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Assessoria ao Cirurgião Dentista
Publicação mensal interna a Papaiz – edição IV – agosto de 2014
Escrito por:
Dr. André Simões, radiologista da Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem
11 3894 3030 papaizassociados.com.br
RADIOGRAFIAS
PANORÂMICAS
A radiologia Médica e Odontológica evoluiu muito até
alcançar o patamar dos dias atuais.
Tão logo ocorreu a descoberta dos Raios X, no ano
de 1895, apenas cinco meses depois foi feita a primeira
radiografia dental.
A radiografia
panorâmica é, por
definição, uma técnica que
permite a reprodução da
maxila e mandíbula em um
filme, com única exposição
aos Raios X. Apesar de ter
princípios de técnica que
remontam quase 100 anos,
ela possui um espectro
de indicações e vantagens
tão amplo que a tornam o
exame complementar mais
utilizado em Odontologia
até os dias atuais.
Em alguns métodos antigos, a fonte emissora de Raios
X era colocada dentro da cavidade bucal e o filme era
mantido pelo próprio paciente, que o pressionava na
face. Este método possuía um alto risco, pois, ao aquecerse pela produção de Raios X, rotineiramente a ampola
estourava dentro da boca do paciente.
Os primeiros estudos e métodos relacionados à
radiografia panorâmica datam da década de 1920 e.
desde então, a técnica aperfeiçoou-se para se tornar o
que conhecemos hoje.
A imagem a seguir mostra a capa do terceiro número da
revista da American Dental Association, do ano de 1920,
com o tema “Raios X na Prática Dental”.
Fonte: Radiologia Odontológica, Panella J. 2007 Guanabara Kogan, São Paulo - SP
Antigo aparelho de radiografia panorâmica – nota-se
o posicionamento da ampola (intrabucal) e os filmes
mantidos pelo próprio paciente.
Fonte: www.ada.org/centennial
Com o tempo, a melhora obtida na qualidade da imagem
veio por meio dos avanços das marcas comerciais
dos aparelhos. Saiu de cena o antigo filme analógico
(convencional) e entraram os filmes dry (digitais, portanto,
ecologicamente corretos). Os obsoletos sais de halogeneto
de prata da composição dos filmes convencionais deram
lugar aos pixels, que são os pequenos pontos que formam
a imagem digital.
Os líquidos processadores (revelador e fixador) não fazem
mais parte da obtenção das imagens digitais. O sensor
digital reproduz instantaneamente a imagem logo após a
sua aquisição.
A imagem digital só trouxe benefícios: melhor nitidez e
fidedignidade, menor dose de exposição, descartando o
processo de revelação da radiografia, o que favorece o
meio ambiente. Além do que, a imagem digital pode ser
armazenada, visualizada e enviada facilmente, de forma
eletrônica, por meio de computadores.
Anatomia Maxilo Mandibular nas Radiografias
Panorâmicas.
“Para quem desconhece anatomia, patologia torna-se
adivinhação”.
Goaz et al.
Para se interpretar qualquer tipo de exame radiográfico
é necessário sedimentar o conhecimento anatômico.
Devemos levar em consideração que a radiografia
panorâmica reproduz um corpo tridimensional em uma
película de duas dimensões.
Como já descrito, é possível mencionar uma vasta
quantidade de itens que destacam as indicações da
radiografia panorâmica.
A sua principal vantagem é a possibilidade de observação
simultânea dos arcos dentais em uma película. Desta forma,
pode-se ter uma vista global do status radiográfico da
saúde bucal de um indivíduo, o que facilita o diagnóstico,
planejamento e acompanhamento de cada caso. As
especificações da radiografia panorâmica são muito
abrangentes, envolvendo as especialidades cirúrgicas como
a periodontia, implantodontia, cirurgia e traumatologia
maxilo facial, além das especialidades que restauram a
funcionalidade e estética oral, como a ortodontia, prótese
e dentística. Por fim, mas não menos importante, o estudo
das diversas patologias maxilomandibulares, podem se
manifestar de forma silenciosa, sendo encontradas como
que de forma acidental.
