Embasa tira carro pipa do semiárido

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6 de maio de 2009
Embasa tira carro pipa do semiárido
A Embasa está fazendo desaparecer do
cenário rural baiano a figura dos carros pipa.
Em troca, explorando aquíferos ou expandindo redes de distribuição de áreas urbanas,
a água está chegando às torneiras das residências isoladas, para alegria dos moradores. É o caso de Cacimbas e Caldeirãozinho,
que receberam rede de distribuição e foram
integradas ao sistema de abastecimento
de Itiúba, município ao qual estão ligadas.
A moradora Maria Nunes conta que pagava, de uma a duas vezes por semana, cerca de R$ 10 ao carro pipa por mil litros de
água. Mesmo assim, a quantidade adquirida
era insuficiente para atender às necessidades das sete pessoas de sua família. Ela às
vezes tinha de procurar água cavando uma
cacimba com pá ou enxada, pois o chafariz do povoado ficou seco durante os últimos anos. “Era um problema. Quando tinha,
a água não dava para todo mundo. A gente
fazia reciclagem: aquela que lavava a rou-
pa era usada para lavar o banheiro”, lembra.
Em Caldeirãozinho, Maria de Lurdes está
satisfeita com a chegada da água. “Tá ótima.
Não preciso mais andar quilômetros com balde na cabeça. Meus vizinhos aí tudo têm água,
todo mundo ao mesmo tempo”, diz sorrindo.
Foram implantadas 300 ligações domiciliares
nos dois povoados. Desde outubro do ano passado, cerca de 1,3 mil moradores de Cacimbas
e Caldeirãozinho começaram a receber água de
boa qualidade do Sistema Integrado de Itiúba.
A água captada na barragem do Jacurici é tratada numa estação situada no povoado de Rômulo Campos e conduzida por
uma elevatória até o reservatório de Itiúba,
de onde segue para as duas localidades.
Sistemas semelhantes estão atendendo
aos moradores dos distritos de Melancia e
Salgado, que passaram a receber água do
sistema de Andorinha, e dos arredores de
Cansanção, para onde uma adutora conduz
água do Aquífero de Tucano. (Fonte: Embasa)
Queimadas, uma prática perniciosa
Romildo Guerrante
Mais vale um hábito que uma carrada de
razões. Na história da agricultura brasileira,
as queimadas são tidas como instrumentos
para acabar com as plantas daninhas e melhorar a qualidade do solo. Alerta a Embrapa, no entanto, que, aquilo que à primeira
vista surge como uma vegetação mais forte
após o fogo, é apenas parte de um processo que, repetido seguidamente, degenera o
solo. Sem falar nos riscos de alastramento
do fogo e nos prejuízos ao meio ambiente.
Mas tem sido aparentemente inútil insistir nesse ponto. Em cada canto do Brasil,
como se pode ver na foto, há sempre alguém botando fogo no mato na esperança de que a terra “cansada” se regenere e
traga uma boa colheita na próxima safra.
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a palavra dA presidente
Clima alterado, nova face do Brasil
Chuvas torrenciais no Nordeste de secas históricas, seca devastadora nos celeiros verdejantes do Sul. Definitivamente,
as alterações climáticas estão deixando
suas marcas no Brasil. Não é um problema só “lá de fora”, é um problema nosso
também. O último Fórum da Água deixou
muito claro: a água é uma commoditie,
ela tem um custo. A
natureza é uma só,
temos de compartilhar o respeito ao
meio ambiente para
que todos possamos ter segurança
e qualidade de vida.
As respostas que
a natureza vêm
dando às agressões que sofre são,
ainda, infinitamente pequenas. A marcha do consumo insensato nos países desenvolvidos está deixando um rastro de conseqüências danosas ao nosso entorno natural.
A questão da preservação da qualidade e da quantidade da água nos parece mais urgente, porque depende
não só de vontade política dos gover-
nantes, mas é comprometida, em muitos casos, pela falta de informação.
Desperdiça-se água no Brasil como se
os mananciais fossem eternos, ao mesmo
tempo em que se lançam sobre os corpos d`água toda sorte de agentes destruidores da qualidade, que comprometem e
dificultam a recuperação dessa água para
benefício de todos.
