Michel Leme é um personagem ímpar na música

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foto Juliana Crelier
Michel Leme é um personagem ímpar na música brasileira, costuma ter de sobra o que
falta na maioria: opinião , atitude, coerência e uma musicalidade despreendida de obrigações impostas seja lá por quem for. Esse é Michel Leme!
Ele tem presenteado os ouvidos atentos, já por mais de duas década, com trabalhos
memoráveis e dignos de nota, entre eles UM DOIS TRIO, QUARTETO, 5º e seu último
trabalho lançado em DVD, gravado ao vivo, que leva o sugestivo título NA MONTANHA.
O trabalho vem recheado de temas fantásticos apresentando uma liberdade musical
linda de se ver e ouvir, o DVD conseguiu captar mais do que imagem e som, capturou
um momento único de uma energia entre os músicos que não é para qualquer um.
Na entrevista a seguir Michel fala um pouco sobre seu DVD, novos projetos, opiniões
sobre o mercado, equipamentos e desafios da carreira.
foto Liana Nakao
chama atenum bom tempo, e o que mais me
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PRESS RELEASE 2012
Por Bruno Bacchi e equipe MichelLeme.com
Michel Leme é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes
expoentes da guitarra no Brasil. Considerado tanto pelos
músicos, como pela crítica, um dos grandes mestres da improvisação, o artista - que neste ano completa 22 anos de
carreira - possui como uma de suas características principais uma impressionante vontade de tocar, o que o leva a
manter uma média de mais de 150 apresentações por ano
(dados colhidos desde 2009).
Michel Leme já participou de mais de 40 discos de música
instrumental, tocando a convite de outros músicos ou participando de coletâneas que tem como foco o seu instrumento. O artista possui seis trabalhos solo lançados de maneira totalmente independente: “Umdoistrio”, “Quarteto”,
“Trocando Idéias”, “Michel Leme & A Firma”, “Michel Leme
5º”, e o mais recente “Michel Leme Trio – Na Montanha” –
em DVD.
Nos palcos, tocou com grandes músicos, tais como Gary
Willis, Michael Brecker, Toninho Horta, Nenê, Lee Konitz,
Joe Lovano, entre outros. Michel mantém parcerias musicais constantes com Arismar do Espírito Santo, Alexandre
Mihanovich, Alex Buck, Djalma Lima e outros amigos.
Ao longo dos anos, o guitarrista marcou presença em mídias importantes como Guitar Player, Cover Guitar, Clube
do Jazz, Bandas de Garagem, Guitar Experience, além de
ter sido destaque no jornal O Globo, na Folha de São Paulo, no Programa do Jô, no Metrópolis, entre outros. Michel
também dedica uma atenção especial ao seu site e ao seu
blog, no qual escreve regularmente textos desafiadores
que também são requisitados por outros sites e portais da
internet.
De novembro de 2007 a dezembro de 2009, Michel conduziu o “Programa Michel Leme & Convidados”, exibido todas as quintas feiras pela TV Cia da Música. Durante os mais
de dois anos em que o programa esteve no ar, o artista teve
a oportunidade de tocar semanalmente com diferentes
músicos e, para manter o espírito da improvisação, Michel
sempre fez questão de que as apresentações fossem realizadas sem ensaios prévios.
Michel ainda atua como professor nos principais conservatórios de música de São Paulo: Souza Lima e IG&T (Escola
de Música e Tecnologia). O guitarrista também possui alguns vídeos didáticos em diferentes veículos da internet,
alguns deles desenvolvidos exclusivamente para o canal
eletrônico da revista Guitar Player do Brasil.
Além disso, Michel vem tocando em projetos que levam
a música instrumental para o público sempre a preços populares ou mesmo com entrada franca, seja em bares ou
projetos como o Sagrada Música, a Jam Session EM&T, os
sábados na escola Virtuose, Luthieria, entre outros. E, além
do som instrumental, o guitarrista também integra as bandas de rock A.R.M. e Sangue, ambas autorais e com o primeiro registro em disco prestes a ser concluído, mostrando
mais uma face de sua versatilidade.
