Prevalência de obesidade entre pacientes nos diferentes ciclos da

Prevalência de obesidade entre pacientes nos diferentes ciclos da vida
atendidos em um ambulatório de Nutrição no sul do Brasil
Carina de Sousa Santos; Letícia Longhi Rocha; Lisiane Scheunemann, Msc
(orientador)
Introdução: No Brasil, dados recentes da Pesquisa de Orçamento Familiar de 20082009 revelaram que a região Sul apresenta a segunda maior população de obesos do
país e revelaram que entre os adultos houve um aumento de 3,7% em relação à
pesquisa de 2002-2003 e entre as crianças um aumento de mais de 9% em ambos os
sexos. Desta forma, valorizar o estado nutricional é atitude de vigilância e é essencial
para corroborar com o aperfeiçoamento da assistência e da promoção à saúde.
Objetivo: Determinar a prevalência de obesidade entre pacientes nos diferentes ciclos
da vida.
Palavras-chave: antropometria, obesidade, ciclos da vida.
Métodos: Estudo descritivo e documental, baseado nos prontuários de todos os
pacientes atendidos em um ambulatório de Nutrição de uma universidade do município
de Tubarão/SC entre o período de ago/2007 e jun/2010. Foram levantadas as
variáveis: sexo, idade, estado civil, presença de comorbidades associadas à
obesidade e de avaliação nutricional (dados antropométricos).
Crianças e
adolescentes foram diagnosticados segundo o IMC/Idade e adultos e idosos de acordo
com o IMC. Crianças, adolescentes e adultos foram classificados de acordo com os
pontos de corte padronizados pelo SISVAN. (BRASIL, 2008).
Para idosos foram
utilizados os da Nutrition Screening Iniciative (1991). Os dados foram analisados pelo
teste de qui-quadrado (p<0,05).
Resultados: No período pesquisado foram atendidos 775 pacientes (154 homens e
621 mulheres): 66 crianças, 59 adolescentes, 574 adultos e 76 idosos. Entre os
adultos e idosos obesos, 63,62% eram solteiros. A prevalência geral de obesidade foi
de 47,74% (n=370) (p=0,015). Entre os diferentes ciclos da vida a prevalência de
obesidade foi de 42,43% (n=28) entre as crianças [idade média (IM): 8,10±2,75 anos e
IMC médio (IMCm): 42,75±15,35 Kg/m2], de 42,38% (n=25) entre os adolescentes (IM:
14,36±2,51 anos e IMCm: 30,76±4,35 Kg/m2), de 49,82% (n=286) entre os adultos (IM:
40,17±11,39 anos e IMCm: 35,71±5,21 Kg/m2) e de 40,79% (n=31) entre os idosos
(IM: 66,48±5,89 anos e IMCm: 36,15±4,77 Kg/m2). A hipertensão arterial sistêmica foi
a comorbidade mais prevalente entre os adultos e idosos obesos, 25,17% e 74,19%,
respectivamente.
Conclusões: Essas informações podem fornecer uma base para consolidar medidas
eficazes em relação à prevenção da obesidade e intervenção, inclusive das doenças
associadas, através de educação nutricional bem como, serão utilizadas para repensar
a prática e qualificar a assistência prestada àqueles indivíduos que são atendidos.
Referências:
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos
Familiares 2008-2009: Antropometria e Estado Nutricional de Crianças,
Adolescentes e Adultos no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística; 2010.
______. Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional. Protocolos do
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
Nutrition Screening Initiative: Nutrition Screening. NSI. Manual for Professionals
Caring for Older Americans. Washington, D.C: Nutrition Screening Initiative; 1991.