Agimos em duas pontas, consumindo muita água e depredando o pouco que resta.
É tempo para um
exame de consciência de cada um sobre
a sua relação com o
mundo. Se está tirando da natureza mais
do que ela pode oferecer, certamente isso
que se desperdiça irá nos faltar lá adiante.
Então, precisamos trabalhar contra a
desinformação dos que não têm a dimensão do mundo e contra a ganância dos
que sabem de tudo, mas preferem ignorar.
Cassilda Teixeira de Carvalho
EXPEDIENTE
ABES Informa é um informativo
eletrônico da Associação
Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental - ABES,
atualizado semanalmente e
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MEIO ambiente
O campo de sementes que virou floresta
Numa época em que se lamenta o desmatamento crescente, existe no interior
de São Paulo um exemplo de reflorestamento de mata nativa que deu certo e que
pouca gente conhece. Trata-se da Floresta Nacional de Lorena, um grande reservatório de Mata Atlântica, localizada entre
a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira.
Campo de sementes nos anos 20, a
área foi totalmente reflorestada com espécies nativas a partir da década de 1950. Com cerca de
250 hectares, a floresta tem
trilhas, lago, viveiro de plantas, centenas de árvores,
aves e animais que podem ser
vistos livremente pela mata.
Bahia, pau-brasil, jequitibá, pacova de macaco, palmito, quaresmeira, cedro e sapucaia, entre outras.
Animais como a cotia e a capivara foram importantes aliados da natureza, pois elas trouxeram novas espécies como o cambuí, carrapeta, pindaíba preta e angelim. Hoje, é possível
ver cotias, capivaras, porcos do mato, répteis,
lagartos, cobras, micos e aves de várias espécies vivendo livremente pela Floresta Nacional.
“Foram plantadas espécies pioneiras, ou seja,
Sementeira
Para se ter uma idéia da
magnitude do trabalho realizado pelos pesquisadores
da Floresta Nacional, basta
ver que em 1923 a mata simplesmente não existia. Ali era
um campo de sementes, que
eram distribuídas aos lavradores com o intuito de melhorar e intensificar a cultura de
cereais e frutas. O local era
totalmente desmatado, numa área doada pela Prefeitura ao Ministério da Agricultura, distante cinco
quilômetros da cidade, à margem da
Estrada de Ferro Central do Brasil.
Ação da natureza
Para fazer o reflorestamento, foram
plantadas ao longo dos anos espécies
nativas como angico, pau-jacaré, ingá,
diversos tipos de ipês, pérola vegetal, mirindiba, paineira, pau-viola, jacarandá da
Numa área de 250 hectares,
a natureza ajudou o trabalho
do homem na reconstrução
de uma floresta rica em
biodiversidade
as primeiras que nascem no descampado. Elas
gostam de luz e germinam facilmente com a ação
dos ventos, como a imbaúba, pois suas sementes são leves”, explica o chefe da unidade da Floresta Nacional de Lorena, Vinicius G.Mattei. Em
seguida, vieram as secundárias, que gostam de
sombra, e depois as últimas, as Clímax, mais valorizadas. Elas nascem por último na sucessão,
gostam de sombra, levam mais tempo para crescer e normalmente são exploradas como madeira
de lei. Um exemplo é o pau-brasil, que demora de
40 a 50 anos para se desenvolver”, explica Mattei.
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recursos hídricos
Gaúchos preparam semana da água
Ana Maria e Maria de Lourdes na primeira reunião
meio ambiente
Conama debate educação
ambiental com empresários
O Conama começou a ouvir empresários e
sindicalistas na quarta-feira (6), em Salvador,
durante o seminário “Desafios e Perspectivas
da Educação Ambiental no Setor Empresarial”, para mapear os programas de educação
ambiental nos dois segmentos. (Fonte: MMA)
energia
Termelétricas da Cagece
economizam em energia
A Cagece está conseguindo economizar R$ 48 mil por mês desde abril,
quando concluiu a instalação de cinco usinas termelétricas para evitar a
compra de energia, que é mais cara no
horário de pico, entre 17h30 e 20h30,
de segunda a sexta-feira. As termelétricas cumprem também outra função
importante, que é a de evitar transbordamento de esgoto quando falta energia no município. O investimento foi de
R$ 3,6 milhões, com recursos próprios.
