter com um curativo pode
ser mais difícil devido aos movimentos mais
freqüentes do braço.
Veias das pernas e pés
Safena - Mais longa veia do corpo
magna - Possui de 7 a 15 válvulas
- Ascende pelo lado medial da
perna e penetra nos tecidos
profundos antes de se ligar a
veia femoral, 3cm abaixo do
ligamento ingüinal.
Melhor visualizada no lado medial do
tornozelo
Veia
Origem e características
Recomendações para a prática
Veias das pernas e pés
Safena
inferior
- Origina-se na face lateral
do pé.
- Ascende lateralmente pela
perna, cruzando em sua
metade posterior.
- Contem de 9 a 12 válvulas
- Veia de diâmetro curto e tortuosa.
- O posicionamento da criança para
puncionar esta veia, é complicado, devendo esta permanecer deitada lateralmente
durante o procedimento.
- Outras veias devem ser consideradas
antes.
Arco
dorsal
do pé
- Dorso do pé, formado pela
união das veias entre as articu
lações.
- Fácil visualização, especialmente em
neonatos, devido ao pouco tecido adiposo.
- Considera a diminuição da atividade da
marcha
- Limita o uso pra cateteres de menor calibre
*
As veias da região cefálica, não devem ser a primeira escolha para a TIV, em bebês e
crianças. Na impossibilidade de outro acesso, essas podem ser utilizadas até por volta de 18
meses. Na prática observa-se seu uso até os dois anos.
Frontal
Figura - 3.3 - Veias da cabeça
Auricular posterior
Temporal
Veia basílica
Figura - 3.4 - Veias da mão
Veias metacarpos
Arco venoso
dorsal
Veia
cefálica
Veia mediana do antebraço
Veia basílica
Veia cubital
mediana
Figura - 3.6 - Veias do pé
Veia
safena
magna
Plexo
dorsal
A pele versus fixação de cateteres
No bojo desta discussão não podemos deixar de comentar a importância que as fitas utilizadas nos
curativos para fixação dos cateteres venosos periféricos assumem na prática da TIV. É
recomendável que estas sejam:
1 - Hipoalergênicas - para não causarem irritação;
2 - Porosas - para permitirem a pele respirar livremente;
3 - Aplicação e remoção devem ser fáceis, - para possibilitar a observação do local de inserção do
cateter e detecção precoce de complicações locais6,
4 - Fáceis de serem manuseadas, inclusive com luvas e esteticamente harmoniosas.
Classificação dos tipos de erros de medicação - American Society of HealthSystem Pharmacists (ASHP)
1. Erros de prescrição: seleção incorreta do medicamento (baseada na indicação. contraindicação, alergias conhecidas, existência de certas terapias medicamentos as e outros fatores);
dose, velocidade de infusão e instruções de uso inadequadas feitas pelo médico; prescrição
ilegível que possa induzir ao erro
2. Erros de omissão: não administração de uma dose prescrita para o paciente. Não se
caracteriza como erro, quando o paciente recusa a medicação ou se houver uma contraindicação reconhecida. Situações de omissão da dose podem ser exemplificadas nos casos em
que o paciente está fora da unidade para exames ou se o medicamento não estiver disponível,
porém, a razão deve ser documentada apropriadamente no prontuário.
3. Erros de horário: administração de medicamento fora do intervalo de tempo pré-definido no
prontuário do paciente. O intervalo de tempo deve ser estabelecido, de acordo com as normas
de cada unidade ou instituição.
4. Erros de administração de uma medicação não autorizada: administração de medicamento
não autorizada pelo médico responsável pelo paciente. Pode ser exemplificado por: dar o
medicamento errado; dar uma dose a um paciente errado; dar um medicamento não prescrito;
dar uma dose fora das sugeridas pelos protocolos clínicos e guias de conduta.
5. Erros de dose: administração de uma dose maior ou menor que a prescrita ou administração
de doses duplicadas ao paciente. Neste caso, devem ser excluídas as situações em que a
administração está atrelada a padrões convencionalmente estabelecidos, em que a determinação
da dosagem está relacionada à resposta do organismo (exemplo: administração de antitérmicos
ou antipiréticos, conforme a temperatura corpórea ou insulina em função da glicemia), ou casos
como prescrição de formas tópicas, que não são expressas quantitativamente.
