Suboxone, INN- buprenorphine/naloxone

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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 2 mg/0,5 mg comprimidos sublinguais
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido sublingual contém 2 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 0,5 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido sublingual contém 42 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido sublingual
Comprimidos biconvexos hexagonais, de cor branca, com 6,5 mm e com a impressão "N2" (2 mg)
numa face.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento de substituição da dependência de opiáceos, no contexto multidisciplinar de um
tratamento médico, social e psicológico. O objetivo do componente naloxona é impedir o consumo
incorreto por via intravenosa. O tratamento destina-se a ser utilizado em adultos e adolescentes a partir
dos 15 anos de idade que tenham concordado em ser submetidos a tratamento da toxicodependência.
4.2
Posologia e modo de administração
O tratamento deve ser efetuado sob a supervisão de um médico experiente no tratamento da
dependência/toxicodependência de opiáceos.
Precauções a ter antes da indução
Antes do início do tratamento, deve averiguar-se qual é o tipo de dependência dos opiáceos (ou seja,
opiáceos de ação prolongada ou rápida), o tempo que decorreu desde a última utilização de opiáceos e
o grau de dependência de opiáceos. Para evitar a precipitação de abstinência, deve iniciar-se a indução
com buprenorfina/naloxona ou apenas com buprenorfina quando são evidentes sinais claros e
objetivos de abstinência (por exemplo, demonstrado por uma classificação na Escala Clínica de
Abstinência de Opiáceos validada COWS (Clinical Opioid Withdrawal Scale) que indique uma
abstinência ligeira a moderada).
o Para os doentes dependentes de heroína ou opiáceos de ação rápida, a primeira dose de
buprenorfina/naloxona deve ser administrada quando surgem os sinais de abstinência, mas
nunca antes de ter decorrido um período de 6 horas após a última utilização de opiáceos
pelo doente.
o
Para doentes que se encontram a receber metadona, a dose de metadona deve ser reduzida para
um máximo de 30 mg/dia antes de se iniciar a terapêutica com buprenorfina/naloxona. Deve terse em consideração a longa semivida da metadona aquando do início da terapêutica com
2
buprenorfina/naloxona. A primeira dose de buprenorfina/naloxona deve ser administrada apenas
quando surgirem sinais de abstinência, mas nunca antes de ter decorrido um período de 24 horas
após a última utilização da metadona pelo doente. A buprenorfina pode precipitar sintomas de
abstinência em doentes com dependência de metadona.
Posologia
Terapêutica de iniciação (indução)
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois comprimidos
de Suboxone 2 mg/0,5 mg no primeiro dia do tratamento, dependendo das necessidades individuais
do doente.
Durante o período inicial do tratamento, recomenda-se uma supervisão diária da dosagem para
assegurar uma colocação sublingual correta da dose e para observar a resposta do doente ao
tratamento, como orientação para a titulação eficaz da dose de acordo com o efeito clínico.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção
No seguimento da indução do tratamento no dia um, o doente deve ser estabilizado com uma dose de
manutenção durante os dias seguintes através de um ajuste progressivo da dose de acordo com o efeito
clínico do doente individual. A titulação da dose de 2 a 8 mg de bruprenorfina é efetuada após uma
reavaliação do estado clínico e psicológico do doente e não deve exceder uma única dose diária
máxima de 24 mg de bruprenorfina.
Menos do que a dose diária
Após atingir uma estabilização satisfatória do doente, a frequência da dosagem pode ser reduzida para
um tratamento em dias alternados, com uma dose diária equivalente a duas vezes a dose titulada
individualmente. Por exemplo, um doente estabilizado com uma dose diária de 8 mg de bruprenorfina
poderá receber uma dose de 16 mg de bruprenorfina em dias alternados e não receber o fármaco nos
dias intermédios. Nalguns doentes, após atingir-se uma estabilização satisfatória, a frequência de
dosagem pode ser reduzida para 3 vezes por semana (por exemplo, à segunda-feira, quarta-feira e
sexta-feira). A dose administrada à segunda-feira e à quarta-feira deve ser equivalente a duas vezes a
dose diária titulada individualmente, enquanto que a dose administrada à sexta-feira deve ser
equivalente a três vezes a dose diária titulada individualmente, não sendo administrado fármaco nos
dias intermédios.
Contudo, a dose administrada em dias alternados não deverá exceder 24 mg de bruprenorfina. Este
tipo de regime poderá não ser adequado a doentes que requerem uma dose diária titulada > 8 mg de
bruprenorfina/dia.
Suspensão do tratamento
Após ter sido obtida uma estabilização satisfatória, caso o doente concorde, a posologia pode ser
gradualmente reduzida para uma dose de manutenção mais baixa; nalguns casos favoráveis, o
tratamento poderá ser suspenso. A disponibilidade das posologias de 2 mg/0,5 mg e de 8 mg/2 mg
permite proceder a uma titulação descendente da posologia. Nos doentes que requeiram uma dose
mais baixa de buprenorfina, poderá utilizar-se buprenorfina 0,4 mg. Os doentes devem ser
monitorizados após a conclusão do tratamento devido ao potencial de recidiva.
Populações especiais
Idosos
A eficácia e segurança de buprenorfina/naloxona em doentes idosos com idade superior a 65 anos
ainda não foram estabelecidas. Não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Compromisso Hepático
Recomenda-se a realização de provas basais hepáticas e a documentação do estado da hepatite viral
antes de iniciar a terapêutica. Os doentes positivos para hepatite viral, submetidos a medicação
concomitante (ver secção 4.5) e/ou com disfunção hepática pré-existente encontram-se em risco de
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desenvolver lesão hepática acelerada. Recomenda-se proceder à monitorização regular da função
hepática (ver secção 4.4).
Ambas as substâncias ativas de Suboxone, buprenorfina e naloxona, são amplamente metabolizadas no
fígado, e os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais elevados em
doentes com compromisso hepático moderado a grave. Os doentes devem ser monitorizados para os
sinais e para os sintomas de precipitação de abstinência de opiáceos, toxicidade e sobredosagem
causados pelo aumento dos níveis de naloxona e/ou buprenorfina. Desconhece-se se as duas
substâncias ativas são afetadas da mesma forma.
Uma vez que a farmacocinética da buprenorfina/naloxona poderá ser alterada em doentes com
insuficiência hepática, recomenda-se a utilização de doses iniciais mais baixas e a cuidadosa titulação
da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 5.2).
A buprenorfina/naloxona está contraindicada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secções 4.3 e 5.2).
Compromisso Renal
Não é necessário alterar a dose de buprenorfina/naloxona em doentes com compromisso renal.
Recomenda-se precaução quando o fármaco for administrado em doentes com compromisso renal
grave (depuração de creatinina <30 ml/min.) (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica
A segurança e eficácia de buprenorfina/naloxona em crianças com menos de 15 anos de idade não
foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Modo de administração
Os médicos devem advertir os doentes de que a via sublingual é a única via de administração eficaz e
segura deste medicamento (ver secção 4.4). O comprimido deve ser colocado sob a língua até se
dissolver completamente. Os doentes não devem engolir ou ingerir quaisquer alimentos ou bebidas
enquanto o comprimido não estiver completamente dissolvido.
A dose é composta por comprimidos sublinguais de Suboxone de diferentes dosagens, que podem ser
tomados simultaneamente ou em duas doses fracionadas; a segunda fração da dose deve ser tomada
imediatamente após a dissolução da primeira fração da dose.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Insuficiência respiratória grave
Afecção hepática grave
Alcoolismo agudo ou delirium tremens.
Administração concomitante de antagonistas opiódes (naltrexona, nalmefeno) para o tratamento de
dependência alcoólica ou opióde.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Utilização indevida, abuso e desvio
A buprenorfina pode ser utilizada de forma indevida ou ser alvo de uso abusivo de maneira semelhante
a outros opiáceos, lícita ou ilicitamente. Alguns riscos decorrentes da utilização indevida e do uso
abusivo incluem sobredosagem, disseminação de infeções virais ou localizadas e sistémicas
transmitidas através do sangue, depressão respiratória e lesão hepática. A utilização indevida de
buprenorfina por parte de outra pessoa que não o doente pretendido acarreta um risco adicional de dar
origem a novos toxicodependentes utilizando a buprenorfina como droga principal de abuso e pode
ocorrer se o medicamento for distribuído para utilização ilícita diretamente pelo doente em questão ou
se o medicamento for obtido através de furto.
Um tratamento subótimo com buprenorfina/naloxona pode induzir uma utilização indevida por
parte do doente, conduzindo a uma sobredosagem ou à interrupção do tratamento. Um doente que está
sub-medicado com buprenorfina/naloxona pode continuar a responder a sintomas de abstinência
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descontrolados ao automedicar-se com opiáceos, álcool ou outros sedativos-hipnóticos, tais como
as benzodiazepinas.
Para minimizar o risco de utilização indevida, uso abusivo e desvio, os médicos devem tomar
precauções apropriadas aquando da prescrição e distribuição de buprenorfina, tais como evitar
prescrever múltiplas receitas numa fase precoce do tratamento e efetuar consultas de acompanhamento
do doente sempre que for necessário proceder a uma monitorização clínica e de acordo com as
necessidades do doente.
A associação de buprenorfina e de naloxona no medicamento Suboxone destina-se a impedir a
utilização indevida e o uso abusivo da buprenorfina. Espera-se que a utilização indevida por via
intravenosa ou intranasal de Suboxone seja menos provável do que a administração isolada de
buprenorfina, uma vez que a naloxona existente num comprimido de Suboxone pode precipitar a
ocorrência de sintomas de abstinência em indivíduos dependentes de heroína, metadona ou outros
agonistas opioides.
Depressão respiratória
Registaram-se alguns casos de morte devido a depressão respiratória, em particular quando a
buprenorfina foi utilizada em associação com benzodiazepinas (ver secção 4.5) ou quando a
buprenorfina não foi administrada de acordo com o Resumo das Características do Medicamento.
Foram também referidos casos de morte em associação com a administração concomitante de
buprenorfina e outras substâncias depressoras, como o álcool ou outros opiáceos. Se a buprenorfina for
administrada em indivíduos não dependentes de opiáceos, que não tolerem os efeitos dos opiáceos,
pode verificar-se uma situação de depressão respiratória potencialmente fatal.
Este medicamento deve ser utilizado com precaução em doentes com asma ou insuficiência
respiratória (por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crónica, cor pulmonale, diminuição da reserva
respiratória, hipoxia, hipercapnia, depressão respiratória pré-existente ou cifoscoliose (curvatura
anormal da coluna vertebral que pode dar origem a dispneia)).
A buprenorfina/naloxona pode causar casos de depressão respiratória grave, possivelmente fatais, se
for acidental ou deliberadamente ingerida por crianças e indivíduos não dependentes. Os doentes têm
de ser avisados de que devem conservar o blister em segurança, de que nunca a devem abrir
antecipadamente, de que devem mantê-la fora do alcance das crianças e outros membros da família e,
por último, de que nunca devem tomar este medicamento à frente das crianças. Em caso de ingestão
acidental ou suspeita de ingestão, deve contactar de imediato os serviços de urgência.
Depressão do SNC
A buprenorfina/naloxona podem causar sonolência, particularmente quando tomadas em conjunto com
álcool ou outros depressores do sistema nervoso central (nomeadamente, tranquilizantes, sedativos ou
hipnóticos) (ver secção 4.5).
Dependência
A buprenorfina é um agonista parcial do recetor µ(mu)-opiáceo, pelo que a sua administração crónica
produz dependência do tipo opioide. Os estudos realizados em animais, bem como a experiência
clínica, demonstraram que a buprenorfina pode produzir dependência, embora num nível inferior ao de
um agonista total, como a morfina.
A suspensão abrupta do tratamento não é recomendada, uma vez que pode resultar numa síndrome de
abstinência cuja evolução pode ser tardia.
