Coordenadoria Especial de Prevenção à Criminalidade Secretaria de Estado de Defesa Social Práticas e Saberes Estudo em dinâmica de violência e criminalidade Laboratório: Centros de Prevenção à Criminalidade de Santa Luzia-MG PALMITAL A NOVA ESPERANÇA PALMITAL B NOVA CONQUISTA SÃO COSME VILA DAS ANTENAS SÃO COSME Mapeamento de ruas- São Cosme Dados PRESP Total de atendidos pelo programa: 118 Residentes no São Cosme: 05 Gênero: masculino Faixa etária: 60% de 20 a 25 anos Cor: 90% brancos ou pardos Escolaridade: ensino fundamental incompleto Empregabilidade: 100% emprego informal Familia: residem com a familia de origem ou constituída Fator de risco comum: baixa escolaridade, baixa renda, discriminação Uso de drogas: Licitas: alcool e cigarro. Ilícitas: maconha, cocaína e crack Relação com a comunidade: sem relações. Tempo de reclusão: de 2 a 5 anos. Um selecionado como Jovem aprendiz Dados PRESP O egresso como “objeto” da sanção penal: posição de sujeição e resignação. Comarca da instrução: Santa Luzia – 80%. Execução: 100%. Regime: 60% liberdade condicional. 40% prisão domiciliar combinada com participação em grupo temático de substituição de condicionalidade Antecedentes: 60% primários. 40% com condenação penal anterior. Perfil dos delitos: 60% roubo (art. 157), 20% atentando violento ao pudor (art. 214), 20% tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33 da Lei 11.343/06). PRESP – Atuação do Judiciário Parceria PRESP: Fluxo eficiente de informações com relatorios de acompanhamento psicossocial (relatos de alcoolismo e drogadicção, inclusão no sistema formal de ensinao, encaminhamento a curso profissionalizante e/ou mercado de trabalho). Parceria APAC ( Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) regime prisional com metodologia diferenciada. Implantação do Projeto Novos Rumos. CEAPA Perfil de delitos •ESCOLARIDADE:ANALFABETO (1), E.F.INCOMPLETO (10), E.M. COMPLETO (3), E.M. INCOMPLETO (2), E.F. COMPLETO (02), NÃO DECLARADO (1). 10 10 9 8 7 6 5 4 3 3 2 2 1 2 1 1 0 ANALFABETO ENS. FUND. INCOMPLETO ENS. FUND. COMPLETO ENS. MED. COMPLETO ENS. MED. INCOMPLETO NÃO DECLARADO •LOCAL DO CRIME: NA RUA (07), EM CASA (03), MINEIRÃO/BH (01), SUPERMERCADO S.L (01), HABIBIS V.N (01), NÃO ENCONTRADO (06). 7 7 6 6 5 4 3 3 2 1 1 1 1 0 NA RUA EM CASA MINEIRÃO/BH SUPERMERCADOS S.L HABIBS VENDA NOVA NÃO ENCONTRADO •TIPO PENAL: ART. 28 (07), ART.89 (02), ART 309/310 (2), ARTS 33140-171-334-306-163-244-47 (01) 8% 17% ARTIGO 28 (07) ARTIGO 89 (02) 58%ARTIGO 309/310 (02) 17% ARTIGOS 33-47-140-171-334-306-163-244 (01) •ANTECEDENTES CRIMINAIS: SIM (01), NÃO(16), NÃO ENCONTRADO (02). 18 16 16 14 12 10 8 6 4 2 2 1 0 SIM NÃO NÃO ENCONTRADO • GENERO: HOMENS (17) – MULHERES (2) FA IXA ETÁRIA: ENTRE 19 E 41 ANOS 18 17 16 14 12 10 8 6 4 2 2 0 HOMENS MULHERES •COR DA PELE: PRETO (4), PARDOS (8), BRANCO (2), SEM DECLARAÇÃO (5). 8 8 7 6 5 4 5 4 3 2 2 1 0 PRETO PARDO BRANCO SEM DECLARAÇÃO MOTIVAÇÃO: USO DE DROGAS (04), NÃ ENCONTRADO (10), DISCUSSÃO (02), ROUBO (02), VINGANÇA (01), DINHEIRO (01). 20% 50% 10% 10% 5% 5% VIOLENCIA SOFRIDA/ EXERCIDA: NÃO ENCONTRADA(13), NÃO (04), SIM (01), AGRESSÃO VERBAL (01). 14 12 13 10 8 6 4 4 2 1 1 0 SIM NÃO AGRESSÃO VERBAL NÃO ENCONTRADA FAMILIARES COM ENVOLVIMENTO COM DROGAS/ CRIMINALIDADE: NÃO ENCONTRADA (13), NÃO (05), SIM (01). 14 13 12 10 8 6 5 4 2 1 0 SIM NÃO NÃO ENCONTRADA FATORES DE RISCO: DESEMPREGO ( 03 ), BAIXA ESCOLARIDADE (09), NÃO ENCONTRADA (09), BAIXA RENDA (01), ENVOLVIMENTO COM A CRIMINALIDADE (01). 1 3 1 DESEMPREGO BAIXA ESCOLARIDADE BAIXA RENDA ENVOLVIMENTO C/ CRIMINALIDADE 9 DEMANDAS ENCAMINHADAS: NÃO ENCONTRADAS (17), BOLSA família (02). 