Na área de produtos, Michel assina um amplificador totalmente valvulado desenvolvido junto à marca brasileira
Rotstage, o modelo Libra, e uma guitarra desenvolvida junto ao luthier Ivan Freitas da Music Maker Custom Guitars,
batizada M Model. Michel Leme conta ainda com o apoio
das cordas D’Addario, dos cabos Tecniforte, correias Basso
e dos pedais e pedalboards Fire Custom.
Por aqui está tudo ótimo, e obrigado pela oportunidade de falar aos leitores do Guitar Lick! Respondendo: estou seguindo o meu caminho, tentando melhorar sempre. Este conflito que você
cita não acontece quanto à identidade, vejo que
não há problemas quanto a isso. Minha luta diária é com as minhas limitações mesmo, estudando, ouvindo minhas gravações e trabalhando
pra tocar melhor. Quanto às mudanças que você
também cita, é bom saber que alguém as percebe porque a vida está em constante movimento
e, para mim, a música deve acompanhar isso pra
ter algum valor. Não curto ouvir caras que fazem
sempre o mesmo solo ou lançam trabalhos usando as mesmas fórmulas. Tem uma frase do sufi
Inayat Khan num livro chamado “Música” que
diz o seguinte: “o que procuramos na música? É a
vida”. Concordo.
2-Assistindo ao DVD
MICHEL LEME TRIO NA
MONTANHA fica mui
tocar, se divertir, enfim
to clara sua proposta
“levar um som” com
de
amigos. Na sua opin
dente de estilo, soa em
ião a música hoje, in
plastificada porque
de
penfalta este tipo de cum
plicidade e honestid
ade?
Eu não faço música pa
ra adequar-me ao grup
o dos
Por isso, toco com os ca
“queridinhos” da mús
ras com os quais há em
ica instrumental bras
patia,
ileira,
confiança e respeito m
definitivamente. Não es
útuos, porque a partir
tou a fim de fazer qual
daí é só
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uma questão de tocar
coisa que não me insti
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o que acontece - e sem
gue artisticamente. Se
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“setlists”, sem combina
para alguns é importa
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s sobre quem sola ante
nte fazer média e esta
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quem, sem ler partitura
asa de pessoas influen
s, sem perguntar pro ba
tes nas máfias de show
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s, festise ele quer solar, sem
vais etc., mas, honesta
fazer sinais de dinâmica
mente, eu não tenho es
, sem
tômasorrisos estratégicos, en
go pra isso. Prefiro olha
fim, sem ser aquilo qu
r para as pessoas que
e eu
amo e
abomino. Para alguns
sentir-me digno de esta
isso tudo pode parece
r ao lado delas. Eu tra
r com
balho
desleixo ou não dar a
com aulas, pago minha
mínima para o “públic
s contas e quando vou
o”, mas,
tocar,
de fato, é um método. Se
seja no gueto ou festi
você lida com improvisa
vais e shows bem pago
ção,
s, teno jogo de cartas marca
to obedecer somente à
das nunca é uma opçã
música, ou seja, não pr
o. A lieciso
ção dos mestres está aí
adequar o som que fa
, nos sons e até em biog
ço ao lixo que é a “tend
rafias,
ência”.
só não aprende quem
não quer.
foto Juliana Crelier
lho apresentado no formato
3- Você acredita que seu traba
a novos ouvintes?
DVD o torna mais “acessível”
sexto traformato neste que é meu
A idéia foi lidar com outro
s juntos
Juntei amigos e trabalhamo
te.
