Segunda-feira, 3 de março de 2003

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Sexta-feira, 22 de abril 2011
Paixão do Senhor, 2ª Semana do Saltério (Livro II), cor litúrgica Vermelha
Hoje: Dia do Descobrimento do Brasil (510º ano), dia Internacional da Terra, dia da Comunidade Luso-Brasileira e dia da
Aviação de Caça.
Santos: Sotero (papa, mártir), Caio (papa, mártir), Epipódio (mártir), Alexandre (mártir), Leônidas (mártir), Agapito I
(papa), Teodoro de Sicélia (bispo), Oportuna (virgem e abadessa), Volfelmo (beato, abade), Francisco de Fabriano (beato,
confessor franciscano da 1ª ordem), Bartolomeu de Cervere (beato, mártir), Miles
Oração: Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos.
Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim, como trouxemos pela natureza a imagem do homem
terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por Cristo, nosso Senhor.
Contemplando e adorando o Crucificado, elevamos nossa oração por todas as pessoas com quem o sangue
de Cristo nos fez irmãos, os sofredores que prolongam, hoje, o mistério de sua cruz. Comungando do seu corpo,
recebemos força para viver da esperança e da vitória que nasce da cruz. Hoje já é Páscoa: Cristo, que morre
na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota para nós a vida divina; passamos do pecado para a vida
nova da ressurreição. É a Páscoa da cruz.
I Leitura: Isaias (Is 52, 13-53,12)
Ele foi ferido por causa de nossos pecados
13
Ei-lo, o meu servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como
muitos ficaram pasmados ao vê-lo - tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem
ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele
os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que
jamais ouviram. 53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a
força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra
seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse.
3
Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos;
passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele.
4
A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e
nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa
de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço
da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas
desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos
nós. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou
como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e
foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos
vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre
ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal, nem se encontrou falsidade em
suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele
terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
11
Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu servo, o justo, fará justos
inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões
e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo
contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor
dos pecadores. Palavra do Senhor.
Na celebração da Paixão do Senhor cantamos a confiança do Servo Sofredor, que se entregou, sem reservas, nas mãos
d´Aquele que o pode livrar “do poder do inimigo e do opressor” e aguarda com ânimo forte e resistente a sua salvação.
Abandonando-nos com Cristo nas mãos de Pai, cantamos a esperança da vitória de seus fiéis seguidores, os “crucificados”
de nossos dias.
Evangelho do Dia
21/04/11
Mundo Católico (www.mundocatolico.org.br)
Pg.1
Comentando a I Leitura
A missão do Servo sofredor
Vários textos do Segundo Testamento interpretam a paixão e a morte de Jesus à luz da profecia
do Segundo Isaías. Especialmente com base nos quatro cânticos do Servo sofredor, percebe-se
íntima ligação com o sofrimento de Jesus. Supõe-se até que Jesus tenha alicerçado sua missão
sobre a teologia do Servo sofredor.
O texto para a meditação desta sexta-feira santa refere-se ao quarto cântico. O Segundo Isaías
(cap. 40-55) é um movimento profético atuante no meio dos exilados na Babilônia em meados do
século VI a.C. Busca incutir ânimo e esperança ao povo que está longe de sua terra, em situação
de dor e desolação. É esse povo o “Servo sofredor”: desprezado, aviltado em sua dignidade
humana, maltratado, sem beleza e sem importância; condenado injustamente como malfeitor e
totalmente desprotegido, sem condições de defesa.
No entanto, esse povo desprezível e maltratado descobre-se como eleito por Deus para uma
missão de solidariedade e expiação. Sobre si carrega as dores e enfermidades do mundo, os
crimes e iniquidades da humanidade. Esse “Servo sofredor”, visto como um humilhado e
castigado por Deus, pelo seu aniquilamento, proporcionou a cura de todos. Deus fez cair sobre
seu Servo amado todas as faltas da humanidade. Por ele, os povos recebem o perdão e a paz.
É fácil perceber por que as comunidades cristãs primitivas aplicaram a Jesus a descrição do
“Servo sofredor” do Segundo Isaías. Ele se fez Servo de todos e ofereceu sua vida em sacrifício
expiatório. Pela sua morte, resgatou a vida de toda a humanidade. O justo condenado
injustamente garantiu a nossa justificação. [Celso Lorashi, Mestre em Teologia Dogmática, Vida
Pastoral, n.277, Paulus]
Salmo: 30(31), 2 e 6.12-13.15-16.17 e 25 (+ Lc 23,46)
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito
2
Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! 6Em
vossas mãos, Senhor, entrego meu espírito, porque me salvareis, Deus fiel!
12
Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos, e objeto de pavor para os
