Ferrolho - WordPress.com

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Análise do movimento
Ferrolho
1
Projeto de Pesquisa
Trançados musculares – saúde corporal e o ensino do frevo
Análise do movimento
Observador: Giorrdani Gorki Queiroz de Souza (Kiran)
Orientação para realização do movimento: Ana Valéria Vicente
Movimento para análise: Ferrolho
Partes analisadas: Extremidades inferiores
Articulações: coxofemoral, joelho e tornozelo
1 Objetivo
Analisar a atividade dos seguintes grupos musculares: flexores, extensores, adutores e abdutores do
quadril, flexores e extensores do joelho e os dorsiflexores e flexores plantar do tornozelo, durante a
execução do passo do frevo Ferrolho e identificar os tipos de contração destes grupos musculares
durante as diferentes fases do movimento.
2 Descrição do movimento
Ferrolho: Corpo apoiado sobre os dois pés; centro de gravidade no centro e sobre a base de apoio.
O movimento consiste em uma rotação do corpo como um todo de uma posição onde o tronco se
encontra em seu plano sagital direito com o quadril direito estendido a aproximadamente 45 graus,
joelho direito estendido e tornozelo direito dorsiflexionado com apoio nos 1º, 2º, e 3º dedos do pé
direito e o quadril esquerdo flexionado a aproximadamente 45 graus, com joelho estendido e
tornozelo dorsiflexionado tendo como apoio o calcanhar; para o plano sagital esquerdo com quadril
esquerdo estendido a aproximadamente 45 graus, joelhos estendidos e tornozelo dorsiflexionado
tendo como apoio os 1º, 2º, e 3º dedos do pé esquerdo, o quadril direito flexionado a
aproximadamente 45 graus, joelho estendido e o tornozelo dorsiflexionado tendo o calcanhar como
apoio.
O corpo tem como posição intermediaria e não estática em uma visão frontal com os dois quadris em
abdução de aproximadamente 45 graus, joelhos estendidos e calcanhares dorsiflexionados.
2.1. Orientação para realização do movimento
Os pés devem estar alinhados, com ambas as pernas rotadas o suficiente para que os pés apontem
para a mesma direção. A perna apoiada sobre os dedos dos pés deve ter uma leve flexão nos joelhos.
É essa perna que deve receber o peso do corpo. Ao inverter o lado do movimento, deve-se transferir
o peso para a perna em flexão, ou seja, o peso do corpo não deve ser aplicado sobre o calcanhar.
Essa transferência é sutil e deve-se evitar um grande deslocamento lateral do quadril.
Esse movimento deve ser pensado como um movimento rasteiro, evitando a propulsão para cima.
Para isso, deve haver ênfase na rotação dos pés e coxas. Também é fundamental a ativação dos
músculos abdominais, para sustentar a coluna e para suspender o peso do corpo durante o
movimento.
3 Plano de análise
Frontal
2
4 Fases do movimento
1
2
3
4
5
5 Forças externas - Análise do Centro Geral de Massa
V = velocidade
CGM = centro geral de massa (Centro de gravidade)
Vv = velocidade vertical
3
Vh = velocidade horizontal
Av = aceleração vertical
Ah = aceleração horizontal
Não há movimento no sentido horizontal durante este movimento
Fg = força da gravidade
Fn = força de reação ou força normal
Neste movimento o CGM se desloca quase que totalmente na horizontal, da direita para esquerda e
de volta para a direita com variação relativamente menor na vertical. A velocidade é
aproximadamente constante.
Na posição inicial Fg = Fn
Fase 1 (rotação para esquerda 1)
1
2
V = aumenta
CGM = move-se na horizontal da
direita para o centro (do plano
sagital esquerdo para o frontal - o
tronco está rotacionando), e na
vertical no sentido cranial.