Hepatite e acontecimentos hepáticos
Foram notificados casos de lesão hepática aguda em indivíduos dependentes de opiáceos, tanto em
ensaios clínicos, como em relatos de acontecimentos adversos pós-comercialização. O espectro das
alterações varia desde elevações assintomáticas transitórias das transaminases hepáticas aos casos de
insuficiência hepática, necrose hepática, síndrome hepato-renal, encefalopatia hepática e morte. Em
muitos casos, a presença de disfunções mitocondriais (doença genética, alterações das enzimas
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hepáticas pré-existentes ou de infeção pelo vírus da hepatite B ou hepatite C, o consumo abusivo de
álcool, anorexia, a utilização concomitante de outros medicamentos potencialmente hepatotóxicos) e a
utilização contínua de drogas injetáveis poderão ter um papel causal ou contributivo. Estes fatores
subjacentes devem ser tidos em consideração antes da prescrição da buprenorfina/naloxona e durante o
tratamento. Em caso de suspeita de um acontecimento hepático, é necessário efetuar uma avaliação
biológica e etiológica adicional. Dependendo das observações, a administração do medicamento pode
ser interrompida com cuidado a fim de evitar sintomas de abstinência e prevenir o regresso ao uso de
drogas ilícitas. Em caso de continuação do tratamento, deve proceder-se a uma rigorosa monitorização
da função hepática.
Precipitação da síndrome de abstinência de opiáceos
Ao iniciar o tratamento com buprenorfina/naloxona, o médico deverá estar ciente do perfil agonista
parcial da buprenorfina e saber que esta pode precipitar abstinência em doentes com dependência de
opiáceos, em particular quando administrada menos de 6 horas após a última utilização de heroína ou
outro opiáceo de ação rápida, ou quando administrada menos de 24 horas após a última dose de
metadona. Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente durante o período de substituição do
tratamento com buprenorfina ou metadona para buprenorfina/naloxona, uma vez que foram registados
sintomas de abstinência. Para evitar precipitar a abstinência, deve ser efetuada a indução com
buprenorfina/naloxona quando existirem sinais evidentes de abstinência (ver secção 4.2).
Os sintomas de abstinência poderão também estar associados a uma posologia subóptima.
Compromisso Hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comercialização. Dado que ambas as substâncias ativas, buprenorfina e naloxona, são
amplamente metabolizadas, os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais
elevados em doentes com compromisso hepático moderado a grave após administração de uma dose
única. Os doentes devem ser monitorizados para os sinais e para os sintomas de precipitação de
abstinência de opiáceos, toxicidade e sobredosagem causados pelo aumento dos níveis de naloxona
e/ou buprenorfina. Os comprimidos sublinguais de Suboxone devem ser administrados com precaução
em doentes com compromisso hepático moderado (ver secções 4.3 e 5.2). A administração de
buprenorfina/naloxona é contraindicada em doentes com compromisso hepático grave.
Compromisso Renal
A eliminação renal pode ser prolongada, uma vez que 30% da dose administrada é eliminada pela via
renal. Os metabolitos da buprenorfina acumulam-se em doentes com falência renal. Recomenda-se
precaução quando administrada em doentes com compromisso renal grave (depuração de creatinina
<30 ml/min.) (ver as secções 4.2 e 5.2).
Utilização em adolescentes (15-<18 anos de idade)
Devido à ausência de dados em adolescentes (15-<18 anos de idade), os doentes pertencentes a este
grupo etário devem ser atentamente monitorizados durante o tratamento.
Inibidores do CYP3A
Os medicamentos que inibem a enzima CYP3A4 podem induzir um aumento das concentrações de
buprenorfina. Poderá ser necessário reduzir a dose de buprenorfina/naloxona. Nos doentes que estão já
a ser tratados com inibidores do CYP3A4, a dose de buprenorfina/naloxona deve ser cuidadosamente
titulada, uma vez que poderá ser suficiente utilizar uma dose reduzida nestes doentes (ver secção 4.5).
Advertências gerais relevantes para a administração de opiáceos
Os opiáceos podem causar hipotensão ortostática em doentes em ambulatório.
Os opiáceos podem aumentar a pressão do líquido cefalorraquidiano, o que, por sua vez, pode causar
convulsões. Por isso, os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com ferimentos na
cabeça, lesões intracranianas, vítimas de outras circunstâncias que possam ter provocado o aumento da
pressão cefalorraquidiana ou com historial de convulsões.
6
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com hipotensão, hipertrofia da próstata ou
estenose uretral.
A miose induzida por opiáceos, as alterações no nível de consciência ou as alterações na perceção da
dor que ocorrem como sintoma de uma doença podem interferir na avaliação do doente ou dificultar o
diagnóstico ou a evolução clínica de uma doença concomitante.
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com mixedema, hipotiroidismo ou
insuficiência cortico-supra-renal (por exemplo, doença de Addison).
Foi demonstrado que os opiáceos aumentam a pressão intracoledoquiana, devendo ser usados com
precaução em doentes com disfunção do trato biliar.
Os opiáceos devem ser administrados com precaução em doentes idosos ou debilitados.
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina (ver secção 4.5).
Suboxone contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Suboxone não deve ser administrado em conjunto com:

bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool, visto que o álcool potencia o efeito
sedativo da buprenorfina (ver secção 4.7).
Suboxone deve ser utilizado com precaução quando administrado concomitantemente com:
o
benzodiazepinas: esta associação pode provocar morte por depressão respiratória de etiologia
central. Deverá, portanto, limitar-se as doses e evitar esta associação nos casos em que existe
risco de consumo incorreto. Os doentes deverão ser avisados de que é extremamente perigoso
autoadministrar benzodiazepinas não prescritas enquanto os doentes estiverem a tomar este
medicamento e deverão ser aconselhados a utilizar benzodiazepinas concomitantemente com
este medicamento apenas quando instruídos pelo seu médico (ver secção 4.4).
o
outras substâncias depressoras do sistema nervoso central, outros derivados dos opiáceos
(por exemplo, metadona, analgésicos e antitússicos), alguns antidepressivos, antagonistas dos
recetores H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, com exceção das benzodiazepinas,
neurolépticos, clonidina e outras substâncias relacionadas: estas combinações aumentam a
depressão do sistema nervoso central. A redução do nível de alerta pode tornar perigosa a
condução de veículos e a utilização de máquinas.
o
Além disso, pode ser difícil alcançar um estado de analgesia adequado quando são
administrados agonistas opiáceos totais em doentes tratados com buprenorfina/naloxona. Existe
portanto a possibilidade de ocorrer uma sobredosagem com um agonista total, especialmente se
se tentar controlar os efeitos do agonista parcial da buprenorfina ou se os níveis de buprenorfina
no plasma estiverem a diminuir.
o
naltrexona e nalmefeno são antagonistas opiáceos que podem bloquear os efeitos
farmacológicos da buprenorfina. A sua administração concomitante durante tratamentos com
buprenorfina/naloxona é contraindicada devido à potencial interação perigosa que pode
precipitar o aparecimento repentino de sintomas intensos e prolongados de abstinência de
opiáceos (ver secção 4.3).
7
o
Inibidores do CYP3A4: num estudo de interação da buprenorfina com cetoconazol (um potente
inibidor do CYP3A4), observou-se um aumento da Cmáx e da AUC (área sob a curva) da
buprenorfina (cerca de 50% e 70% respetivamente) e, em menor escala, da norbuprenorfina. Os
doentes a receber Suboxone devem ser cuidadosamente monitorizados, podendo ser necessário
reduzir a dose se o fármaco for associado a inibidores potentes do CYP3A4 (por exemplo,
inibidores da protease como o ritonavir, nelfinavir ou indinavir ou antifúngicos azoles, como o
cetoconazol ou itraconazol, antibióticos macrólidos).
o
Indutores do CYP3A4: a utilização concomitante de indutores do CYP3A4 com buprenorfina
pode diminuir as concentrações plasmáticas de buprenorfina, podendo resultar num tratamento
subótimo da dependência de opiáceos com buprenorfina. Recomenda-se que os doentes tratados
com buprenorfina/naloxona sejam cuidadosamente monitorizados em caso de administração
concomitante com estes indutores (por exemplo, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína,
rifampicina). A dose de buprenorfina ou do indutor do CYP3A4 poderá ter de ser ajustada em
conformidade.
o
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de Suboxone em mulheres grávidas é limitada ou inexistente.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco
potencial para o ser humano.
Com a aproximação do final da gravidez, a buprenorfina pode induzir depressão respiratória no recémnascido mesmo após um período de administração curto. A administração prolongada de buprenorfina
durante os três últimos meses de gravidez pode provocar uma síndrome de abstinência neonatal (por
exemplo, hipertonia, tremor neonatal, agitação neonatal, mioclonia ou convulsões). Esta síndrome é
geralmente prolongada durante várias horas ou até alguns dias após o nascimento.
Devido à longa semivida da buprenorfina, deve considerar-se a monitorização neonatal durante vários
dias no final da gravidez, para prevenir o risco de depressão respiratória ou a síndrome de abstinência
neonatal.
Além disso, a utilização de buprenorfina/naloxona durante a gravidez deve ser avaliada pelo médico.
A buprenorfina/naloxona apenas deverá ser administrada durante a gravidez, se o potencial benefício
for superior ao potencial risco para o feto.
Amamentação
Desconhece-se se a naloxona é excretada no leite humano. A buprenorfina e os seus metabolitos são
excretados no leite humano. Em ratos, a buprenorfina demonstrou inibir a lactação.
Consequentemente, a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com Suboxone.
Fertilidade
Os estudos em animais revelaram uma redução na fertilidade da fêmea a doses elevadas (exposição
sistémica > 2,4 vezes a exposição em seres humanos à dose máxima recomendada de 24 mg de
buprenorfina, com base na AUC). Ver secção 5.3.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A buprenorfina/naloxona exerce uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas quando administrada em doentes dependentes de opiáceos. Este medicamento pode
causar sonolência, tonturas ou dificuldade de raciocínio, particularmente durante a indução do
tratamento e o ajuste posológico. Quando tomado em conjunto com álcool ou depressores do sistema
nervoso central, o seu efeito pode ser mais pronunciado (ver secções 4.4. e 4.5).
8
Recomenda-se precaução durante a condução ou utilização de máquinas perigosas, uma vez que a
buprenorfina/naloxona pode afetar a sua capacidade de efetuar tais atividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentes relacionadas com o tratamento, notificadas durante os ensaios
clínicos piloto, foram obstipação e sintomas frequentemente associados a abstinência de fármacos
(por exemplo, insónia, cefaleia, náuseas, hiperhidrosee dor). Algumas notificações de convulsões,
vómitos, diarreias e provas funcionais do fígado elevadas foram consideradas como sendo graves.
Lista de reações adversas
O Quadro 1 resume as reações adversas reportadas relacionadas com os ensaios clínicos piloto, em que
342 de 472 doentes (72,5%) registaram reações adversas e reações adversas notificadas durante o
período de pós-comercialização.
A frequência dos possíveis efeitos secundários enumerados abaixo é definida utilizando a seguinte
convenção:
Muito frequentes (1/10), Frequentes (1/100 a <1/10), Pouco frequentes (1/1.000 a <1/100),
Desconhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis.