amigos; fogem de mim os que me vêem pela rua. 13Os corações me esqueceram como um morto,
e tornei-me como um vaso espedaçado.
15
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus!
em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
16
17
Fortalecei os
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão.
corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!
Eu entrego
25
II Leitura: Carta aos Hebreus (Hb 4, 14-16; 5, 7-9)
Ele tornou-se causa de salvação
14
Irmãos, temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por
isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote
capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós,
com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para
conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo,
nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que
era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo
Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na
consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
Palavra do Senhor!
Evangelho do Dia
21/04/11
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Pg.2
Comentando a II Leitura
Jesus é o único mediador entre a humanidade e Deus
Um dos objetivos da carta aos Hebreus é fortalecer a fé e o amor das comunidades cristãs. Para
tanto, apresenta Jesus Cristo como único mediador entre a humanidade e Deus, superando todas
as demais mediações, como a Lei e o Templo. Exorta a “manter-se firme na fé que professamos”,
deixando transparecer que membros da comunidade cristã estavam “voltando atrás”, retomando
concepções e práticas antigas.
Jesus é apresentado como o único sumo sacerdote e, portanto, já não há necessidade de outros
sacerdócios. O sumo sacerdote do Templo entrava no Santo dos Santos, uma vez por ano, a fim
de oferecer um sacrifício a Deus. Jesus, pela sua entrega sacrifical, derrubou todas as barreiras
que dificultavam o acesso a Deus. Agora, por meio de Jesus, o sumo e eterno sacerdote, todo
lugar e todo tempo são propícios para a comunhão com Deus.
O texto salienta a missão terrena de Jesus, sua encarnação, suas súplicas ao Pai em meio a
terrível sofrimento, na confiança de que ele podia livrá-lo da morte. Foi obediente até o fim, e
Deus o escutou. Jesus “atravessou os céus”, o verdadeiro Santo dos Santos; ofereceu o sacrifício
definitivo para a expiação dos nossos pecados. Porque participou humildemente de nossa
humanidade e de nossas fraquezas, é capaz de compaixão. Atravessou o céu sem afastar-se da
realidade humana. Seu trono não é para juízo e condenação. Podemos nos aproximar dele, fonte
de graça e de misericórdia, com toda a confiança, sem nenhum receio. O acesso a Deus está
permanentemente aberto, e podemos contar com sua acolhida amorosa. [Celso Lorashi, Mestre em
Teologia Dogmática, Vida Pastoral, n.277, Paulus]
Evangelho: João (Jo 18, 1—19,42)
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo
Prenderam Jesus e o amarraram
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí
um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar,
porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um
destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com
lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro
deles e disse: A quem procurais? 5Responderam: A Jesus, o nazareno. Ele disse: Sou eu. Judas, o
traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse "sou eu", eles recuaram e caíram por terra.
7
De novo lhes perguntou: A quem procurais? Eles responderam: A Jesus, o nazareno. 8Jesus
respondeu: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.
9
Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: "Não perdi nenhum daqueles que me
confiaste". 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo
sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?"
12
Conduziram Jesus Primeiro a Anás
Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram.
13
Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14Foi
Caifás que deu aos judeus o conselho: "É preferível que um só morra pelo povo". 15Simão Pedro e
um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com
Jesus no pátio do sumo sacerdote.
16
Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote,
saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava
a porta disse a Pedro: Não pertences também tu aos discípulos desse homem? Ele respondeu:
Evangelho do Dia
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Pg.3
Não. 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia
frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a
respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu: Eu falei às claras ao
mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às
escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu
disse. 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
É assim que respondes ao sumo sacerdote? 23Respondeu-lhe Jesus: Se respondi mal, mostra em
quê; mas, se falei bem, por que me bates? 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o
sumo sacerdote.
25
Não és tu também um dos discípulos dele? Pedro negou: "Não!"
Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: Não és tu, também, um dos
discípulos dele? Pedro negou: Não! 26Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente
daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: Será que não te vi no jardim com ele?
27
Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou.
28
O meu reino não é deste mundo
De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não
entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu
ao encontro deles e disse: Que acusação apresentais contra este homem? 30Eles responderam:
Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti! 31Pilatos disse: Tomai-o vós mesmos e
julgai-o de acordo com a vossa lei. Os judeus lhe responderam: Nós não podemos condenar
ninguém à morte. 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de
morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Tu és o rei dos
judeus?
34
Jesus respondeu: Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim? 35Pilatos
falou: Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que
fizeste? 36Jesus respondeu: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não
é daqui. 37Pilatos disse a Jesus: Então tu és rei? Jesus respondeu: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci
e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade
escuta a minha voz. 38Pilatos disse a Jesus: O que é a verdade? Ao dizer isso, Pilatos saiu ao
encontro dos judeus e disse-lhes: Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós
um costume, que pela páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?
40
Então, começaram a gritar de novo: Este não, mas Barrabás! Barrabás era um bandido.
Viva o rei dos judeus!
19,1
Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e
colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele
e diziam: Viva o rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.
5
Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
Eis o homem! 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
Crucifica-o! Crucifica-o! Pilatos respondeu: Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não
encontro nele crime algum. 7Os judeus responderam: Nós temos uma lei, e, segundo esta lei, ele
deve morrer, porque se fez Filho de Deus. 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo
ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: De onde és tu? Jesus ficou calado.
10
Então Pilatos disse: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e
autoridade para te crucificar? 11Jesus respondeu: Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se
ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.
Fora! Fora! Crucifica-o!
12
Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: Se soltas este homem,
não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César. 13Ouvindo estas
Evangelho do Dia
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Pg.4
palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado "Pavimento",
em hebraico "Gábata". 14Era o dia da preparação da páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse
aos judeus: Eis o vosso rei! 15Eles, porém, gritavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Pilatos disse: Hei de
crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César.
16
Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.
Ali o crucificaram , com outros dois
17
Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado "Calvário", em hebraico "Gólgota".
18
Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda
escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: "Jesus, o nazareno, o rei dos
judeus". 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado
ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21Então os sumos
sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas "o rei dos judeus", mas sim o que ele
disse: "Eu sou o rei dos judeus". 22Pilatos respondeu: O que escrevi, está escrito.
Repartiram entre si as minhas vestes
23
Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte
para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo.
24
Disseram então entre si: Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será.
Assim se cumpria a escritura que diz: "Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte
sobre a minha túnica". Assim procederam os soldados.
Este é o teu filho. Esta é a tua mãe
25
Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria
Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
Mulher, este é o teu filho. 27Depois disse ao discípulo: Esta é a tua mãe. Dessa hora em diante, o
discípulo a acolheu consigo.
Tudo está consumado
28
Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a escritura se cumprisse
até o fim, disse: Tenho sede. 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma
esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: Tudo
está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (Na celebração todos se ajoelham
um por um instante)
E logo saiu sangue e água
31
Era o dia da preparação para a páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na
cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos
que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e
quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se
aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um
soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu, dá
testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também
acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a escritura, que diz: "Não quebrarão nenhum
dos seus ossos". 37E outra escritura ainda diz: "Olharão para aquele que transpassaram".
38
Envolveram o corpo de Jesus com aromas, em faixas de linho
Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus - mas às escondidas, por medo dos
judeus - pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o
corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrarse com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo
de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam
sepultar. 41No lugar onde Jesus, foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo,