Vv ≈ Vh
Av ≈ Ah
(o movimento do corpo na vertical
é irrelevante durante todo o
movimento)
Fg < Fn - propulsão para
deslocamento do corpo
Fase 2 (rotação para esquerda 2)
V = permanece constante
CGM move-se na horizontal do
centro para a esquerda (do plano
frontal para o sagital direito) e na
vertical realiza pequeno
deslocamento no sentido caudal.
Vv < Vh
Av < Ah
Fg < Fn – fase descendente
2
3
4
Fase 3 (rotação para direita 1)
V = permanece constante
CGM move-se na horizontal da
esquerda para o centro (do plano
sagital direito para o frontal)
Vv < Vh
Av < Ah
Fg < Fn - propulsão para
deslocamento do corpo
3
4
Fase 4 (rotação para direita 2)
V = desacelera
CGM move-se na horizontal do
centro para a direita (do plano
frontal para o sagital esquerdo)
Vv < Vh
Av < Ah
Fg > Fn – fase descendente
4
5
6 Forças internas – análise do centro parcial de massa (PCM)
Análise articular cinética e cinemática
ω = velocidade angular
α = aceleração angular
Articulação coxofemoral
Na posição inicial = plano sagital esquerdo com o quadril esquerdo estendido a aproximadamente 45
graus, joelho esquerdo semi-flexionado e o tornozelo esquerdo dorsiflexionado com apoio dividido
entre os dedos e as articulações metatarsofalangeais. O quadril direito encontra-se flexionado a
aproximadamente 45 graus, o joelho está estendido e o peso é descarregado no calcanhar do
tornozelo direito que se encontra dorsiflexionado.
5
Fase 1 (rotação para esquerda 1)
Os quadris se movimentam em
múltiplos planos. No frontal o
quadril direito é abduzido e no
sagital estendido. O quadril
esquerdo é abduzido no plano
frontal e flexionado no plano
sagital.
1
2
Quadril D
» φ ângulo de flexão = ↓
» φ ângulo de abdução = ↑
Quadril E
» φ ângulo de flexão = ↑
» ф ângulo de abdução = ↑
ω quadril D
» flexão: horário
» abdução: horário
α quadril D
» flexão: horário
» abdução: anti-horário
ω quadril E
» flexão: horário
» abdução: anti-horário
α quadril E
» flexão: horário
» abdução: anti-horário
Flexores do quadril D (Reto
femoral, Iliopsoas): contração
excêntrica – controle da
extensão do quadril;
Reto femoral (biarticular) transferência de energia do
corpo para os pés.
Flexores do quadril E (Reto
femoral, Ileopsoas): Contração
concêntrica – flexão do quadril
reto femoral (biarticular)
transferência de energia do
corpo para os pés.
Isquiotibiais D (bíceps femoral,
semimembranoso e
semitendinoso): contração
concêntrica – extensão do
quadril;
6
Isquiotibiais E (bíceps femoral,
semimembranoso e
semitendinoso): contração
excêntrica – controle da
velocidade de flexão do quadril;
Adutores D (pectíneo, adutor
longo, adutor breve, grácil,
adutor magno, obturador
externo, glúteo máximo - fibras
inferiores): contração excêntrica
– controlar abdução do quadril;
Adutores E (pectíneo, adutor
longo, adutor breve, grácil,
adutor magno, obturador
externo, glúteo máximo - fibras
inferiores): contração excêntrica
– controlar abdução do quadril;
Abdutores D (psoas maior, íleo,
sartório, tensor da fáscia lata,
glúteo mínimo, glúteo médio,
gêmeo inferior, glúteo máximo
(fibras superiores), piriforme,
gêmeo superior, obturador
interno;): contração concêntrica
para abduzir o quadril;
Abdutores E (psoas maior, íleo,
sartório, tensor da fáscia lata,
glúteo mínimo, glúteo médio,
Gêmeo inferior, Glúteo máximo
(fibras superiores), piriforme,
gêmeo superior, obturador
interno;): Contração concêntrica
para abduzir o quadril
Rotadores externos do quadril D
(psoas maior, íleo, sartório,
obturador externo, glúteo médio
(fibras posteriores), gêmeo
inferior, quadrado femoral,
glúteo máximo, piriforme, gêmeo
superior, obturador interno,
cabeça longa do bíceps femoral):
Contração isométrica –
estabilização da articulação;
Rotadores externos do quadril E
(psoas maior, íleo, sartório,
obturador externo, glúteo médio
7
(fibras posteriores), gêmeo
inferior, quadrado femoral,
glúteo máximo, piriforme, gêmeo
superior, obturador interno,
cabeça longa do bíceps femoral):
Contração isométrica –
estabilização da articulação;
Fase 2 (rotação para esquerda 2)
O corpo vai da posição
intermediária com dois quadris
abduzidos, (plano frontal) para a
posição final desta fase com o
quadril direito estendido e o
esquerdo flexionado (plano
sagital), o movimento acontece
no tronco e os quadris se
adaptam a este movimento.
