Fonte: Revista Produz - Conselho Nacional da Pecuária de Corte

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Fotos Divulgação Merial e Mapa
vacina
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Fonte: Revista Produz
Excelência
em qualidade
As vacinas desenvolvidas no Brasil possuem reconhecidamente
qualidade superior. Um resultado dos rígidos controles por parte dos
órgãos responsáveis por acompanhar a produção desses insumos
Por Elaine Soares A
conformidade dos insumos pecuários é
imprescindível para assegurar a sanidade
dos animais e, por consequência, a inocuidade dos seus produtos para o homem. Considerando ainda que não existe agropecuária forte sem o
uso adequado de insumos, a qualidade de insumos
biológicos (vacinas) usados nos programas sanitários oficiais é primordial para a bovinocultura brasileira. Nesse sentido, o presidente do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde
Animal), Emílio Salani, declara, com grande tranquilidade, ser o Brasil possuidor de vacinas de qualidade superior. E isso em decorrência de um duplo
controle: o controle por parte dos laboratórios e por
parte do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento).
Segundo Salani, a rede de laboratórios nacionais
responsáveis pela produção de vacinas são credenciados e respeitadíssimos no exterior, inclusive, auditados. “Temos, hoje, só para citar alguns dos laboratórios de referência no controle de produtos, como
vacina de febre aftosa e de brucelose, as unidades de
Porto Alegre (RS), Campinas (SP), Pedro Leopoldo
(MG), Recife (PE) e Belém (PA)”. O presidente relata que no laboratório de Pedro Leopoldo, o Governo
Federal investiu alguns milhões numa planta biossegura, à prova de escape de vírus. Já em Campinas,
está sendo desenvolvida uma unidade biocontida.
Investimentos que retratam a dinâmica de melhoria
contínua pela qual passam os laboratórios responsáveis pela produção de vacinas no país. Melhoria
que, de acordo com Emílio, “nos últimos cinco, sete
anos, vem sendo mais e mais demandada”, e acaba
por originar vacinas de melhor qualidade.
O presidente do CNPC (Conselho Nacional da
Pecuária de Corte), Sebastião Costa Guedes, compartilha da mesma opinião de Salani em relação aos
laboratórios nacionais, para ele, o Brasil possui “um
parque industrial invejável”. E dentre as vacinas
produzidas no país, ele destaca a de febre aftosa,
mesmo porque na bovinocultura brasileira a vacinação contra o vírus é fundamental para a fase inicial
de erradicação da enfermidade. “A vacina produzida
no Brasil é atualizada tecnologicamente, e agora sem
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Sebastião Costa Guedes presidente do CNPC
proteínas não estruturais, o que permitirá ao país
avançar para erradicar a doença no final de 2010”,
comunica Guedes. Lembrando que o uso de vacinas
sem proteínas não estruturais contra a febre aftosa
definido pelo Mapa, atende a uma exigência da OIE
(Escritório Internacional de Epizootias) para que
não haja questionamentos sobre os resultados dos
inquéritos soroepidemiologicos, cuja documentação
embasa as condições de Livre com Vacinação nas diferentes regiões do país.
Ainda assim, para Salani, é imprescindível a manutenção de ações no intuito de incentivar a qualidade das vacinas. Nesse sentido, o Sindan colabora
para o controle da produção desses insumos biológicos. “Temos um termo de cooperação assinado entre
o Mapa e o Sindan, dando possibilidades de repasse
de recursos para fazer frente às necessidades mais
urgentes de laboratório”, declara ele. E quem também busca colaborar com o trabalho desenvolvido
pelo Governo Federal é o CNPC. “Viabilizamos uma
série de contribuições do setor privado para as regiões críticas, onde existe carência de recursos”, compartilha Guedes. Somado a isso, o presidente alega
que o CNPC e a cadeia produtiva da carne bovina
buscam participar dessa questão por meio da participação de ações que viabilizem alianças. Tudo isso
de modo a salvaguardar a produção e a produtividade pecuária pela garantia de níveis adequados de
conformidade e qualidade das vacinas colocadas à
disposição dos produtores.
Conservação de vacinas
Mesmo a qualidade da vacina tendo controle
rígido feito pelos órgãos oficiais, restam variáveis
técnicas ainda não monitoradas como manipulação,
transporte e conservação pelo consumidor, dose, local e forma de aplicação que interferem na resposta
imune. A seguir, saiba quais os cuidados devem ser
tomados em relação ao armazenamento de vacinas:
Geladeira: É preciso averiguar a capacidade da
geladeira de armazenamento de vacinas e relacionar
com a quantidade das mesmas. Não é aconselhável
sobrecarregar a geladeira.
Termômetro: A utilização de termômetros auxilia no controle da temperatura, podendo nos informar se a temperatura interna da geladeira está
Emílio Salani presidente do Sindan
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correta (2 a 4°C). Ainda também, para um melhor
controle, devemos registrar as temperaturas máximas e mínimas diárias. Desta forma, é possível
descobrir alterações na refrigeração quando não há
funcionários no momento do problema, a exemplo
de picos de energia elétrica durante a madrugada.
Congelador: É extremamente importante não
conservar vacinas no congelador. A temperatura
baixa neste compartimento causa danos graves na
vacina, fazendo com que esta perca sua eficiência.
Por questão de higiene, é aconselhável descongelar
o congelador de tempos em tempos.
Geladeira suja: A eficácia do procedimento de
vacinação depende diretamente da higiene envolvida no processo. Uma geladeira suja, além de demonstrar falta de higiene, pode sujar os frascos da
vacina e predispor ao aparecimento de abcessos nos
animais, diminuindo assim a eficácia da vacina.
Água, alimentos e outros materiais na geladeira: A geladeira deve ser EXCLUSIVA para vacinas. Caso se queira armazenar água, alimentos e
outros materiais utilizar outra geladeira.
Vacinas vencidas: Conferir sempre o prazo de
validade das vacinas, priorizando a utilização daquelas com o vencimento mais próximo.
Vacinas na porta: Não é aconselhável o armazenamento de vacinas na porta da geladeira, pois a
temperatura neste local não é a ideal para conservação (a temperatura tende a aumentar rápido ao
abrir a porta).
Vacinas encostadas na placa congeladora do
fundo da geladeira: Encostar a vacina nestas placas pode diminuir a eficácia do produto, pois pode
ocorrer congelamento da parte do frasco encostado
nesta área.
Vários frascos da mesma vacina aberta: Devese sempre acabar um frasco de vacina para abrir
outro.
Porta da geladeira fechada adequadamente:
Para verificar se a vedação da porta da geladeira
está adequada e assim a sua temperatura interna
também, ao fechar a geladeira coloca-se uma folha
de jornal entre a geladeira e a porta. Se a folha do
jornal cair, quer dizer que a vedação não está boa,
necessitando provavelmente trocar a borracha de
vedação da porta. Se folha do jornal permanecer firme, significa que a vedação está correta. P
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