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meio a uma área de preser
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ambiental em São Francisc
em cada
no que nos deu mais prazer
das as decisões com base
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fundo na
outubro de
eu na bela tarde de 08 de
ação coletiva que acontec
cabe um
conhecer este trabalho. E
2011. Convido a todos para
já está acabando.
aviso: a primeira prensagem
4- Como tem sido a resposta a
este DVD?
m,
realmente entram na viage
Tem sido ótima. As pessoas
e
as passagens, o conceito
vem comentar sobre algum
m
ram e as entrevistas també
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en
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ação do trabalho. Isso é tud
mostram uma ótima aceit
to
já ganhei, que foi fazer. O res
legal, mas o real prêmio eu
é bônus.
iu sempre focou
5- A GuitarLick desde que surg
mentos e obsera indústria nacional de instru
oiam com excessão
vando as empresas que te ap
nais, a Fire, a Tecda D´Addario todas são nacio
demos dizer que
niforte, Rotstage e Cassias. Po
el de excelência
nossa indústria atingiu um nív
ou falta algo?
que estão sendo
Falta as pessoas perceberem
mil numa guitarra
roubadas ao pagar R$ 10
hier bom pode faque é inferior ao que um lut
vê em conversas
zer por R$ 3,5 mil. O que se
nos comentários
por aí e também na internet
ambientes lamenem youtube, fóruns etc., z, com raríssimas
táveis onde reina a estupide
s veiculadas atraexceções - é que as marca
dia conseguiram
vés dos tempos na grande mí
nho de consumo”,
estabelecer-se como “o so
eguiram inebriar o
ou seja, estas marcas cons
s produtos ao staconsumidor, elevando seu
o que não for de
tus de objeto de desejo. E tud
smente não exis“uma grande marca”, simple
sequer de testar.
te ou é “uma porcaria” antes
m o luthier sério)
Só que o músico (e també
e não funciona, e
sabe o que funciona e o qu
m do que é engasabe distinguir o que é bo
o que divulgo que
nação. Eu uso de verdade
s que me apóiam
uso; os produtos das marca
nquilamente por
são ótimos, e digo isso tra
de várias marcas
já ter usado equipamentos
a. A indústria naao longo de minha trajetóri
da. Convido todos
cional merece ser valoriza
ções, talvez isso
para façam testes e compara
o babaca.
possa frear esse consumism
s ações mercadológicas em
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profissionalmente?
m
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nesse ramo geralmente é pe
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e não me esforço
Não sei te dizer até que po
e, ao mesmo tempo em qu
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co
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blico o que
suas costas. Eu trato as pesso
ito que deve ser feito, e eu pu
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a detrapra agradar. Eu toco porqu
ica voz. Isso, obviamente, cri
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penso porque não dá pra de
o que digo. De qualquer for
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ito bem.
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a apresentação?
moda em um
7- Quando um público te inco
to rola música ao
Gente falando alto enquan
vivo é uma abominação, sem
dúvida.
guitarra que você está usando
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foto Flavio Tsutsumi
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pelo luthier João
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ando-o direto desde 2007.
Essa guitarra foi construída
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simplesmente mosum som quensias e comprei-a porque ela
plificador dos sonhos, tem
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trou que a Gibson ES-175
e limpo. Ele só completa e en
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dinâmica por conta da sua
youtube, por exemplo. O bo
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seira: pode-se triscar a palhe
parte “fora” do DVD porqu
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volume, e iss
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cordas que ela dá o mesmo
mais sujo sem aumentar tan
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cas, ou seja, ela é muito ma
ela é confiabilíssima.
bre mais rico. O amtim
um
ter
de
m
alé
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ssa
expre
io de composição?
9- A improvisação é um exercíc
Eu sempre gostei de improvisar, isso vem desde
que eu comecei a tocar, com sete anos de idade.