2
3
Quadril D
» φ ângulo de flexão = ↓
» φ ângulo de abdução = ↓
Quadril E
» φ ângulo de flexão = ↑
» ф ângulo de abdução = ↓
ω quadril D
» flexão: horário
» abdução: anti-horário
α quadril D
» flexão: horário
» abdução: anti-horário
ω quadril E
» flexão: horário
» abdução: horário
α quadril E
» flexão: horário
» abdução: horário
Flexores do quadril D: contração
excêntrica – controla da
velocidade da extensão;
Flexores do quadril E: contração
Concêntrica – flexionar o quadril;
Isquiotibiais D: Contração
concêntrica – estender o quadril;
Isquiotibiais E: Contração
excêntrica – controle do torque
flexor;
8
Adutores D: contração
concêntrica – adução do quadril;
Adutores E: contração
concêntrica – adução do quadril;
Abdutores D: contração
excêntrica – controlar velocidade
de adução;
Abdutores E: contração
excêntrica – controlar velocidade
de adução;
Rotadores externos do quadril D:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
Rotadores externos do quadril E:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
Fase 3 (rotação para direita 1)
O corpo mais uma vez muda de
plano (do sagital para o frontal) e
os quadris acompanham este
movimento mantendo sua
posição relativa.
3
4
Quadril D
» φ ângulo de flexão = ↑
» φ ângulo de abdução = ↑
Quadril E
» φ ângulo de flexão = ↓
» ф ângulo de abdução = ↑
ω quadril D
» flexão: anti-horário
» abdução: horário
α quadril D
» flexão: anti-horário
» abdução: horário
ω quadril E
» flexão: anti-horário
» abdução: horário
α quadril E
» flexão: anti-horário
» abdução: horário
Flexores do quadril D: Contração
concêntrica – flexão do quadril;
Flexores do quadril E: Contração
9
excêntrica – controlar a
velocidade da extensão do
quadril;
Isquiotibiais D: contração
excêntrica – controlar
velocidade de flexão do quadril;
Isquiotibiais E: contração
concêntrica – estender o
quadril;
Adutores D: Contração
excêntrica – controlar torque
abdutor;
Adutores E: Contração excêntrica
– controlar torque abdutor;
Abdutores D: Contração
concêntrica – abduzir o quadril;
Abdutores E: Contração
concêntrica – abduzir o quadril;
Rotadores externos do quadril D:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
Rotadores externos do quadril E:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
Fase 4 (rotação para direita 2)
O corpo passa do plano frontal
para o sagital rumo a sua posição
final e os quadris voltam a sua
posição inicial com o direito
flexionado e o esquerdo
estendido.
