Fluxo gênico em soja na região oeste do Paraná

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Soja, fluxo gênico, CP4 EPSPS
Santana, H; Sinhorati, DC; Pelissari, RA; Vieira, ESN; Oliveira, MAR de; Schuster, I
COODETEC – Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Cascavel – PR.
Fluxo gênico em soja
na região oeste do Paraná
A soja é uma espécie autógama, cuja autofecundação é favorecida pela cleistogamia, ou seja, a
autofecundação geralmente ocorre antes da abertura completa das flores. No entanto, pequenas taxas
de fecundação cruzada podem ser observadas, em função da ação de insetos polinizadores ou do vento.
Com a utilização, em larga escala, de cultivares de soja geneticamente modificadas, há uma crescente
demanda por resultados de pesquisa que demonstrem a real taxa de fecundação cruzada nas mais
diferentes condições ambientais. Com o objetivo de quantificar a taxa de fecundação cruzada em soja,
e sua distribuição espacial, nas condições climáticas e ecológicas do Oeste do Paraná, foi instalado
um experimento em Cascavel-PR. Foram semeados cinco círculos concêntricos com a variedade CD
219RR, contendo o gene CP4 EPSPS. Os círculos foram espaçados em 45cm, tendo o círculo interno
o diâmetro de 50 cm. Externamente a estes, foi semeada a variedade CD 211 (que não contém o evento
de transformação) também em cinco círculos concêntricos, espaçados em 1m. Nesta condição existe
menos barreira física entre as plantas, comparado com a situação de lavoura, o que pode favorecer
o fluxo gênico a uma distância maior. As plantas da variedade CD 211 foram colhidas e trilhadas
individualmente, e as sementes semeadas novamente no campo. Após a emergência foram obtidas
154.137 plantas. Plântulas com 15 dias foram pulverizadas com 900g i.a./ha de Glifosato. Plantas
sobreviventes após uma semana foram submetidas a análise de PCR para certificar a presença do gene
CP4 EPSPS. Os resultados indicam que a taxa de fecundação cruzada nas condições avaliadas foi
de 0,70%, 0,28%, 0,25%, 0,22%, e 0,22% respectivamente a um, dois, três, quatro e cinco metros
de distância das plantas geneticamente modificadas. Os dados confirmam que a taxa de fecundação
cruzada em soja é inferior a 1% em plantas que estão distantes a pelo menos um metro.
Apoio Financeiro: Coodetec.
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