17 SEXTA-FEIRA, 14 DE JUNHO 2013 NEGÓCIOS E EMPRESAS AGI reforça pontos de venda em todo o país PLMJ cria equipa para assessorar clientes privados A Augusto Guimarães & Irmão (AGI), empresa que opera na área da representação de materiais de construção, está a reforçar a distribuição de produtos Trespa, através da criação de uma rede de pontos de venda daquela marca. Os objetivos passam por garantir um aumento da capacidade de resposta às necessidades do mercado e permitir uma maior rapidez. “A AGI decidiu alargar a distribuição através da realização de parcerias com empresas do setor e está a criar pontos de vendas em todo o país”, refere a empresa. O gabinete de advogados PLMJ criou um grupo de trabalho que está preparado para prestar um acompanhamento de maior proximidade em assuntos relacionados com Direito da família, sucessões, gestão do património, nacionalidade e fiscalidade. Os advogados são cada vez mais procurados para assessorar estas matérias, designadamente prevenir conflitos e antecipar as melhores soluções. Sempre que necessário, são chamados a integrar a equipa advogados de diferentes áreas de prática da PLMJ, referem os seus responsáveis em comunicado. INDICADOR FEUC/VE REVELA INDICADOR FEUC/VE REVELA Recessão continua a agravar-se Recessão continua a agravar-se O RITMO DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA ESTÁ A RENOVAR MÍNIMOS, REFLETINDO O AGRAVAMENTO DA JOÃO VERÍSSIMO LISBOA MÁRIO GOMES AUGUSTO RECESSÃO – REVELA O INDICADOR DA FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA /VIDA A Figura 1 mostra a evolução ECONÓMICA . vindo a registar-se mínimos conse- deste desdede 1996 até ao decutivos. Construído comindicador base na opinião oito economistas reconhecido prestígio e nas estatísticas 1º trimestre de 2013. o valor definitivas disponibilizadas pelo INE/Banco PortugalQuando (Produto comparamos Interno Bruto, taxa de O ritmo de crescimento da ecoDa análise do gráfico observadeste indicador do primeiro tridesemprego, índice de preços no consumidor, exportação de bens e serviços, indicador de nomia está a renovar mínimos, remos uma quebra no crescimento mestre de 2013 com o do trimestre fletindo o agravamento da recessão sentimento económico, vendas a retalho, vendas de viaturas comerciais pesadas, vendas de da economia a partir do ano 2001 anterior, podemos observar uma – revela o Indicador da Faculdade cimento e investimento), o indicador é elaborado pelos professores João Veríssimo Lisboa e que se prolonga até 2003 e a sua queda de 9,13%. Quando comde Economia da Universidade Mário de Gomes Augusto. estagnação até 2008. A partir desta parado com o trimestre homólogo Coimbra/Vida Económica. A Figuradata 1 mostra a evolução desteum indicador desde 1996 1º trimestre de 2013. um detem-se verificado decréscidoaté anoaoanterior, registamos Construído com base na opimo contínuo deste indicador, tend créscimo de 23,80% (Quadro 1). nião de oito economistas de Figura 1: Evolução da situação económica por trimestres reconhecido prestígio e nas es(1/01/1996 —31/03/2013) tatísticas definitivas disponibilizadas pelo INE/Banco Portugal Indicador de conjuntura (Produto Interno Bruto, taxa de 100 desemprego, índice de preços no 90 consumidor, exportação de bens 80 e serviços, indicador de senti70 mento económico, vendas a re60 talho, vendas de viaturas comer50 ciais pesadas, vendas de cimento 40 30 e investimento), o indicador é 20 elaborado pelos professores João 10 Veríssimo Lisboa e Mário Gomes 0 Augusto. 