a prática do momento

Propaganda
Hermessociety
A PRÁTICA DO MOMENTO
O ciclo lunar do psiquismo e a acção da Consciência : não há processo de desenvolvimento da Consciência, logo não
há oscilações solar-lunares, a Consciência intrínseca não está sujeita a este ritmo (o ocultismo tentou compendiar as
“forças desconhecidas” do desenvolvimento evolutivo luni-solar); cada vez que se faz sentir a Consciência
no processo, há uma retracção ou resistência (o nosso trabalho está para além do “bem” e do
“mal”); a Consciência, na sua totalidade, é um processo simultâneo de expansão e contracção, é um pulsar
permanente, abarca e usa os dois ritmos segundo as necessidades; o processo evolutivo só tem sentido porque exprime
a Consciência, é a expressão da Consciência no mundo; na percepção, o factor que não está sujeito à oscilação é a
Consciência; o nosso trabalho é uma luta permanente contra o esquecimento do que somos, ou seja, a Consciência
intrínseca; o que É e o que “somos” não coincide, porque a Consciência é um não-tempo; o que é viver de
acordo com a Consciência intrínseca?
Estado de Atenção e Presença : constato que a maior parte do que faço é
prescindível, mas a minha motivação está sujeita ao prescindível : pensamentos associativos, emoções reactivas e desejos
contraditórios; o estado de Atenção é um modo de expressão da Consciência intrínseca, tal como o estado de Presença, a
cada instante, a cada momento; a cada momento tenho de ter a sensação de que vou buscar e levar o copo de água
para o meu Mestre, este é o trabalho, esta a razão porque nasci e vivo, e tudo o que não seja isto é supérfluo; chamase a isto DISCERNIMENTO; em cada acção há a modalidade da expressão da Consciência, ou não ( a acção falhada
chama-se karma); a Consciência encarnada é consciência encarnada e presente na acção, quando Consciência e
Acção são cada vez mais o único movimento; um Mestre de Sabedoria é Aquele que não é afectado pelas acções do ciclo
de 24 horas, a cada instante acção e consciência são uma e única coisa, e isto é a Unidade do ser humano; a unidade
só é possível entre Consciência e Acção a cada momento; quem consegue isto nas 24 horas chama-se um Mestre de
Sabedoria; o estado de Presença é o estado de SER, a vivência do momento em que consciência e acção coincidem,
ou experiência de fusão entre consciência e acção.
Nascemos para ligar, a cada momento, a Pura Consciência
intrínseca à Acção. A auto-realização é ligar, no ciclo de 24 horas, a consciência à acção; não condições ideais para o trabalho,
porque as condições ideais são o momento onde se dá o “milagre” da união; a nossa unidade de tempo é o
Momento em que se dá a fusão da Consciência com a Acção; a cada momento, a imanência e a transcendência
realizam o seu encontro, é o ESTADO NÃO-DUAL; há uma magia transformadora na união da Consciência e da Acção,
sei a razão porque nasci, e porque não vou nascer da mesma maneira; no momento está lá tudo o que preciso: autorealizo-me na circunstância do momento; a SUPREMA REALIZAÇÃO é o Momento e a minha relação com isso; a suprema
realização no momento não deixa resíduos, não deixa memória, existe-se sem passado; esta é a experiência onde floresce
a liberdade, a da auto-realização no momento.
A prática central é o Momento : a magia da Criação está no momento, é
a suprema realização do momento em que está lá tudo, é isso que importa, é o supremo prazer, plenitude e bemaventurança. A cada momento é possível fazer a experiência não interpretativa da Consciência Fundamental; o mais
importante é a qualidade que a consciência tem com a acção, ou seja, com o pensamento, emoção e desejo, porque são
tudo acções, sem interpretações e sem lhe dar nome, através da Sensação Directa, ou Consciência sem tradução; em cada
acto de percepção, a minha relação pode ser directa com a Consciência Fundamental, ou no modo psicológico ( separar o
trigo do joio); quando há experiência real, o observador não existe e não há tradução, memória ou registo imagético, e
não há apropriação da experiência como “minha”, passando a ser referencial “espiritual”, ou
de “comparação”; numa experiência aberta, o observador dilui-se na experiência da Consciência
intrínseca, há Percepção sem observador, percepção e experiência são uma e a mesma coisa; quando se sai dessa
experiência, passa a haver novamente eu-observador e coisa observada, ou dualidade; o eu psicológico aberto à
experiência, vai sendo transformado, continuando a ter as características e aptidões da consciência psicológica,
integrada na Consciência Fundamental, e esta manifesta-se para adquirir meios de expressão a nível cósmico; não há
nada a suprimir, mas a integrar, e todas as “aquisições” são transmissíveis em “vivências
futuras”, e isso constitui os “graus de iniciação”, ou saltos qualitativos na expressão da Consciência
Fundamental até à sua expressão em permanência ( Mestres de Sabedoria).
Todos nós somos cabeça, coração e acção
embora do ponto de vista da diferenciação perceptiva pareça haver três zonas de sensação distintas, mas todo o corpo
humano é as três zonas ao mesmo tempo.
Todos os estímulos vêm da Consciência-Energia; o eu psicológico define
um território ou fantasia de fronteira no campo de consciência-energia; o Self também é uma fronteira na consciênciaenergia, mas é uma fronteira altamente porosa, na placenta do eu evolutivo, para criar as aptidões e faculdades
psicológicas culminantes, que vão servir de perfeitos modos de expressão; da imperfeição psicológica nasce a perfeição, que
o Self vai integrar como formas de expressão; a experiência do tempo é criada pelo próprio Self para a existência de eu
psicológico evolutivo.
O eu-objecto é o eu mais cristalizador (movimento centrípeto); o eu-sujeito está aberto ao
processo (movimento aberto à consciência-energia envolvente); em vez de ir buscar estímulos, o eu não dá uma
resposta de apropriação mas de exteriorização; emite estímulos para obter resposta da consciência-energia; o eu-objecto
apropria-se dos estímulos em termos de memória; o movimento de exteriorização quer respostas da consciência-energia (
a oração, o questionamento, são estímulos dirigidos à divindade para obter resposta do infinito; é a primeira fase do
despertar do eu-sujeito).
A consciência psicológica inventa a ciência, a religião e a filosofia para obter respostas do
cosmos; é o sentido mais avançado do eu-sujeito que vai permitir “abrir a janela” a nível de Escolas de
Iniciação – “Eu já sou a Realidade” ( sem medo de me dissolver nos infinitos).
A observação sem
observador dá-nos a percepção de uma individualidade infinita ; a parte realiza todo o potencial da consciência-energia
( o eu psicológico é tão instável e impermanente no momento, que não tem existência).
V.Q.
http://hermessociety.org.pt
Produzido em Joomla!
Criado em: 19 June, 2017, 02:37
Download