A Verdade de Robson Fifo Ribeiro Bastava a Robson dizer a verdade. Robson jurava que não sabia de verdade nenhuma. - Fala Robson... - Eu nada sei! - Fala Robson. - Eu nada sei! - FALA ROBSON!!! O que faltava à filosofia robsoniana era a malandragem. Devido ao pouco trato com as palavras, agora a comunicação deles com Robson seria na base da fisioterapia. - Scraaaaaaaaaaaaaatch Robson! - Ai ai eu nada sei! - Rasssssssssssssssggggg Robson! - Ai de mim eu nada sei! - Nak! Nak! Nak! Nak! Nak! Nak Robson! - Desgraçado de mim que nada sei! - Blrblrblrblrblbrlblrbbulbrblrbbbbrrr Robson! - Ai Ai Ai o que eu fiz pra merecer isso desgraçado de mim que nada sei! - Frrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Robson! Neste instante o torturador tirou a máscara e desligou a broca de basalto, Frrrrrrrr frrr frr fr f f f..., entediado. 1 - Se não sabe por que não inventa alguma coisa, porra? Faltava a Robson a malandragem da poesia, aquela que traz a clarividência, mas Robson sabia que nunca era tarde demais. - Pem poi pe bapou e besbuprou bua pibia poi o pebro!!! Robson foi liberado, e sua língua foi devolvida dentro dum daqueles saquinhos térmicos. (Não se fazem mais mafiosos como antigamente) Obra original disponível em: http://www.overmundo.com.br/banco/a-verdade-de-robson 2