Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia Carlos Nemer 3ª Ed. Contabilidade Social Capítulo 12: Contabilidade Social Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 1 de 54/2005.1 Sumário 1.Introdução; 2.Principais Agregados Macroeconômicos; 2.1.Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital; 2.2.Economia a Dois Setores Com Formação de Capital; 2.3.Economia a Três Setores: O Setor Público; 2.4.Economia a Quatro Setores: O Setor Externo; 3.Valores Reais e Nominais; 4.Identidades Básicas da Contabilidade Nacional; 5.Aspectos Conceituais; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 2 de 54/2005.1 Introdução Sistema de Contas Nacionais (IBGE): Contas Básicas: - Produto Interno Bruto; - Renda Nacional; - Transações Correntes com o Resto do Mundo; - Conta de Capital; Conta Complementar: - Conta Corrente das Administrações Públicas; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 3 de 54/2005.1 1 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Introdução • Microeconomia X Macroeconomia – Macroeconomia analisa fundamentalmente o comportamento dos grandes agregados, sem se preocupar com as questões específicas dos agentes econômicos. • Contabilidade Social ou Nacional – Instrumento que mede o total das atividades econômicas de um país. – Criado para acompanhar o comportamento das economias nacionais e fornece uma base para a formulação de políticas e a tomada de decisões econômicas. – O sistema de contas é usado também para comparar e classificar a performance das economias dos países. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 4 de 54/2005.1 Introdução O que não pode ser medido não pode ser controlado. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 5 de 54/2005.1 Introdução • Sistema de Contas Nacionais (ONU 1993); Considera apenas os bens e serviços finais. (http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2002/srmsicona.pdf) • Matriz de Insumo-Produto; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 6 de 54/2005.1 2 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Pressupostos Básicos 1 – As contas procuram medir a produção corrente; 2 – As contas referem-se a um período (normalmente 1 ano); 3 – A moeda é considerada apenas como unidade de medida e instrumentode trocas; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 7 de 54/2005.1 Pressupostos Básicos 1 - As contas procuram medir a produção corrente: Não são considerados bens produzidos em um período anterior, apenas a remuneração por um serviço corrente e não o valor da mercadoria vendida; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 8 de 54/2005.1 Pressupostos Básicos 2- As contas referem-se a um período (1 ano): Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período de tempo). Ex.: Consumo de bens e serviços em 1999, PIB de 1999; Exportações e Importações de 1999; Obs.: Diferente das variáveis estoque: Valores tomados em determinado ponto do tempo. Dívida interna e externa, quantidade de moeda de um país, o estoque de capital de um país. Ex: A Contabilidade Social trabalha com fluxo, não apresentando um balanço patrimonial. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 9 de 54/2005.1 3 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Pressupostos Básicos 3 –A moeda é considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas. Não abrange os agregados monetários; Obs.: Agregados monetários: meios de pagamento, empréstimos, depósitos, open market, aplicações financeiras etc. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 10 de 54/2005.1 Economia a Dois Setores Inicialmente: Economia FECHADA (sem setor externo) Sem Formação de Capital e Sem Setor Público Economia a Dois Setores Famílias Poli-UFRJ Poupança + Investimento + Depreciação = 0 Unidades Produtivas (Empresas) Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 11 de 54/2005.1 Economia a Dois Setores Mercado de Bens e Serviços Despesas de Consumo de Bens e Serviços Fornecimento de Bens e Serviços Famílias Unid. Produtoras Fluxo real Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção Mercado de Fatores de Produção Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Fluxo monetário Parte III-2-Slide 12 de 54/2005.1 4 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Mercado de Bens e Serviços Despesas de Consumo de Bens e Serviços DN = C Fornecimento de Bens e