18 17 16 14 12 10 Coluna 1 8 Coluna 2 Coluna 3 6 4 2 2 0 BOLSA FAMÍLIA NÃO ENCONTRADAS VIOLENCIA DOMESTICA, VIOLENCIA INDIVIDUAL E COMUNITARIA: NÃO ENCONTRADA (18), NÃO (01), DISCUSSÃO/ AGRESSÃO VERBAL (01) 18 18 16 14 12 10 8 6 4 2 1 1 0 DISCUSSÃO/AGRESSÃO VERBAL NÃO HOUVE AGRESSÃO NÃO ENCONTRADA DEPENDENCIA QUIMICA: SIM (10), NÃO (06), NÃO ENCONTRADA (03) 10 10 9 8 7 6 6 5 4 3 3 2 1 0 SIM NÃO NÃO ENCONTRADA PAPEL DA POLICIA – ABORDAGEM VIOLENTA: NÃO ENCONTRADA (08), SIM( 03), NÃO (07) 17% 44% SIM NÃO NÃO ENCONTRADA 39% Mediação de Conflitos perfil São Cosme 27% Feminino Masculino 73% Faixa etária dos atendidos pelo Mediação 2% 5% 21% 31% Até 19 anos De 20 a 34 anos De 35 a 49 anos De 50 a 64 anos Acima de 65 anos 41% Escolaridade 63% Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo 5% Ensino Médio Incompleto 5% 17% Escolaridade Ensino Médio Completo Superior Incompleto 2% Não Informou 2% 5% Sem Escolaridade 0% 10% 20% Percentual 30% 40% 50% 60% 70% Situação Econômica 29% Desempregado Faz Bicos 5% Dona de Casa 5% 12% Situação Atual Autônomo 17% Aposentado (a) / Pensionista 5% Assalariado (a) / Empregado (a) sem carteira assinada 27% Assalariado (a) / Empregado (a) com carteira assinada 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Relatos de Violência 12% Não Possui Violência Possui Violência 88% Tipo de violência Violência Tipo 1A – Violência Física 100% Cobertura dos programas Leitura Fica Vivo! Criminalidade Violenta O futuro... O Estado Penal? "If you want a picture of the future, imagine a boot stamping on a human face--for ever." Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre. G.Orwell - 1984, 1949 Dimensão espacial do crime e abordagem ecológica Encontram-se na literatura sobre o crime, estudos que relacionam a criminalidade ao processo rápido e não planejado de urbanização, à dificuldade de inserção do mercado de trabalho, aos hábitos de consumo da sociedade capitalista, a questões sociais como favelas, falta de acesso a saúde, educação, a dissolução familiar, etc. A maioria desses estudos enfatiza as características individuais, de forma que o fenômeno da criminalidade é focalizado na população criminosa e não na sociedade. O crime - enquadramento teórico da abordagem Abordagem Econômica: fundamentada na teoria dos incentivos individuais com inspiração original no artigo de Becker (1968). Sob esse ponto de vista, a decisão de um indivíduo em entrar para atividade criminal seria feita através de uma escolha racional entre a obtenção de renda através de uma atividade legal ou ilegal. Abordagens sociológicas: focalizam o meio social onde o indivíduo está inserido. Fazem parte desse enfoque as teorias ecológicas do crime, as quais se utilizam das teorias da desordem física e social para tentar explicar os motivos das altas taxas de criminalidade em algumas regiões específicas. Abordagem ecológica do crime A explicação ecológica do crime passa por duas vertentes, as teorias de desordem física e de desordem social. A primeira relaciona o crime às características físicas das localidades, como prédios degradados, lotes vagos, ect, (Wilson & Kelling, 1982). A desorganização social se refere à incapacidade da comunidade de integrar valores comuns de seus residentes e manter um efetivo controle social (Shaw & Mckay, 1942; Sampson & Grove,1989). Ação social para a prevenção à violência Para Sampson & Groves (1989) a desorganização social, ou o seu oposto, a organização social, está calcada na capacidade da comunidade em supervisionar e controlar seus membros. Este controle é exercido através de organizações sociais formais, como por exemplo, associações de bairros e religiosas ou através de outras formas de interação entre seus moradores. Assim, comunidades em que a população participa de comitês, clubes, instituições locais e outras organizações tendem a ter menores taxas de criminalidades em relação às demais. Proposta de discussão interdisciplinar Estudos em dinâmica de violência e criminalidade Cuidados teórico-metodológicos “A dinâmica criminal é um complexo processo causal e operacional que demanda esforços interdisciplinares e ousados