Quadro 1: Reações adversas relacionadas com o tratamento notificadas nos ensaios clínicos e no
período de pós-comercialização de buprenorfina/naloxona
Classe de
Sistemas de
Orgãos
Infeções e
infestações
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Gripe
Infeção
Faringite
Rinite
Infeço do trato
urinário
Infeção vaginal
Doenças do
sangue e do
sistema linfático
Desconhecido
Anemia
Leucocitose
Leucopenia
Linfadenopatia
Trombocitopenia
Doenças do
sistema imunitário
Hipersensibilidade
Doenças do
metabolismo e da
nutrição
Choque
anafilático
Redução do apetite
Hiperglicemia
Hiperlipidemia
Hipoglicemia
Perturbações do
foro psiquiátrico
Insónia
Doenças do
sistema nervoso
Cefaleia
Ansiedade
Depressão
Redução da
líbido
Nervosismo
Perturbação
do raciocínio
Enxaqueca
Tonturas
Hipertonia
Parestesia
9
Sonhos anormais
Agitação
Apatia
Despersonalização
Farmacodependência
Humor eufórico
Hostilidade
Amnésia
Hipercinésia
Convulsões
Perturbação da fala
Alucinação
Encefalopatia
hepática
Síncope
Sonolência
Ambliopia
Perturbações
do lacrimejo
Afeções oculares
Afecções do
ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Vertigens
Angina do peito
Bradicardia
Enfarte do miocárdio
Palpitações
Taquicardia
Hipotensão
Vasculopatias
Doenças
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Doenças
gastrointestinais
Tremor
Conjuntivite
Miose
Hipertensão
Vasodilatação
Tosse
Asma
Dispneia
Bocejo
Obstipação
Náuseas
Dor
abdominal
Diarreia
Dispepsia
Flatulência
Vómitos
Ulceração da boca
Alteração da cor da
língua
Afeções
hepatobiliares
Afeções dos
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Hiperhidrose
Afeções
musculosqueléticas
e dos tecidos
conjuntivos
Doenças renais e
urinárias
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Dorsalgia
Artralgia
Espasmos
musculares
Mialgia
Alterações
urinárias
Doenças dos
órgãos genitais e
da mama
Impotência
Perturbações
Síndrome de
gerais e alterações abstinência
no local de
de fármacos
administração
Astenia
Dor torácica
Calafrios
Febre
10
Hipotensão
Ortostática
Broncoespasmo
Depressão
Respiratória
Acne
Alopecia
Dermatite
exfoliativa
Desidratação
cutânea
Nódulos cutâneos
Artrite
Albuminúria
Disúria
Hematúria
Nefrolitíase
Retenção urinária
Amenorreia
Perturbações
ejaculatórias
Menorragia
Metrorragia
Hipotermia
Hepatite
Hepatite Aguda
Icterícia
Hepatite
necrótica
Síndrome
hepatorrenal
Angioedema
Síndrome de
abstinência de
fármacos (ver
secção 4.6)
Exames
complementares de
diagnóstico
Complicações de
intervenções
relacionadas com
lesões e
intoxicações
Mal-estar
Dor
Edema
periférico
Teste da
função
hepática
anormal
Perda de peso
Lesão
Aumento da
creatinina no sangue
Aumento de
transaminases
Golpe de calor
Descrição de reações adversas selecionadas
Nos casos de consumo intravenoso incorreto do medicamento, algumas experiências adversas são
atribuídas a mau uso, para além de o medicamento ter apresentado reações locais, por vezes sépticas
(abcesso, celulite), hepatite aguda potencialmente grave e outras infeções agudas como pneumonia,
endocardite (ver secção 4.4).
Nos doentes que se apresentam com farmacodependência marcada, a administração inicial de
buprenorfina pode provocar uma síndrome de abstinência de fármacos semelhante à associada à
naloxona (ver secções 4.2 e 4.4).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma
vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema
nacional de comunicações indicado no Anexo V.
4.9
Sobredosagem
Sintomas
O sintoma principal que requer intervenção em caso de sobredosagem, é a depressão respiratória,
resultante da depressão do sistema nervoso central, que poderá dar origem a paragem respiratória e
morte. Os sinais de sobredosagem podem incluir igualmente sonolência, ambliopia, miose, hipotensão,
náuseas, vómitos e/ou perturbações da fala.
Tratamento
Devem ser instituídas medidas de cuidados gerais, incluindo uma monitorização rigorosa do estado
cardíaco e respiratório do doente. Deve ser promovido o tratamento sintomático da depressão
respiratória e a implementação de medidas de cuidados intensivos convencionais. Deve assegurar-se a
permeabilidade das vias respiratórias do doente ou a existência de ventilação assistida ou controlada.
O doente deve ser transferido para um local que disponha de equipamento completo de reanimação.
Se o doente vomitar, devem tomar-se medidas para evitar a aspiração do vómito.
Recomenda-se a utilização de um antagonista opiáceo (por exemplo, naloxona) apesar do efeito
modesto que este possa exercer na reversão dos sintomas respiratórios da buprenorfina
comparativamente aos seus efeitos sobre os agentes agonistas opiáceos totais.
Em caso de utilização de naloxona, a ação prolongada da buprenorfina deve ser tida em consideração
ao determinar o período de tratamento e de vigilância médica necessários para reverter os efeitos de
11
uma sobredosagem. A naloxona pode ser eliminada mais rapidamente do que a buprenorfina,
permitindo o reaparecimento dos sintomas de sobredosagem de buprenorfina previamente controlados,
pelo que poderá ser necessária uma perfusão contínua. Se a perfusão não for possível, poderá ser
necessário repetir a dose de naloxona. As doses iniciais de naloxona podem ir até aos 2 mg e ser
repetidas a cada 2-3 minutos até se obter uma resposta satisfatória, sem se exceder uma dose inicial de
10 mg. A taxa de perfusão intravenosa contínua deve ser titulada de acordo com a resposta do doente.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central,
medicamentos para tratamento da dependência de drogas, código ATC: N07BC51.
Mecanismo de ação
A buprenorfina é um agonista/antagonista parcial opiáceo que se liga aos recetores  e  (kappa) do
cérebro. A sua atividade no tratamento de manutenção opiáceo é atribuída às suas propriedades
lentamente reversíveis com os recetores , que poderão minimizar, durante um período prolongado, a
necessidade de drogas em doentes toxicodependentes.
Os efeitos "ceiling" dos agonistas opiáceos foram observados durante os estudos de farmacologia
clínica em indivíduos dependentes de opiáceos.
A naloxona é um antagonista nos recetores -opiáceos. Quando administrada por via oral ou
sublingual nas doses habituais a doentes em abstinência dos opiáceos, a naloxona exerce um efeito
farmacológico reduzido ou nulo, visto ser quase completo o seu metabolismo de primeira passagem.
Todavia, quando administrada por via intravenosa a indivíduos com dependência de opiáceos, a
presença de naloxona no Suboxone induz efeitos antagonistas dos opiáceos marcados e abstinência
dos opiáceos, impedindo desta forma o consumo incorreto por via intravenosa.
Eficácia clínica
Os dados sobre a eficácia e segurança da buprenorfina/naloxona derivam principalmente de um ensaio
clínico com a duração de um ano, incluindo um estudo comparativo, aleatorizado, com dupla
ocultação, com a duração de 4 semanas, da buprenorfina/naloxona, buprenorfina e placebo seguido de
um estudo de segurança da buprenorfina/naloxona com a duração de 48 semanas. Neste ensaio,
procedeu-se à distribuição aleatória de 326 indivíduos heroínodependentes pelo tratamento com
buprenorfina/naloxona 16 mg por dia, 16 mg de buprenorfina por dia ou placebo. Nos indivíduos
distribuídos aleatoriamente por qualquer um dos tratamentos ativos, o tratamento começou com um
comprimido de 8 mg de buprenorfina no Dia 1, seguido de 16 mg (dois comprimidos de 8 mg) de
buprenorfina no Dia 2. No Dia 3, os indivíduos aleatorizados para o tratamento com
buprenorfina/naloxona passaram para a associação terapêutica em comprimidos. Os indivíduos eram
observados diariamente na clínica (segunda-feira a sexta-feira) para avaliação da posologia e da
eficácia. Os participantes recebiam as doses necessárias para o tratamento a realizar em casa durante o
fim-de-semana. A variável principal do estudo consistia em comparar individualmente a eficácia da
buprenorfina/naloxona em relação ao placebo. A percentagem de amostras de urina colhidas três vezes
por semana, que eram negativas relativamente aos opiáceos não incluídos no estudo, foi
estatisticamente mais elevada tanto no caso da buprenorfina/naloxona versus placebo (p < 0,0001)
como no que se refere à buprenorfina versus placebo (p < 0,0001).
Num estudo com dupla ocultação, com técnica de duplo placebo, de grupos paralelos, em que se
procedeu à comparação da solução etanólica de buprenorfina com um controlo ativo de um agonista
total, foram aleatorizados 162 indivíduos para receber a solução etanólica sublingual de buprenorfina
na dose de 8 mg/dia (uma dose aproximadamente comparável à dose de 12 mg/dia de
buprenorfina/naloxona), ou duas doses relativamente baixas do controlo ativo, uma das quais era
suficientemente baixa para servir como alternativa ao placebo, durante uma fase de indução de 3 a
10 dias, uma fase de manutenção de 16 semanas e uma fase de desintoxicação de 7 semanas.
12
A buprenorfina foi titulada até à dose de manutenção no Dia 3; as doses do controlo ativo foram
tituladas de forma mais gradual. Analisando a permanência no tratamento e a percentagem de
amostras de urina colhidas três vezes por semana que foram negativas relativamente aos opiáceos não
incluídos no estudo, concluiu-se que a buprenorfina demonstrou ser mais eficaz do que a dose baixa
do fármaco de controlo na manutenção em tratamento dos heroínodependentes e na redução da sua
utilização de opiáceos durante o tratamento. A eficácia da buprenorfina 8 mg dia foi semelhante à da
dose moderada de controlo ativo, não sendo, contudo, demonstrada equivalência.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Buprenorfina
Absorção
A buprenorfina, quando administrada por via oral, sofre um metabolismo de primeira passagem
verificando-se N-desalquilação e glucuroconjugação no intestino delgado e fígado. A utilização deste
medicamento por via oral é, consequentemente, inadequada.
O pico das concentrações plasmáticas é atingido 90 minutos após a administração sublingual.
Observou-se um aumento dos níveis plasmáticos da buprenorfina com a dose sublingual de
buprenorfina/naloxona. Tanto a Cmáx como a AUC da buprenorfina aumentaram com o aumento da
dose (no intervalo de 4-16 mg), conquanto o aumento fosse menos do que proporcional à dose.
Parâmetro farmacocinético
Suboxone 4 mg
Suboxone 8 mg
Suboxone 16 mg
Cmáx ng/ml
1,84 (39)
3,0 (51)
5,95 (38)
AUC0-48
hora ng/ml
12,52 (35)
20,22 (43)
34,89 (33)
Distribuição
A absorção da buprenorfina é seguida de uma fase de distribuição rápida (semivida de distribuição de
2 a 5 horas).
Metabolismo e eliminação:
A buprenorfina é metabolizada por 14-N-desalquilação e glucuroconjugação da molécula original e
do metabolito desalquilado. Os dados clínicos confirmam que o CYP3A4 é responsável pela
N-desalquilação da buprenorfina. A N-desalquilbuprenorfina é um agonista -opiáceo com fraca
atividade intrínseca.
A eliminação da buprenorfina é bi ou triexponencial e a semivida plasmática média é de 32 horas.
A buprenorfina é eliminada nas fezes por excreção biliar dos metabolitos glucuroconjugados (70%),
sendo a restante fração eliminada na urina.
Naloxona
Absorção e distribuição
Após a administração intravenosa, a naloxona é rapidamente distribuída (semivida de distribuição
~4 minutos). Após a administração oral, a naloxona é praticamente indetetável no plasma; após a
administração sublingual de buprenorfina/naloxona, as concentrações plasmáticas de naloxona são
baixas, diminuindo rapidamente.
Metabolismo
O medicamento é metabolizado no fígado, principalmente por conjugação do glucuronido, e excretado
na urina. A semivida plasmática média da naloxona é de 1,2 horas.
Populações especiais
13
Idosos
Não se dispõe de dados farmacocinéticos em doentes idosos.
Compromisso renal
A eliminação renal desempenha um papel relativamente pequeno (~30%) na depuração global da
buprenorfina/naloxona. Não é necessário alterar a dose com base na função renal, mas recomenda-se
precaução quando o fármaco é administrado em indivíduos com compromisso renal grave (ver secção
4.3).
