O DISCURSO MIDIÁTICO E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO: UMA PROPOSTA DE DISCUSSÃO Marinalva dos Reis Batista1 Leandro Domingos Luz2 Marcos Clair Bovo3 Resumo: O presente estudo é resultado do projeto aplicado na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Geografia II da Universidade Estadual do Paraná – Campus Campo Mourão, com os alunos do 2º ano “C” do Colégio Estadual Marechal Rondon. O projeto teve três etapas: a primeira constituiu na aplicação de uma proposta de redação diagnóstica com o tema sobre a relação homem x meio ambiente. A segunda etapa foi elaborado uma palestra sobre a relação entre o homem e natureza, desmistificando a separação entre homem e natureza. Foi analisado capas de revistas que noticiavam sobre o aquecimento global a fim de mostrar que esse tema controverso ao ser abordado pela mídia é apresentado de forma apocalíptica e sem fundamentação cientifica. Na terceira etapa, aplicamos novamente uma redação, na qual os alunos expressaram a sua nova visão sobre o tema. Palavras-chave: Mídia; Conhecimento científico; Educação Ambiental; Ensino Médio. MEDIA DISCOURSE AND SCIENTIFIC KNOWLEDGE: A PROPOSAL DISCUSSION Abstrat: This study is the result of the project applied the discipline of Supervised Internship in Geography II of the State University of Paraná - Campus Campo Mourao, with students of 2nd year "C" State College Marechal Rondon. The project had three stages: the first consisted in the application of a proposed diagnostic essay with the theme regarding the man x environment. The second step was prepared a lecture on the relationship between man and nature, simplifying the separation between man and nature. We analyzed the covers of magazines who report on global warming in order to show that this controversial issue to be addressed by the media is presented in anapocalyptic and without scientific vision. In the third step, we apply a re-writing, in which students expressed their views on the new theme. Key-words: Media; Scientific Knowledge. 1 Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR Campus de Campo Mourão/Fecilcam. [email protected] 2 Mestrando do Programa de Pós-graduação da Universidade Estadual de Maringá. [email protected] 3 Prof. Dr. Universidade Estadual do Paraná– UNESPAR Campus de Campo Mourão/Fecilcam. Departamento de Geografia. [email protected] INTRODUÇÃO Este texto versa sobre o projeto de ensino desenvolvido durante o Estágio Curricular Supervisionado em Geografia II, presente na grade do Curso de Licenciatura Plena em Geografia, pela Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR/FECILCAM Campus de Campo Mourão. O projeto de ensino abordou a temática ambiental – em especial a teoria do aquecimento global antropogênico – esta questão que ganhou força nos últimos anos, principalmente a partir da segunda metade do século XX, com o surgimento de diversas organizações políticas e movimentos ambientalistas. Ademais, tem sido constantemente reportada pela mídia em todas as suas instâncias, desde agências de notícias internacionais até a mídia local. Trata-se de um tema controverso e se constitui como um dos mais debatidos paradigmas científicos da atualidade. A mídia exerce um papel fundamental na sociedade contemporânea, principalmente no que diz respeito a difusão do conhecimento científico para a população em geral. No bojo desse embate, a mídia noticia fatos e acontecimentos que, na maioria das vezes, não estão relacionados ao aquecimento global de forma apocalíptica, sem nenhuma preocupação com o conhecimento científico. Assim, induz a população a sentir-se coagida, com medo da “revolta” da natureza. E, portanto, gera-se um ambiente de incerteza com relação ao futuro do planeta e consequentemente com o futuro da humanidade. Nesse sentido, inserir este assunto na sala de aula, independente do nível escolar, e apontar as controvérsias científicas, torna-se de grande utilidade pública, principalmente a nível Fundamental e Médio, em que há maior necessidade de se incluir a Educação Ambiental. De fato os alunos necessitam de maiores informações científicas e verídicas, uma vez que são os mais afetados pelo fato de não saberem discernir o real do que lhe é apresentado na