Evangelho do Dia
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onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da páscoa, e como o túmulo
estava perto, foi ali que colocaram Jesus. Palavra da Salvação!
Comentário do Evangelho
A paixão e a morte de Jesus
Após a oração sacerdotal de Jesus (Jo 17), o Evangelho de João faz a narrativa da sua paixão e
morte. A oração consiste num insistente pedido ao Pai para que os discípulos sejam guardados de
todo mal e o amor de Deus permaneça com eles. Jesus tem consciência de sua partida. A morte é
consequência de sua fidelidade ao projeto de amor do Pai. Por essa fidelidade, Jesus entrega sua
vida de forma consciente: “Ninguém tira a minha vida. Eu a dou livremente” (10,18).
Em um jardim se desencadeia o processo da paixão de Jesus. Também num jardim ele será
crucificado e sepultado. O jardim é lugar simbólico. Lembra o paraíso terrestre. Lugar de beleza e
fecundidade. O jardim do Gênesis foi profanado pelo orgulho humano: tornou-se espaço de
divisão e morte. O jardim da morte de Jesus, porém, é o espaço do resgate definitivo da vida.
Jesus costumava reunir-se com seus discípulos no jardim, fora do lugar social das instituições de
poder, com as quais, gradativamente, ele vai rompendo. Os discípulos demonstram dificuldade
em entender a postura de Jesus. Judas, por exemplo, não consegue desvencilhar-se da ideologia
dominante. Faz um acordo com os líderes religiosos de Jerusalém e entrega Jesus. Um batalhão
de guardas armados é mobilizado para prendê-lo, sinal de que era realmente considerado um
indivíduo perigoso para o sistema oficial de poder.
Procuram Jesus à noite. As trevas, no Evangelho de João, têm um significado especial: em
oposição à luz, simbolizam o mal. A ação que está sendo executada é sinal da maldade do
“mundo” (instituições que excluem e matam). Jesus, “consciente de tudo o que lhe acontecia”,
apresenta-se com o título divino “Eu sou”, identificando-se com o Deus do Êxodo (Ex 3,14). Esse
título, paradoxalmente, está ligado com a origem humilde de Jesus: Nazaré da Galileia. O
nazareno é Deus. Não é por nada que os guardas caem por terra.
Também Pedro revela muita dificuldade em entender a proposta de Jesus. Sua mentalidade ainda
se baseia na ideologia triunfalista. Jesus, porém, vai por outro caminho: a vitória da vida não se
dá pelo confronto e pela violência, mas pela obediência ao amor a Deus e ao próximo, também
aos inimigos. Foi realmente difícil para Pedro. Decepciona-se com Jesus e vai negá-lo. Mas não
deixará de reconhecer profundamente sua falta e tornar-se um discípulo exemplar.
Tanto a instância religiosa, representada por Anás e Caifás, como a instância política do império
romano, representada por Pilatos, não encontram motivos para a condenação de Jesus. Esta será
efetivada por interesse e conveniência dos chefes. Não foi Deus que quis a morte de seu Filho.
Ela foi consequência da opção de Jesus pela verdade e pela justiça, conforme se constata no seu
testemunho diante de Pilatos.
O caminho da “via sacra” até a morte de cruz é a síntese de todo o sofrimento humano assumido
por Jesus como gesto de extrema solidariedade. Ele se fez maldito (quem morre suspenso no
madeiro é maldito de Deus: Dt 21,23) e foi crucificado entre dois malditos. Todos os crucificados
e malditos deste mundo estão contemplados na morte de Jesus. Todos são redimidos no seu
amor.
A cruz, para os cristãos, torna-se o caminho de seguimento de Jesus. Significa empenhar-se por
um mundo de paz e justiça; renunciar ao poder em todas as suas dimensões; denunciar situações
que geram exclusão e morte; assumir a causa dos pequeninos; doar-se cotidianamente pela
causa da vida em plenitude, sem exclusão. [Celso Lorashi, Mestre em Teologia Dogmática, Vida
Pastoral, n.277, Paulus]
Evangelho do Dia
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Pg.6
Cristo, Verdadeiro Cordeiro Pascal
A leitura da Paixão segundo João Constitui o
modo privilegiado de acesso ao mistério
pascal, que neste dia revivemos, sobretudo
como morte do Senhor.
Jesus morre no momento em que, no templo,
se imolam os cordeiros destinados à
celebração da páscoa (19,31); a sua imolação
é uma imolação "real", um sacrifício realizado
uma vez por todas, porque a vitima espiritual"
tornou inúteis as vítimas materiais. Outros
pormenores completam o quadro: a Jesus não
são quebradas as pernas, em conformidade
com as prescrições rituais (Ex 12,46); do seu
lado traspassado jorra o sangue, com o qual
são misteriosamente assinalados os que
pertencem ao novo povo, aqueles que Deus
salva (cf Ex 12,7.13). Cristo crucificado é,
pois, o "verdadeiro Cordeiro pascal": ele é a
"nossa Páscoa" imolada (cf 1 Cor 5,7).
"Verdadeiro ,porque e a realidade daquilo que
os sacrifícios antigos exprimiam: a salvação
recebida e esperada, a aliança com Deus e a
inserção em seu desígnio. Esta descrição não
é uma novidade; os profetas, e especialmente
o Segundo Isaias (2~ leitura), descrevem o
Servo do Senhor no momento em que realiza
sua missão de libertar o povo dos pecados e de torná-lo agradável a Deus, como um cordeiro
inocente, carregado dos delitos do seu povo, e que, em silêncio, se deixa conduzir ao matadouro.
E é de sua morte, aceita livremente, que provém a justificação "para todos".
A leitura da Paixão segundo João Constitui o modo privilegiado de acesso ao mistério pascal, que
neste dia revivemos, sobretudo como morte do Senhor.
Jesus morre no momento em que, no templo, se imolam os cordeiros destinados à celebração da
páscoa (19,31); a sua imolação é uma imolação "real", um sacrifício realizado uma vez por todas,