Compromisso hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comercialização. A tabela 3 sumariza os resultados de um ensaio clínico em indivíduos
saudáveis e em indivíduos com compromisso hepático após a administração de uma dose única de
Suboxone 2,0/0,5 mg (buprenorfina/naloxona) comprimido sublingual.
Tabela 3. Efeito do compromisso hepático nos parâmetros farmacocinéticos de buprenorfina e
naloxona após a administração de SUBOXONE (alteração relativa a indivíduos
saudáveis)
Parâmetro
Farmacocinético
Cmáx
AUClast
Compromisso hepático
ligeiro
(Classe A de Child-Pugh)
(n=9)
Aumento de 1,2 vezes
Idêntico ao grupo de
controlo
Compromisso hepático
moderado
(Classe B de Child-Pugh)
(n=8)
Compromisso hepático
grave
(Classe C de Child-Pugh)
(n=8)
Buprenorfina
Aumento de 1,1 vezes
Aumento de 1,7 vezes
Aumento de 1,6 vezes
Aumento de 2,8 vezes
Naloxona
Cmáx
AUClast
Idêntico ao grupo de
controlo
Diminuição de 0,2 vezes
Aumento de 2,7 vezes
Aumento de 11,3 vezes
Aumento de 3,2 vezes
Aumento de 14,0 vezes
Globalmente, a exposição plasmática de buprenorfina aumentou aproximadamente 3 vezes em doentes
com compromisso da função hepática grave, enquanto a exposição plasmática de naloxona aumentou
14 vezes com a função hepática gravemente comprometida.
5.3
Dados de segurança pré -clínica
A associação de buprenorfina e naloxona foi investigada em estudos de toxicidade aguda e de
administração reiterada (até 90 dias em ratos) em animais. Não foi observada potenciação sinérgica da
toxicidade. Os efeitos indesejáveis foram baseados na atividade farmacológica conhecida de
substâncias agonistas e/ou antagonistas opiáceas.
A associação (4:1) de cloridrato de buprenorfina e de cloridrato de naloxona não demonstrou ser
mutagénica num ensaio de mutação bacteriana (teste de Ames) nem clastogénica num ensaio
citogenético in vitro em linfócitos humanos ou num teste do micronúcleo por via intravenosa, no rato.
Os estudos de reprodução com a administração oral de buprenorfina: (proporção de 1:1) indicaram que
ocorreu embrioletalidade no rato em presença de toxicidade materna em todas as doses. A dose mais
baixa estudada representou múltiplos de exposição de 1x para a buprenorfina e de 5x para a naloxona
numa dose máxima terapêutica humana calculada numa base de mg/m². Não se observou toxicidade
no desenvolvimento do coelho com doses tóxicas para a mãe. Além disso, não se observou
teratogenicidade nem no rato nem no coelho. Não foi realizado um estudo peri-pós-natal com a
buprenorfina/naloxona; contudo, a administração oral materna de buprenorfina em doses altas durante
a gestação e aleitamento esteve associada a dificuldades no parto (possivelmente devido ao efeito
14
sedativo da buprenorfina), elevada mortalidade neonatal e um ligeiro atraso no desenvolvimento de
algumas funções neurológicas (reflexo postural e reflexo de Moro) no rato recém-nascido.
No rato, a administração de buprenorfina na dieta em teores de dose iguais ou superiores a 500 ppm
induziu redução da fertilidade demonstrada numa redução das taxas de conceção nas fêmeas.
A administração na dieta de uma dose de 100 ppm (exposição estimada cerca de 2,4x para a
buprenorfina numa dose humana de 24 mg de buprenorfina/naloxona baseada na AUC, os níveis
plasmáticos de naloxona estiveram abaixo do limite de deteção no rato) não exerceu qualquer efeito
indesejável na fertilidade em fêmeas.
Foi realizado um estudo de carcinogenicidade em ratos com buprenorfina/naloxona em doses de
7, 30 e 120 mg/kg/dia, com múltiplos de 3 a 75 vezes da exposição estimada, baseada numa dose
sublingual diária humana de 16 mg, calculada numa base de mg/m². Observaram-se aumentos
estatisticamente significativos da incidência de adenomas benignos das células intersticiais testiculares
(de Leydig) em todos os grupos posológicos.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada
Manitol
Amido de milho
Povidona K 30
Ácido cítrico anidro
Citrato de sódio
Estearato de magnésio
Acessulfamo potássico
Limão natural e essência de lima
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
3 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 7 comprimidos.
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
15
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
103 – 105 Bath Road
Slough
Berkshire
SL1 3UH
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/001
EU/1/06/359/002
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 26 de setembro de 2006
Data da última renovação: 26 de setembro de 2011
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
16
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 8 mg/2 mg comprimidos sublinguais
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido sublingual contém 8 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 2 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido sublingual contém 168 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido sublingual
Comprimidos biconvexos hexagonais, de cor branca, com 11 mm e com a impressão "N8" (8 mg)
numa face.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapê uticas
Tratamento de substituição da dependência de opiáceos, no contexto multidisciplinar de um
tratamento médico, social e psicológico. O objetivo do componente naloxona é impedir o consumo
incorreto por via intravenosa. O tratamento destina-se a ser utilizado em adultos e adolescentes a partir
dos 15 anos de idade que tenham concordado em ser submetidos a tratamento da toxicodependência.
4.2
Posologia e modo de administração
O tratamento deve ser efetuado sob a supervisão de um médico experiente no tratamento da
dependência/toxicodependência de opiáceos.
Precauções a ter antes da indução
Antes do início do tratamento, deve averiguar-se qual é o tipo de dependência dos opiáceos (ou seja,
opiáceos de ação prolongada ou rápida), o tempo que decorreu desde a última utilização de opiáceos e
o grau de dependência de opiáceos. Para evitar a precipitação de abstinência, deve iniciar-se a indução
com buprenorfina/naloxona ou apenas com buprenorfina quando são evidentes sinais claros e
objetivos de abstinência (por exemplo, demonstrado por uma classificação na Escala Clínica de
Abstinência de Opiáceos validada COWS (Clinical Opioid Withdrawal Scale) que indique uma
abstinência ligeira a moderada).
o
Para os doentes dependentes de heroína ou opiáceos de ação rápida, a primeira dose de
buprenorfina/naloxona deve ser administrada quando surgem os sinais de abstinência, mas
nunca antes de ter decorrido um período de 6 horas após a última utilização de opiáceos
pelo doente.
o
Para doentes que se encontram a receber metadona, a dose de metadona deve ser reduzida para
um máximo de 30 mg/dia antes de se iniciar a terapêutica com buprenorfina/naloxona. Deve terse em consideração a longa semivida da metadona aquando do início da terapêutica com
buprenorfina/naloxona. A primeira dose de buprenorfina/naloxona deve ser administrada apenas
quando surgirem sinais de abstinência, mas nunca antes de ter decorrido um período de 24 horas
17
após a última utilização da metadona pelo doente. A buprenorfina pode precipitar sintomas de
abstinência em doentes com dependência de metadona.
Posologia
Terapêutica de iniciação (indução)
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois comprimidos
de Suboxone 2 mg/0,5 mg no primeiro dia do tratamento, dependendo das necessidades individuais
do doente.
Durante o período inicial do tratamento, recomenda-se uma supervisão diária da dosagem para
assegurar uma colocação sublingual correta da dose e para observar a resposta do doente ao
tratamento, como orientação para a titulação eficaz da dose de acordo com o efeito clínico.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção
No seguimento da indução do tratamento no dia um, o doente deve ser estabilizado com uma dose de
manutenção durante os dias seguintes através de um ajuste progressivo da dose de acordo com o efeito
clínico do doente individual. A titulação da dose de 2 a 8 mg de bruprenorfina é efetuada após uma
reavaliação do estado clínico e psicológico do doente e não deve exceder uma única dose diária
máxima de 24 mg de bruprenorfina.
Menos do que a dose diária
Após atingir uma estabilização satisfatória do doente, a frequência da dosagem pode ser reduzida para
um tratamento em dias alternados, com uma dose diária equivalente a duas vezes a dose titulada
individualmente. Por exemplo, um doente estabilizado com uma dose diária de 8 mg de bruprenorfina
poderá receber uma dose de 16 mg de bruprenorfina em dias alternados e não receber o fármaco nos
dias intermédios. Nalguns doentes, após atingir-se uma estabilização satisfatória, a frequência de
dosagem pode ser reduzida para 3 vezes por semana (por exemplo, à segunda-feira, quarta-feira e
sexta-feira). A dose administrada à segunda-feira e à quarta-feira deve ser equivalente a duas vezes a
dose diária titulada individualmente, enquanto que a dose administrada à sexta-feira deve ser
equivalente a três vezes a dose diária titulada individualmente, não sendo administrado fármaco nos
dias intermédios.
Contudo, a dose administrada em dias alternados não deverá exceder 24 mg de bruprenorfina. Este
tipo de regime poderá não ser adequado a doentes que requerem uma dose diária titulada > 8 mg/dia
de bruprenorfina.
Suspensão do tratamento
Após ter sido obtida uma estabilização satisfatória, caso o doente concorde, a posologia pode ser
gradualmente reduzida para uma dose de manutenção mais baixa; nalguns casos favoráveis,
o tratamento poderá ser suspenso. A disponibilidade das posologias de 2 mg/0,5 mg e de 8 mg/2 mg
permite proceder a uma titulação descendente da posologia. Nos doentes que requeiram uma dose
mais baixa de buprenorfina, poderá utilizar-se buprenorfina 0,4 mg. Os doentes devem ser
monitorizados após a conclusão do tratamento devido ao potencial de recidiva.
Populações especiais
Idosos
A eficácia e segurança de buprenorfina/naloxona em doentes idosos com idade superior a 65 anos
ainda não foram estabelecidas. Não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Compromisso Hepático
Recomenda-se a realização de provas basais hepáticas e a documentação do estado da hepatite viral
antes de iniciar a terapêutica. Os doentes positivos para hepatite viral, submetidos a medicação
concomitante (ver secção 4.5) e/ou com disfunção hepática pré-existente encontram-se em risco de
desenvolver lesão hepática acelerada. Recomenda-se proceder à monitorização regular da função
hepática (ver secção 4.4).
18
Ambas as substâncias ativas de Suboxone, buprenorfina e naloxona, são amplamente metabolizadas no
fígado, e os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais elevados em
doentes com compromisso hepático moderado a grave.
Os doentes devem ser monitorizados para os sinais e para os sintomas de precipitação de abstinência
de opiáceos, toxicidade e sobredosagem causados pelo aumento dos níveis de naloxona e/ou
buprenorfina.
Desconhece-se se as duas substâncias ativas são afetadas da mesma forma.
Uma vez que a farmacocinética da buprenorfina/naloxona poderá ser alterada em doentes com
insuficiência hepática, recomenda-se a utilização de doses iniciais mais baixas e a cuidadosa titulação
da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 5.2). A
buprenorfina/naloxona está contraindicada em doentes com compromisso hepático grave (ver
secções 4.3 e 5.2).
Compromisso Renal
Não é necessário alterar a dose de buprenorfina/naloxona em doentes com compromisso renal.
Recomenda-se precaução quando o fármaco for administrado em doentes com compromisso renal
grave (depuração de creatinina <30 ml/min.) (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica
A segurança e eficácia de buprenorfina/naloxona em crianças com menos de 15 anos de idade ainda
não foram estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Modo de administração
Os médicos devem advertir os doentes de que a via sublingual é a única via de administração eficaz e
segura deste medicamento (ver secção 4.4). O comprimido deve ser colocado sob a língua até se
dissolver completamente. Os doentes não devem engolir ou ingerir quaisquer alimentos ou bebidas
enquanto o comprimido não estiver completamente dissolvido.