mídia televisiva, impressa ou digital, principalmente, sobre a questão do aquecimento global e mudanças climáticas, e demais problemas ligados ao meio ambiente. O objetivo do desenvolvimento desse projeto foi promover o debate em sala de aula sobre o papel da mídia na atualidade, com destaque para a relação de conhecimento do senso comum com o conhecimento científico. Assim, primeiramente, instigou-se os alunos a discutirem a respeito dos exageros promovidos pela mídia no tocante a teoria do aquecimento global e em seguida, expôs-se aos educandos as principais visões científicas a respeito do tema e, desta maneira, alertar para a necessidade de uma visão crítica sobre as reportagens em que a natureza é tida como vilã. A PERSUASÃO DA MÍDIA PERANTE OS FENOMENOS NATURAIS O aquecimento global é um dos assuntos mais divulgados nos diferentes meios de comunicação atualmente e grande parte das informações que chegam aos alunos é por meio da mídia, que acaba passando a imagem de um fenômeno catastrófico e indiscutível. Para Xavier e Kerr (2004), “o grande poder de disseminação de informações pelos meios de comunicação acaba favorecendo a cristalização de erros conceituais junto à população” (XAVIER e KERR 2004). Na verdade, esta questão tem gerado polêmicas e discussões, desse modo, ainda há muito que ser esclarecido e analisado. Para Charaudeau (2006), Todo discurso depende, para a sua construção de seu interesse social, das condições especificas da situação de troca na qual ela surge. A situação de comunicação constitui assim o quadro de referência ao qual se reportam aos indivíduos de uma comunidade quando iniciam uma comunicação (CHARAUDEAU, 2006 p. 67). O discurso promovido por essas entidades, em sua maioria, é marcado por dissensos, controvérsias, com posicionamentos e perspectivas divergentes, gerando uma série de visões sobre a relação homem x natureza (SILVA &CARVALHO, 2007). No caso do aquecimento global, grandes partes das informações que chegam aos alunos por diferentes meios, acabam passando a imagem de um fenômeno catastrófico e indiscutível sobre o qual se pressupõe que haja um consenso científico (MONTEIRO 2006 apud VIEIRA & BAZZO 2007). Vieira & Bazzo (2007), argumentam que a não inclusão de temas controversos no ensino das ciências, inclusive na geografia, pode colaborar para a difusão de idéias distorcidas que repetidamente descrevem a ciência como não controversa, neutra, despojada de interesses. E ainda que a inserção de discussões sobre controvérsias científicas tem como caráter fundamental instigar o educando a sentir-se parte da sociedade em que vive, a se preocupar com os problemas sociais, bem como compartilhar das discussões decorrentes das interações ciência/tecnologia/sociedade. Dessa forma, faz-se extremamente necessário a inclusão de temas polêmicos, tais como o aquecimento global e mudanças climáticas principalmente na disciplina de geografia que tem caráter de específico de discutir temas ligados à formação cidadã e ao esclarecimento de abordagens ambientais. Segundo Fonseca (2009), ensinar educação ambiental na escola, e principalmente, como forma interdisciplinar na Geografia contribui para o cumprimento do papel social da disciplina, “dando a ela as condições para realizar o diálogo de saberes entre os diversos sujeitos que a compõem” (FONSECA, 2009, p.28). Do mesmo modo, o discurso midiático se apóia na formação da sociedade para transmitir o fato, dessa forma, pode ser feitas várias análises possíveis de serem tangenciadas. Nesse caso, para uma maior compreensão dos fatos devemos compreender que para a comunidade escolar a visão será diferenciada dependendo da disciplina que ira reproduzir para os educandos. Porque “o papel dos representantes das mídias atende mais a uma exigência e captação do que de credibilidade” (CHARAUDEAU, 2006 p. 67). Nesse sentido cabe aos educadores reconstruir um assunto inteiramente voltado para a captação de público, em um tema com verdades científicas para passar para a comunidade escolar e, principalmente, dentro da sala de aula. Mudanças climáticas estão a ocorrer em nosso planeta e esse é um fato sobre o qual não há discussão coerente, ou ao menos, uma similaridade entre os debates. Evidências