6. Erros de apresentação: administração de um medicamento a um paciente em apresentação
diferente da prescrita pelo médico. Exceções devem ser feitas aos protocolos institucionais
regulamentados (estabelecidos por comissões de farmácia e terapêutica) que autorizam o
profissional farmacêutico a dispensar apresentações alternativas para pacientes com
necessidades especiais (por exemplo: formulações líquidas para pacientes com sondas
nasogástricas ou que tenham dificuldade de deglutição ).
7. Erros de preparo: medicamento incorretamente formulado ou manipulado antes da
administração. Exemplos deste tipo de erro incluem: reconstituição ou diluição incorreta, mistura
de medicamento física ou quimicamente incompatíveis e embalagem inadequada do produto.
8. Erros da técnica de administração: uso de procedimentos inapropriados ou técnicas
inadequadas na administração da medicação. Neste tipo de classificação, são incluídas as
medicações administradas por via errada (quando diferente da via prescrita); via correta, porém,
em local errado (por exemplo: olho esquerdo em vez do olho direito) e velocidade de infusão
incorreta.
9. Erros com medicamentos deteriorados: administração de medicamento com data de validade
expirada ou quando a integridade física ou química está comprometida.
10. Erro de monitoramento: falha em rever um esquema prescrito para a devida adequação ou
detecção de problemas, ou falha em usar apropriadamente dados clínicos, ou laboratoriais para
avaliar a resposta do paciente à terapia prescrita.
11. Erros em razão da adesão do paciente: comportamento inadequado do paciente e de sua
participação na proposta terapêutica.
12. Outros erros de medicação: quaisquer outros não enquadrados acima.
Estratégias de prevenção de erros de medicação
No senso comum, prevenção significa antecipar uma decisão sobre uma situação de
risco, porém na área de saúde, este conceito deve ser ampliado, significando antecipar,
interromper, evitar ou impedir que algo aconteça. É com esta visão que as estratégias de
prevenção de erros de medicação devem ser construídas.
De forma didática, pode-se dividir essas estratégias em prevenção primária, quando é
dirigida ao conjunto de medidas gerais para reduzir a incidência de erros; prevenção
secundária, quando envolve a identificação precoce de situação de risco, na
administração da droga e prevenção terciária que objetiva reduzir as conseqüências
nocivas ou não dos erros, capacitando o profissional, por meio de educação permanente,
para desenvolver programas que tenham em sua estrutura a avaliação dos eventos,
análise e divulgação dos dados.
V árias estratégias podem ser desenvolvidas para prevenir os erros ou reduzir sua
freqüência. Apresentamos algumas recomendações adaptadas de outros autores e
distribuídas segundo a classificação em nível primário, secundário e terciário (Quadro
2.3), para prevenir erros com medicação 13-18.
Prevenção de erros de medicação em nível primário, secundário e terciário
Primária
- Conhecer a terapêutica atual do paciente, identificar a possibilidade de alergias,
incompatibilidade e interações de drogas.
- Imprimir as prescrições, se o médico possui letra de difícil compreensão.
- Utilizar o nome genérico (não comercial) das drogas.
- Estabelecer na instituição recomendações para que se evitem prescrições com
Abreviaturas, prefira unidades por extenso (ex.: microgramas ou unidades ao invés
de rng ou U);
- Evitar à administração de medicação feita por ordens verbais. Caso haja
necessidade de utilizá-la, atenção para erros comuns de palavras (ex.: seis versus
dezesseis);
- Evitar a utilização de zero terminal à direita do número decimal (ex.: use 15 ao
invés de 15.0).
- Utilizar zero à esquerda da dosagem quando esta for menor do que 1 (ex.: use
0.1 ao invés de .1).
- Reduzir os tipos de bombas de infusão na unidade, para facilitar manipulação do
equipamento.
- Estabelecer fluxo de ordens para suspender imediatamente determinada
prescrição, caso esta não seja mais necessária.
-Remover do estoque, drogas que sejam consideradas "perigosas".
- Dispor de ambiente calmo com pouco barulho para realização de prescrições
Secundária
- Seguir os cincos "certos"; ler o rótulo do medicamento três vezes; esclarecer
dúvidas acerca da dosagem antes de prepará-los; identificar o medicamento
preparado com nome do paciente, enfermaria / leito, nome do medicamento e via
de administração.