porque a vitima espiritual" tornou inúteis as vítimas materiais. Outros pormenores completam o
quadro: a Jesus não são quebradas as pernas, em conformidade com as prescrições rituais (Ex
12,46); do seu lado traspassado jorra o sangue, com o qual são misteriosamente assinalados os
que pertencem ao novo povo, aqueles que Deus salva (cf Ex 12,7.13). Cristo crucificado é, pois, o
"verdadeiro Cordeiro pascal": ele é a "nossa Páscoa" imolada (cf 1 Cor 5,7). "Verdadeiro ,porque
e a realidade daquilo que os sacrifícios antigos exprimiam: a salvação recebida e esperada, a
aliança com Deus e a inserção em seu desígnio. Esta descrição não é uma novidade; os profetas,
e especialmente o Segundo Isaias (2~ leitura), descrevem o Servo do Senhor no momento em
que realiza sua missão de libertar o povo dos pecados e de torná-lo agradável a Deus, como um
cordeiro inocente, carregado dos delitos do seu povo, e que, em silêncio, se deixa conduzir ao
matadouro. E é de sua morte, aceita livremente, que provém a justificação "para todos".
O dramático diálogo com Pilatos mostra Jesus silencioso, enquanto a autoridade, neste momento
a serviço do pecado do mundo que cega o povo, decide sua morte e o condena.
Não seria completa a compreensão do mistério de Jesus se não contemplássemos também, como
o Apocalipse de João, o Cordeiro glorioso, que está diante de Deus com os sinais das suas
chagas, dominador do mundo e da história (Ap 5,6ss); o Cordeiro que se imolou por amor da
Evangelho do Dia
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Pg.7
Igreja e para o qual a Igreja tende, cheia de amor. Na cruz se iniciaram as núpcias do Cordeiro,
que terão sua realização plena na festa do céu (cf Ap 19,7-9).
Celebração Da Paixão Do Senhor
Neste dia, "em que Cristo, nossa Páscoa foi imolado" (1 Cor 5,7), toma-se clara realidade o que
desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério; a ovelha verdadeira substitui a
ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das
antigas vítimas significava.
Com efeito, "a obra da Redenção dos homens e perfeita glorificação de Deus, prefigurada pelas
suas obras grandiosas no povo da ANTIGA Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo
mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa
Ascensão, mistério este pelo qual, morrendo, destruiu a nossa morte ,e ressuscitando, restaurou
a nossa vida. Foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de
toda a Igreja”.
Ao contemplar Cristo, seu Senhor e Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e sua
missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje
celebra em ação de graças por dom tão. [Missal Dominical, ©Paulus, 1995]
Oração da Universal (Missal Dominical, Paulus, 1995)
Pela Santa Igreja
Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a
paz e a unidade, que ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila,
para sua própria glória.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos
os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o
mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso
Senhor.
Pelo Papa
Oremos pelo nosso santo Padre, o Papa Bento XVI. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o
Episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com
sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o Pontífice que
escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua
fé. Por Cristo nosso Senhor.
Por todas as ordens e categorias de fiéis
Oremos pelo nosso Bispo (nome do bispo local), por todos os bispos, presbíteros e diáconos da
Igreja e por todo o povo fiel.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito
todo o corpo da Igreja, escutais as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do
vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por
Cristo, nosso Senhor.
Pelos catecúmenos
Oremos pelos nossos catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas
da misericórdia, para que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus
pecados, sejam incorporados no Cristo Jesus.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a
vossa igreja, aumentai a fé e o entendimento dos nossos catecúmenos, para que,
renascidos pelo batismo, sejamos contados entre os vossos filhos adotivos. Por Cristo,
nosso Senhor.
Evangelho do Dia
21/04/11
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Pela unidade dos cristãos
Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que creem no Cristo, para que o Senhor nosso Deus
se digne reunir e conservar na unidade da sua igreja todos os que vivem segundo a verdade.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o
que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços
da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso
Senhor.
Pelos judeus
Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que
cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus
descendentes, escutai as preces da vossa igreja. Que o povo da primitiva aliança
mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Pelos que não creem no Cristo.
Oremos pelos que não creem no Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam
também ingressar no caminho da salvação.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, daí aos que não creem no Cristo e caminham
sob o vosso olhar com sinceridade de coração, chegar ao conhecimento da verdade. E
fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos
melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida.
Por Cristo, nosso Senhor.
Pelos que não creem em Deus
Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam
chegar ao Deus verdadeiro.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seremos humanos e
pusestes em seu coração o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só
em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste mundo,
discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles
que creem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e
Pai de todos os seres humanos. Por Cristo, nosso Senhor.
Pelos poderes públicos
Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija
o espírito e o coração para que todos possam gozar de verdadeira paz e liberdade.
Sacerdote: Deus =eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres
humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por
vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade da
nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor.
Por todos os que sofrem provações
Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse
as doenças e afugente a fome, abra as prisões e liberte os cativos, vele pela segurança dos
viajantes e transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que
agonizam.
Sacerdote: Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que
labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem
os seus sofrimentos, parda que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa
misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração Depois da Comunhão:
Ó Deus todo-poderoso, que hoje nos renovastes pela ceia do vosso Filho, dai-nos ser
eternamente saciados na ceia do seu reino. Por Cristo, nosso Senhor.
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Oração sobre o povo:
Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo, que acaba de celebrar a morte
do vosso Filho, na esperança da sua ressurreição. Venha o vosso perdão, seja dado o vosso
consolo; cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme. Por Cristo, nosso Senhor.
Adoração da Cruz
Jesus celebrou sua páscoa, “passando” através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar
à ressurreição gloriosa, honrando sua cruz, adoramos e agradecemos a Jesus por seu amor.
A apresentação da cruz é feita em três momentos sucessivos, como percorrendo um breve
caminho que, da porta da igreja se dirige para o altar, ou do lado de fora do presbitério se dirige
para o centro do altar.
A cada parada o celebrante descobre uma parte da cru e canta:
Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
Todos respondem:
Vinde, adoremos!
Todos se ajoelham em silenciosa adoração.
Para o dia de hoje
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Hora: a solene Ação Litúrgica celebra-se pelas 15 horas; porém, para a conveniência dos fiéis, pode ser
celebrada desde o meio-dia; e também mais tarde, mas não depois das 21 horas.
Prostração e silêncio: o presidente da celebração e os ministros dirigem-se ao altar em silêncio, sem
canto. Feita a referência ao altar, o sacerdote e os ministros se prostram. Esse gesto expressa profundo
respeito diante do mistério da morte de Jesus e a tristeza dolorosa da comunidade cristã. Enquanto o
sacerdote e os ministros estão prostrados, os fiéis permanecem ajoelhados e oram em silêncio.
A Cruz, coberta com véu vermelho, é levada processionalmente da sacristia pelo diácono, ladeado por
dois acólitos, com velas acesas, para o altar; terminada a adoração da Cruz, esta é colocada no meio do
altar, entre dois candelabros acesos.
O Jejum: a sexta-feira santa é um dos dois dias durante o ano litúrgico em que a Igreja prescreve o
jejum. O outro dia é a quarta-feira de cinzas. Trata-se de um sinal exterior da participação interior ao
sacrifício de Cristo.
Desnudação do Altar: ao encerrar a celebração da paixão do Senhor, faça-se a desnudação do altar,
colocando-se porém a cruz em lugar adequado, de modo que os fiéis possam adorá-a.
Narração da Paixão: a história da paixão segundo João é lida ou cantada por pessoas que fazem a
parte do narrador, do povo e de Cristo (esta é reservada de preferência ao sacerdote). Eventualmente
pode haver outro leitor que faça a parte de algum discípulo (por exemplo, Pedro ou mesmo de Pilatos).
Mensagem de esperança: a equipe de liturgia tenha a preocupação de transmitir ao povo sofrido uma
mensagem de esperança, de encorajamento, oferecendo-lhe perspectivas de ressurreição (vida nova).
Hoje, por determinação da Santa Sé; Coleta para os Lugares Santos (com 10% para a Catholica
Unio), a ser entregue integralmente na cúria diocesana.
A Igreja concede uma Indulgência plenária aos que hoje participam piedosamente da veneração da
Santa Cruz e beijam devotamente o Santo Lenho
O sentido da liturgia de hoje
O rito da apresentação e adoração da cruz vem como conseqüência lógica da proclamação da paixão de
Cristo. A Igreja ergue diante dos fiéis o sinal do triunfo do Senhor, que havia dito: “Quando vocês
levantarem o Filho do Homem, saberão que Eu sou” (Jo 8, 28)
Enquanto apresenta a cruz, o celebrante canta por três vezes: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a
Evangelho do Dia
21/04/11
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salvação do mundo”. A assembléia, cada vez, responde: “Vinde, adoremos!”. Durante a procissão da
adoração, entoam-se cânticos apropriados.
Comunhão
Embora não haja celebração eucarística, os fiéis podem comungar das hóstias consagradas na
missa da quinta-feira santa. Mesmo que seja feita fora da missa, a comunhão é intima união com
Cristo que se oferece por nós em sacrifício ao Pai. Durante a comunhão, pode-se escolher um
cântico apropriado à circunstância.
Sugestões para a celebração