A dose é composta por comprimidos sublinguais de Suboxone de diferentes dosagens, que podem ser
tomados simultaneamente ou em duas doses fracionadas; a segunda fração da dose deve ser tomada
imediatamente após a dissolução da primeira fração da dose.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Insuficiência respiratória grave
Afecção hepática grave
Alcoolismo agudo ou delirium tremens.
Administração concomitante de antagonistas opiódes (naltrexona, nalmefeno) para o tratamento de
depência alcoólica ou opióde.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Utilização indevida, abuso e desvio
A buprenorfina pode ser utilizada de forma indevida ou ser alvo de uso abusivo de maneira semelhante
a outros opiáceos, lícita ou ilicitamente. Alguns riscos decorrentes da utilização indevida e do uso
abusivo incluem sobredosagem, disseminação de infeções sistémicas localizadas ou virais transmitidas
através do sangue, depressão respiratória e lesão hepática. A utilização indevida de buprenorfina por
parte de outra pessoa que não o doente pretendido acarreta um risco adicional de dar origem a novos
toxicodependentes utilizando a buprenorfina como droga principal de abuso e pode ocorrer se o
medicamento for distribuído para utilização ilícita diretamente pelo doente em questão ou se o
medicamento for obtido através de furto.
Um tratamento subótimo com buprenorfina/naloxona pode induzir uma utilização indevida por
parte do doente, conduzindo a uma sobredosagem ou à interrupção do tratamento. Um doente que está
19
sub-medicado com buprenorfina/naloxona pode continuar a responder a sintomas de abstinência
descontrolados ao automedicar-se com opiáceos, álcool ou outros sedativos-hipnóticos, tais como
as benzodiazepinas.
Para minimizar o risco de utilização indevida, uso abusivo e desvio, os médicos devem tomar
precauções apropriadas aquando da prescrição e distribuição de buprenorfina, tais como evitar
prescrever múltiplas receitas numa fase precoce do tratamento e efetuar consultas de acompanhamento
do doente sempre que for necessário proceder a uma monitorização clínica e de acordo com as
necessidades do doente.
A associação de buprenorfina e de naloxona no medicamento Suboxone destina-se a impedir a
utilização indevida e o uso abusivo da buprenorfina. Espera-se que a utilização indevida por via
intravenosa ou intranasal de Suboxone seja menos provável do que a administração isolada de
buprenorfina, uma vez que a naloxona existente num comprimido de Suboxone pode precipitar a
ocorrência de sintomas de abstinência em indivíduos dependentes de heroína, metadona ou outros
agonistas opioides.
Depressão respiratória
Registaram-se alguns casos de morte devido a depressão respiratória, em particular quando a
buprenorfina foi utilizada em associação com benzodiazepinas (ver secção 4.5) ou quando a
buprenorfina não foi administrada de acordo com o Resumo das Características do Medicamento.
Foram também referidos casos de morte em associação com a administração concomitante de
buprenorfina e outras substâncias depressoras, como o álcool ou outros opiáceos. Se a buprenorfina for
administrada em indivíduos não dependentes de opiáceos, que não tolerem os efeitos dos opiáceos,
pode verificar-se uma situação de depressão respiratória potencialmente fatal.
Este medicamento deve ser utilizado com precaução em doentes com asma ou insuficiência
respiratória (por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crónica, cor pulmonale, diminuição da reserva
respiratória, hipoxia, hipercapnia, depressão respiratória pré-existente ou cifoscoliose (curvatura
anormal da coluna vertebral que poderá dar origem a dispneia)).
A buprenorfina/naloxona pode causar casos de depressão respiratória grave, possivelmente fatais, se
for acidental ou deliberadamente ingerida por crianças e indivíduos não dependentes. Os doentes têm
de ser avisados de que devem conservar a embalagem blister em segurança, de que nunca a devem
abrir antecipadamente, de que devem mantê-la fora do alcance das crianças e outros membros da
família e, por último, de que nunca devem tomar este medicamento à frente das crianças. Em caso de
ingestão acidental ou suspeita de ingestão, deve contactar de imediato os serviços de urgência.
Depressão do SNC
A buprenorfina/naloxona podem causar sonolência, particularmente quando tomadas em conjunto com
álcool ou outros depressores do sistema nervoso central (nomeadamente, tranquilizantes, sedativos ou
hipnóticos) (ver secção 4.5).
Dependência
A buprenorfina é um agonista parcial do recetor µ(mu)-opiáceo, pelo que a sua administração crónica
produz dependência do tipo opioide. Os estudos realizados em animais, bem como a experiência
clínica, demonstraram que a buprenorfina pode produzir dependência, embora num nível inferior ao de
um agonista total, como a morfina.
A suspensão abrupta do tratamento não é recomendada, uma vez que pode resultar numa síndrome de
abstinência cuja evolução pode ser tardia.
Hepatite e acontecimentos hepáticos
Foram notificados casos de lesão hepática aguda em indivíduos dependentes de opiáceos, tanto em
ensaios clínicos, como em relatos de acontecimentos adversos pós-comercialização. O espectro das
alterações varia desde elevações assintomáticas transitórias das transaminases hepáticas aos casos de
insuficiência hepática, necrose hepática, síndrome hepato-renal, encefalopatia hepática e morte. Em
20
muitos casos, a presença de disfunções mitocondriais (doença genética, alterações das enzimas
hepáticas pré-existentes ou de infeção pelo vírus da hepatite B ou hepatite C, o consumo abusivo de
álcool, anorexia, a utilização concomitante de outros medicamentos potencialmente hepatotóxicos) e a
utilização contínua de drogas injetáveis poderão ter um papel causal ou contributivo. Estes fatores
subjacentes devem ser tidos em consideração antes da prescrição da buprenorfina/naloxona e durante o
tratamento. Em caso de suspeita de um acontecimento hepático, é necessário efetuar uma avaliação
biológica e etiológica adicional. Dependendo das observações, a administração do medicamento pode
ser interrompida com cuidado a fim de evitar sintomas de abstinência e prevenir o regresso ao uso de
drogas ilícitas. Em caso de continuação do tratamento, deve proceder-se a uma rigorosa monitorização
da função hepática.
Precipitação da síndrome de abstinência de opiáceos
Ao iniciar o tratamento com buprenorfina/naloxona, o médico deverá estar ciente do perfil agonista
parcial da buprenorfina e saber que esta pode precipitar abstinência em doentes com dependência de
opiáceos, em particular quando administrada menos de 6 horas após a última utilização de heroína ou
outro opiáceo de ação rápida, ou quando administrada menos de 24 horas após a última dose de
metadona. Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente durante o período de substituição do
tratamento com buprenorfina ou metadona para buprenorfina/naloxona, uma vez que foram registados
sintomas de abstinência. Para evitar precipitar a abstinência, deve ser efetuada a indução com
buprenorfina/naloxona quando existirem sinais evidentes de abstinência (ver secção 4.2).
Os sintomas de abstinência poderão também estar associados a uma posologia subótima.
Compromisso Hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comecialização. Dado que ambas as substâncias ativas, buprenorfina e naloxona, são
amplamente metabolizadas, os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais
elevados em doentes com compromisso hepático moderado a grave após administração de uma dose
única. Os doentes devem ser monitorizados para os sinais e para os sintomas de precipitação de
abstinência de opiáceos, toxicidade e sobredosagem causados pelo aumento dos níveis de naloxona
e/ou buprenorfina. Os comprimidos sublinguais de Suboxone devem ser administrados com precaução
em doentes com compromisso hepático moderado (ver secções 4.3 e 5.2). A administração de
buprenorfina/naloxona é contraindicada em doentes com compromisso hepático grave.
Compromisso Renal
A eliminação renal pode ser prolongada, uma vez que 30% da dose administrada é eliminada pela via
renal Os metabolitos da buprenorfina acumulam-se em doentes com falência renal. Recomenda-se
especial cuidado quando administrada em doentes com compromisso renal grave (depuração de
creatinina <30 ml/min.) (ver as secções 4.2 e 5.2).
Utilização em adolescentes (15-<18 anos de idade)
Devido à ausência de dados em adolescentes (15-<18 anos de idade), os doentes pertencentes a este
grupo etário devem ser atentamente monitorizados durante o tratamento.
Inibidores do CYP3A
Os medicamentos que inibem a enzima CYP3A4 podem induzir um aumento das concentrações de
buprenorfina. Poderá ser necessário reduzir a dose de buprenorfina/naloxona. Nos doentes que estão já
a ser tratados com inibidores do CYP3A4, a dose de buprenorfina/naloxona deve ser cuidadosamente
titulada, uma vez que poderá ser suficiente utilizar uma dose reduzida nestes doentes (ver secção 4.5).
Advertências gerais relevantes para a administração de opiáceos
Os opiáceos podem causar hipotensão ortostática em doentes em ambulatório.
Os opiáceos podem aumentar a pressão do líquido cefalorraquidiano, o que, por sua vez, pode causar
convulsões. Por isso, os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com ferimentos na
21
cabeça, lesões intracranianas, vítimas de outras circunstâncias que possam ter provocado o aumento da
pressão cefalorraquidiana ou com historial de convulsões.
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com hipotensão, hipertrofia da próstata ou
estenose uretral.
A miose induzida por opiáceos, as alterações no nível de consciência ou as alterações na perceção da
dor que ocorrem como sintoma de uma doença podem interferir na avaliação do doente ou dificultar o
diagnóstico ou a evolução clínica de uma doença concomitante.
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com mixedema, hipotiroidismo ou
insuficiência cortico-supra-renal (por exemplo, doença de Addison).
Foi demonstrado que os opiáceos aumentam a pressão intracoledoquiana, devendo ser usados com
precaução em doentes com disfunção do trato biliar.
Os opiáceos devem ser administrados com precaução em doentes idosos ou debilitados.
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina (ver secção 4.5).
Suboxone contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Suboxone não deve ser administrado em conjunto com:

bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool, visto que o álcool potencia o efeito
sedativo da buprenorfina (ver secção 4.7).
Suboxone deve ser utilizado com precaução quando administrado concomitantemente com:
o
benzodiazepinas: esta associação pode provocar morte por depressão respiratória de etiologia
central. Deverá, portanto, limitar-se as doses e evitar esta associação nos casos em que existe
risco de consumo incorreto. Os doentes deverão ser avisados de que é extremamente perigoso
autoadministrar benzodiazepinas não prescritas enquanto os doentes estiverem a tomar este
medicamento e deverão ser aconselhados a utilizar benzodiazepinas concomitantemente com
este medicamento apenas quando instruídos pelo seu médico (ver secção 4.4).
o
outras substâncias depressoras do sistema nervoso central, outros derivados dos opiáceos (por
exemplo, metadona, analgésicos e antitússicos), alguns antidepressivos, antagonistas dos
recetores H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, com exceção das benzodiazepinas,
neurolépticos, clonidina e outras substâncias relacionadas: estas combinações aumentam a
depressão do sistema nervoso central. A redução do nível de alerta pode tornar perigosa a
condução de veículos e a utilização de máquinas.
o
Além disso, pode ser difícil alcançar um estado de analgesia adequado quando são
administrados agonistas opiáceos totais em doentes tratados com buprenorfina/naloxona. Existe
portanto a possibilidade de ocorrer uma sobredosagem com um agonista total, especialmente se
se tentar controlar os efeitos do agonista parcial da buprenorfina ou se os níveis de buprenorfina
no plasma estiverem a diminuir.
o
naltrexona e nalmefeno são antagonistas opiáceos que podem bloquear os efeitos
farmacológicos da buprenorfina. A sua administração concomitante durante tratamentos com
buprenorfina/naloxona é contraindicada devido à potencial interação perigosa que pode
22
precipitar o aparecimento repentino de sintomas intensos e prolongados de abstinência de
opiáceos (ver secção 4.3).
o
Inibidores do CYP3A4: num estudo de interação da buprenorfina com cetoconazol (um potente
inibidor do CYP3A4), observou-se um aumento da Cmáx e da AUC (área sob a curva) da
buprenorfina (cerca de 50% e 70% respetivamente) e, em menor escala, da norbuprenorfina. Os
doentes a receber Suboxone devem ser cuidadosamente monitorizados, podendo ser necessário
reduzir a dose se o fármaco for associado a inibidores potentes do CYP3A4 (por exemplo,
inibidores da protease como o ritonavir, nelfinavir ou indinavir ou antifúngicos azoles, como o
cetoconazol ou itraconazol, antibióticos macrólidos).
o
Indutores do CYP3A4: a utilização concomitante de indutores do CYP3A4 com buprenorfina
pode diminuir as concentrações plasmáticas de buprenorfina, podendo resultar num tratamento
subótimo da dependência de opiáceos com buprenorfina. Recomenda-se que os doentes tratados
com buprenorfina/naloxona sejam cuidadosamente monitorizados em caso de administração
concomitante com estes indutores (por exemplo, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína,
rifampicina). A dose de buprenorfina ou do indutor do CYP3A4 poderá ter de ser ajustada em
conformidade.
o
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de Suboxone em mulheres grávidas é limitada ou inexistente.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco
potencial para o ser humano.
