João Perene - Memorial Brasil de Artes Cênicas

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João Perene
João Perene é coreógrafo e bailarino de formação eclética. Nascido em Belo Horizonte, MG, e
veio muito cedo com a família para a Bahia, onde começou sua história artística.
O inicio se deu com a linguagem teatral no Grupo de Teatro no Senac – Pelourinho. Durante
sua trajetória no local, seu primeiro contato com a dança se deu a partir de uma bolsa que
receberá para participar um evento baiano anual chamado Oficina Nacional de Dança
Contemporânea, evento este, que reunia profissionais de todas as nações - este primeiro
contato colaborou muito para sua escolha pela dança. Posteriormente, a convite de Lia
Robatto, ingressou em uma das primeiras turmas da escola de dança da FUNCEB, onde
permaneceu por apenas um ano, por ter que integrar o projeto Balé Jovem do TCA, projeto
este, que preparava bailarinos para ingresso a companhia, onde ficou por três anos
dedicando-se ao profissionalismo da dança. Seu primeiro espetáculo profissional foi em 1993
em uma grande produção composta por Lia Robatto para a III conferencia Ibero-Americana de
chefes de Estados e de Governos, chamada "Sinfonia do Salvador".
Atuante apenas como bailarino/auto interprete, se lança como coreógrafo em 1999, após ter
sido contemplado com seu primeiro prêmio de montagem, através da Fundação Cultural do
Estado da Bahia com o espetáculo "Farpas e Lâminas de um Corpo Visível" onde arrebatou
elogios tanto da crítica quanto do público. Devido à boa recepção, participou de diversos
festivais durante três anos. Prossegue seus estudos, em composição coreográfica com Dudude
Herrmen (MG), Luis Mendonça (DF), e Rainer Viana (RJ). Experiências do Contact
Improvisation, com profissionais como David Ianitelle(EUA), João Fiadeiro (POR), Rui Horta
(POR). Em 2000, sua base se solidifica, quando em New York, tem a oportunidade de Estudar
com Thisha Brown e se aprofunda no estudo do contact dance com o seu próprio criador,
Steve Paxton. De volta ao Brasil e após participar do espetáculo "A primeira Madrugada do
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João Perene
mundo", é convidado a fazer parte do elenco da Cia. Gisela Rocha Company com sede em
Zurique, na Suíça.
Regressando ao Brasil, foi convidado para participar do lançamento do projeto Ateliê de
Coreógrafos Brasileiros em 2002. Após a sua primeira montagem, intitulada "Soco no Vento,
passou a atuar como coreógrafo convidado nas edições seguintes – dentro da categoria
"Solos>40", com criações específicas para bailarinas que ajudaram a construir a história da
dança na Bahia e já afastadas dos palcos há mais de 20 anos. Neste mesmo período, começa
então a colocar em prática a criação de sua própria companhia, a João Perene Núcleo de
Investigação Coreográfica ,que foi oficialmente lançada em 2004, com o espetáculo "Monólogo
para Alguns Corpos" vencedor do Premio Estímulo de Montagem em Dança daquele ano. Ao
longo de sua existência, o Núcleo de investigação coreográfica vem acumulando premiações
referentes a Apoios, Montagens, Manutenções, Circulações. Participou de grandes projetos
como: Quarta que Dança, Festival Internacional de Artes Cênicas - FIAC, Via Bahia Festival,
Mostra Bahia Gás de Cultura, Mostra Bahia em Cena, Julho em Salvador, VII Encontro
internacional de artes Cênicas, Festival Nacional de artes - FENARTE, e Projeto Nordestes
–SESC Ponteia (SP).
No final do ano de 2006, é convidado a fazer parte das comemorações dos 25 anos do Balé do
Teatro Castros Alves, sendo a primeira companhia baiana independente a dividir o palco com
os mesmos. Retorna em 2008 como convidado para compor uma obra para o Balé do Teatro
Castro Alves dentro do projeto BTCA Residência, resultando no espetáculo "O Azul de Klein"
que foi convidado para fazer parte da programação das comemorações do ano França no
Brasil.
No teatro, teve a oportunidade de trabalhar como ator e/ou coreografo com diretores
expressivos como Jose Possi Neto (A Casa de Eros), João Falcão (A Ver Estrelas), Nonato
Freyre (Vapor Barato), Fernanda Paquelet (Josefina, a Cantora dos Ratos), Deolindo Checucci
(Raul Seixas), dentre outros.
Outas obras importantes de sua carreira são, além de "Farpas..." e "Soco no Vento" são
"Medeias – solo > 40" (2004), "Desejo Fatiado" (2007), "Instante Dilatado" (2010/2012).
Também ganhou prêmios, como Apoio a Grupos Artísticos no Estado da Bahia (2010), Prêmio
Yanka Hudzka (2010), Prêmio Ninho Reis de Circulação (2009), Manutenção de Cia de Dança
(2008) e Prêmio Funarte Klauss Viana (2006).
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