Fisioterapia Ser • vol. 2 - nº 3 • 2007 Relato de Caso A utilização do circuito de marcha como uma nova abordagem no tratamento da Doença de Parkinson (DP) The application of walking circuit as a new approach in the treatment of Parkinson Disease (PD) Fabiana de Azevedo Santos1, Wilma Costa Souza2, Victor Hugo Bastos3 1. Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional Universidade Gama Filho – UGF; 2. Fisioterapeuta, Coordenadora da Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional da Universidade Gama Filho - UGF, Mestre em Psicologia Social e da Saúde; 3. Fisioterapeuta, Professor da Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional da Universidade Gama Filho – UGF, Doutorando do Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora - Instituto de Psiquiatria (IPUB/UFRJ); Professor-pesquisador do Instituto Brasileiro de Biociências Neurais (IBBN/RJ). Endereço para correspondência: [email protected] Recebido para publicação em 01/09/2007 e aceito em 25/09/2007, após revisão. Resumo A Doença de Parkinson (DP) é uma enfermidade crônica e progressiva que acomete um em cada mil indivíduos e apresenta características que afetam a qualidade de vida dessas pessoas, nos aspectos físico, mental, emocional, social e econômico. Em geral, programas de tratamento fisioterapêuticos para parkinsonianos buscam minimizar as limitações decorrentes da progressão da doença, procurando contribuir para a melhora da qualidade de vida dos portadores. O treinamento em circuito de marcha tem-se mostrado eficaz na funcionalização da marcha em pacientes com DP. O presente estudo de caso teve como objetivo avaliar a eficácia do treinamento de marcha em circuito em um paciente com DP. Como resultado observou-se funcionalização de todos os parâmetros de marcha avaliados. Palavras-chave: doença de Parkinson, qualidade de vida, reabilitação, marcha e equilíbrio. Abstract The Parkinson’s disease (PD) is a chronic and progressive illness which affects one in every thousand individuals and presents indications that interfere in patient’s quality of life, in the physical, mental, emotional, social and economic aspects. In general, physiotherapeutic program treatment with Parkinson’s disease patients has to minimize the disease’s limitations originated from the progression of the disease and contribute to improve the patient’s quality of life. Walking circuit training has been shown efficient in walking improvement on Parkinson’s disease patients. This study had the objective to evaluate the effectiveness of circuit training in a Parkinson’s disease patient. As result it was observed the improvement of all parameter walking evaluated. Key-words: Parkinson’s disease, quality of life, rehabilitation, walking and balance. 215 Fisioterapia Ser • vol. 2 - nº 3 • 2007 Introdução A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção degenerativa do sistema nervoso central, de causa desconhecida, que acomete principalmente o sistema motor. Tem seu início quando neurônios da substância negra degeneram-se, devido à perda do neurotransmissor dopamina na via direita dos núcleos da base. Tal perda reduz a atividade das áreas motoras do córtex cerebral, diminuindo os movimentos voluntários1,2. A prevalência da doença é de 85 - 187/ 100.000 habitantes em diferentes sociedades, notando-se um aumento gradual da mesma com a progressão da idade. Apesar de quanto mais idoso maior ser a probabilidade de alguém vir a desenvolver esta condição, a maioria dos casos ocorre entre 50 - 70 anos de idade3. Estima-se que o distúrbio afete 1% da população mundial com mais de 65 anos. O declínio das funções intelectuais é uma complicação freqüente dos estágios mais avançados. A prevalência de demência varia de aproximadamente 15% a 20%, em média, três vezes mais que na população de mesma idade4. O diagnóstico baseia-se na história da doença do paciente, no exame clínico e na epidemiologia. Os exames complementares tais como, tomografia computadorizada cerebral e ressonância magnética de crânio são utilizadas para diagnóstico diferencial5. Os principais sinais e sintomas caracterizam-se por bradicinesia, rigidez e tremor de repouso. A