Com a aproximação do final da gravidez, a buprenorfina pode induzir depressão respiratória no recémnascido mesmo após um período de administração curto. A administração prolongada de buprenorfina
durante os três últimos meses de gravidez pode provocar uma síndrome de abstinência no recémnascido (por exemplo, hipertonia, tremor neonatal, agitação neonatal, mioclonia ou convulsões). Esta
síndrome é geralmente prolongada durante várias horas ou até alguns dias após o nascimento.
Devido à longa semivida da buprenorfina, deve considerar-se a monitorização neonatal durante vários
dias no final da gravidez, para prevenir o risco de depressão respiratória ou a síndrome de abstinência
neonatal.
Além disso, a utilização de buprenorfina/naloxona durante a gravidez deve ser avaliada pelo médico.
A buprenorfina/naloxona apenas deverá ser administrada durante a gravidez, se o potencial benefício
for superior ao potencial risco para o feto.
Amamentação
Desconhece-se se a naloxona é excretada no leite humano. A buprenorfina e os seus metabolitos são
excretados no leite humano. Em ratos, a buprenorfina demonstrou inibir a lactação.
Consequentemente, a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com Suboxone.
Fertilidade
Os estudos em animais revelaram uma redução na fertilidade da fêmea a doses elevadas (exposição
sistémica > 2,4 vezes a exposição em seres humanos à dose máxima recomendada de 24 mg de
buprenorfina, com base na AUC). Ver secção 5.3.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A buprenorfina/naloxona exerce uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas quando administrada em doentes dependentes de opiáceos. Este medicamento pode
23
causar sonolência, tonturas ou dificuldade de raciocínio, particularmente durante a indução do
tratamento e o ajuste posológico. Quando tomado em conjunto com álcool ou depressores do sistema
nervoso central, o seu efeito pode ser mais pronunciado (ver secções 4.4. e 4.5).
Recomenda-se precaução durante a condução ou utilização de máquinas perigosas, uma vez que a
buprenorfina/naloxona pode afetar a sua capacidade de efetuar tais atividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentes relacionadas com o tratamento, notificadas durante os ensaios
clínicos piloto, foram obstipação e sintomas frequentemente associados a abstinência de fármacos (por
exemplo, insónia, cefaleia, náuseas, hiperhidrose e dor). Algumas notificações de convulsões, vómitos,
diarreias e provas funcionais do fígado elevadas foram consideradas como sendo graves.
Lista de reações adversas
O Quadro 1 resume as reações adversas reportadas relacionadas com os ensaios clínicos piloto em que,
342 de 472 doentes (72,5%) registaram reações adversas e reações adversas notificadas durante o
período de pós-comercialização.
A frequência dos possíveis efeitos secundários enumerados abaixo é definida utilizando a seguinte
convenção:
Muito frequentes (1/10), Frequentes (1/100 a <1/10), Pouco frequentes (1/1.000 a <1/100).
Desconhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis.
Quadro 1: Reações adversas relacionadas com o tratamento notificadas nos ensaios clínicos sobre
a buprenorfina/naloxona
Classe de
Sistema de
Orgãos
Infeções e
infestações
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco frequentes Desconhecido
Gripe
Infeção
Faringite
Rinite
Infeço do trato
urinário
Infeção vaginal
Doenças do
sangue e do
sistema
linfático
Anemia
Leucocitose
Leucopenia
Linfadenopatia
Trombocitopenia
Doenças do
sistema
imunitário
Doenças do
metabolismo
e da nutrição
Perturbações
do foro
psiquiátrico
Hipersensibilidad
e
Insónia
Ansiedade
Depressão
Redução da
líbido
Nervosismo
Perturbação
do raciocínio
Choque
anafilático
Redução do
apetite
Hiperglicemia
Hiperlipidemia
Hipoglicemia
Sonhos anormais
Alucinação
Agitação
Apatia
Despersonalizaçã
o
Farmacodependên
cia
24
Doenças do
sistema
nervoso
Cefaleia
Afeções
oculares
Enxaqueca
Tonturas
Hipertonia
Parestesia
Sonolência
Ambliopia
Perturbações
do lacrimejo
Afecções do
ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Humor eufórico
Hostilidade
Amnésia
Hipercinésia
Perturbação da
fala
Convulsões
Tremor
Conjuntivite
Miose
Vertigens
Vasculopatia
s
Doenças
respiratórias
, torácicas e
do
mediastino
Doenças
Obstipação
gastrointesti Náuseas
nais
Hipertensão
Vasodilataçã
o
Tosse
Dor
abdominal
Diarreia
Dispepsia
Flatulência
Vómitos
Angina do peito
Bradicardia
Enfarte do
miocárdio
Palpitações
Taquicardia
Hipotensão
Asma
Dispneia
Bocejo
Afeções
musculosquel
éticas e dos
tecidos
conjuntivos
Doenças
renais e
urinárias
Hiperhidros
e
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Dorsalgia
Artralgia
Espasmos
musculares
Mialgia
Alterações
urinárias
Hipotensão
Ortostática
Broncoespasm
o
Depressão
Respiratória
Ulceração da boca
Alteração da cor
da língua
Afeções
hepatobiliare
s
Afeções dos
tecidos
cutâneos e
subcutâneos
Encefalopatia
hepática
Síncope
Acne
Alopecia
Dermatite
exfoliativa
Desidratação
cutânea
Nódulos cutâneos
Artrite
Albuminúria
Disúria
Hematúria
25
Hepatite
Hepatite
Aguda
Icterícia
Hepatite
necrótica
Síndrome
hepatorrenal
Angioedema
Doenças dos
órgãos
genitais e da
mama
Perturbações
gerais e
alterações no
local de
administraçã
o
Impotência
Síndrome
de
abstinência
de
fármacos
Exames
complementa
res de
diagnóstico
Complicaçõe
s de
intervenções
relacionadas
com lesões e
intoxicações
Astenia
Dor torácica
Calafrios
Febre
Mal-estar
Dor
Edema
periférico
Teste da
função
hepática
anormal
Perda de
peso
Lesão
Nefrolitíase
Retenção urinária
Amenorreia
Perturbações
ejaculatórias
Menorragia
Metrorragia
Hipotermia
Aumento da
creatinina no
sangue
Síndrome de
abstinência de
fármacos (ver
secção 4.6)
Aumento das
transaminases
Golpe de calor
Descrição de reações adversas selecionadas


Nos casos de consumo intravenoso incorreto do medicamento, algumas experiências adversas
são atribuídas a mau uso, para além do medicamento ter apresentado reações locais, por vezes
sépticas (abcesso, celulite), e hepatite aguda potencialmente grave e outras infeções agudas
como pneumonia, endocardite (ver secção 4.4).
Nos doentes que se apresentam com farmacodependência marcada, a administração inicial de
buprenorfina pode provocar uma síndrome de abstinência de fármacos semelhante à associada à
naloxona (ver secções 4.2 e 4.4).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma
vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício- risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema
nacional de comunicações indicado no Anexo V.
4.9
Sobredosagem
Sintomas
O sintoma principal que requer intervenção em caso de sobredosagem, é a depressão respiratória,
resultante da depressão do sistema nervoso central, que poderá dar origem a paragem respiratória e
morte. Os sinais de sobredosagem podem incluir igualmente sonolência, ambliopia, miose, hipotensão,
náuseas, vómitos e/ou perturbações da fala.
Tratamento
Devem ser instituídas medidas de cuidados gerais, incluindo uma monitorização rigorosa do estado
cardíaco e respiratório do doente. Deve ser promovido o tratamento sintomático da depressão
respiratória e a implementação de medidas de cuidados intensivos convencionais. Deve assegurar-se a
26
permeabilidade das vias respiratórias do doente ou a existência de ventilação assistida ou controlada.
O doente deve ser transferido para um local que disponha de equipamento completo de reanimação.
Se o doente vomitar, devem tomar-se medidas para evitar a aspiração do vómito.
Recomenda-se a utilização de um antagonista opiáceo (por exemplo, naloxona) apesar do efeito
modesto que este possa exercer na reversão dos sintomas respiratórios da buprenorfina
comparativamente aos seus efeitos sobre os agentes agonistas opiáceos totais.
Em caso de utilização de naloxona, a ação prolongada da buprenorfina deve ser tida em consideração
ao determinar o período de tratamento e de vigilância médica necessários para reverter os efeitos de
uma sobredosagem. A naloxona pode ser eliminada mais rapidamente do que a buprenorfina,
permitindo o reaparecimento dos sintomas de sobredosagem de buprenorfina previamente controlados,
pelo que poderá ser necessária uma perfusão contínua. Se a perfusão não for possível, poderá ser
necessário repetir a dose de naloxona. As doses iniciais de naloxona podem ir até aos 2 mg e ser
repetidas a cada 2-3 minutos até se obter uma resposta satisfatória, sem se exceder uma dose inicial de
10 mg. A taxa de perfusão intravenosa contínua deve ser titulada de acordo com a resposta do doente.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central,
medicamentos para tratamento da dependência de drogas, código ATC: N07BC51.
Mecanismo de ação
A buprenorfina é um agonista/antagonista parcial opiáceo que se liga aos recetores  e  (kappa) do
cérebro. A sua atividade no tratamento de manutenção opiáceo é atribuída às suas propriedades
lentamente reversíveis com os recetores , que poderão minimizar, durante um período prolongado, a
necessidade de drogas em doentes toxicodependentes.
Os efeitos "ceiling" dos agonistas opiáceos foram observados durante os estudos de farmacologia
clínica em indivíduos dependentes de opiáceos.
A naloxona é um antagonista nos recetores -opiáceos. Quando administrada por via oral ou
sublingual nas doses habituais a doentes em abstinência dos opiáceos, a naloxona exerce um efeito
farmacológico reduzido ou nulo, visto ser quase completo o seu metabolismo de primeira passagem.
Todavia, quando administrada por via intravenosa a indivíduos com dependência de opiáceos, a
presença de naloxona no Suboxone induz efeitos antagonistas dos opiáceos marcados e abstinência
dos opiáceos, impedindo desta forma o consumo incorreto por via intravenosa.