Fonte: Atlas de Radiografia Panorâmica para o Cirurgião Dentista; Capella e
Oliveira, 2014. Gen Santos, São Paulo - SP
Planejamento Ortodôntico
Ante a uma radiografia panorâmica, pode-se observar o
grau de relação dos elementos presentes com o canal da
mandíbula, com os seios maxilares e com a cavidade nasal.
A Articulação Temporomandibular também pode ser
inicialmente avaliada, apesar de não ser a técnica indicada
para esta região anatômica.
A radiografia panorâmica também tem indicação na
avaliação inicial de novos pacientes, de forma a documentar
o status radiográfico: pré, trans e pós-tratamento. Constitui
parte importante, não apenas no resguardo legal do
profissional, mas também para registrar a evolução do
paciente de acordo com os procedimentos adotados desde
os momentos iniciais da relação paciente/profissional até a
conclusão do tratamento.
Planejamento Ortodôntico/Estético: notar
transposição de ambos os dentes caninos com os prémolares superiores.
Estudo Inicial em Periodontia
(paciente de 19 anos).
Planejamento Estético/Ortodôntico: notar
anomalia de forma (macrodontia) no dente 11.
Avaliação Inicial em Periodontia.
Planejamento Inicial em Implantodontia e
Prótese Dental.
Achado Radiográfico para fins Endodônticos.
Notar dente 11 – Cisto Periapical.
Avaliação Pós-operatória em Implantodontia.
Notar a posição ectópica do dente 33 (coroa em contato
com a base da mandíbula).
No detalhe: Radiografia Periapical do dente 11.
Avaliação Pós-cirurgia Paraendodôntica.
Verificar a região periapical do dente 46 – imagem
compatível com manipulação cirúrgica (remoção de lesão)
e material de enxertia.
Traumatologia: paciente de 58 anos com
histórico de trauma na infância (queda de
bicicleta). Notar os bordos posteriores do ramo da
mandíbula, apresentando defeito ósseo bilateralmente.
Planejamento Cirúrgico de exodontia de dentes
não irrompidos.
Patologia: acompanhamento de pós-operatório
de ameloblastoma em paciente de 19 anos,
ramo da mandíbula, lado direito.
Traumatologia: acompanhamento de fraturas
maxilo mandibulares.
Notar solução de continuidade/fratura desde a incisura
da mandíbula, ramo até o ângulo da mandíbula, do lado
esquerdo; verificar solução de continuidade/fratura do
processo alveolar na linha média, estendendo-se à base
da mandíbula do lado direito.
Achado Radiográfico: notar imagem radiolúcida
unilocular associada ao dente 38, com lise do trígono
retromolar e ramo da mandíbula, do lado esquerdo.
Imagem compatível com cisto dentígero. Diagnóstico
diferencial: Ameloblastoma.
Para finalizar, além de todas essas conveniências já citadas,
outro aspecto positivo a ser destacado é a baixa dose de
exposição para obtenção da radiografia panorâmica, o que se
traduz na maior proteção ao paciente.
Lembrando que, a dose máxima permissível remete ao valor
que o indivíduo pode receber de radiação, sem ser acometido
pelos efeitos nocivos dos Raios X (*).
Via de regra, é sabido que os exames de imagem, em radiologia
odontológica, possuem baixa dose de exposição aos Raios X.
Mas o quão baixa é esta dose de radiação?
A radiação emitida para se adquirir uma radiografia panorâmica
é de aproximadamente 90 micro sieverts. A dose máxima
permissível por ano é de cerca de 540 vezes o valor da
dose de uma radiografia panorâmica (50.000 micro sieverts,
segundo a Comissão Internacional de Proteção Radiológica).
É evidente que o Cirurgião Dentista, sempre de forma
cautelosa, prescreverá uma radiografia panorâmica de acordo
com a indicação de cada paciente. E apesar da dose de
radiação ser baixa, os métodos de proteção ao paciente e ao
profissional são empregados de forma sistemática pela Papaiz
Diagnósticos Odontológicos por Imagem.
(*) Fontes: Dosimetria, Zagatto E A, Centro de Energia
Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, 1998 e
http://www.convert-me.com/en/convert/radiation/.
Unidades:
JARDINS - LAPA - SANTANA - SANTO AMARO
SÃO MIGUEL - TATUAPÉ - VILA MARIANA - IBIRAPUERA (IPRO)
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