Fonte: Vida Pastoral nº 253, Paulus
O clima de silêncio e o ambiente despojado expressam a dor e o luto da comunidade: o
altar fica sem toalhas, sem flores e sem candelabros; a cor das vestes é vermelha, sinal
do martírio, do sangue derramado na cruz. Onde for possível, colocar no ambiente da
celebração fotos e cartazes de nossos mártires da América Latina. Com Jesus, eles
entregaram a vida pela VIDA.

Seguindo antiguíssima tradição, não se celebra hoje a eucaristia. Comungam-se as hóstias
consagradas na Quinta-feira Santa.

A celebração é organizada em quatro momentos: liturgia da Palavra, oração universal,
adoração da cruz e comunhão.

O primeiro momento é marcado pelo silêncio. O animador (ou animadora) convida toda a
comunidade presente a ficar em profundo silêncio, de joelhos, e, onde for possível,
prostrar-se. Quem preside se prostra no chão, em sinal de humildade. Um refrão
meditativo pode acompanhar este momento: “Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende
piedade de nós”. (Depois todos se levantam para a oração da coleta.)

Segue-se a proclamação das leituras.

Cuidar para que sobretudo a 1ª leitura seja proclamada, respeitando seu estilo poético.

O salmo responsorial pode ser cantado com a melodia sugerida pelo Hinário Lit. 2, p. 28:
“Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos”.

A melodia da aclamação também se encontra no mesmo Hinário 2, na p. 189: “Salve, ó
Cristo obediente”.