4
5
Quadril D
» φ ângulo de flexão = ↑
» φ ângulo de abdução = ↓
Quadril E
» φ ângulo de flexão = ↓
» ф ângulo de abdução = ↓
ω quadril D
» flexão: anti-horário
» abdução: anti-horário
α quadril D
» flexão: anti-horário
10
» abdução: anti-horário
ω quadril E
» flexão: anti-horário
» abdução: horário
α quadril E
» flexão: antihorário
» abdução: horário
Flexores do quadril D: contração
concêntrica – flexão do quadril;
Flexores do quadril E: contração
excêntrica – controle do torque
flexor;
Isquiotibiais D: contração
excêntrica – controle do torque
flexor;
Isquiotibiais E: contração
concêntrica – extensão do
quadril;
Adutores D: contração
concêntrica – adução do quadril;
Adutores E: contração
concêntrica – adução do quadril;
Abdutores D: contração
excêntrica – controlar velocidade
de adução;
Abdutores E: contração
excêntrica – controlar velocidade
de adução;
Rotadores externos do quadril D:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
Rotadores externos do quadril E:
contração isométrica –
estabilizar a articulação;
11
Articulação do joelho
Posição inicial: durante toda a execução deste movimento acontece muito pouca variação na
angulação do joelho, que durante todo o tempo passa de estendido para suavemente flexionado e
vice versa de acordo com a necessidade de impulso ou descarga de peso.
Fase 1 (rotação para esquerda 1)
Durante este movimento os
joelhos oscilam entre a hiperextensão e a semi-flexão. Acontece
uma tendência à hiper-extensão
do joelho onde o quadril está
flexionado e uma suave flexão
onde o quadril está estendido.
1
2
Tanto a angulação quanto sua
velocidade e aceleração angular se
apresentam como tendência ou
direção da força, pois os joelhos
são mantidos estendidos através
de força muscular e congruência
articular.
Joelho D:
φ ângulo de flexão = ↑
Joelho E:
φ ângulo de flexão = ↓
ω Joelho D:
flexão: horário
α Joelho D:
flexão: horário
ω Joelho E:
flexão: horário
α Joelho E:
flexão: horário
Quadríceps D: contração
excêntrica – contrapor o torque
flexor;
Quadríceps E: contração
concêntrica – extensão do joelho;
Isquiotibiais D: Contração
excêntrica na porção distal –
flexionar o joelho;
Isquiotibiais E: Contração
excêntrica – contrapor o torque
extensor;
12
Fase 2 (rotação para esquerda 2)
Com a descarga de peso e a
necessidade de acumular energia
para impulsionar o corpo de volta
a posição inicial, o joelho direito
tende a semi flexionar e o
esquerdo a hiper estender.
2
3
Joelho D:
φ ângulo de flexão = ↑
Joelho E:
φ ângulo de flexão = ↓
ω Joelho D:
flexão: horário
α Joelho D:
flexão: anti-horário
ω Joelho E:
flexão: horário
α Joelho E:
flexão: anti-horário
Quadríceps D: contração
excêntrica – contrapor o torque
flexor;
Quadríceps E: contração
isométrica – estabilizar o joelho;
Isquiotibiais D: inativos na porção
distal;
Isquiotibiais E: contração
excêntrica – contrapor o torque
extensor;
Fase 3 (rotação para direita 1)
Utilizando a energia acumulada e
força muscular o joelho direito
acelera no sentido extensão e o
esquerdo no sentido flexão.
Joelho D:
φ ângulo de flexão = ↓
Joelho E:
φ ângulo de flexão = ↑
3
4
ω Joelho D:
flexão: anti-horário
13
α Joelho D:
flexão: anti-horário
ω Joelho E:
flexão: anti-horário
α Joelho E:
flexão: anti-horário
Quadríceps D: contração
concêntrica – torque extensor;
Quadríceps E: contração excêntrica
– contrapor o torque flexor;
Isquiotibiais D: contração
excêntrica – estabilizar o joelho;
Isquiotibiais E: Contração
concêntrica – torque flexor;
Fase 4 (rotação para direita)
O corpo chega à fase final do
movimento no plano sagital. Mais
uma vez há a descarga de peso
sobre a base de suporte levando
os joelhos a apresentarem torque
de desaceleração.