A seção gaúcha da ABES está organizando, juntamente com a Sema - Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, a XVI Semana Interamericana e IX Semana Estadual
da Água, que serão realizadas no Rio Grande do Sul de 3 a 10 de outubro de 2009.
A programação prevê seminários, palestras, mostras, exposições, ações de educação
ambiental, entre outras atividades, realizadas por aproximadamente mil entidades, em
praticamente todos os municípios gaúchos.
A temática deste ano estará focada no consumo responsável da água, especialmente em
atividades domésticas, na agricultura e na indústria. Essa indicação surgiu a partir da abordagem feita no Fórum Mundial da Água, realizado em Istambul, Turquia, em março de 2009.
A Coordenadora da Semana da Água e
Diretora de Comunicação da ABES/RS, Maria de Lourdes Wolff, e a representante da
Sema na comissão organizadora, Ana Maria Cruzat, já fizeram a primeira de uma série de reuniões semanais para tratar do
assunto. Entidades que queiram participar do evento podem contatar a ABES/RS
(51-321213745) ou a Sema (51-3288-8129)
PAC
Assemae discute o PAC
A Assemae - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento promoverá de
24 a 29 de maio, em Gramado (RS), uma série
de paineis para que os municípios discutam com
técnicos do Governo Federal, entre outros assuntos, como reduzir o ciclo de desembolso dos
recursos do PAC, permitindo que os municípios
brasileiros se beneficiem dos recursos em um
menor período de tempo a juros mais acessíveis.
O evento, voltado para gestores municipais e sob o
título “Saneamento ambiental: ferramenta para integrar a gestão da cidade”, ocorrerá durante a realização da 39ª assembleia geral da entidade. Para mais
informações, acesse o site: www.assemae.org.br
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recursos hídricos
Senado relata Fórum Mundial da Água
ano da frança
França patrocina
pesquisa com USP
A USP - Universidade de
São Paulo e a Universidade
de Rennes 2, de Paris, vão
patrocinar uma série de pesquisas de campo sobre as
dinâmicas agrícolas e seus
impactos ambientais no Estado de Mato Grosso. O trabalho, que integra o Ano da
França no Brasil, iniciado
dia 21 de abril, envolve entre 15 e 20 estudantes de
cada universidade, que irão
percorrer aquele estado, no
mês de julho, durante 29
dias. Serão visitados diversos projetos nos municípios
de Rondonópolis, Cuiabá,
Sinop, Alta Floresta e Juína
O objetivo é abordar a diversidade de realidades brasileiras por meio do exemplo
de Mato Grosso, verdadeiro
laboratório das dinâmicas
agrícolas e ambientais registradas nos últimos anos no
âmbito de três dos biomas
mais importantes do Brasil: as florestas ombrófilas e
mesófilas, os cerrados e as
zonas úmidas (Pantanal). As
dinâmicas ambientais, demográficas, econômicas e espaciais em Mato Grosso são
estudadas há muitos anos
pelos pesquisadores. A abordagem é, ao mesmo tempo,
geográfica e sociopolítica.
A subcomissão de Meio
Os parlamentares presenAmbiente do Senado Federal
tes ao evento reconheceram
apresentou na terça-feira (5) o
ainda, conforme o relatório, a
relatório final de acompanhanecessidade de universalizar
mento do Fórum das Águas
o uso da água para reduzir as
das Américas e do Fórum
desigualdades de povos e terriMundial da Água, cujo tema
tórios. Destinar maiores recurfoi “Superando os Divisores de
sos financeiros para o acesso
Água.” O documento, intitulaà água potável e o saneamendo Parlamentos para a Água,
to e cumprir assim as metas do
resume a disWorld Water Forum
cussão sobre
a preservação
de aquíferos
e o potencial econômico dos rios
transfronteiriços e transnacionais.