Serviços PN = pi.qi Famílias Unid.Produtoras Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção Mercado de Fatores de Produção RN = w + j + a + l +r Fluxo monetário Fluxo real Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 13 de 54/2005.1 Remuneração dos fatores de Produção RN = w + j + a + l +r: • Salário (w): remuneração dos serviços do fator trabalho; • Juro (j): remuneração dos serviços do fator capital monetário. • Aluguel (a): remuneração dos serviços do fator terra; • Lucro (l): remuneração dos serviços do fator capital físico (instalações); • Royalty (r): remuneração da tecnologia; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 14 de 54/2005.1 Três ópticas: Produto, Despesa e Renda O fluxo do produto e o fluxo de rendimentos propiciam três ópticas pelas quais pode ser medida a atividade econômica e que produzem o mesmo resultado: Produto (PN), Despesa (DN) e Renda (RN) Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 15 de 54/2005.1 5 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Produto Nacional (PN) Produto Nacional (PN) = É o valor de todos os bens e serviços finais produzidos por um país em determinado período de tempo. Valor: os preços e a utilização de um mesmo padrão monetário permite agregar bens diferentes: produção agrícola com automóveis por exemplo. Bens e Serviços Finais: não se consideram bens e serviços intermediários como matérias primas e componentes no sentido de evitar a dupla contagem. Período de Tempo: fluxo, definido em dado período de tempo (mês e ano); Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 16 de 54/2005.1 Produto Nacional (PN) Produto Nacional (PN) = É o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. PN= pi.qi = psacas café.qsacas+..+pfogão.qfogão +..+pbilhete.qviagens Setor Primário Agricultura Pecuária Pesca Poli-UFRJ Setor Secundário Indústria Extração mineral Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Setor Terciário Serviços Comércio Comunicações Parte III-2-Slide 17 de 54/2005.1 Despesa Nacional (DN) Despesa Nacional (DN) = Valor de todas as despesas realizadas pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços finais. DN = C (Despesas com Consumo) Forma de aferição do Produto Nacional (mercado de bens e serviços) - A partir de quem vende (por ramo de origem); - A partir dos agentes de despesa (por ramo de destino); Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 18 de 54/2005.1 6 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Renda Nacional (RN) Renda Nacional (RN) = Soma dos rendimentos pagos às famílias, proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um período de tempo. RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l) + royalties (r) A medida é feita pelo fluxo de rendimento (mercado de fatores de produção) Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 19 de 54/2005.1 Economia FECHADA (a dois Setores) Como não existem estoques, tudo que se produz, é vendido. PN = DN Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fat.de produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN). Identidade Básica das Contas Nacionais: (mesmo removendo as hipóteses simplificadoras) Poli-UFRJ Renda Nacional (RN) PN = DN = RN Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 20 de 54/2005.1 Economia FECHADA (a dois Setores) Na prática (mede-se o PN) pelo: Conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo. V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Consumo de Prod. Intermed. Receita de Vendas Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 21 de 54/2005.1 7 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Valor Bruto de Produção (VBP) • Receita de vendas de cada setor produtivo. Ex.: Valores (x Mil) TRIGO FARINHA PÃO a) Receita de Vendas (VBP) 100 b) Compras Intermediárias 0 Valor adicionado (a-b) 100 + 400 1.000 100 400 300 + 600 = 1.000 = PN=DN= 1.000 RN Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo) Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha) Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão) Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 22 de 54/2005.1 Resumo Há 4 formas diferentes de medir o resultado econômico de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico: Soma dos Produtos finais das empresas produtoras Soma das Despesas dos agentes com o Produto Nacional Soma de Rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros Soma de Valores Adicionados dos setores de atividade (PN) (DN) (RN) (RN) Orgão Responsável (no Brasil) = IBGE Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 23 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital As Famílias além de consumir podem poupar. As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em bens de capital. CONCEITO POUPANÇA (S) = Parcela da RN não consumida no período. S = RN – C Poli-UFRJ (C = Consumo) Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 24 de 54/2005.1 8 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Investimento PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento Bens de Consumo: consumidos ao longo do processo. Bens de Investimento: não são consumidos, aumentam a riqueza da nação, isto é sua capacidade produtiva. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 25 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital I = PN – C INVESTIMENTO (I) = Gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da economia: (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital). Obs.: Não foram consumidos no próprio período e que serão utilizados para consumo futuro. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 26 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital Quais bens são produzidos e não consumidos no período ? Máquinas e equipamentos Imóveis Investimento em bens de capital (Ibk) Variação de estoques (produtos acabados e intermediários) I = Ibk + E E Depende do mercado FBKF (Força Bruta de Capital Fixo) Planejado Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 27 de 54/2005.1 9 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a dois setores, com Formação de Capital INVESTIMENTO 1ª - E = Et – Et-1 = Fluxo no ano. 2ª - Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não representa aumento da capacidade produtiva, a menos que seja a emissão original, a disponibilização original do papel. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 28 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital 3ª - O investimento em ativos de segunda mão (imóveis etc) não é contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma transferência de ativos. Esses bens já foram computados no passado. 4ª - Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não sejam consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, não são considerados como investimento (há controvérsias). Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 29 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital DEPRECIAÇÃO (d) = é o consumo de estoque (desgaste) de capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou obsolescência. INVESTIMENTO BRUTO (IB) E LÍQUIDO (IL) PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL) IL = IB - d IL = Acumulação Líquida de Capital = Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação PNL = PNB - d Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 30 de 54/2005.1 10 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a dois setores, com Formação de Capital A identidade S = I Como: S = RN – C e: I = PN – C Logo: S=I PN = RN Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 31 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) as empresas remuneram as famílias (RN). Se as famílias decidem consumir apenas 80 (C=80): S = RN – C = 20 Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não gastaram tudo. Assim: I= Poli-UFRJ E = 20 e S = I = 20 Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 32 de 54/2005.1 Economia a dois setores, com Formação de Capital Ex.: PN = 100. Sendo: Bens de Consumo = 70 Bens de capital = 30 (Investimento) RN = 100 (As famílias receberam 100) Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança) S = I = 30 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 33 de 54/2005.1 11 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a três setores: O Setor Público • Setor Público: – União Estados e Municípios – Inclui as transações realizadas pelos respectivos Tesouros (UEM); – Não inclui as operações efetuadas pelo Banco Central (depósitos e empréstimos); Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 34 de 54/2005.1 Economia a três setores: O Setor Público Receita Fiscal do Governo: Impostos Indiretos (Ti) = Incidem sobre bens e serviços. Impostos Diretos (Td) = Incidem sobre as pessoas (físicas e Ex.: ICMS, IPI. jurídicas. Ex.: IR, IPTU. Contribuições à Prev.Social = Encargos Trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores. Outras Receitas Poli-UFRJ = taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...) Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 35 de 54/2005.1 Economia a três setores: O Setor Público Gastos do Governo: Gastos com ministérios, secretarias e autarquias Receitas provêm de dotações orçamentárias. Gastos das empresas e sociedades de economia mista Provêm da venda de bens e serviços no mercado. Gastos com transferências e subsídios Se: Poli-UFRJ Gastos > Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal) Gastos < Receita Fiscal Superávit Primário (Fiscal) Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 36 de 54/2005.1 12 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a três setores: O Setor Público Produto Nacional a Preços de Mercado e Produto Nacional a Custo de Fatores PNpm = É medido a partir dos valores pagos pelo consumidor PNcf = É medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores (w + j + a + l). Como é medido pela óptica dos rendimentos, é a própria RNcf. PNpm = RNcf + Ti - Sub Imp.Indiretos (ICMS,IPI) Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto Nacional à PNpm Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 37 de 54/2005.1 Economia a três setores: O Setor Público Carga Tributária Bruta (CTB) e Líquida (CTL) Carga Tributária Bruta = (Impostos Indiretos + Imp. Diretos) x100 PIBpm Carga Tributária Líquida = (Imp. Ind. + Dir.– (Transf. + Sub.)) x100 PIBpm Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 38 de 54/2005.1 Economia a três setores: O Setor Público EXPORTAÇÕES (X) = são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo com nossas empresas. IMPORTAÇÃO (M) = São aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada no país que vai para fora. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 39 de 54/2005.1 13 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a quatro setores: O Setor Externo Produto Interno Bruto (PIB): é a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país. Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): é a remuneração dos ativos pertencentes à estrangeiros. Divide-se em: Renda Enviada ao Exterior (RE): parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros. Renda Recebida do Exterior (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior. RLFE = RE – RR Poli-UFRJ No Brasil, RLFE > 0 Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 40 de 54/2005.1 Economia a quatro setores: O Setor Externo • Produto Interno Bruto – PIB Produto Interno Bruto a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes, é a soma dos valores adicionados pelos diversos setores acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos na valoração da produção (definição do IBGE). • Produto Nacional Bruto – PNB Renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 41 de 54/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 42 de 54/2005.1 Prof.Carlos Nemer [email protected] 14 Poli-UFRJ/2005.1 Poli-UFRJ Cap.12 Contab. Social Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 43 de 54/2005.1 Gráfico II.2 Taxa (%) acumulada em quatro trimestres do PIB a preços de mercado 9 8 7 6 5,9 4,9 5 4,4 4,2 4 3,3 3 2,5 2,7 1,9 2 1,3 1 0,1 0,8 0,7 0,0 0 -1 -0,2 -1,1 Poli-UFRJ 04.I 03.I 03.III 02.I 02.III 01.I Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER 01.III 00.I 00.III 99.I 99.III 98.I 98.III 97.III 97.I 96.III 96.I 95.III 95.I 94.III 94.I 93.III 93.I -2 Parte III-2-Slide 44 de 54/2005.1 Evolução do PIB - Brasil 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 - 2,0 - 4,0 - 6,0 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 45 de 54/2005.1 15 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Economia a quatro setores: O Setor Externo PIB = PNB + RLFE Se : Poli-UFRJ RE > RR RLFE > 0 PIB > PNB RE < RR RLFE < 0 PIB < PNB Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 46 de 54/2005.1 Brasil • O Brasil inclui-se no caso em que: RE > RR RLFE > 0 PIB > PNB • Devido às altas remessas de juros, lucros de empresas estrangeiras e royalties. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 47 de 54/2005.1 Fórmula da Despesa Nacional (DN) DN = C + I + G + X – M C= despesa das famílias com bens de consumo; I = despesas com bens de capital e a variação de estoques; G= gastos do governo; X= exportações; M= importações; A Despesa Agregada (DN) é apresentada a preços de mercado, já que são valores finais. As importações (M) aparecem devido ao fato de que elas estão embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X). Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 48 de 54/2005.1 16 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Despesa Interna Bruta a Preços de Mercado (DIBpm) DIBpm = C + I + G + X – M No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Despesa Interna que Nacional. Não inserida a depreciação pois são utilizados os conceitos agregados em termos brutos. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 49 de 54/2005.1 Fluxo Circular de Renda Salários, aluguéis, juros, lucros Fatores de Produção Consumidores Empresas o (produção) stos d Impostos Governo Gaoverno g nto Poup ançaMercados Financeiros Investime Imp orta ção Poli-UFRJ Bens Consumo Pessoal Outros Países rta Expo Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER ção Parte III-2-Slide 50 de 54/2005.1 Valores REAIS e NOMINAIS PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano PN2000 = pi2000 . qi2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000. PN2001 = pi2001 . qi2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001. PN2002 = pi2002 . qi2002 - produto de 2002, avaliado a preços de 2002. PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de det. ano (ano-base). PNREAL 2000 = pi2000 . qi2000 PNREAL2001 = pi2000 . qi2001 PNREAL2002 = pi2000 . qi2002 P/ deflacionar: Poli-UFRJ Preços permanecem constantes em 2000. Elimina-se a influência dos preços (Inflação). Com isso tem-se o crescimento real PNREAL = PN Nominal x100 Índice de Preços Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 51 de 54/2005.1 17 Poli-UFRJ/2005.1 Cap.12 Contab. Social Valores REAIS e NOMINAIS Ano PIBa pr. correntes 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Poli-UFRJ IGP Base 1990 = 100 11,0 60,3 641,0 14.097,1 349.204,7 646.191,5 778.886,7 864.111,0 899.814,1 PIBa pr. constantes – 1990 11,0 11,3 11,2 11,8 12,5 13,0 13,4 13,8 13,8 100 533 5.699 119.467 2.795.874 4.964.212 5.828.682 6.241.773 6.507.189 Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 52 de 54/2005.1 I.2 - Produto Interno Bruto (PIB) Boletim do Banco Central do Brasil Ano PIB a preços correntes em R$ Deflator implícito (%) Índice doPopulação PIB real (1000 hab.) 2000=100 PIB PIB per capita Preços constantes de 2000 (R$) Taxa realÍndice real de varia-2000=100 ção (%) 1986 1 274 149,2 7,5 75,3 134 653 6 092,39 5,4 92,9 1987 1988 1989 1990 4 038 29 376 425 595 11 548 795 206,2 628,0 1 304,4 2 737,0 3,5 - 0,1 3,2 - 4,3 77,9 77,9 80,4 76,9 137 268 139 819 142 307 144 091 6 187,30 6 070,76 6 153,11 5 812,58 1,6 - 1,9 1,4 - 5,5 94,3 92,5 93,8 88,6 1991 1992 60 285 999 640 958 768 416,7 969,0 1,0 - 0,5 77,7 77,2 146 408 148 684 5 779,52 5 660,31 - 0,6 - 2,1 88,1 86,3 1993 1994 1995 14 097 114 182 349 204 679 000 646 191 517 000 1 996,2 2 240,2 77,6 4,9 5,9 4,2 81,0 85,8 89,4 150 933 153 143 155 319 5 850,31 6 103,19 6 271,63 3,4 4,3 2,8 89,2 93,0 95,6 1996 1997 1998 1999 2000 778 886 727 000 870 743 034 000 913 735 044 000 960 857 736 000 1 089 688 140 000 17,4 8,3 4,7 4,3 8,6 2,7 3,3 0,2 0,8 4,5 91,8 94,8 95,0 95,7 100,0 157 482 159 636 161 790 163 948 166 113 6 350,02 6 469,18 6 397,10 6 362,77 6 559,94 1,2 1,9 - 1,1 - 0,5 3,1 96,8 98,6 97,5 97,0 100,0 Fonte:IBGE Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-2-Slide 53 de 54/2005.1 Exercício de Contas Nacionais Dados (bilhões de reais): salários pagos ás famílias (w) 300 juros, aluguéis e lucros pagos (j+a+l) 450 depreciação de ativos fixos (d) 25 impostos indiretos (Ti) 100 impostos diretos (Td) 88 subsídios do governo a emps. privadas (sub)10 outras receitas correntes do governo (ORec) 20 renda enviada ao exterior (RE) 7 renda recebida do exterior (RR) 2 pagamentos de aposentadoria (Tr) 40 Poli-UFRJ Sabendo-se que os valores dos w,j,a,l são brutos (não descontados os impostos diretos, a depreciação e a renda enviada do exterior, e não incluída a renda recebida do exterior), pede-se: RIBcf; RILcf; RNLcf; PNBpm; PIBpm; Índice de CTB; Índice de CTL; Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Prof.Carlos Nemer [email protected] Parte III-2-Slide 54 de 54/2005.1 18