- Atenção para "sons parecidos" e "visões parecidas" (ex.: prednisona versus
prednisolona).
- Checar duplamente os cálculos das prescrições
- Assegurar que o farmacêutico verifique a dose antes da primeira administração.
- Usar pulseira de identificação do paciente e do leito.
- Observar as prescrições de soluções, assegurar-se de que os componentes (aditivos) são
identificados por litro e checar cálculo das taxas de infusão, anotado-as por hora.
- Checar o peso da criança diariamente, antes do horário da prescrição, se possível também em
situação de urgência.
- Utilizar no setor somente uma concentração de drogas e que as dosagens de cada medicação
sejam identificadas.
- Prover local sem barulho para prescrição e preparo de medicação.
- Não abreviar sob nenhuma hipótese o nome das drogas, exceto quando houver
aprovação da instituição.
- Lembrar o preparo de pacientes para exames ou jejum que possam interferir na
administração do medicamento.
Terciária
- Avaliar e investigar as causas de erros para que novos erros não aconteçam.
- Incentivar novos estudos sobre os erros de medicação e registro voluntário dos erros.
- Desenvolver e implementar um sistema efetivo de registro de erros de medicação.
- Automatizar o sistema por meio do uso de código de barras no processo de distribuição de medicamentos.
- Assegurar à equipe de enfermagem informações atualizadas sobre aspectos iatrogênicos e suas implicações
quanto aos aspectos éticos e legais.
- Assegurar melhor comunicação entre os membros da equipe multiprofissional.
- Realizar efetivo programa de educação permanente sobre o uso de novos medicamentos, treinamentos
periódicos centralizados nos princípios gerais da administração de medicamentos.
Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem
Departamento de Enfermagem
Disciplina: Enfermagem no Processo do Cuidar da Criança II
Professora: Francisca Elisângela Teixeira Lima
COLETA DE AMOSTRAS PARA EXAMES LABORATORIAIS
COLETA DE SANGUE
o INSTRUÇÕES GERAIS
o As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da manhã.
o Convém que a criança ao chegar ao laboratório seja acalmada e que
descanse por alguns minutos.
o O PROBLEMA DA HEMÓLISE
o A ruptura de hemácias libera hemoglobina e altera os resultados de alguns
exames.
o A ruptura de uma pequena quantidade de hemácias é praticamente
inevitável e não causa hemólise visível.
o Alguns cuidados:
o Após a anti-sepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o
anti-séptico.
o Usar o garrote o menor tempo possível.
o Não mover a agulha durante a coleta.
o FORMAS DE COLETA:
o Agulha e seringa estéreis e descartáveis.
o Lanceta estéril e descartável.
o Coleta a vácuo.
o Obtenção de sangue:
o Punção Venosa
o Punção Arterial
o Punção Capilar
PUNÇÃO VENOSA SUPERFICIAL
- Indicações
• Coleta de amostras sanguíneas para análise laboratórial
• Infusão de medicação
- Contra-indicações
• Sinais de infecção no local da punção
• Distúrbios hemorrágicos: não se deve puncionar as veias profundas
• Não se recomenda a punção das veias femoral e jugular interna e externa para a coleta
de amostra de sangue e nem para a instalação rotineira de venóclise.
• Procurar evitar a punção de veias cefálicas em recém-nascidos com patologias do
SNC.
MATERIAL
• Luvas de procedimento
• Garrote para aplicação do torniquete
• Escalpes número 23G e 25G
• Agulhas: 20X5,5 e 13X4,5 (insulina)
• Seringas de 3,5 e 10ml
• Álcool a 70% e clorexidina alcóolica a 0,5%
• Gaze e algodão
• Tubos para coleta de exames
• Fita adesiva
• Etiquetas (identificar os tubos)
COLETA DE SANGUE
o ANTICOAGULANTES
o Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usamse anticoagulantes.
o Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a
formação da protrombina ou da trombina.
o Os mais usados são:
o EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações bioquímicas e
hematológicas
o Heparina – provas bioquímicas
o Oxalatos – provas de coagulação
o Citratos – provas de coagulação
o Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas
Tubos com vácuo:
VERMELHO
o Sem anticoagulante.
o Obtenção de soro para bioquímica e sorologia.
o Exemplo de testes:
 Creatinina
 Glicose
 Uréia
 Colesterol
 Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.