4
5
Joelho D:
φ ângulo de flexão = ↓
Joelho E:
φ ângulo de flexão = ↓
ω Joelho D:
flexão: anti-horário
α Joelho D:
flexão: horário
ω Joelho E:
flexão: anti-horário
α Joelho E:
flexão: horário
Quadríceps D: contração
isométrica – estabilizar o joelho;
Quadríceps E: contração excêntrica
– contrapor o torque flexor;
Isquiotibiais D: contração
excêntrica – contrapor o torque
extensor;
Isquiotibiais E: inativos;
14
Articulação do tornozelo
Posição inicial: Os tornozelos permanecem dorsiflexionados durante todo o movimento, mudando
apenas o ponto de apoio do calcanhar para os dedos e articulações metatarsofalangeanas, passando
pela borda interna do pé durante o movimento intermediário.
Durante o movimento os dorsiflexores e flexores plantares irão revezar sua atividade para estabilizar
e manter a posição dos tornozelos assim como impulsionar o corpo.
Tanto a angulação quanto sua velocidade e aceleração angular se apresentam no tornozelo como
tendência ou direção da força, pois os tornozelos são mantidos em dorsiflexão através de força
muscular, congruência articular e resistência ligamentar.
Fase 1 (rotação para esquerda 1)
Tornozelo D:
φ ângulo de dorsiflexão = ↓
Tornozelo E:
φ ângulo de dorsiflexão = ↓
1
2
ω Tornozelo D:
flexão plantar: ↔
α Tornozelo D:
flexão plantar: anti-horário
ω Tornozelo E:
flexão plantar: anti-horário
α Tornozelo E:
flexão plantar: anti-horário
Dorsiflexores D (tibial anterior,
extensor longo dos dedos, fibular
terceiro, extensor longo do
hálux):
Contração isométrica estabilizar o tornozelo;
Dorsiflexores E (tibial anterior,
extensor longo dos dedos, fibular
terceiro, extensor longo do
hálux): contração excêntrica –
controlar a velocidade do torque
no sentido flexão plantar;
Flexores plantares D
(gastrocnêmios, sóleo, flexor
longo do hálux, flexor longo dos
dedos, plantar, tibial posterior,
fibular longo e curto):
Contração isométrica – manter a
flexão plantar;
Flexores plantares E
(Gastrocnêmios, sóleo, flexor
longo do hálux, flexor longo dos
15
dedos, plantar, tibial posterior,
fibular longo e curto):
inativos;
Fase 2 (rotação para esquerda 2)
Os pés passam de uma posição
sem descarga de peso para uma
com descarga de peso.