A leitura da Paixão pode ser feita por vários leitores, conforme o costume. Pode também
ser repartida em trechos intercalados com um refrão e invocação do povo, no estilo das
estações da via-sacra. Pode ainda ser cantada na versão sugerida pelo Hinário 2, CNBB,
pp. 113-118.

A oração universal é o grande momento de solidariedade com todo o povo de Deus,
nascido do gesto de amor do Cristo na cruz. Como Jesus, que, “no fim de sua vida terrena,
fez orações e súplicas a Deus” (Hb 5,7), a comunidade reza pelas grandes necessidades
da Igreja e da humanidade.

É importante manter a estrutura da oração: alguém apresenta a intenção da oração,
segue-se um momento de silêncio, podendo haver, depois disso, um refrão cantado por
todos (exemplo: “Senhor, tende piedade de nós!” ou outro), e conclui com a oração de
quem preside.
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
O terceiro momento é a adoração da cruz. Uma boa sugestão é fazer primeiro a entrada
solene da cruz e, diante dela, fazer a oração universal.

A assembléia se volta para a cruz já descoberta e erguida no centro da igreja, e pessoas
do meio da assembléia anunciam em voz alta a intenção de cada oração.
Seria oportuno fazer, diante da cruz, um momento profundo de confissão e pedido de
perdão pelos grandes pecados cometidos contra a vida e a falta de valorização das
pessoas com deficiência.
O exercício da via-sacra, comum neste dia nas comunidades, poderia ganhar essa
conotação (ligada à CF) de pedido de perdão. Cada comunidade encontre o modo e o
melhor momento para fazê-lo.



Segue-se o rito da comunhão. O ministro estende uma toalha sobre o altar, no qual é
colocado o pão eucarístico. Convida-se para a oração do pai-nosso, seguindo-se os
dizeres: “Felizes os convidados...”.

Depois da oração sobre o povo, todos se retiram em silêncio.
Via Sacra
Os peregrinos de Jerusalém percorriam com emoção os caminhos seguidos pelo Senhor na sua
paixão. Há alguns séculos o povo cristão o percorre espiritualmente, seguindo uma grande cruz e
venerando catorze estações.
Faz-se uma breve meditação das dores de Jesus em cada estação, mas não é determinada
nenhuma oração particular e tampouco um título para cada estação. Mais do que a crônica dos
acontecimentos, contemplamos o mistério de amor e doação de Jesus e de sua Mãe, e
procuramos participar intimamente de seu sacrifício espiritual.
Cristo crucificado é, de fato, a revelação de Deus, Pai que ama os homens, e manifesta a sua
força na fraqueza e na falência dos empreendimentos humanos. E é também a revelação do
homem; só é homem verdadeiramente quem dá a vida pelos outros e por Deus. A vida se realiza
no amor. A meditação sobre a paixão e morte de Jesus deve ter uma única conclusão: fazer na
vida de cada dia aquilo que ele fez. É a conclusão de são João: "Cristo deu a vida por nós;
portanto, nós devemos dar também a nossa vida pelos irmãos" (1 Jo 3,16).
É aconselhável a quem não puder participar da celebração da Paixão do Senhor, uma leitura da
paixão segundo João (pp. 307ss) ou de uma das outras narrativas da paixão (pp. 261ss.),
intercalada por oração silenciosa, cânticos e aclamações: "Piedade, Senhor"; "Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós"; "Povo meu"; "Nós vos adoramos e
bendizemos, ó Cristo", ou outros cânticos apropriados. Pode-se terminar com a oração dos fiéis e
o pai-nosso.
A solene liturgia da Sexta-feira Santa é celebrada à tarde, pelas três horas, a não ser que por
razões pastorais aconselhem horas mais tardias. Neste dia só é distribuída a Sant comunhão aos
fiéis durante a solene ação litúrgica; aos doentes, que não podem tomar parte desta liturgia,
pode-se levar a comunhão a qualquer hora do dia. Na Sexta-feira Santa “na paixão do Senhor” e,
conforme a oportunidade, também no Sábado Santo até a Vigília Pascal, celebra-se o jejum
pascal.
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