indicam que a temperatura da Terra realmente está aumentando. Porém, essa questão encontra-se em diferentes propostas de abordagem. As controvérsias sobre as possíveis causas e efeitos do fenômeno conhecido como aquecimento global ainda são pouco divulgadas, mas não podem ser ignoradas e precisam chegar à sala de aula. Afinal esse é um tema atual e polêmico e que diz respeito ao nosso futuro enquanto cidadãos. Nas considerações de Guimarães (2007), Pela gravidade da situação ambiental em todo mundo, assim como no Brasil, já se tornou categórica a necessidade de implementar a EA para as novas gerações em idade de formação de valores e atitudes, como também para a população em geral, pela emergência da situação em que nos encontramos [...] Em função disso, a EA tem o papel de fomentar a percepção da necessária integração do ser humano com o meio ambiente (GUIMARÃES, 2007 p. 15). O aquecimento global pode ser definido como o aumento da temperatura média do nosso planeta. A principal evidência desse fenômeno vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo terrestre nos últimos 150 anos. Outras evidências do aquecimento global são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens e outros eventos relacionados ao clima. Segundo Molion (2007), a hipótese do aquecimento global esta alicerçada em três pilares básicos: a série de temperatura média global do ar observada nos últimos 150 anos, o aumento observado na concentração de gás carbônico e os resultados obtidos com modelos numéricos de simulação de clima. Ainda segundo o mesmo autor todos esses aspectos apresentam deficiências e conclui-se que o conhecimento atual sobre o clima global não justificam a transformação da hipótese do aquecimento global antropogênico em fato científico consumado. Para Eerola (2001), com as incertezas apresentadas, não sabemos ao certo se o aquecimento global é provocado pelo homem ou se estamos vivendo em um período de aumento de temperatura natural de um período interglacial, mas devemos pensar de maneira otimista sobre a ameaça do efeito estufa que pode ser uma ótima oportunidade de aprendermos a atuar de maneira econômica e solidária e adaptarmos às novas condições ambientais, econômicas e sociais. Porém, predomina no meio científico a idéia de que o aquecimento global se deve em grande parte a fatores antropogênicos, ou seja, fatores relacionados à influência humana na exacerbação do efeito estufa. Essa exacerbação pode ser explicada da seguinte forma: a Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global. Esses temas ligados à educação ambiental têm grande valor para a construção da cidadania, bem como para a inserção de temos científicos no cotidiano dos educandos principalmente na educação básica, em que se constrói todo o perfil acadêmico do aluno. Para Guimarães (2007), Hoje mais que uma realidade a Educação Ambiental (EA) tornou-se uma necessidade. A EA apresenta uma nova dimensão a ser incorporada ao processo educacional. Trazendo toda uma recente discussão sobre as questões ambientais, e as conseqüentes transformações de conhecimento, valores e atitudes diante de uma nova realidade a ser construída (GUIMARÃES, 2007 p. 9). Não somente geógrafos, mas todos os educadores necessitam trabalhar a educação ambiental, pois é um tema possível de ser discutido em todas as disciplinas escolares, uma vez que esse assunto abrange uma dimensão multidisciplinar. METODOLOGIA Para aferir o grau de assimilação, quanto à capacidade refletiva e crítica dos alunos, sobre o papel da mídia e a importância do conhecimento científico para a sociedade atual, dividimos o projeto em três momentos. No primeiro contato foi proposto que os alunos elaborassem uma redação com o tema sobre a relação homem x meio, como subsídio para detectar o grau de influência midiática nessa primeira aproximação. Em outro momento apresentou-se uma visão crítica sobre o assunto, apontando as contradições e exageros promovidos pela visão midiática dos fenômenos, abordando o assunto com caráter mais científico e localizado. Por fim, propôs-se uma nova redação com o mesmo tema. A partir da comparação entre as redações pode-se compor estatísticas quanto ao emprego de palavras chaves do texto e estabelecer