atividade anormal nas regiões nigrotectais e nigroreticulares é responsável pela alteração do equilíbrio e postura6,7. Os indivíduos tendem a reduzir a quantidade e a variedade de suas atividades, o que contribui para a redução da aptidão física. O tratamento adequado parece melhorar e diminuir a velocidade da progressão da patologia. A determinação do estágio e do grau de limitação funcional na DP é útil para o planejamento da terapia anti-parkinsoniana, para o acompanhamento da evolução da doença e para avaliar a qualidade da resposta à terapia instituída7,8. Embora existam hoje, diversas drogas no mercado capazes de diminuir os sintomas, a doença é até o momento, considerada progressiva e incurável9. Medicamentos que contêm levodopa são eficazes para aliviar sinais e sintomas, em especial, a lentidão e a escassez dos movimentos voluntários, que é a principal causa de deficiência. A levodopa também está associada à diminuição da rigidez e do tremor. Em contrapartida, o uso prolongado dessas drogas provoca alguns efeitos colaterais, como, flutuações motoras, discinesias e distúrbios psiquiátricos como alucinações10,11. São objetivos da fisioterapia: manter a independência funcional durante o maior tempo possível, prevenir ou reduzir deformidades, manter a função pulmonar e orientar os pacientes e sua família no manejo da doença12. A modalidade da fisioterapia mais eficaz é muito discutida na literatura. Em recente revisão sistemática com metanálise realizada pela Colaboração Cochrane sobre as técnicas mais indicadas no tratamento da doença de Parkinson, não houve resultado conclusivo. O estudo apontou que há um número insuficiente de pesquisas sobre o assunto sendo que, a maior parte dos estudos, examina um pequeno número de pacientes e não é adequado do ponto de vista metodológico13. A progressão da doença está relacionada com a deteriorização 216 da condição física, caracterizada pela pobreza de movimentos com diminuição de sua amplitude, perda de força, resistência muscular e equilíbrio14. A DP impõe diversas limitações ao paciente devido às restrições referentes ao controle motor. Muitas vezes, apesar de medicados, os pacientes apresentam dificuldades em se locomover com independência e de forma segura15. Idosos com DP selecionam estratégias locomotoras adaptativas na realização da tarefa, ou seja, alteram a margem de segurança sobre o obstáculo sem alterar a distância de aproximação da perna de abordagem antes da ultrapassagem. Esta estratégia parece aumentar as exigências de controle do equilíbrio dinâmico. A marcha parkinsoniana se caracteriza pela diminuição dos passos, pela moderada diminuição da cadência e acima de tudo, pela diminuição da velocidade de movimento 16 . Parkinsonioanos apresentam dificuldade na deambulação, nas viradas e nos movimentos que exijam maior demanda de equilíbrio. Podem ocorrer alterações na marcha conhecidas como festinação (passos pequenos com o corpo tendendo a cair para frente) e congelamento (pés presos ao chão sem conseguir reiniciar a marcha). Logo, caminhar diariamente e aumentar gradualmente à distância percorrida são excelentes exercícios17. No portador da DP, talvez a maior dificuldade durante a marcha seja regular o comprimento do passo e manter as reações de equilíbrio. Desviar-se de obstáculos e modificar o curso da marcha, também se tornam um grande desafio devido à instabilidade gerada pelo congelamento (“freezing”)18. A prática relacionada à tarefa tem sido enfatizada como estratégia capaz de promover melhora da habilidade treinada em pacientes pós AVC. A quantidade de prática parece ser um fator de considerável valor no tratamento. Existem evidências que o aumento desta prática relacionada à tarefa melhora a habilidade da marcha em pacientes hemiparéticos19. Neste sentido, o presente estudo de caso teve como objetivo avaliar a eficácia do treinamento de marcha em circuito em um paciente com DP. Fundamentação teórica As teorias de controle motor têm possibilitado a compreensão dos mecanismos envolvidos na aprendizagem de indivíduos sem lesão, além de permitir o desenvolvimento de abordagens voltadas àqueles com deficiência neurológica13,14. A