de compreensão, tendo em vista a sua característica multiforme. Assim, também, a prevenção criminal deve ter um caráter multifacetado com a análise conjugada dos vários elementos que compõem o crime (Lei - crime e sistema de justiça - ofensor, ofendido e ambiente) e as variáveis sociais (qualidade de vida) nos seus diversos âmbitos: saúde, educação, moradia etc.)” Sueli Andruccioli Felix. LABORATÓRIO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA E SEGURANÇA - LEVS/UNESP. Proposta de discussão interdisciplinar Estudos em dinâmica de violência e criminalidade Cuidados teórico-metodológicos Primeira contradição Dicotomia freqüente : criminalização da pobreza e licenciosidade da pobreza especialmente para crimes patrimoniais (considerando a pobreza uma instituição) Justificativa Em relação à criminalidade, as suas características multiforme, multicausal e multifacetada exigem análises dos seus componentes de justiça criminal (Lei, crime, ofensor, ofendido e ambiente), tratando os conflitos sociais além dos modelos e padrões institucionais, percebendo-os no âmbito de outras variáveis sociais de qualidade de vida. Entretanto, é preciso cautela nas interpretações relacionadas às questões sociais. Não é incomum encontrar teóricos que, no afã de culpabilizar o sistema econômico, justificam a transgressão pela condição sócio-econômica e promovem a criminalização da pobreza. Tais interpretações criam preconceitos que instrumentalizam as agências de controle social contra este segmento e sedimentam a relação pobreza-criminalidade Ponto de Equilíbrio A solução está no equilíbrio das interpretações. Mesmo considerando a influência das situações de carências e necessidades nos conflitos e desajustes sociais, devem-se evitar interpretações simplistas de criminalização da pobreza, uma causalidade sem grandes sustentações teóricas. Além dos mecanismos institucionais de que dispõem as classes sociais que ocupam as partes elevadas da pirâmide social, numericamente há muito mais integrantes de classes mais baixas na sociedade, o que já seria um forte argumento para romper com a lógica do discurso da criminalização da pobreza. Proposta de discussão interdisciplinar Estudos em dinâmica de violência e criminalidade Cuidados teórico-metodológicos Segunda contradição . Para o Sistema de Justiça criminal: o crime é uma questão técnica de transgressão da Lei (e deve responder a um rígido sistema de justiça) e os conflitos sociais são tratados como problemas de ordem criminal. • Para os teóricos o crime é visto à luz dos problemas sociais e, como tal, percebido além dos modelos e padrões institucionais. Proposta de discussão interdisciplinar Estudos em dinâmica de violência e criminalidade Os estudos das equipes técnicas dos programas de prevenção à criminalidade inaugura uma nova prática de produção do conhecimento sobre a violência e a criminalidade em escala interdisciplinar e institucional, qualificando os profissionais para ocupar seu lugar na política de prevenção bem como no mundo acadêmico. Fator de proteção na política de prevenção à criminalidade - Qualidade das relações familiares - Trabalho ( o trabalho enquanto valor é ferramenta de prevenção à criminalidade) - Acesso à rede (saúde, educação, justiça, assistência) - Convivência comunitária - Acesso à cultura e ao lazer A geografia do crime de Marilia (SP): Diagnósticos para uma ação social comunitária Pesquisa da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Resumo: O crime é um fenômeno social e que, portanto, exige ações sociais. Visivelmente acuada por sentimentos de medo e insegurança, a sociedade reivindica políticas públicas de contenção da criminalidade como ações integradas entre polícia e comunidade (polícia comunitária). Prevenir o crime é o grande objetivo das ciências ligadas à criminologia e de todos os segmentos interessados no bemestar da humanidade, que