Tornozelo D:
φ ângulo de dorsiflexão = ↓
Tornozelo E:
φ ângulo de dorsiflexão = ↓
2
3
ω Tornozelo D:
flexão plantar: anti-horário
α Tornozelo D:
flexão plantar: horário
ω Tornozelo E:
flexão plantar: ↔
α Tornozelo E:
flexão plantar: horário
Dorsiflexores D: inativos;
Dorsiflexores E : contração
concêntrica - dorsiflexão;
Flexores plantar D: contração
excêntrica – contrapor o torque
dorsiflexor;
Flexores plantar E: inativos;
Fase 3 (rotação para direita 1)
Tornozelo D:
φ ângulo de dorsiflexão = ↑
Tornozelo E:
φ ângulo de dorsiflexão = ↓
3
4
ω Tornozelo D:
flexão plantar: ↔
α Tornozelo D:
flexão plantar: anti-horário
ω Tornozelo E:
flexão plantar: anti-horário
α Tornozelo E:
flexão plantar: horário
Dorsiflexores D: contração
16
concêntrica – dorsiflexão;
Dorsiflexores E : inativos;
Flexores plantar D: inativos;
Flexores plantar E: contração
concêntrica – flexão plantar;
Fase 4 (rotação para direita 2)
Tornozelo D:
φ ângulo de dorsiflexão = ↑
Tornozelo E:
φ ângulo de dorsiflexão = ↑
4
5
ω Tornozelo D:
flexão plantar: ↔
α Tornozelo D:
flexão plantar: anti-horário
ω Tornozelo E:
flexão plantar: horário
α Tornozelo E:
flexão plantar: anti-horário
Dorsiflexores D: contração
concêntrica – dorsiflexão;
Dorsiflexores E : inativos;
Flexores plantar D: inativos;
Flexores plantar E: contração
excêntrica – contrapor o torque
no sentido flexão plantar que
acontece devido à descarga de
peso;
17
7 Tipos de contração
Quadril direito e esquerdo
Total = 40 contrações
− Isométricas = 8 (20 %)
− Excêntricas = 16 (40 %)
− Concêntricas = 16 (40 %)
− Inativos = 0 (0 %)
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Flexores do
quadril
D
E
EXC
CON
EXC
CON
CON
EXC
CON
EXC
Isquiotibiais
D
COM
COM
EXC
EXC
E
EXC
EXC
CON
CON
Adutores
D
EXC
CON
EXC
CON
E
EXC
CON
EXC
CON
Abdutores
D
CON
EXC
CON
EXC
E
CON
EXC
CON
EXC
Rotadores
externos
D
E
ISO
ISO
ISO
ISO
ISO
ISO
ISO
ISO
Joelho direito e esquerdo
Total = 16 contrações
− Isométricas = 2 (12,5 %)
− Excêntricas = 9 (56,25 %)
− Concêntricas = 3 (18,75 %)
− Inativos = 2 (12,5 %)
Quadríceps
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
D
EXC
EXC
CON
ISO
E
CON
ISO
EXC
EXC
Isquiotibiais
D
E
EXC
EXC
INA
EXC
EXC
CON
EXC
INA
Tornozelo direito e esquerdo
Total = 16 contrações
− Isométricas = 2 (12,5 %)
− Excêntricas = 3 (18,75 %)
− Concêntricas = 4 (25 %)
− Inativos = 7 (3,75 %)
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Dorsiflexores
D
E
ISO
EXC
INA
CON
CON
INA
CON
INA
Flexores plantar
D
E
ISO
INA
EXC
INA
INA
CON
INA
EXC
18
8 Conclusão
Podemos através desta análise cinesiológica evidenciar a atividade de todos os músculos
dos membros inferiores, uns com função mais motora, outros funcionando como transmissores de
energia, outros estabilizando as articulações e outros acumulando energia elástica para utilizá-la na
propulsão, porém todos eles têm uma função importante no movimento como um todo.
O ferrolho foi dividido em 4 fases, duas de rotação para esquerda e duas de rotação para a
direita com variações de plano.
Durante as passagens da fase 1 e a fase 4 existe um momento de força (torque) em direção
à flexão (segundo Hamill, aceleração angular negativa - sentido horário) da articulação do joelho da
perna que recebe maior parte do peso corporal, ou seja, a perna que está apoiada nos dedos e
articulações metatarsofalangeanas. Isto acontece com a função de amortecer o impacto sobre o
tornozelo e quadril, assim como a de armazenar energia e transmiti-la para o tornozelo, sendo nesta
articulação utilizada como alavanca para o impulso necessário à mudança de direção do movimento.