Ao longo dos anos eu venho exercendo a improvisação sobre vários gêneros musicais, vários ritmos e situações. É o meu meio de expressão na
música, sem dúvida, e trata-se de um processo
maravilhoso, por muitas vezes mágico e inexplicável, porque acontecem coisas em grupo que
são inacreditáveis. E você precisa estar atento o
tempo todo, o piloto-automático realmente não
é uma opção, o que ajuda muitíssimo no desenvolvimento da concentração. Além disso, gravar
você tocando e ouvir depois é um “conheça-te
a ti mesmo” versão tratamento de choque. Improvisar é compor na hora, uma das definições
conhecidas para o termo, e para mim, as duas
coisas se relacionam de uma forma muito próxima: outro dia ouvi uma gravação de um show
do trio com o Bruno Migotto e o Bruno Tessele
em 2010 e encontrei uma melodia que completou um tema recente, o “Boogaloo do Final dos
Tempos”; outra coisa que acontece é nascer um
tema na hora, como aconteceu há cerca de um
mês: surgiram uns seis temas tocando em duas
noites diferentes; obviamente, a improvisação
vem da composição também, porque ao improvisar é preciso ter o tema em questão na mente,
o que ajuda na consistência do discurso. Só um
complemento: na sua pergunta está a palavra
“exercício”, então é importante dizer que no momento de tocar nada é exercício. Todo e qualquer
exercício deve ficar em casa, porque o momento
de tocar exige a habilidade de saber ouvir e ter
como expressar uma idéia de forma tão rápida
quanto um reflexo, é ação e reação; é o momento do jogo e não mais o treino.
ensino
10- Você gosta do sistema de
Eu não conheço o sistema de ensino das escolas de
música, elas são inúmeras e cada professor influi
no processo de ensino, portanto é um cenário bem
complexo de se analisar. O que posso dizer é que
vejo alguns caras mais novos tocando e reparo que
os que têm jeito para a coisa são aqueles que se viraram sozinhos na maioria do tempo. E os mais travados vieram de professores que passaram muita
porcaria pra eles, desde equívocos conceituais até
mazelas psicológicas. Quanto a mim, eu toco o máximo que posso por aí e ensino o que faço da maneira como gostaria que me ensinassem. É um pú-
das escolas de música hoje?
blico variado que me procura, são desde iniciantes
até formados em faculdades de música que querem
voltar a ter prazer em tocar. E é bom ver estes caras
se sentindo bem ao longo do processo, lidando com
a música de uma maneira saudável e sentindo mais
e mais prazer em lidar com a música. Eu continuo
aprendendo com cada um, seja com o músico mais
velho que sabe o triplo de músicas que eu, seja com
o aluno que compreende logo na primeira aula que
não sabe tocar sobre dois tons diferentes. Eu ensino
o que faço e gosto muito de tocar, talvez isto seja um
diferencial.
to realizado aos domingos o
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o
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11-Acompanho su
is eclético possível. Isso
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Sagrada Música, e semp
co e não é algo segmentado e
bli
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me
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ins
a
sic
prova que a mú
difícil de entender?
