Transleitura do códon de parada prematura do alelo CYP2C19*3

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Transleitura do códon de parada prematura do alelo
CYP2C19*3: um modelo farmacogenético
Fuchshuber-Moraes, M1; Carvalho, MA1,2; Carvalho, RS1,2 3; Rimmbach, C4; Rosskopf, D4 Suarez-Kurtz, G1
Laboratório de Farmacologia - Instituto Nacional de Câncer
Coordenação de Biotecnologia - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
3
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – Universidade Federal do Rio de Janeiro
4
Institut für Pharmakologie – Universität Greifswald
[email protected]
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Palavras-chave: Mutação nonsense, transleitura, aminoglicosídeos, parada prematura, farmacogenética
Introdução: Mutações nonsense são responsáveis por diversos casos de doenças genéticas, tais como a fibrose
cística e a distrofia muscular de Duchenne. Estudos demonstram que os aminoglicosídeos são capazes de induzir
os ribossomos a transleitura de códons de parada prematura (transleitura), permitindo assim a elongação da
cadeia completa da proteína e parcial recuperação da atividade biológica da proteína. O alelo farmacogenético
CYP2C19*3 é caracterizado por um códon de parada prematura, originado a partir do polimorfismo G6363A, que
dá origem a uma proteína inativa. Objetivo: Investigar o efeito de aminoglicosídeos como indutores de transleitura
do códon de parada prematura do alelo farmacogenético CYP2C19*3. Metodologia: O alelo CYP2C19*3 foi gerado
por mutagênese sítio-dirigida a partir do alelo selvagem. Estes foram clonados no vetor de expressão pQCXIH
fusionados a egfp na porção C-terminal e as construções transfectadas em linhagem celular HeLa. Os clones
celulares de expressão estável foram obtidos por pressão seletiva. A expressão gênica foi medida por Real Time RTPCR e Western blotting. A indução de transleitura foi realizada por tratamento das células com G418 e gentamicina
em concentrações variadas por 48 horas e as análises realizadas por técnicas de citometria de fluxo, imunoblotting e
microscopia de epifluorescencia. Resultados: As análises de expressão gênica mostram que as células transfectadas
com as construções CYP2C19/egfp apresentam expressão dos alelos investigados quanto ao mRNA. Em relação
à expressão de proteínas, células transfectadas com a construção pQCXIH-CYP2C19*WT/egfp apresentaram
expressão detectável, o que não ocorreu com o alelo variante, uma vez que a mutação introduz um códon de parada
prematura, produzindo uma proteína truncada. Os ensaios de transleitura demonstram que após os tratamentos, as
células portadoras do alelo variante apresentaram expressão detectável da proteína de cadeia completa por todas
as técnicas aplicadas, sendo este efeito de dose-resposta. Conclusões: O modelo gerado para o estudo é aplicável
aos ensaios de transleitura e, de acordo com os resultados obtidos, os aminoglicosídeos são agentes indutores de
transleitura do códon de parada prematura do alelo CYP2C19*3. A próxima etapa será a validação do modelo para
estudos de farmacologia clínica, avaliando a atividade enzimática da proteína obtida após o processo de transleitura.
Apoio financeiro: INCA/FAF/CNPq/CAPES
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