Eficácia clínica
Os dados sobre a eficácia e segurança da buprenorfina/naloxona derivam principalmente de um ensaio
clínico com a duração de um ano, incluindo um estudo comparativo, aleatorizado, com dupla
ocultação, com a duração de 4 semanas, da buprenorfina/naloxona, buprenorfina e placebo seguido de
um estudo de segurança da buprenorfina/naloxona com a duração de 48 semanas. Neste ensaio,
procedeu-se à distribuição aleatória de 326 indivíduos heroínodependentes pelo tratamento com
buprenorfina/naloxona 16 mg por dia, 16 mg de buprenorfina por dia ou placebo. Nos indivíduos
distribuídos aleatoriamente por qualquer um dos tratamentos ativos, o tratamento começou com um
comprimido de 8 mg de buprenorfina no Dia 1, seguido de 16 mg (dois comprimidos de 8 mg) de
buprenorfina no Dia 2. No Dia 3, os indivíduos aleatorizados para o tratamento com
buprenorfina/naloxona passaram para a associação terapêutica em comprimidos. Os indivíduos eram
observados diariamente na clínica (segunda-feira a sexta-feira) para avaliação da posologia e da
eficácia. Os participantes recebiam as doses necessárias para o tratamento a realizar em casa durante o
fim-de-semana. A variável principal do estudo consistia em comparar individualmente a eficácia da
buprenorfina/naloxona em relação ao placebo. A percentagem de amostras de urina colhidas três vezes
27
por semana, que eram negativas relativamente aos opiáceos não incluídos no estudo, foi
estatisticamente mais elevada tanto no caso da buprenorfina/naloxona versus placebo (p < 0,0001)
como no que se refere à buprenorfina versus placebo (p < 0,0001).
Num estudo com dupla ocultação, com técnica de duplo placebo, de grupos paralelos, em que se
procedeu à comparação da solução etanólica de buprenorfina com um controlo ativo de um agonista
total, foram aleatorizados 162 indivíduos para receber a solução etanólica sublingual de buprenorfina
na dose de 8 mg/dia (uma dose aproximadamente comparável à dose de 12 mg/dia de
buprenorfina/naloxona), ou duas doses relativamente baixas do controlo ativo, uma das quais era
suficientemente baixa para servir como alternativa ao placebo, durante uma fase de indução de 3 a
10 dias, uma fase de manutenção de 16 semanas e uma fase de desintoxicação de 7 semanas. A
buprenorfina foi titulada até à dose de manutenção no Dia 3; as doses do controlo ativo foram tituladas
de forma mais gradual. Analisando a permanência no tratamento e a percentagem de amostras de urina
colhidas três vezes por semana que foram negativas relativamente aos opiáceos não incluídos no
estudo, concluiu-se que a buprenorfina demonstrou ser mais eficaz do que a dose baixa do fármaco de
controlo na manutenção em tratamento dos heroínodependentes e na redução da sua utilização de
opiáceos durante o tratamento. A eficácia da buprenorfina 8 mg dia foi semelhante à da dose
moderada de controlo ativo, não sendo, contudo, demonstrada equivalência.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Buprenorfina
Absorção
A buprenorfina, quando administrada por via oral, sofre um metabolismo de primeira passagem
verificando-se N-desalquilação e glucuroconjugação no intestino delgado e fígado. A utilização deste
medicamento por via oral é, consequentemente, inadequada.
O pico das concentrações plasmáticas é atingido 90 minutos após a administração sublingual.
Observou-se um aumento dos níveis plasmáticos da buprenorfina com a dose sublingual de
buprenorfina/naloxona. Tanto a Cmáx como a AUC da buprenorfina aumentaram com o aumento da
dose (no intervalo de 4-16 mg), conquanto o aumento fosse menos do que proporcional à dose.
Parâmetro farmacocinético
Suboxone 4 mg
Suboxone 8 mg
Suboxone 16 mg
Cmáx ng/ml
1,84 (39)
3,0 (51)
5,95 (38)
AUC0-48
hora ng/ml
12,52 (35)
20,22 (43)
34,89 (33)
Distribuição
A absorção da buprenorfina é seguida de uma fase de distribuição rápida (semivida de distribuição de
2 a 5 horas).
Metabolismo e eliminação:
A buprenorfina é metabolizada por 14-N-desalquilação e glucuroconjugação da molécula original e
do metabolito desalquilado. Os dados clínicos confirmam que o CYP3A4 é responsável pela Ndesalquilação da buprenorfina. A N-desalquilbuprenorfina é um agonista -opiáceo com fraca
atividade intrínseca.
A eliminação da buprenorfina é bi ou triexponencial e a semivida plasmática média é de 32 horas.
A buprenorfina é eliminada nas fezes por excreção biliar dos metabolitos glucuroconjugados (70%),
sendo a restante fração eliminada na urina.
Naloxona
Absorção e distribuição:
28
Após a administração intravenosa, a naloxona é rapidamente distribuída (semivida de distribuição
~ 4 minutos). Após a administração oral, a naloxona é praticamente indetetável no plasma; após a
administração sublingual de buprenorfina/naloxona, as concentrações plasmáticas de naloxona são
baixas, diminuindo rapidamente.
Metabolismo:
O medicamento é metabolizado no fígado, principalmente por conjugação do glucuronido, e excretado
na urina. A semivida plasmática média da naloxona é de 1,2 horas.
Populações especiais
Idosos
Não se dispõe de dados farmacocinéticos em doentes idosos.
Compromisso renal
A eliminação renal desempenha um papel relativamente pequeno (~30%) na depuração global da
buprenorfina/naloxona. Não é necessário alterar a dose com base na função renal, mas recomenda-se
precaução quando o fármaco é administrado em indivíduos com compromisso renal grave (ver secção
4.3).
Compromisso hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comercialização. A tabela 3 sumariza os resultados de um ensaio clínico em indivíduos
saudáveis e em indivíduos com compromisso hepático após a administração de uma dose única de
Suboxone 2,0/0,5 mg (buprenorfina/naloxona) comprimido sublingual.
Tabela 3. Efeito do compromisso hepático nos parâmetros farmacocinéticos de buprenorfina e
naloxona após a administração de SUBOXONE (alteração relativa a indivíduos
saudáveis)
Parâmetro
Farmacocinético
Cmáx
AUClast
Compromisso hepático
ligeiro
(Classe A de Child-Pugh)
(n=9)
Aumento de 1,2 vezes
Idêntico ao grupo de
controlo
Compromisso hepático
moderado
(Classe B de Child-Pugh)
(n=8)
Buprenorfina
Aumento de 1,1 vezes
Aumento de 1,6 vezes
Compromisso hepático
grave
(Classe C de Child-Pugh)
(n=8)
Aumento de 1,7 vezes
Aumento de 2,8 vezes
Naloxona
Cmáx
AUClast
Idêntico ao grupo de
controlo
Diminuição de 0,2 vezes
Aumento de 2,7 vezes
Aumento de 11,3 vezes
Aumento de 3,2 vezes
Aumento de 14,0 vezes
Globalmente, a exposição plasmática de buprenorfina aumentou aproximadamente 3 vezes em doentes
com compromisso da função hepática grave, enquanto a exposição plasmática de naloxona aumentou
14 vezes com a função hepática gravemente comprometida.
5.3
Dados de segurança pré -clínica
A associação de buprenorfina e naloxona foi investigada em estudos de toxicidade aguda e de
administração reiterada (até 90 dias em ratos) em animais. Não foi observada potenciação sinérgica da
toxicidade. Os efeitos indesejáveis foram baseados na atividade farmacológica conhecida de
substâncias agonistas e/ou antagonistas opiáceas.
29
A associação (4:1) de cloridrato de buprenorfina e de cloridrato de naloxona não demonstrou ser
mutagénica num ensaio de mutação bacteriana (teste de Ames) nem clastogénica num ensaio
citogenético in vitro em linfócitos humanos ou num teste do micronúcleo por via intravenosa, no rato.
Os estudos de reprodução com a administração oral de buprenorfina: (proporção de 1:1) indicaram que
ocorreu embrioletalidade no rato em presença de toxicidade materna em todas as doses. A dose mais
baixa estudada representou múltiplos de exposição de 1x para a buprenorfina e de 5x para a naloxona
numa dose máxima terapêutica humana calculada numa base de mg/m². Não se observou toxicidade
no desenvolvimento do coelho com doses tóxicas para a mãe. Além disso, não se observou
teratogenicidade nem no rato nem no coelho. Não foi realizado um estudo peri-pós-natal com a
buprenorfina/naloxona; contudo, a administração oral materna de buprenorfina em doses altas durante
a gestação e aleitamento esteve associada a dificuldades no parto (possivelmente devido ao efeito
sedativo da buprenorfina), elevada mortalidade neonatal e um ligeiro atraso no desenvolvimento de
algumas funções neurológicas (reflexo postural e reflexo de Moro) no rato recém-nascido.
No rato, a administração de buprenorfina na dieta em teores de dose iguais ou superiores a 500 ppm
induziu redução da fertilidade demonstrada numa redução das taxas de conceção nas fêmeas. A
administração na dieta de uma dose de 100 ppm (exposição estimada cerca de 2,4x para a
buprenorfina numa dose humana de 24 mg de buprenorfina/naloxona baseada na AUC, os níveis
plasmáticos de naloxona estiveram abaixo do limite de deteção no rato) não exerceu qualquer efeito
indesejável na fertilidade em fêmeas.
Foi realizado um estudo de carcinogenicidade em ratos com buprenorfina/naloxona em doses de 730 e
120 mg/kg/dia, com múltiplos de 3 a 75 vezes da exposição estimada, baseada numa dose sublingual
diária humana de 16 mg, calculada numa base de mg/m². Observaram-se aumentos estatisticamente
significativos da incidência de adenomas benignos das células intersticiais testiculares (de Leydig) em
todos os grupos posológicos.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada
Manitol
Amido de milho
Povidona K 30
Ácido cítrico anidro
Citrato de sódio
Estearato de magnésio
Acessulfamo potássico
Limão natural e essência de lima
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
3 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
30
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 7 comprimidos.
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
103 – 105 Bath Road
Slough
Berkshire
SL1 3UH
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/003
EU/1/06/359/004
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 26 de setembro de 2006
Data da última renovação: 26 de setembro de 2011
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
31
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 16 mg/4 mg comprimidos sublinguais
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido sublingual contém 16 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 4 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido sublingual contém 156,64 mg de lactose (sob a forma mono-hidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido sublingual
Comprimidos biconvexos redondos, de cor branca, com 10,5 mm e com a impressão "N16" numa face.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento de substituição da dependência de opiáceos, no contexto multidisciplinar de um
tratamento médico, social e psicológico. O objetivo do componente naloxona é impedir o consumo
incorreto por via intravenosa. O tratamento destina-se a ser utilizado em adultos e adolescentes a partir
dos 15 anos de idade que tenham concordado em ser submetidos a tratamento da toxicodependência.
4.2
Posologia e modo de administração
O tratamento deve ser efetuado sob a supervisão de um médico experiente no tratamento da
dependência/toxicodependência de opiáceos.
Precauções a ter antes da indução
Antes do início do tratamento, deve averiguar-se qual é o tipo de dependência dos opiáceos (ou seja,
opiáceos de ação prolongada ou rápida), o tempo que decorreu desde a última utilização de opiáceos e
o grau de dependência de opiáceos. Para evitar a precipitação de abstinência, deve iniciar-se a indução
com buprenorfina/naloxona ou apenas com buprenorfina quando são evidentes sinais claros e
objetivos de abstinência (por exemplo, demonstrado por uma classificação na Escala Clínica de
Abstinência de Opiáceos validada COWS (Clinical Opioid Withdrawal Scale) que indique uma
abstinência ligeira a moderada).
o Para os doentes dependentes de heroína ou opiáceos de ação rápida, a primeira dose de
buprenorfina/naloxona deve ser administrada quando surgem os sinais de abstinência, mas
nunca antes de ter decorrido um período de 6 horas após a última utilização de opiáceos
pelo doente.
o
Para doentes que se encontram a receber metadona, a dose de metadona deve ser reduzida para
um máximo de 30 mg/dia antes de se iniciar a terapêutica com buprenorfina/naloxona. Deve terse em consideração a longa semivida da metadona aquando do início da terapêutica com
buprenorfina/naloxona. A primeira dose de buprenorfina/naloxona deve ser administrada apenas
quando surgirem sinais de abstinência, mas nunca antes de ter decorrido um período de 24 horas
32
após a última utilização da metadona pelo doente. A buprenorfina pode precipitar sintomas de
abstinência em doentes com dependência de metadona.