teoria clássica de Fitts e Posner por exemplo, descreve os estágios envolvidos na aprendizagem de uma nova habilidade. No primeiro, (estágio cognitivo) o aprendiz está envolvido na compreensão da natureza da tarefa e experimenta uma variedade de estratégias, abandona aquelas que não funcionam e armazena as que são úteis. No segundo estágio, chamado associativo, o indivíduo já selecionou a melhor estratégia para a tarefa e começa a refinar a habilidade. Nesta fase existe menor variabilidade no desempenho e podem durar dias, semanas, dependendo do aprendiz e da intensidade de sua prática. O terceiro é definido pelo automatismo da habilidade e pelo baixo grau de atenção exigido para o seu desempenho. O indivíduo pode começar a dedicar a sua atenção a outros aspectos da habilidade como, procurar no ambiente os obstáculos que possam impedir o Fisioterapia Ser • vol. 2 - nº 3 • 2007 desempenho ou concentrar-se em tarefas secundárias, economizando suas energias para evitar a fadiga15,20. A partir desse modelo, pode-se observar como pressuposto básico para a aprendizagem de habilidades motoras, o treinamento exaustivo, ou seja, a prática, esta deve se voltar para a tarefa que se quer aprender. Os conceitos de tarefa e contexto específico no âmbito da fisioterapia neurofuncional significam que a ação a ser aprendida deve ser praticada em ambiente apropriado, com exercícios dirigidos diretamente para os músculos e sinergias musculares utilizadas no desempenho da ação. Desta forma, as atividades funcionais seriam mais facilmente aprendidas na medida em que, fossem diretamente treinadas. A quantidade de prática parece ser um fator crucial nos programas de tratamento. Há evidências de que o aumento da prática relacionada à tarefa, melhora a habilidade da marcha após AVC21. Pacientes hemiplégicos com alterações da marcha foram submetidos a treinamento em circuito específico para desenvolver as habilidades de marcha sobre diversas superfícies e obstáculos, além de subir e descer degraus, e comparados com um grupo controle. Os pacientes que realizaram o circuito apresentaram melhora na velocidade da marcha e da habilidade para subir e descer escadas22. Em outro estudo23, foi aplicada a prática de tarefas específicas voltadas para membros inferiores e membros superiores em dois grupos distintos de pacientes com seqüelas motoras pós AVC. Os resultados mostraram melhora funcional em ambos os grupos, melhoras essas, relacionadas com as habilidades treinadas. O circuito abrange pessoas com diferentes diagnósticos neurológicos e fornece resultados positivos no tratamento24. O treinamento de marcha deve ser capaz de contribuir para melhorar a capacidade do indivíduo para resistir às ameaças ao seu equilíbrio, aumentar a segurança deste indivíduo, recuperar a sua confiança e das pessoas cuidadoras e facilitar a locomoção de maneira segura e eficaz na vida real25. Estudos mostram que parece viável, que o treinamento relacionado à tarefa, possa alterar o acesso aos circuitos neurais motores remanescentes e promover a excitabilidade de uma via motora alternativa podendo refletir o desenvolvimento de uma nova estratégia neural para aquele movimento26. O objetivo desse trabalho é descrever, através de um estudo de caso, uma abordagem baseada no treinamento de tarefas específicas relacionadas à marcha em pacientes com Doença de Parkinson. A ênfase da referida abordagem é dirigida para as desordens do movimento tais como bradicinesia e a instabilidade postural27. O Índice de Barthel é uma escala de avaliação de independência nas atividades da vida diária. O instrumento avalia se o paciente é incapaz de realizar as atividades, se necessita de ajuda, mesmo que parcial ou se é totalmente independente. O escore total pode variar de 0 a 10029. A avaliação da velocidade de marcha foi realizada solicitando que o paciente caminhasse normalmente em um trajeto de dez metros. Verificou-se o tempo utilizado e o número de passos dados30. O circuito entre duas cadeiras mede não só a velocidade do deslocamento como a capacidade de mudar o curso da marcha. Para tal, solicitou-se que o paciente deambulasse, formando um oito em torno das cadeiras