o grau de assimilação da nossa proposta e fazer um comparativo e se os objetivos do projeto foram alcançados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a conclusão da primeira etapa do projeto, que consistia na aplicação de uma proposta de redação, na qual os alunos demonstrassem o seu conhecimento prévio sobre a relação entre o homem e o meio ambiente, os resultados demonstraram que nossas hipóteses estavam corretas. Os alunos apresentaram uma visão midiática intensa, composta por visões de separação entre o homem e a natureza, além de uma visão catastrófica das mudanças climáticas, além de em diversas vezes confundirem fenômenos naturais como resultado das ações antrópicas sobre o meio. Os trechos a seguir ilustram essa visão. “Podemos dizer que o homem raramente vive em harmonia com a natureza. A natureza nos oferece tantos bens e mesmo assim o homem tenta modificá-la para o seu próprio uso.” “O homem precisa muito da natureza (...) mas apesar de precisar tanto da natureza o homem não a preserva.” Em alguns trechos os alunos mostraram equívocos sobre os impactos das ações antrópicas sobre o meio. Em diversos momentos são retratados acontecimentos naturais da Terra que em nenhum momento devem ser confundidos como consequência da ação antrópica. Entendemos que esses equívocos são decorrentes do excesso de informação que muitas vezes não são bem esclarecidos pela mídia. “A consciência do homem é tão pequena e fútil em que nem nos preocupamos em mudar nossos atos, mesmo vendo a devastação que a natureza está causando por causa dos nossos erros. Vulcões, tsunamis, terremotos, são tragédias que o homem merece pagar”. A segunda etapa constitui-se de uma apresentação com base científica para os alunos das principais versões sobre as mudanças climáticas, foram analisados imagens de capas de revistas que ao tratarem do assunto noticiam uma visão apocalíptica das variações climáticas, colocando instalando na população em geral a insegurança. Sousa et al. (2007) ao realizarem um estudo sobre a visão promovida pelos telejornais da Rede Globo de Televisão®, mostram a visão pessimista sobre as mudanças climáticas, colocando o homem como o principal responsável. Os discursos apresentados acorreram da seguinte forma: messiânico – que procura atenuar os impactos do meio ambiente no futuro, bem como apontar soluções, consideradas como mitigadoras, para amenizar as projeções negativas; apocalíptico – que procura alertar sobre as conseqüências catastróficas e irreversíveis de forma espetacular (SOUSA et al., 2007, p. 09). Em outro momento os autores supracitados evidenciam apelo publicitário ao tratar do assunto. “Percebe-se que, nos telejornais pesquisados, o mais evidente é o apelo imagético, deixando de lado uma análise mais aprofundada sobre o tema e suas conseqüências para a realidade social hoje e no futuro” (SOUZA et al., 2007, p. 13). Num primeiro momento foi questionado se o homem fazia parte da natureza ou se esta é algo exterior. Nesse sentido, houve uma aproximação do tema propondo uma visão holística da realidade. Destarte, apresentamos alguns trechos da segunda redação realizada pelos alunos. “Mudanças climáticas são comuns, o nível do mar sempre terá mudanças, por isso as enchentes, os tufões são comuns, as tempestades de granizo e tudo que chamamos de propriamente dito desastres naturais, a idéia que a água vai acabar é uma grande mentira porque a água tem um ciclo natural ela vai e volta, isso não vai acabar mesmo que a mídia continue falando (o contrário)”. “Vimos desde o começo do projeto que é muito falado em efeito estufa, aquecimento global, e que o ser humano e sua poluição são apontados como os principais causadores dessas mudanças climáticas. Mais (sic), o documentário e dados trazidos e apresentados em sala, contradizem as teorias mais divulgadas na mídia. Dados apresentados pela BBC mostram que ao longo de milhares de anos em que o homem habita na terra, já houveram dezenas de mudanças climáticas e mesmo em épocas em que quase não se havia industrialização, ocorreram alguns superaquecimentos terrestres. Como na Idade Média que quase sem nenhuma industrialização, apresentava temperaturas mais elevadas que hoje”. “Essa propaganda feita pela