vêem o crime de forma global, conseqüência da atuação conjunta de seus componentes (ofensor, ofendido e comunidade) e sob a ação de fatores socioeconômicos, políticos, culturais etc. Compreender a dinâmica criminal não significa detectar os espaços de crimes/criminosos e suas características para ações repressivas. Significa, antes de tudo, entender os seus processos operacionais para antecipar-se, preveni-la. A prevenção deve ser comunitária, com políticas que intervenham positivamente nas suas causas últimas que são o esfacelamento das relações sociais e a carência de atendimento às necessidades básicas e de outros serviços que valorizem a cidadania. Assim, a partir de uma tese (doutorado) sobre a criminalidade em Marília, pretende-se desenvolver um projeto de ação integrada entre a universidade, órgãos de segurança pública, poder executivo e comunidade (CONSEGs - Conselhos Comunitários de Segurança e Associações de Bairros). Na primeira fase, após treinamento do pessoal envolvido, far-se-á o diagnóstico da criminalidade através de entrevistas, levantamentos estatísticos, criação de banco de dados para mapeamento da criminalidade e da população (índices de qualidade de vida) visando a incrementação de políticas públicas de contenção do crime via implantação da polícia comunitária, criação de espaços de discussão dos problemas da comunidade para encaminhamento aos órgãos competentes e outras ações pertinentes. (biblioteca virtual da FAPESP) Desdobramentos da pesquisa em Marilia *Dezenas de subprojetos. *Implantação da metodologia em todos os órgãos de locais de polícia. *Transformação em política pública municipal efetiva. A metodologia foi absorvida pelo poder público municipal com a criação do “Comitê Gestor de Segurança e Qualidade de Vida”, um órgão ligado ao Gabinete do Prefeito de Marília/SP. * Desenvolvimento de parcerias entre órgãos públicos (Prefeitura, Polícias Civil e Militar) e segmentos da comunidade (Associações de Bairros e Conselhos de Segurança), com grande participação popular através de um “Fórum de discussão dos Problemas Urbanos”. Desdobramentos da pesquisa de Marilia - Projetos teóricos · Violência contra a Mulher e o Adolescente · Imagens e Representações Femininas no Processo de Modernização das Cidades Paulistas: Estudo da Violência Simbólica. · História do Lugar. Identidade e Cidadania - Marília e seus problemas criminais · Análise da criminalidade através de um sistema de informações geográficas · Mapa da Exclusão/Inclusão Social e Qualidade de Vida · Polícia e Comunidade. Desdobramentos da pesquisa de Marilia Projetos de intervenção Implantação de redes de Inclusão e proteção social nos bairros · Informatização da Polícia Civil através do Sistema de Informação Policial (SINPOL) e Sistema de Informação Geográfica (SIG). · Rede de Informações, com a central instalada na FFC – UNESP, interligando todos os distritos Policiais e Delegacias Especializadas; · Mapeamento de dados sócio-demográficos (qualidade de vida) e criminais de Marília/SP. · Cursos e treinamentos de policiais com ênfase nos direitos humanos e relações interpessoais. · Pesquisas de Opinião: “Vitimização” para conhecer a violência oculta e “Desempenho da Polícia Militar” para avaliação do trabalho da PM e planejamento de ações em áreas problemas. · Fórum Permanente de Discussão dos Problemas Urbanos. · Campanhas Gerais de Prevenção à Criminalidade e Violência abordando as perspectivas de gênero, furtos, idosos, de desarmamento etc. · Revitalização dos Conselhos de Segurança e Assessoria à população para a criação de organizações comunitárias. · Projeto “Educação para Não-Violência” nas escolas e nos Centros de reintegração da criança e do adolescente (Casa do Pequeno Cidadão). · Atividades Cidadãs nas UBS´s para encaminhamentos diversos (jurídicos e médicos) em parceria com a Secretaria Mun. de Saúde e Faculdade de Serviço