e marcou-se o tempo31. No teste do equilíbrio (Timed up and go), pediu-se que o paciente sentado em uma cadeira com apoio para os braços, ao comando “já”, levantasse, caminhasse em linha reta por três metros, a uma velocidade habitual, voltasse e retornasse à cadeira. Computou-se, a seguir, o tempo gasto para realizar a tarefa32. A avaliação do equilíbrio foi realizada pedindo que o paciente andasse em uma linha de cinco metros, colocando pé-ante-pé, como se estivesse na corda bamba e verificou-se o tempo33. O circuito foi desenvolvido com as seguintes tarefas: ultrapassar sacos de pedra (empilhados em dois montes com três sacos cada), caminhar ao redor de balizas (formando um oito); sentar numa cadeira e pegar com as mãos um objeto colocado à cerca de 2 metros do solo; caminhar sobre uma superfície macia (colchão de solteiro); subir e descer duas escadas consideradas de pequeno porte; marcha do equilibrista; devolver o objeto que havia pegado inicialmente, colocando-o no lugar onde se encontrava; atravessar um trajeto de areia (uma caixa retangular de madeira cheia de areia); pegar uma bola na mesa e jogar para acertar dentro de um cesto. O treinamento foi realizado durante 15 sessões de 1 hora cada. O sujeito avaliado participou do estudo por livre e espontânea vontade e assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido baseado na resolução 196/96 do Ministério da Saúde. Material e métodos Marcha do equilibrista O estudo foi realizado no Hospital Municipal de Reabilitação no Rio de Janeiro e incluiu o paciente N.G. da S., de 71 anos, sexo masculino, casado, contador aposentado. A DP foi diagnosticada há nove anos, inicialmente com tremor na mão esquerda e bradicinesia. A Escala de Hoehn e Yarh modificada foi empregada com o objetivo de classificar o estágio e a severidade da patologia. Tal escala é baseada na sintomatologia (bradicinesia, rigidez e tremor), postura e funcionalidade28. Resultados Velocidade da marcha Percurso entre duas cadeiras Teste de equilíbrio Índice de Barthel Tempo total do circuito Antes Depois 0,76 m/s 16 passos 12s 15 passos 10 s 13 passos 9s 11 passos 90 / 100 1m e 13 s 1,25 m/s 14 passos 9s 15 passos 10 s 13 passos 7s 15 passos 100 / 100 46 s O paciente foi classificado no nível 1 na Escala de Hoehn e Yarh Modificada, sendo que este índice não se modificou após a aplicação da terapêutica. Após reavaliação, observouse melhora em todos os indicadores, exceto quanto ao teste de marcha do equilibrista que não se alterou. 217 Fisioterapia Ser • vol. 2 - nº 3 • 2007 Discussão O presente trabalho teve como objetivo descrever, através de um estudo de caso, abordagem baseada no treinamento de tarefas específicas relacionadas à marcha em pacientes com Doença de Parkinson. A DP é uma das enfermidades neurodegenerativas mais prevalentes na população de idade avançada. A Fisioterapia nesta entidade clínica colabora na melhora motora, psíquica, retardando o comprometimento postural. Em conjunto com o tratamento medicamentoso, pode modificar a progressão da doença, contribuindo para maior independência nas atividades da vida diária e melhor qualidade de vida dos pacientes34-37. No presente estudo, o aumento da velocidade da marcha observado após o treinamento, provavelmente se relacionou com maior segurança e capacidade de deambular em situações que se equivalem às da vida real38; o treinamento da própria tarefa que se quer aprender, a prática repetida da tarefa para garantir o aprendizado e a transferência do aprendizado para as atividades de vida diária são pontos importantes para assegurar ao portador da DP a realização das suas atividades com maior independência39. Neste sentido, o circuito de marcha pode contribuir para o aumento do tempo da prática. A partir dos resultados obtidos, sugere-se a inclusão do treinamento em circuito de marcha no tratamento de pacientes com Doença de Parkinson com a finalidade de facilitação da marcha. O estudo de Teixeira e Alouche, também verificou que o treino e a repetição proporcionaram um bom desempenho na execução de atividades, em sua pesquisa eles verificaram o tempo em que os indivíduos com DP levaram para executar uma tarefa motora