Sim, você mesmo respondeu a pergunta. Só que
a Indústria Cultural domina, criando mais e mais
zumbis. No Sagrada Música a gente vê crianças,
idosos, músicos, donas de casa, enfim, o público
mais variado, e todos estão lá porque simplesmente estão curtindo um dia bonito e saíram
da frente do esgoto que é a televisão ou o jornal
que deixaram em suas casas. E estas pessoas ouvem a música, o que já é mais do que ótimo. A
música presenciada ao vivo realmente não tem
comparação, e é preciso ter esta experiência de
forma direta. Como eu e quem eu chamo para
tocar tocamos o que nos dá prazer e sem fazer
pose ou concessões (não só no Sagrada Música,
claro), estamos exercendo nossa arte, tocando
pela beleza, pelo prazer de tocar juntos. O clima
que isso gera é algo diferenciado que faz quem
está ali viajar no som, ter um momento de respiro
em meio a este modo de vida escravizante a que
todos estamos expostos. Só que você acha que
o Estado e os donos de monopólios querem que
alguém se exponha a algo que não seja apenas
o que eles querem que seja consumido? Estabeleceu-se na sociedade que o entretenimento é
arte, porque a música já não é mais nada para as
pessoas se não tiver fogos, explosões, bailarinos,
duas gostosas se beijando, telões, hologramas
etc., certo? E a música? Alguns ainda a apreciam,
o que é um alívio, mas a grande maioria apenas
ouve o que lhes é imposto junto com o pacote
do entretenimento, da distração, por mais que
jurem que são livres para ouvir o que bem querem - como se a massificação não causasse a
grande confusão entre “gostar” e simplesmente
“reconhecer”. Outra questão é que as manifestações artísticas realmente criativas estão cada vez
mais sendo banidas da sociedade, seja através de
leis – como as que impossibilitam um cara a abrir
ou manter um bar com música ao vivo devido a
Psiu, impostos absurdos (e isso sem falar nos fiscais corruptos, bastante assíduos) - e seja através
da ideologia plantada na mente das pessoas via
massacre da mídia, o que as torna cada vez mais
resistentes a qualquer coisa que não seja o que
toca na novela ou nos programas de TV imbecilizantes do final de semana. Então, ter a experiência direta com a música talvez ajude as pessoas
a adotar uma postura de questionamento. E do
questionamento sobre música e arte para questões como política e “onde está a grana gerada
pelo nosso trabalho e pelos impostos que nós pagamos?” é um pulo, não é?
projetos? Vem novas expede
o
nd
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12-Depois deste DVD
trio?
etende continuar no formato
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riências com
banda de rock, com um
Estamos finalizando o disco do SANGUE, que, pra quem não conhece, é uma
registrar as músicas novas
som bem pesado. Também estou armando uma sessão de gravação para
s”. No mais, quero tocar
que citei na resposta número nove, provavelmente em trio com “Os Bruno
onde e quando for possível. Este é o meu modesto plano.
13- Quais os desafios físicos para tocar com uma semi-acustica com encordoamento pesado e na noite seguinte tocar sua guitarra sólida MUSIC MAKER M?
Uso cordas D’Addario Chromes .012 na acústica e com a primeira E na medida .013 e a G desencapada .022. A escala da Cassias é um pouco mais longa, então ela é mais dura, é preciso tocar sempre
pra manter a fluência. Já nas sólidas M Model, modelo desenvolvido por mim junto ao Ivan Freitas da
Music Maker, eu uso cordas D’Addario EXP .011., e a regulagem do Ivan faz tudo parecer mais macio,
o que faz a M Model ser mais fácil de tocar.
14- Nessa guitarra feita em parceria com MUSIC MAKER onde encontramos sua
“mão” na proposta de concepção dela? Os TONE CHAMBERS já era algo que você
tinha em mente?
No final de 2010 eu me reuni com o Ivan Freitas e disse
a ele que precisava de uma guitarra sólida para tocar
com minhas bandas de rock. Passei um desenho tosco do que eu queria e fomos aprimorando o corpo da
M Model juntos. Depois ele me mostrou o headstock
e acertamos os detalhes como trastes de inox, tarrachas, marcações. Em pouco mais de 2 meses, tínha-
mos a primeira M Model pronta. Estou muito contente
com essa guitarra, ela traz o melhor dos mundos das
guitarras sólidas, na minha opinião. Os “tone chambers” o Ivan incluiu no projeto sem me avisar e o resultado é bem legal, tanto no peso da guitarra, que fica
mais leve, quanto no som. Convido o pessoal a testar
e comparar.
15-Michel Leme saiu de férias, e só cabe uma de suas guitarras no
porta malas: semi-acústica ou sólida?
porque eu tenho prePelo espaço no carro eu levaria uma sólida, mas pra não ter que ligar nada,
de do dia. Abraços!
guiça, eu levaria a acústica. Então, assim como escolher o que tocar, isso depen
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