2003 2001 2008 1º trim. 2012 trimestres 1º trim. 2013 Da análise gráfico observarmos uma quebra no crescimento da economia a partir do ano CONSULTÓRIO DE do FUNDOS COMUNITÁRIOS 2001 que se prolonga até 2003 e a sua estagnação até 2008. A partir desta data tem-se QUADRO COMUNITÁRIO DE APOIO 2014-2020 Estou a pensar em desenvolver um projeto de modernização da minha empresa;contudo, só pretendia apresentar candidatura a fundos comunitários em 2014. Tive conhecimento que o QREN acaba este ano. Voltarão a existir apoios às empresas em 2014? RESPOSTA Com efeito, o quadro comunitário de apoio 2007-2013 (o QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional) encontra-se na sua fase final, pelo que as candidaturas aos seus apoios terminam este ano. Contudo, encontra-se a ser preparado o quadro comunitário de apoio 2014-2020. Foi já definida a estrutura operacional dos fundos da Política de Coesão (FEDER, Fundo de Coesão e FSE) a apresentar à Comissão Europeia. Existirão quatro Programas Operacionais (PO) temáticos no Continente, mais um do que com o QREN: competitividade e internacionalização; inclusão social e emprego; capital humano; sustentabilidade e eficiência no uso de recursos. Por outro lado, à semelhança do QREN, existirão cinco PO Regionais no Continente (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), dois PO Regionais, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e um PO de assistência técnica. Também foi definida a estrutura operacional do Fundo da Política de Desenvolvimento Rural (FEADER), que será constituída por um PO no Continente e dois PO Regionais nas Regiões Autónomas. No que respeita ao Fundo da Política Marítima e das Pescas (FEAMP), a sua estrutura operacional será constituída por um PO Nacional. A utilização dos fundos comunitários no período 2014-2020, de acordo com os objetivos fixados para a promoção da competitividade e internacionalização da economia portuguesa, num contexto de orientação para a produção de bens e serviços transacionáveis, terá como prioridades: o incentivo ao investimento empresarial em inovação, criatividade, internacionalização e formação; o reforço das capacidades de investigação e inovação; o desenvolvimento das ligações e sinergias entre empresas, centros de I&D e o ensino superior; a melhoria da conetividade internacional da economia portuguesa e a modernização da administração pública, visando a redução dos custos de contexto. Os incentivos às empresas cofinanciados pelos fundos comunitários têm constituído um instrumento relevante para a promoção do investimento empresarial em Portugal. No período 2014-2020 este esforço deverá ser prosseguido, reforçando-se a sua focalização no apoio a atividades produtoras de bens e serviços transacionáveis, bem como no apoio a projetos empresariais que visam o investimento em inovação, criatividade, internacionalização e formação de competências fundamentais para o reforço da competitividade das empresas, em particular das PME. Os incentivos não reembolsáveis ao investimento empresarial deverão restringirse a situações que envolvam níveis extremos de falhas de mercado e que produzam benefícios sociais significativos (por exemplo, projetos de I&D), ou a casos em que o princípio da proporcionalidade ou as especificidades de intervenções setoriais o não permitam ou recomendem. WWW.SIBEC.PT [email protected] 228 348 500 Em qualquer destas comparações é de notar uma diminuição acentuada do indicador tanto em relação ao trimestre anterior como em relação ao homólogo de 2013. De notar que o decréscimo observado no indicador relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior é dos mais elevados desde que temos vindo a publicar esta análise. Para este cenário recessivo contínua a contribuir o aumento da taxa de desemprego, o decréscimo das vendas a retalho, vendas de veículos comerciais pesados, vendas de cimento e investimento. As exportações continuam a ter um comportamento positivo, embora com um registo menos acentuado aos verificados em trimestres anteriores. Observamos também uma ligeira melhoria do índice de sentimento económico, o que poderá refletir expectativas favoráveis quanto à evolução futura da economia, face à situação a que se chegou. O indicador FEUC/VE mantém assim uma tendência decrescente no primeiro trimestre de 2013, acentuando-se mesmo este cenário recessivo. Quadro 1: Análise comparativa Valor do indicador Variação (%) 1º trimestre 4º trimestre Trimestre Em relação Em relação ao de 2013 de 2012 homólogo do ao trimestre trimestre homólogo ano anterior anterior do ano anterior 37,78 41,23 46,77 J 9,13 J 23,80 PUB