mídia, talvez seja só para o comércio, se talvez os dados apontados nas aulas estejam certos, mas mesmo assim a conscientização seja bem vinda em tempos de tanto desperdício.” “As mudanças climáticas sempre ocorreram, a muitos tempos ocorria (sic) a diminuição e o aumento da temperatura, então, quando se falam que é tudo culpa dos seres humanos não é verdade.” “Na verdade isso é uma jogada das grandes potências mundiais, para a arrecadação de capital, ao seu favorecimento. Mas há estudos comprovando que o clima do planeta em várias eras aumentou e diminuiu naturalmente. Isso significa que nosso planeta está em nossas mãos que devemos cuidar dele, não porque ele não irá acabar, mas sim por consciência e respeito a mãeterra.” Nos trechos apresentados, percebe-se que os alunos conseguiram assimilar a proposta do projeto de Estágio, de demonstrar que existe diversos caminhos para se pensar o meio ambiente, entre eles, o cientifico, o senso comum e o que é colocado pela mídia. Nesse sentido, elucidar questões pertinentes ao tema deve ser mais freqüentes, para que o educando possa discernir o fator cientifico do sensacionalismo proposto pela mídia. Parafraseando Guimarães (2007, p. 30), “é preciso que o educador trabalhe intensamente a integração entre ser humano e ambiente e se conscientize de que o ser humano é natureza e não parte dela”. Ao analisar essa proposta de Guimarães, verificamos que, não somente o aluno deve ser imbuído de uma visão holística, é necessário que o professor esteja consciente de que o homem é um ser natural, para apresentar de maneira concreta o sentido de que a dominação da natureza pelo homem não é verídica. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação ambiental é muito relevante, uma vez que ensina os alunos o quão importante é meio ambiente. Além de despertar um interesse sobre as questões ambientais e a ter consciência ambiental, isto é, conscientizar-se de que temos que cuidar do meio ambiente como um bem valioso que é bastante frágil. A seriedade em discutir o tema aquecimento global com alunos de ensino médio concite em promover novas perspectivas sobre essa temática, uma vez que na maioria dos casos os alunos ainda não adquiriram conhecimento científico suficientes para discernir os fatos reais dos que são passados pela mídia dia após dia. Ao analisar as redações pode-se constatar que muitos educandos do 2° ano C do Colégio Estadual Marechal Rondon tiveram uma mudança significativa. Quando afirmavam fenômenos naturais ocorrentes no mundo, como enchentes, tsunami, dentre outros, eram por intrinsecamente ligados a presença do homem na Terra, ou seja, causas antrópicas. Após explanações sobre eventos, fenômenos e ciclos naturais do planeta que afetam e provoca mudanças climáticas, alteram o clima de todas as regiões, constatou-se que, muitos dos educandos, que afirmou ser o homem o provedor das mudanças climáticas, passou a entender que a mídia tem o poder de distorcer fatos e, também assimilou que o planeta Terra não é estático, e desse modo, esta em constante mutação. E principalmente que o homem não é um ser superior e dominador da natureza e sim que faz parte dela. Nesse sentido, o educador tem a função de mediador na construção de conceitos, pensamentos, e aprendizados e assim sucessivamente, mediar o aprendizado sobre fenômenos da natureza, e principalmente porque a educação ambiental tem grande valor para a construção da cidadania. REFERÊNCIAS CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das Mídias. São Paulo: Contexto, 2006. CONTI, José Bueno. Considerações Sobre As Mudanças Climáticas Globais. In: Revista do Departamento de Geografia, v.16, p. 70-75, 2005. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. 8° edição. Campinas/São Paulo: Papirus, 2007. EEROLA, T,T. Mudanças climáticas globais: Passado, Presente e Futuro.2001. disponível em http://homologa.ambiente.sp.gov.br/proclima/artigos_dissertacoes/artigos_portugues/mudancasclim aticasglobaispassadopresenteefuturo.pdf> acesso dia 08 de agosto de 2010 FONSECA, Valter Machado da. A Educação Ambiental na Escola Pública: entrelaçando saberes/unificando conteúdos. São Paulo: Biblioteca24horas, 2009. 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