Durante a execução do ferrolho há um equilíbrio entre contrações excêntricas e
concêntricas dos músculos flexores, extensores, adutores e abdutores da articulação do quadril,
demonstrando igual participação da musculatura nas funções de aceleração e desaceleração e de
contrações isométricas nos rotadores externos para manter a angulação da articulação
(estabilização). Já no joelho há uma predominância de contrações excêntricas, principalmente nos
extensores, o que mostra claramente tanto uma função de oposição ao torque flexor quanto de
desaceleração da velocidade angular neste mesmo sentido para essa musculatura durante a
execução deste movimento. Em vários momentos de passo, os músculos que cruzam os tornozelos,
seja por apresentarem função antagonista ou por não precisarem mover o segmento em nenhuma
direção, não apresentam contrações visíveis. As articulações dos tornozelos, enquanto mantidas em
dorsiflexão pela a ação da gravidade sobre o corpo, funcionam como uma mola, acumulando energia
elástica para impulsionar o corpo.
A maior variação da amplitude de movimentos acontece na articulação coxofemoral, e por
esta razão os músculos que cruzam essa articulação apresentam uma maior função motora que os
músculos que estão atuando no joelho e tornozelo, os quais estão sendo utilizados
predominantemente para conceder vantagem mecânica às alavancas destas articulações e estabilizálas durante a desaceleração e impulsão. O joelho como articulação intermediária está amortecendo o
impacto nas duas extremidades do membro inferior e transferindo energia, através dos músculos
biarticulares (sartório, reto femoral, isquiotibiais e gastrocnêmico), do quadril para o tornozelo que
utiliza esta energia para propulsão do corpo durante a mudança de direção da pelve/tronco.
No movimento ferrolho, os músculos abdominais precisam estar ativos durante toda a execução do
movimento para diminuir a carga sobre os membros inferiores, estabilizar a pelve, assim como
estabilizar a coluna lombar que está sendo exposta a rotações e recebendo toda a carga vinda do
tronco.
19
Músculos dos membros inferiores
(Fonte: KENDALL & KENDALL. Muscles Testing and Function. 4ª Ed. Philadelphia: Lippincott Williams
& Wilkins, 1993)
(listagem por ação muscular)
Articulação coxofemoral
Flexão Psoas maior, Íleo, sartório, pectíneo, adutor longo, adutor breve, reto femoral, adutor
maior (fibras anteriores), tensor da fáscia lata, glúteo mínimo;
Extensão Adutor maior (fibras posteriores), glúteo médio posterior, semimembranoso,
semitendíneo, glúteo máximo, piriforme, cabeça longa do bíceps femoral;
Adução pectíneo, adutor longo, adutor breve, grácil, adutor magno, obturador externo, glúteo
máximo (fibras inferiores);
Abdução psoas maior, íleo, sartório, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo médio, Gêmeo
inferior, Glúteo máximo (fibras superiores), piriforme, gêmeo superior, abturador interno;
Rotação interna (medial) Adutor longo, adutor breve, tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo
médio (fibras anteriores), semimembrenoso, semitendíneo;
Rotação externa (lateral) psoas maior, íleo, sartório, obturador externo, glúteo médio (fibras
posteriores), gêmeo inferior, quadrado femoral, glúteo máximo, piriforme, gêmeo superior,
obturador interno, cabeça longa do bíceps femoral.
Articulação do joelho
Extensão quadríceps, tensor da fáscia lata,;
Flexão sartório, grácil, poplíteo, plantar, semimembranoso, semitendíneo, cabeça curta do bíceps
femoral, cabeça longa do bíceps femoral, gastrocnêmico;
Quando fletidos:
Rotação lateral cabeça curta do bíceps femoral, cabeça longa do bíceps femoral;
Rotação medial sartório, grácil, poplíteo, semimembranoso, semitendíneo;
Articulação do tornozelo
Dorsiflexão tibial anterior, extensor longo dos dedos, fibular terceiro, extensor longo do hálux;
Flexão plantar fibular longo, fibular curto, tibial posterior, plantar, flexor longo dos dedos, flexor
longo do hálux, sóleo, gastrocnêmico.
20
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