A atividade industrial da Capital Federal mantem-se abaixo da usual e a produção mostra tendência de queda. Os dados são da pesquisa feita no período de 1º a 12 de julho de 2013 pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador do nível de Utilização da Capacidade Instalada (UCI), no mês atual em relação ao usual, situou-se em 38,9 pontos em junho. Isso mostra que a atividade industrial vem operando abaixo de seu padrão, com uma UCI de 69%. Outro indicador que se situou abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo segundo mês consecutivo foi o indicador de evolução da produção situou-se em 41,5 pontos, revelando desse modo queda na produção industrial em junho frente a maio. O número de empregados na indústria local apresentou novo recuo em junho. O indicador de evolução do emprego industrial situou-se em 42,3 pontos em junho frente aos 46,8 pontos do mês de maio, se afastando ainda mais da linha divisória dos 50 pontos, e o indicador de estoques de produtos em relação ao Planejado/Desejado alcançou 49,8 pontos em junho, com esse resultado o volume de estoques industriais praticamente encontra-se no nível planejado Com relação aos principais problemas, a Sondagem Industrial do DF de julho traz como destaque o aumento da preocupação dos entrevistados com os itens “taxas de juros elevadas” e “falta de trabalhador qualificado”. O item “taxas de juros elevadas” foi assinalado por 42,9% dos entrevistados no segundo trimestre contra 25,6% dos entrevistados no trimestre anterior. Com esse resultado, esse item subiu do 4º para o 2º lugar no ranking dos principais problemas. Já o item “falta de trabalhador qualificado”, assinalado por 38,1% dos entrevistados no segundo trimestre, subiu da 5ª posição para a 4ª. A “elevada carga tributária” continou sendo o principal problema apontando pelos entrevistos pelo segundo trimestre consecutivo. O item foi assinalado por 59,5% no segundo trimestre de 2013. O item “Inadimplência dos clientes”, que no trimestre anterior ocupava o 3º lugar e preocupava 27,9% dos empresários, caiu para 6º lugar no ranking nesse segundo trimestre. Em relação aos próximos seis meses, os empresários do Distrito Federal permanecem otimistas apesar do arrefecimento da atividade industrial. Todos os indicadores permanecem acima da linha divisória dos 50 pontos. Para conhecer mais detalhes dessa pesquisa, acesse o site da FIBRA. Juliana Elias e Eduardo Laguna | De São Paulo De janeiro a junho, as empresas com sede no Brasil fizeram investimentos diretos no exterior de US$ 11,3 bilhões. Esse valor, que representa um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra que as companhias brasileiras retomaram o processo de internacionalização que, após uma onda em 2010 e 2011, havia perdido fôlego ao longo de 2012. A expansão dos negócios brasileiros no exterior decorre, em parte, do cenário interno mais morno, que desestimula investimentos, e de problemas de competitividade no país, como a inflação e os custos. O Brasil passou a ser neste ano uma importante fonte de investimentos feitos por montadoras de veículos e fabricantes de autopeças no exterior. Só no primeiro semestre, quase US$ 1 bilhão saíram do país com essa finalidade, valor recorde, mas ainda inferior às remessas de lucros às matrizes no período, de US$ 1,5 bilhão. São recursos direcionados a aportes de capital adicionais em subsidiárias, aquisições ou criação de novos negócios. Esses investimentos do setor foram os maiores da indústria de transformação no semestre e se aproximam dos realizados pela indústria petroleira, a que mais investe fora do país, com US$ 1,1 bilhão. Os números do Banco Central registram essas transações, mas não detalham os destinos do capital, nem as companhias envolvidas. As montadoras não comentam. Analistas de mercado, porém, afirmam que as filiais brasileiras assumiram uma participação mais ativa nos financiamentos de operações no exterior, principalmente na América do Sul. Isso, dizem, ocorre à medida que as matrizes, em crise na Europa ou em recuperação nos Estados Unidos, reduzem o apoio financeiro para os negócios na região. "Essa é a nova política das matrizes na crise", diz Stephan Keese, sócio da consultoria Roland Berger. Cada região deve ser responsável por seus próprios investimentos. A General Motors (GM), em Detroit, por exemplo, não manda mais dinheiro para a subsidiária no Brasil. Tem a expectativa de que a GM daqui possa realizar, por ela mesma, os investimentos Para mais informações acesse o site do jornal Valor Econômico. A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 foi mantida em 5,75%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central. Para 2014, a projeção passou de 5,87% para 5,88%. A projeção de inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,78% para 5,83%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 foi mantida em 2,28%. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 2,60%. A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 segue em 2,10%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 3,00%, mesmo da pesquisa anterior. Os economistas consultados na pesquisa Focus mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2013 em 9,25% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções caiu de 9,38% para 9,25% ao ano. Para mais informações acesse o site do Banco Central.