ROXO
o Com anticoagulante EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético)
sódico ou potássico
o EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação
o Obtém-se assim o sangue total para hematologia
o Testes:
 Eritrograma
 Leucograma
 Plaquetas
VERDE
o Paredes internas revestidas com heparina.
o Produção de uma amostra de sangue total.
o Estabilização por até 48 horas.
o Testes bioquímicos.
AZUL
o Contém citrato de sódio
o Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação:
o Tempo de Coagulação e Retração de Coágulo
o Tempo Parcial de Tromboplastina e Tempo de Protrombina
PRETO
o Os tubos para VHS
o Contêm solução tamponada de citrato trissódico
o Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de
sedimentação.
Velocidade de hemossedimentação (VHS) ou taxa de sedimentação de eritrócitos é
a taxa na qual os eritrócitos precipitam em um período de uma hora. É um teste comum
na hematologia usado para uma medida não-específica da inflamação.
AMARELO
o Tubos para tipagem sangüínea
o Com solução de ACD (ácido citrato dextrose)
o Utilizados para teste de tipagem sangüínea ou preservação celular
CINZA
o Tubos para glicemia
o Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões:
 EDTA e fluoreto de sódio
 oxalato de potássio e fluoreto de sódio
 heparina sódica e fluoreto de sódio
 heparina lítica e iodoacetato
o Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose
sanguínea
ROSA
o Tubos para provas de compatibilidade cruzada
o Duas versões:
 Com ativador de coágulo » Provas cruzadas com soro.
 Com EDTA » Testes com sangue total.
AZUL ROYAL
o Três versões:
 Sem aditivo
 Com heparina sódica
 Com ativador de coágulo
o Utilizados para testar traços de elementos metálicos, como: Cu, Zn, Pb,
etc.
TÉCNICA DA PUNÇÃO VENOSA SUPERFICIAL
- Seguir todos os cuidados para proteção universal contra infecções: luvas, óculos
etc.
- Colocar na boca da criança uma chupeta e/ou administrar 1 a 2 ml de solução
glicosada a 12,5% cerca de dois minutos antes do procedimento.
- Os locais para punção venosa periférica são em ordem preferencial o plexo
venoso dorsal das mãos ou dos pés e as veias superficiais do punho, fossa
antecubital, couro cabeludo e tornozelo.
- Técnica de punção do plexo venoso dorsal das mãos ou pés – método “pingapinga”.
- Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril, deixando na
própria embalagem estéril pronta para ser usada.
- Apreender a mão do RN, procurando manter as mãos fechadas e os punhos
flexionados.
- Colocar um garrote ao redor do braço da criança
- Visualizar o plexo venoso dorsal, em seguida realizar a anti-sepsia com álcool a
70%. Aguardar evaporação do álcool.
- Utilizar agulhas 20X5,5 (RN a termo) e 13X4,5 (RN pré-termo).
- Introduzir uma agulha com bisel voltado para baixo, procurando mantê-la
paralelamente à pele. Ao puncionar o vaso, o sangue deve fluir em gotas.
- Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão seco no local.
- Após a retirada da agulha, aplicar pressão sobre o vaso com uma gaze ou
algodão seco por cerca de três minutos ou até completar a hemostasia.
- Transferir o sangue coletado para os tubos com ou sem anticoagulantes, de
acordo com o exame solicitado, escorrendo lentamente o sangue, sem formar
espuma.
COMPLICAÇÕES
- Formação de hematomas nos locais da punção
- Laceração da artéria adjacente à veia
- Flebite e infecções de partes moles
- Fenômenos tromboembólicos hemorragias
CORDÃO UMBILICAL
o Imediatamente após o nascimento do bebê, o cordão umbilical é preso com
pinça e cortado.
o Para recolher o sangue do cordão, outra pinça é colocada a 20 ou 25
centímetros da primeira, a seção isolada é cortada e a amostra do sangue
coletada dentro de um tubo de amostra.
o O exame é realizado para avaliar:
o Gases sanguíneos
o pH do tecido fetal
o Nível respiratório
o Hemograma completo
o Bilirrubina
o Glicose
o Hemocultura (se houver suspeita de infecção)
o Armazenamento de células-tronco
PUNÇÃO ARTERIAL
o - Indicações
 Coleta de sangue arterial para avaliação gasométrica.