Social da UNIMAR SEDS - Investigação dos dados para estabelecimento do fluxo dos indivíduos dentro do sistema de justiça Sistema Estadual de Análise de Dados: Análise integrada das informações para levantamento do perfil dos envolvidos em violências. Categorias: gênero, cor da pele, estado civil, escolaridade, crimes violentos (com morte e sem morte) A estimativa e o impacto do crime na sociedade não podem ser calculados apenas a partir da utilização de estatísticas policiais. De nada adianta pensar ações meramente repressivas ou fincadas no trabalho das polícias. Segurança Pública e Justiça devem ser tomadas como resultado de múltiplos fatores sociais e, ao mesmo tempo, como resultado da ação do Estado, observa Luiz Henrique Proença Soares. Exemplo: pesquisa e produto Categoria Cor da pele: Relação entre o número de inquéritos abertos e o número de presos : quem é maioria entre os processados? quem é maioria nos inquéritos abertos e quem é maioria nas prisões? (negros ou brancos) Comparação com as variáveis populacionais do censo do IBGE – a maioria da população é formada por brancos, pretos ou pardos? Observação: mesmo que os negros não sejam maioria nas prisões, existe um diferencial que envolve a cor da pele. Primeira análise do fenômeno: maior nível de escolaridade e melhor renda dos brancos garantem mais acesso aos mecanismos de defesa. Segunda análise: o próprio sistema judiciário pode ser discriminatório. Isso porque uma parte do processo de crimes violentos é objeto de júri popular, o que pode reproduzir preconceitos da própria sociedade. Essa questão pode aparecer no Tribunal de Júri, envolvendo também tomadores de decisão, como o juiz. SEDS – Prevenção social à criminalidade PRESP: Foco: Estudo do Egresso ●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Local de residência. Local do crime. Tipo penal. Antecedentes. ●Avaliação técnica – área direito: como o judiciário atua na aplicação da lei em Santa Luzia? ●Três áreas: Elementos subjetivos do atendimento: Relação entre a Lei (tipo penal) e o sistema de justiça: como o egresso percebe o processo penal e a aplicação da lei? Justificativa: avaliar a perspectiva da impunidade e a sujeição do individuo em razão do desconhecimento das leis penais. Identidade e Cidadania: o egresso é o ator social: como o egresso se relaciona com a história do lugar onde ele vive? Para além do “ mapa” que localiza onde ele vive, precisamos compreender a rede de lugares na qual o egresso está inserido, os espaços nos quais eles podem praticar o reconhecimento do outro, afirmar suas diferenças, conhecer o espaço comunitário das lutas políticas (sua comunidade, sua cidade). ●Análise técnica psicologia e serviço social: leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e comunitárias, dependência química. SEDS – Prevenção social à criminalidade CEAPA: Focos: 1) estudo dos delitos e sua relação com a subsidiariedade do direito penal 2) demandas de rede 3) análise da dependência química 4) relação com a polícia ●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Local de residência. Local do crime. Tipo penal. Antecedentes. ●Avaliação técnica – área direito: como o judiciário atua na aplicação das penas e medidas alternativas em Santa Luzia? ●Três áreas: Elementos subjetivos do atendimento: motivação, levantamento de violências sofridas e/ou exercidas, envolvimento de familiares com a criminalidade. ●Avaliação técnica psicologia e serviço social:leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e comunitárias, dependência química, papel da policia. SEDS – Prevenção social à criminalidade MEDIAÇÃO DE CONFLITOS : Eixo Comunitária: FOCO: Leitura Ecológica do crime ● Estudo das características físicas da região (ambientes degradados, urbanização, características das moradias, lotes vagos, etc.) e das ocorrências de crimes violentos obtidas nas reuniões do GEPAR. ●Características