e depois essa tarefa motora associada a uma tarefa cognitiva e ao analisar o tempo gasto para a realização das mesmas, eles verificaram que houve uma diminuição do tempo de execução destas, após dias de treinamento. Este trabalho sustenta a funcionalização no desempenho, em função do período de prática; reflete, claramente, aprendizado das tarefas, independente de ser uma tarefa simples ou dupla40,41. A Escala de Hoehn e Yahr, utilizada no estudo foi desenvolvida em 1967, esta é rápida e prática o estado geral do paciente. Permite classificar o indivíduo quanto ao nível de incapacidade / limitação funcional. Observa-se em outros estudos que pacientes com DP sofrem mais quedas devido à ocorrência da diminuição dos reflexos posturais, junto com as limitações motoras e a marcha festinante. Este aumento no número de quedas pode relacionar-se à progressão desta enfermidade, como mostra o estudo de Cuerda e colaboradores, que demonstra um significativo número de quedas associado às baixas pontuações na escala de Hoehn y Yahr. Dessa forma sustenta-se que o treino da marcha em circuito parece contribuir para a diminuição das quedas, porém no presente estudo de caso ele não modificou a classificação dos portadores da doença dentro desta escala37,42. Christofoletti et al, apontaram os efeitos da atividade física como forma de prevenir e/ou minimizar o risco de quedas em indivíduos com DP e Doença de Alzheimer e concluíram que atividade física contribui para minimizar alterações de equilíbrio41. A literatura já comprovou que quanto mais ativa fisicamente é um indivíduo, menor o número de possí- 218 veis limitações físicas viáveis a este sujeito. Dentre os inúmeros efeitos da prática da atividade física destaca-se a manutenção da capacidade funcional e melhora a aptidão física43. O uso da dopamina exógena permite que o paciente acometido pela DP normalize parte de sua performance motora, por aliviar alguns dos sintomas, como conseqüência maximizando de forma geral a marcha. Estudos precedentes evidenciaram que a marcha em portadores de DP sob efeito da levodopa não fica modificada no que concerne ao padrão locomotor em função de obstáculos em três situações distintas: sob o solo estável, sob o solo instável e com obstáculos44. O padrão da marcha na DP é caracterizado por pobreza de movimentos e diminuição da velocidade. A marcha festinada ocorre na tentativa de perseguir o centro de gravidade, a fim de evitar a queda para frente, sendo caracterizada por um aumento progressivo na velocidade e encurtamento do passo. Para a alteração deste padrão existem várias estratégias sensoriais, uma delas é a utilização de pistas visuais. Demonstrou resultados satisfatórios representados pela melhora significativa da marcha em parkinsonianos que foram tratados com esta estratégia comparados a um grupo de pacientes com DP que realizava o tratamento com a fisioterapia convencional45. Neste estudo de caso foi possível observar que o treinamento da marcha em circuito é benéfico, trazendo funcionalização do padrão e da velocidade, acarretando conseqüente adequação das atividades funcionais do indivíduo. Observou-se que o treino de atividade, promove o aprendizado resultando assim em melhor qualidade de vida46,47. ue o treinamento de uma atividade promove o aprendizado desta resultando assim em incientes com DP comparados a um grupo de pacNeste contexto conclui-se que parece relevante incluir-se tal procedimento de treino de circuito de marcha visando funcionalização em parkinsonianos. Referências bibliográficas 1. Lundy-Ekman L. Neurociências: fundamentos para a reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. 2. Limonge JCP. Conhecendo melhor a doença de Parkinson. São Paulo: Plexus; 2001. 3. Meneses MS, Teive MAG. Doença de Parkinson: aspectos clínicos e cirúrgicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. 4. Cardoso F, Camargos ST, Silva GA. Etiology of Parkinsonism in a Brazilian movement disorders clinic. Arq Neuropsiquiatr 1998;56(2):171-5. 5. O’Sullivan S, Schimitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 2003. 6. Collins RC. Neurologia. 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