o - Contra-indicações
 Distúrbios graves de coagulação
 Sinais de comprometimento isquêmico da extremidade a ser
puncionada
 Sinais de infecção no local da punção
 Caso alguma artéria do membro em questão já tenha sido
cateterizada
 Não deve puncionar a artéria radial caso o teste de Allen seja
positivo
MATERIAL







Luvas de procedimento
Escalpes números 23G e 25G
Seringas de 1,0 ml para a coleta do sangue
Anestésicos tópicos: lidocaína 0,5% sem adrenalina
Álcool a 70% e clorexidina alcoolica a 0,5%
Gaze e algodão
Tubos com Heparina
TÉCNICA
• Seguir todos os cuidados para proteção universal contra infecções: luvas, óculos
etc.
• Colocar na boca da criança uma chupeta e/ou administrar 1 a 2 ml de solução
glicosada a 12,5% cerca de dois minutos antes do procedimento.
• Na escolha do local da punção, sempre dar preferência às artérias mais distais,
na seguinte ordem: artérias radial, temporal, pediosa e tibial posterior.
• A punção arterial radial deve ser a primeira opção, desde que a circulação
colateral através da artéria ulnar esteja intacta. (Teste de Allen)
• Conter a mão do RN entre o polegar e os dedos indicador e médio, tomando-se o
cuidado de não hiperestender o punho.
• Preparar e checar o sistema para a coleta da amostra sanguínea. Caso a amostra
se destine à avaliação gasométrica, tomar os seguintes cuidados:
– Heparinizar a seringa de 1 ml, desprezando o excesso de anticoagulante.
• Após a determinação do local a ser puncionado proceder à anestesia local com
lidocaína a 0,5% sem adrenalina, na dose de 5 mg/kg. A seguir realizar a antisepsia.
• Introduzir o escalpe número 25 com bisel voltado para cima, com uma inclinação
de cerca de 45º em relação à pele direcionando-o para o interior da artéria contra
o fluxo sanguíneo.
• Após a punção da artéria, o sangue deve fluir espontaneamente (2 ml). Pode-se
aplicar uma leve pressão para aspirar o sangue.
• Após a retirada da agulha, comprimir o local com gaze ou algodão seco, durante
cinco minutos ou até que a hemostasia se complete.
• Retirar o ar da seringa e vedá-la com borracha. Agitar a amostra.
• Imediatamente colocar a amostra imersa em gelo.
• Após o término do procedimento, deve-se avaliar o pulso arterial, o enchimento
capilar, a cor e a temperatura da extremidade.
FATORES QUE AFETAM OS RESULTADOS
- Transportar a amostra para o laboratório, a fim de processá-la dentro de 15
minutos.
- A não expulsão do ar da seringa de gasometria resultará em falsa elevação da
PaO2 ou falsa redução da PaCO2;
- A não imersão da amostra em gelo pode resultar em redução do pH e da PaO2;
- A não expulsão da heparina da seringa antes da coleta da amostra pode resultar
em redução do pH, PaCO2 e PaO2.
COMPLICAÇÕES
- Hemorragia e hematomas locais
- Isquemia da região distal a ponto de punção por vasoespasmo ou compressão externa
por hematoma e trombose
- Fenômenos tromboembólicos
- Infecção local e osteomielite
- Lesão do nervo adjacente à artéria.
PUNÇÃO CAPILAR
É uma mistura de sangue venoso e arterial, mas o sangramento é principalmente
arterial.
 O sangue capilar é obtido através da pele.
 Especialmente em pacientes pediátricos.
 Punção da pele:
Superfície póstero-lateral do calcanhar, em crianças até 1 ano de idade.
Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão.
Lóbulo da orelha.
– Indicações
• Utiliza-se essa técnica para análise de glicemia, hematócrito, gasometria e teste de
triagem para erro inato do metabolismo.
– Contra-indicações
• Infecção (abscesso, celulite etc) no calcâneo ou em região adjacente
• Edema local
• Instabilidade cardiovascular grave (choque)
• Distúrbios hemorrágicos
• Comprometimento do fluxo sanguíneo das extremidades (vasoespasmo, trombose,
etc).