de organizaçao social da comunidade: capacidade de integrar valores comuns e de manter efetivo controle social. Existem organizações sociais formais (associações de bairro e/ou religiosas?). Existem formas de interação entre os membros da comunidade? Enfim, há espaços de criação de uma identidade social e comunitária? Elementos : história do lugar – identidade e cidadania. ●Mapeamento das Políticas Públicas municipais ●Policia e comunidade – a partir dos espaços de organização comunitária (CONSEP's) que avaliem o desempenho das policias. SEDS – Prevenção social à criminalidade MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: Eixo Atendimento: Foco: relatos de violência, dependência química ●Elementos objetivos do atendimento: categorias de gênero, cor da pele, faixa etária e escolaridade. Relatos de violência e de dependência química. ●Direito e Psicologia: levantamento de violências sofridas e/ou exercidas, envolvimento de familiares com a criminalidade. Leitura dos fatores de risco individual e social - estudo das variáveis: saúde, educação, empregabilidade (demandas de encaminhamento), relações familiares (violência doméstica) e de vizinhança (ameaça), dependência química . ●Consulta GEPAR: principais delitos nas áreas atendidas (conflitos de vizinhança e intrafamiliares, violência doméstica, ameaça, abuso sexual) SEDS – Prevenção social à criminalidade FICA VIVO! Foco: Análise espacial da criminalidade a partir da dinâmica da rede de lugares ●Ocorrências de crimes violentos, distribuição das oficinas, histórico de conflitos e rivalidades, organização do tráfico de drogas por localidade. ●Identidade e Cidadania: como o jovem se relaciona com a história do lugar onde ele vive? Para além do “ mapa” onde se localizam os conflitos (territórios), precisamos compreender a rede de lugares na qual o jovem está inserido, espaços nos quais eles afirmam suas diferenças. Circulação, disputas por territórios. Consulta GEPAR: funcionamento do GEPAR na região, principais locais de ocorrências de crimes violentos, perfil dos delitos e horário, locais de uso e distribuição de drogas, faixa etária de vítimas e agressores, motivação dos crimes. O futuro dos resultados ●Espaço de valorização das equipes e contribuição dos profissionais da política estadual de prevenção à criminalidade ● Ações coletivas como foco em fatores de proteção e em experiências subjetivas (temáticas: as relações familiares, o valor do trabalho, o acesso à saúde, asssistência social, educação, justiça em Santa Luzia, cultura e lazer, o direito à convivência comunitária). ● Implementação de projetos temáticos e coletivização de demandas que respondam minimamente aos fatores de risco observados. ● Articulação da rede de atendimento às demandas registradas pelos programas . ●Inclusão do público dos programas CEAPA e PRESP nos projetos temáticos, coletivizações e projetos institucionais desenvolvidos pelos programas Mediação de Conflitos e Fica Vivo! visando atuar sobre os fatores de proteção individuais e coletivos. ● Sistema de Defesa Social: fortalecer o espaço institucional da prevenção à criminalidade dentro do sistema de defesa social. ●Gestão: ampliar o espaço institucional da prevenção à criminalidade nos espaços IGESP e GIE. Atuar sobre a segunda contradição: o olhar do sistema de justiça sobre os conflitos sociais. ● Estado e Município: Base para Planos de gestão de investimentos sociais em infraestrutura urbana, habitacional, etc. Apresentação dos Estudos Gestão: A cidade aberta não desenhada no mapa. Aspectos simbólicos do espaço urbano (espaço, território, lugar, esfera da alteridade – subjetividades). O espaço como condição para a ação. Território ►rede de lugares ►cotidiano. De onde os programas de prevenção vêem a cidade? O pertencimento, o espaço de produção das diferenças e o encontro da diferença para produção de lutas políticas.