Copa do Mundo 2014: Os prós e contras – Parte 1 A matéria da coluna Economia na Prática desse mês irá desdobrar um tema que a cada dia vem se tornando mais polêmico e alvo de muita expectativa por todos nós, a Copa do Mundo, que se realizará em nosso solo este ano. Muitas opiniões se divergem quanto sua realização, ao legado que esse evento deixará para nós brasileiros e quanto aos investimentos empregados, sendo que existem prioridades importantes em outros setores. Espero além de dar minha opinião, fornecer informações relevantes para formação da opinião do próprio leitor, já que o tema é fonte de várias opiniões divergentes. Falando pelo lado do legado deixado depois da Copa, o Brasil terá a chance não só de ter estádios mais modernos e confortáveis, ele terá oportunidades de investimentos em infraestrutura em um espaço de tempo relativamente curto, o que colocará o país mais desenvolvido nesse sentido. Um exemplo claro de avanço já pode ser percebido nos aeroportos, onde três dos principais aeroportos do país foram privatizados aumentando a eficiência e a satisfação dos usuários perante o modelo utilizado anteriormente. A Copa já está mudando a vida de muitos brasileiros, gerando empregos, apontando possibilidades de melhorias em negócios, e até incentivando pessoas a abrir seu próprio negócio. Criatividade e boas ideias não faltam aos brasileiros para usar a Copa como meio de melhoria de vida, e após o evento esses efeitos serão ainda mais visíveis, principalmente na área turística. O principal ponto de divergência de opiniões sobre esse evento diz respeito a quantidade de recursos utilizados para viabilizar sua realização em nosso país. É de conhecimento de todos, as necessidades do país com relação à saúde, educação, saneamento dentre outros. Porem esses são problemas que vêm nos atormentando bem antes do Brasil ganhar a eleição para sediar a Copa do Mundo de 2014. Estes problemas são de alta dificuldade de resolução, principalmente no Brasil onde temos dimensões continentais além de um alto nível de corrupção. Essa corrupção, acima mencionada, está totalmente relacionada à capacidade do povo eleger representantes sérios, que busquem a melhoria do bem estar da população. Porém esse é um assunto para um próximo texto. Para mim o que é discutível não é a realização da Copa do Mundo, pois assim como a África do Sul passou por dificuldades inclusive com grande período de greve dos trabalhadores, a FIFA não permitiria um evento dessa magnitude em locais sem condições. Para a FIFA essa espécie de pressão feita não só por ela, mas também pela mídia em geral, serve de alavanca para as obras ficarem prontas no período certo. Portanto a Copa do Mundo no Brasil será um sucesso, basta vermos como foi a procura por ingressos para o mundial. O que é discutível em minha opinião é a utilização de recursos públicos para confecção das exigências da FIFA sendo que a maior parcela do lucro do mundial ficará com a entidade e para o Brasil restará uma parte positiva no que diz respeito ao desenvolvimento, mas também restara contas a pagar por muitos e muitos anos. Fabrício Ferreira da Silva