MATERIAL






Luvas de procedimento
Cuba com água morna
Algodão e/ou gaze
Álcool a 70% ou clorexidina alcóolica a 0,5%
Lanceta para punção capilar ou agulhas 13X4,5 (insulina)
Recipiente para a coleta de material: tubo capilar, fita de glicemia
TÉCNICA
- Seguir todos os cuidados para a proteção universal contra infecções: luvas,
óculos, etc
- Colocar na boca da criança uma chupeta e/ou administrar 1 a 2 ml de solução
glicosada a 12,5% cerca de 2 min antes do procedimento.
- O local da punção deve ser a face lateral ou medial do calcâneo. Não puncionar o
terço médio.
- Aquecer o calcâneo por cerca de cinco minutos, utilizando-se de um recipiente
(cuba) com água a temperatura de 40º ou compressas mornas, a fim de dilatar os
vasos locais.
- Apreender a parte posterior do pé entre os dedos polegar e indicador, de modo a
formar um círculo envolvendo o calcâneo.
- Realizar antissepsia do local a ser puncionado com álcool a 70% ou clorexidina
alcóolica a 0,5%.
- Com a lanceta ou agulha de insulina, puncionar perpendicularmente na região
pré-determinada, não excedendo 2,5 mm de profundidade.
- O bombeamento delicado do calcanhar pode auxiliar na coleta da amostra.
- Sempre que possível desprezar a primeira gota, por causa da contaminação com
os fluidos teciduais.
- Após o término da coleta, pressionar o local da punção com gaze seca e elevar o
pé para cima.
COMPLICAÇÕES
Processos infecciosos locais, como celulite, osteomielite de calcâneo (decorrente da
penetração da lanceta no calcâneo) e abscessos.
Calcificações locais.
AMOSTRA DE URINA
COLETA EM CRIANÇAS / LACTENTES
 Crianças muito jovens e neonatos » Coletor auto-aderente hipoalergênico
 Recomendações:
Identificar o coletor auto-aderente
Abrir as pernas da criança
Certificar que a região púbica e perineal estão limpas, secas e isentas de muco.
Meninas: colocar o adesivo na pele em volta dos genitais externos, de maneira
que a vagina e o reto fiquem isolados e evitando a contaminação. Após 30
minutos retirar o coletor, mesmo sem a emissão de urina.
Meninos: colocar o coletor auto-aderente de maneira que o pênis fique em seu
interior. Após 30 min. retirar o coletor, mesmo sem a emissão de urina.
A urina obtida de fraldas descartáveis pode ser examinada para glicose, cetonas,
proteína, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrato, potássio, creatinina e uréia.
AMOSTRA DE URINA (Jato médio)
- É a amostra de urina coletada para cultura após o meato uretral ter sido limpo e
os primeiros mililitros terem sido desprezados.
TÉCNICA
- Limpar o períneo ou a extremidade de pênis com uma gaze estéril embebida em
antisséptico (2 X).
- Deixar criança desprezar o jato inicial e o jato final, coletar o jato médio.
- Esvaziar totalmente a bexiga (marcar o horário);
- A partir daí, coletar rigorosamente todas as outras amostras de urina,
integralmente, (inclusive a noite) até o horário em que foi desprezada a urina do
dia anterior (completando assim 24 horas ), sem perder material, coletar todo
volume;
- As amostras deverão ser armazenadas no mesmo recipiente, se um não for
suficiente, utilize outro;
- Caso perca alguma amostra da urina, desprezar o material já coletado e iniciar
a coleta novamente;
- É indispensável que sejam coletadas todas as amostras, o volume é fundamental
para a realização do exame.
Obs: - Um cateter de demora pode ser usado durante o período de coleta.
- Durante toda coleta conservar a urina em geladeira.
FATORES QUE AFETAM OS RESULTADOS
 Amostras da 1ª urina da manhã fornecem o reflexo mais preciso da presença de
bactérias e de elementos formados, tais como cilindros e cristais.
 Um retardo no exame após a coleta pode causar valores falsamente reduzidos
de glicose, cetona, bilirrubina e urobilinogêno.
 Amostras coletadas, mantidas à temperatura ambiente e tardiamente entregues
ao laboratório, podem causar valores falsamente elevados de bactérias, em virtude
de seu supercrescimento.
 Retardos também perturbam a nitidez microscópica, em virtude da dissolução
de uratos e fosfatos.
PUNÇÃO VESICAL OU SUPRABÚBICA
o Indicações
 Coleta de urina para análise: urina tipo I e cultura.
