Tufões, como o Haiyan, podem ter velocidades superiores a 251 km/h

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Tufões, como o Haiyan, podem ter velocidades
superiores a 251 km/h
Tufão, furacão e ciclone são o mesmo fenômeno, explicam meteorologistas.
Tempestade Haiyan se formou no Pacífico e atingiu as Filipinas.
Imagem de satélite da Nasa mostra a formação do tufão Haiyan antes de tocar o solo nas Filipinas
(Foto: Nasa / Via AFP Photo)
O tufão Haiyan, que se formou na região do Pacífico ocidental e que atingiu as
Filipinas nesta sexta-feira (8), já causou a morte de ao menos três pessoas e
obrigou a retirada de mais de 120 mil de suas casas na área central do país.
De acordo com o governo filipino, que o batizou de Yolanda, já é uma das maiores
tempestades que atingiu o país e meteorologistas norte-americanos alegam que a
força dos ventos converte Haiyan, de categoria 5, a mais alta, num fenômeno pode
ser um dos mais violentos registrados no mundo e o mais potente a tocar a terra
em toda a história.
Até esta sexta, Haiyan se encontrava sobre a Ilha de Samar, 600 km a sudeste de
Manila e havia atingido o solo das Filipinas nesta madrugada, hora local, com
rajadas de 275 km/h.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em
inglês), órgão americano responsável pelos mares e pela atmosfera, um tufão é o
mesmo tipo de perturbação meteorológica que um furacão e um ciclone.
A diferença está apenas no nome recebido em determinada região. As tempestades
que ocorrem na área do Pacífico ocidental (que banha parte da Ásia), recebem o
nome de tufão.
No Oceano Atlântico Norte, Mar do Caribe, Golfo do México (costa dos Estados
Unidos, México e América Central) e Norte Oriental do Pacífico, a perturbação é
batizada de furacão. Já na região do Oceano Índico e no Pacífico Sul (onde estão
Austrália e Nova Zelândia), a tempestade ganha o nome de ciclone.
Mas como um tufão se forma?
O fenômeno climático é resultado da combinação de alta temperatura na superfície
do oceano, em decorrência da radiação solar, grande quantidade de chuvas e
queda da pressão do ar.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse sistema costuma se
formar em áreas próximas à Linha do Equador e a temperatura do mar nesses
casos tem que estar, em média 2º C a 3º C acima do normal.
O aumento do processo de evaporação da água na superfície do mar forma nuvens
de chuva e provoca uma queda da pressão atmosférica na superfície do mar. Isso
provoca mais evaporação e chuvas, além de ventos que se intensificam e começam
a se movimentar no oceano (em espiral), podendo atingir o continente.
O processo de giro do furacão está associado à rotação da Terra, e seu surgimento
é descrito por um processo conhecido como efeito Coriolis. É esse efeito também o
responsável por estabelecer a trajetória do furacão, uma vez que ele surge sobre o
oceano.
Velocidade
Assim como os furacões e ciclones, os tufões se dividem em cinco categorias de
força pela escala Saffir-Simpson. Fenômenos classificados na categoria 1 têm
ventos de até 152 km/h. Tempestades com ventos entre 153 km/h e 176 km/h
estão na categoria 2.
Tempestades com ventos entre 177 km/h e 207 km/h são classificados na categoria
3. Na categoria 4, os ventos têm velocidade entre 209 km e 250 km. Já os tufões
classificados na categoria 5 são aqueles que registram ventos com velocidade
acima de 251 km/h, de acordo com o meteorologista do Inmet.
Enquanto houver água embaixo do tufão para alimentá-lo, a tempestade continua
forte e avança em sua trajetória até atingir a costa.
Quando toca o continente, o processo é interrompido pois o combustível da
tempestade ficou para trás, fazendo com que ela perca energia. No entanto, ao se
dissipar, o fenômeno já terá causado estragos em regiões costeiras.
Publicado em 08/11/2013
No G1
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