O fórum, do
qual participou
a
presiden- Fórum de Istambul: ações para preservar aquíferos
te da ABES,
Cassilda Teixeira de Carvamilênio estipuladas pela Orgalho, foi realizado em Istambul,
nização das Nações Unidas
Turquia, entre os dias 16 e
(ONU) são objetivos que tam22 de março. O relatório será
bém constam do documento.
discutido em outra reunião e,
Foi apresentada também a
em seguida, encaminhado à
declaração final dos ministros
Comissão de Meio Ambiente.
de Estado presentes ao evenA relatora, senadora Marito da Turquia, que recomensa Serrano, destacou o cadou aos países desenvolvidos
so do Rio Paraguai, marco
que reduzam as emissões
fronteiriço de três países (Arde carbono para diminuir os
gentina, Uruguai e Brasil),
efeitos das mudanças climátique merece uma discussão
cas e, para isso, utilizarem a
profunda sobre o seu potenenergia hidrelétrica como facial econômico. Segundo a
tor importante na gestão dessenadora, o debate dos leses recursos. O documento
gisladores apontou para a
apontou ainda o temor de que
necessidade de transferência
a irrigação exagerada provotecnológica, em especial entre
que a escassez de recursos
os países da América Latina.
hídricos. (Agência Senado).
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recursos hídricos
Poços aumentam oferta de água em Recife
A exploração da água
subterrânea tem sido uma
alternativa para o aumento
da produção de água em
Pernambuco, visando suprir
a demanda da população e
eliminar o racionamento. A
Compesa vem abrindo poços subterrâneos em vários
municípios, além de desenvolver pesquisas para estudo da viabilidade do abastecimento através de água
subterrânea. As obras e os
estudos totalizam R$ 9,3
milhões em investimentos.
Ao todo, a empresa está
desenvolvendo 11 projetos
para a perfuração de poços
de captação de água subterrânea. Segundo o geren-
ca que a média de produção
te de Águas Subterrâneas
dos novos poços na Região
da Compesa, geólogo HéMetropolitana de Recife é
lio Paiva, a importância da
de 70 a 90 mil litros de água
utilização da água subterrâpor hora. No Sítio Histórico
nea no abastecimento vem
de Olinda, o poço já conclucrescendo a cada dia. Entre
ído tem uma vazão de 80
os fatores estão: a degradamil litros de água por hora.
ção dos mananciais de superfície e os elevados
Compesa
custos de tratamento e o constante incremento dos custos
da captação superficial,
principalmente
devido ao aumento
das distâncias das
fontes de produção
aos centros de consumo, entre outras.
Com relação á vazão, o geólogo expli- Água subterrânea complementa a oferta
empresas
Copasa rebaixa e
concreta o Arrudas
A Copasa está rebaixando e
concretando o fundo do Ribeirão
Arrudas, responsável por inundações freqüentes em Belo Horizonte. As obras tem duas funções:
prevenir as inundações e proteger os interceptores de esgoto que
passam nas laterais do Arrudas.
Numa extensão de 3.120 metros,
os serviços de concretagem compreendem o rebaixamento do leito natural do ribeirão em dois a três metros e,
posteriormente, o seu revestimento
em concreto. Num trecho de 860 metros, em que a calha já é revestida, será feito apenas o desassoreamento.
novos sócios
Amanda Regina Campos Honório
(DF), Ana Elisa Martinelli Finazzi
(MT), Andréia Ruas das Neves (ES),
Davi Rodrigues da Silva (DF),
Deusmar Aleixo da Silva (GO),
Diego Leonardo de Andrade
Carvalho (MG), Fernando Duarte
Barbalho (GO), Israel Nunes
Henrique (PB), Lais Caroline
Feitosa da Silva (PA), Liana Notari
Pasqualini (SP), Paulo Sérgio
Gomes dos Santos (MS), Rogério de
Souza Aguiar (PA), Ruana
Batista Santana (PA), Sarah de
Abreu Moreira Araújo (CE) e Wilton
Silva Lopes (PB)
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