 Punção de alívio, nos casos de bexigoma.
o Conta-indicações
 Infecção local
 Distúrbios hemorrágicos graves, como CIVD
 Distensão de alças intestinais
 Hepatoesplenomegalia acentuada
 Anomalias geniturinárias que aumentam as estruturas pélvicas,
como cistos de ovários.
MATERIAL
• Luvas cirúrgicas estéreis
• Escalpe número 23G ou agulha 25X6
• Seringa de 5ml
• Clorexidina alcóolica 0,5%
• Anestésico tópico: EMLA
• Recipientes para coleta de urina
• Seguir todos os cuidados para proteção universal contra infecções: luvas, óculos
etc.
• Manter o RN na posição supina, com os membros inferiores cruzados.
• Manobras para evitar o reflexo da micção:
– Menina: introduzir o dedo mínimo no ânus e aplicar uma pressão na parede
anterior;
– Menino: pinçar delicadamente a base do pênis com os dedos indicador e polegar.
• Assegurar que a bexiga esteja repleta de urina, através da palpação abdominal e
da observação da última micção (min 1 hora).
• A punção deve ser realizada na linha média cerca de 1cm acima da borda
superior da sínfise púbica.
• Realizar a anestesia local, tópica – EMLA.
• Realizar a antissepsia da parede abdominal com clorexidina alcoólica a 0,5%.
• Introduzir agulha ou escalpe conectado à seringa de 5ml, no local
predeterminado, perpendicularmente à pele. Avançar cerca de 2 a 3 cm, mantendo
uma leve pressão negativa. Se não houver saída da urina, retirar a agulha e repetir
o procedimento após uma hora. Deve-se evitar manobras repetidas de
redirecionamento da agulha na tentativa de obter amostra da urina, por causa dos
riscos de lesão da bexiga.
• Após a retirada da agulha, aplicar uma pressão delicada com gaze estéril até que
nenhum líquido ou sangue saia pelo percurso da agulha.
– COMPLICAÇÕES
• Hematúria macro e microscópica
• Hematoma de parede abdominal ou da parede da bexiga
• Celulite ou abscesso de parede abdominal
• Osteomielite de ossos da púbis
• Perfuração de alças intestinais
 EXAME FÍSICO
o COR: As cores usadas para a descrição são: amarelo, amarelo claro,
amarelo escuro, avermelhado, marrom, esverdeado. Quando
vermelha há hematúria, ou também é observada quando da ingestão
de beterraba. A urina também pode apresentar-se verde pela ação
de medicamentos.

2. ASPECTO: Os três estados observados são: límpida; ligeiramente turva e
turva. Também podemos ter o aspecto sanguinolento.

3. DENSIDADE: Varia de 1,016 a 1,020 como valores normais. Diminuição
nesta densidade indica algum problema que não permite a concentração
desta urina e o aumento nesta densidade indica excretas a mais (como
glicose).
 EXAME QUÍMICO
 A maioria dos testes de triagem de urinálise são medidos por meio de uma "fita"
reagente. Existem vários tipos de fitas reagentes. Pesquisa de:
o Urobilinogênio
o Bilirrubina
o Corpos cetônicos
o Hemoglobina
o Glicose
o Sangue
o Proteínas
o pH
o Nitritos
 EXAME MICROSCÓPICO
 Avaliação do Sedimento Urinário
o Hemácias
o Leucócitos
o Células epiteliais
o Cilindros
o Microorganismos
o Cristais
o Gordura
AMOSTRA DE FEZES
Indicações: identificar parasitas e outros microorganismos que causam diarréia;
avaliar função gastrintestinal; e verificar a presença de sangue oculto
Exame de fezes - Parasitológico (coleta de uma amostra)
 Coletar as fezes sem contaminar com urina
 Crianças com controle de esfíncter devem urinar e depois defecar.em um
recipiente adequado.
 Coletar uma amostra do material (Fezes), colocar no recipiente e enviar ao
laboratório fechado e rotulado;
 As fezes devem ser coletadas no dia ou, no máximo, na noite anterior,
manter o material refrigerado até a entrega, caso não esteja em líquido
conservante.
Exame de fezes - Parasitológico MIFC (coleta de 3 amostras)
 Quando 3 (três) amostras são necessárias, os recipientes devem ser
marcados com data e hora, conservado em refrigerador. (uma amostra por
dia)
 Cuidado com o manuseio da amostra para evitar contaminação
TERMOS ÁCIDOS - BÁSICOS
PH= Potencial de H+ livre no sangue
ÁCIDO: Uma substância que pode ceder Íons de Hidrogênio, H+
BASE: Uma substância que pode aceitar Íons hidrogênio, H+.
H2O + CO2  H2CO3
(Ácido carbônico)

H+ + HCO3(Base)
VALORES NORMAIS DO EXAME LABORATORIAL DO ESTADO ÁCIDOBASE
PH = 7,35 - 7,45
PaCO2 = 35 - 45 mmHg
PaO2 = 80 - 100 mmHg
Excesso de base = +2 ou -2
HCO3- = 22 - 26 mEq/l
Saturação de oxigênio = 95 - 100%
INTERPRETAÇÃO DA GASOMETRIA
1. Determinar se o pH esta normal ou anormal.
pH < 7,35- Acidose
pH> 7,45- Alcalose
2. Determinar se a PaCO2 está normal ou anormal.
PaCO2 > 45- Hipoventilação- acidose respiratória
PaCO2 < 35- Hiperventilação- alcalose respiratória
3.Determinar se o HCO3 esta normal ou anormal.
HCO3 < 22mEq/L- Acidose metabólica
HCO3 > 26mEq/L- Alcalose metabólica
4. Verificar se ocorreu compensação.
- Quando PaCO2 e HCO3 estão anormais, um deles é o distúrbio ácido-básico
primário e o outro é o compensatório.
- Para decidir entre eles, verifique se o pH é alcalótico ou ácido.
- O distúrbio principal causa pH anormal.
5. Estados de compensação:
- pH normal- totalmente compensado;
- Alterações no pH, HCO3 e PaCO2- Compensação parcial;
- Alteração no pH e PaCO2 ou HCO3- Não compensação.
6. Avaliar a oxigenação:
Hipoxemia leve- PaO2- 60- 80mmHg;
Hipoxemia moderada- PaO2- 40-60 mmHg;
Hipoxemia grave- PaO2- < 40 mmHg
1) ACIDOSE RESPIRATÓRIA
1.1) CAUSAS
– Obstrução das vias aéreas
– Enfisema
– Bronquite
– Fármacos
– Asma
– Edema pulmonar
ALTERAÇÕES NO pH e PaCO2
pH < 7,35
PaCO2 > 45mmHg
HCO3: Apresenta-se normal ou anormal para compensar
2) ALCALOSE RESPIRATÓRIA
2.1) CAUSAS
– Hipóxia
– Pneumonia
– Ansiedade, histeria (síndrome da hiperventilação)
– Gravidez
– Dor
– Acidose metabólica
ALTERAÇÕES NO pH e PaCO2
pH > 7,45
PaCO2 < 35mmHg
HCO3: Apresenta-se normal ou anormal para compensar
3) ACIDOSE METABÓLICA
3.1) CAUSAS
– Excreção de ácidos diminuída pelos rins
– Cetoacidose diabética
– Metabolismo anaeróbio dos carboidratos
– Diarréia
ALTERAÇÕES NO pH e HCO3
pH < 7,35
HCO3 < 22 mEq/L
PaCO2- Apresenta-se normal ou anormal para compensar
4) ALCALOSE METABÓLICA
4.1) CAUSAS
– Diuréticos de alça
– Hipertensão renovascular
– Altas concentrações endovenosas de bicarbonato
– Insuficiência respiratória
– Transfusão sangüínea (oito bolsas de sangue)
ALTERAÇÕES NO pH e HCO3
pH >7,45
HCO3 > 26 mEq/L
PaCO2- Apresenta-se normal ou anormal para compensar
CAUSAS E CORREÇÕES DOS DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS
Distúrbio
Causa
Correção
Acidose
respiratória
 PaCO2 por hipoventilação
Desobstrução das vias aéreas, VM
Alcalose
respiratória
 PaCO2 por hiperventilação
Ajuste do ventilador mecânico,
diminuindo o volume minuto, sedação
Acidose
metabólica
 HCO3
Alcalose
metabólica
 HCO3
Tratamento da causa básica,
administração de bicarbonato,
hiperventilação.
Tratamento da causa básica,
hipoventilação.
Estudem pelos livros da referencia do plano de ensino da disciplina...Bons estudos!!!
Profa. Elisângela Lima
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