Posologia
Terapêutica de iniciação (indução)
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois comprimidos
de Suboxone 2 mg/0,5 mg no primeiro dia do tratamento, dependendo das necessidades individuais
do doente.
Durante o período inicial do tratamento, recomenda-se uma supervisão diária da dosagem para
assegurar uma colocação sublingual correta da dose e para observar a resposta do doente ao
tratamento, como orientação para a titulação eficaz da dose de acordo com o efeito clínico.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção
No seguimento da indução do tratamento no dia um, o doente deve ser estabilizado com uma dose de
manutenção durante os dias seguintes através de um ajuste progressivo da dose de acordo com o efeito
clínico do doente individual. A titulação da dose de 2 a 8 mg de bruprenorfina é efetuada após uma
reavaliação do estado clínico e psicológico do doente e não deve exceder uma única dose diária
máxima de 24 mg de bruprenorfina.
Menos do que a dose diária
Após atingir uma estabilização satisfatória do doente, a frequência da dosagem pode ser reduzida para
um tratamento em dias alternados, com uma dose diária equivalente a duas vezes a dose titulada
individualmente. Por exemplo, um doente estabilizado com uma dose diária de 8 mg de bruprenorfina
poderá receber uma dose de 16 mg de bruprenorfina em dias alternados e não receber o fármaco nos
dias intermédios. Nalguns doentes, após atingir-se uma estabilização satisfatória, a frequência de
dosagem pode ser reduzida para 3 vezes por semana (por exemplo, à segunda-feira, quarta-feira e
sexta-feira). A dose administrada à segunda-feira e à quarta-feira deve ser equivalente a duas vezes a
dose diária titulada individualmente, enquanto que a dose administrada à sexta-feira deve ser
equivalente a três vezes a dose diária titulada individualmente, não sendo administrado fármaco nos
dias intermédios.
Contudo, a dose administrada em dias alternados não deverá exceder 24 mg de bruprenorfina. Este
tipo de regime poderá não ser adequado a doentes que requerem uma dose diária titulada > 8 mg de
bruprenorfina/dia.
Suspensão do tratamento
Após ter sido obtida uma estabilização satisfatória, caso o doente concorde, a posologia pode ser
gradualmente reduzida para uma dose de manutenção mais baixa; nalguns casos favoráveis, o
tratamento poderá ser suspenso. A disponibilidade das posologias de 2 mg/0,5 mg e de 8 mg/2 mg
permite proceder a uma titulação descendente da posologia. Nos doentes que requeiram uma dose
mais baixa de buprenorfina, poderá utilizar-se buprenorfina 0,4 mg. Os doentes devem ser
monitorizados após a conclusão do tratamento devido ao potencial de recidiva.
Populações especiais
Idosos
A eficácia e segurança de buprenorfina/naloxona em doentes idosos com idade superior a 65 anos
ainda não foram estabelecidas. Não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Compromisso Hepático
Recomenda-se a realização de provas basais hepáticas e a documentação do estado da hepatite viral
antes de iniciar a terapêutica. Os doentes positivos para hepatite viral, submetidos a medicação
concomitante (ver secção 4.5) e/ou com disfunção hepática pré-existente encontram-se em risco de
desenvolver lesão hepática acelerada. Recomenda-se proceder à monitorização regular da função
hepática (ver secção 4.4).
33
Ambas as substâncias ativas de Suboxone, buprenorfina e naloxona, são amplamente metabolizadas no
fígado, e os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais elevados em
doentes com compromisso hepático moderado a grave. Os doentes devem ser monitorizados para os
sinais e para os sintomas de precipitação de abstinência de opiáceos, toxicidade e sobredosagem
causados pelo aumento dos níveis de naloxona e/ou buprenorfina. Desconhece-se se as duas
substâncias ativas são afetadas da mesma forma.
Uma vez que a farmacocinética da buprenorfina/naloxona poderá ser alterada em doentes com
insuficiência hepática, recomenda-se a utilização de doses iniciais mais baixas e a cuidadosa titulação
da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 5.2).
A buprenorfina/naloxona está contraindicada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secções 4.3 e 5.2).
Compromisso Renal
Não é necessário alterar a dose de buprenorfina/naloxona em doentes com compromisso renal.
Recomenda-se precaução quando o fármaco for administrado em doentes com compromisso renal
grave (depuração de creatinina <30 ml/min.) (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica
A segurança e eficácia de buprenorfina/naloxona em crianças com menos de 15 anos de idade não
foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Modo de administração
Os médicos devem advertir os doentes de que a via sublingual é a única via de administração eficaz e
segura deste medicamento (ver secção 4.4). O comprimido deve ser colocado sob a língua até se
dissolver completamente. Os doentes não devem engolir ou ingerir quaisquer alimentos ou bebidas
enquanto o comprimido não estiver completamente dissolvido.
A dose p composta por comprimidos sublinguais de Suboxone de diferentes dosagens, que podem ser
tomados simultaneamente ou em duas doses fracionadas; a segunda fração da dose deve ser tomada
imediatamente após a dissolução da primeira fração da dose.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Insuficiência respiratória grave
Afeção hepática grave
Alcoolismo agudo ou delirium tremens.
Administração concomitante de antagonistas opiódes (naltrexona, nalmefeno) para o tratamento de
dependência alcoólica ou opióde.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Utilização indevida, abuso e desvio
A buprenorfina pode ser utilizada de forma indevida ou ser alvo de uso abusivo de maneira semelhante
a outros opiáceos, lícita ou ilicitamente. Alguns riscos decorrentes da utilização indevida e do uso
abusivo incluem sobredosagem, disseminação de infeções virais ou localizadas e sistémicas
transmitidas através do sangue, depressão respiratória e lesão hepática. A utilização indevida de
buprenorfina por parte de outra pessoa que não o doente pretendido acarreta um risco adicional de dar
origem a novos toxicodependentes utilizando a buprenorfina como droga principal de abuso e pode
ocorrer se o medicamento for distribuído para utilização ilícita diretamente pelo doente em questão ou
se o medicamento for obtido através de furto.
Um tratamento subótimo com buprenorfina/naloxona pode induzir uma utilização indevida por
parte do doente, conduzindo a uma sobredosagem ou à interrupção do tratamento. Um doente que está
sub-medicado com buprenorfina/naloxona pode continuar a responder a sintomas de abstinência
34
descontrolados ao automedicar-se com opiáceos, álcool ou outros sedativos-hipnóticos, tais como
as benzodiazepinas.
Para minimizar o risco de utilização indevida, uso abusivo e desvio, os médicos devem tomar
precauções apropriadas aquando da prescrição e distribuição de buprenorfina, tais como evitar
prescrever múltiplas receitas numa fase precoce do tratamento e efetuar consultas de acompanhamento
do doente sempre que for necessário proceder a uma monitorização clínica e de acordo com as
necessidades do doente.
A associação de buprenorfina e de naloxona no medicamento Suboxone destina-se a impedir a
utilização indevida e o uso abusivo da buprenorfina. Espera-se que a utilização indevida por via
intravenosa ou intranasal de Suboxone seja menos provável do que a administração isolada de
buprenorfina, uma vez que a naloxona existente num comprimido de Suboxone pode precipitar a
ocorrência de sintomas de abstinência em indivíduos dependentes de heroína, metadona ou outros
agonistas opioides.
Depressão respiratória
Registaram-se alguns casos de morte devido a depressão respiratória, em particular quando a
buprenorfina foi utilizada em associação com benzodiazepinas (ver secção 4.5) ou quando a
buprenorfina não foi administrada de acordo com o Resumo das Características do Medicamento.
Foram também referidos casos de morte em associação com a administração concomitante de
buprenorfina e outras substâncias depressoras, como o álcool ou outros opiáceos. Se a buprenorfina for
administrada em indivíduos não dependentes de opiáceos, que não tolerem os efeitos dos opiáceos,
pode verificar-se uma situação de depressão respiratória potencialmente fatal.
Este medicamento deve ser utilizado com precaução em doentes com asma ou insuficiência
respiratória (por exemplo, doença pulmonar obstrutiva crónica, cor pulmonale, diminuição da reserva
respiratória, hipoxia, hipercapnia, depressão respiratória pré-existente ou cifoscoliose (curvatura
anormal da coluna vertebral que pode dar origem a dispneia)).
A buprenorfina/naloxona pode causar casos de depressão respiratória grave, possivelmente fatais, se
for acidental ou deliberadamente ingerida por crianças e indivíduos não dependentes. Os doentes têm
de ser avisados de que devem conservar o blister em segurança, de que nunca a devem abrir
antecipadamente, de que devem mantê-la fora do alcance das crianças e outros membros da família e,
por último, de que nunca devem tomar este medicamento à frente das crianças. Em caso de ingestão
acidental ou suspeita de ingestão, deve contactar de imediato os serviços de urgência.
Depressão do SNC
A buprenorfina/naloxona podem causar sonolência, particularmente quando tomadas em conjunto com
álcool ou outros depressores do sistema nervoso central (nomeadamente, tranquilizantes, sedativos ou
hipnóticos) (ver secção 4.5).
Dependência
A buprenorfina é um agonista parcial do recetor µ(mu)-opiáceo, pelo que a sua administração crónica
produz dependência do tipo opioide. Os estudos realizados em animais, bem como a experiência
clínica, demonstraram que a buprenorfina pode produzir dependência, embora num nível inferior ao de
um agonista total, como a morfina.
A suspensão abrupta do tratamento não é recomendada, uma vez que pode resultar numa síndrome de
abstinência cuja evolução pode ser tardia.
Hepatite e acontecimentos hepáticos
Foram notificados casos de lesão hepática aguda em indivíduos dependentes de opiáceos, tanto em
ensaios clínicos, como em relatos de acontecimentos adversos pós-comercialização. O espectro das
alterações varia desde elevações assintomáticas transitórias das transaminases hepáticas aos casos de
insuficiência hepática, necrose hepática, síndrome hepato-renal, encefalopatia hepática e morte. Em
muitos casos, a presença de disfunções mitocondriais (doença genética, alterações das enzimas
35
hepáticas pré-existentes ou de infeção pelo vírus da hepatite B ou hepatite C, o consumo abusivo de
álcool, anorexia, a utilização concomitante de outros medicamentos potencialmente hepatotóxicos) e a
utilização contínua de drogas injetáveis poderão ter um papel causal ou contributivo. Estes fatores
subjacentes devem ser tidos em consideração antes da prescrição da buprenorfina/naloxona e durante o
tratamento. Em caso de suspeita de um acontecimento hepático, é necessário efetuar uma avaliação
biológica e etiológica adicional. Dependendo das observações, a administração do medicamento pode
ser interrompida com cuidado a fim de evitar sintomas de abstinência e prevenir o regresso ao uso de
drogas ilícitas. Em caso de continuação do tratamento, deve proceder-se a uma rigorosa monitorização
da função hepática.
Precipitação da síndrome de abstinência de opiáceos
Ao iniciar o tratamento com buprenorfina/naloxona, o médico deverá estar ciente do perfil agonista
parcial da buprenorfina e saber que esta pode precipitar abstinência em doentes com dependência de
opiáceos, em particular quando administrada menos de 6 horas após a última utilização de heroína ou
outro opiáceo de ação rápida, ou quando administrada menos de 24 horas após a última dose de
metadona. Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente durante o período de substituição do
tratamento com buprenorfina ou metadona para buprenorfina/naloxona, uma vez que foram registados
sintomas de abstinência. Para evitar precipitar a abstinência, deve ser efetuada a indução com
buprenorfina/naloxona quando existirem sinais evidentes de abstinência (ver secção 4.2).
Os sintomas de abstinência poderão também estar associados a uma posologia subótima.
Compromisso Hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comercialização. Dado que ambas as substâncias ativas, buprenorfina e naloxona, são
amplamente metabolizadas, os níveis plasmáticos detetados para buprenorfina e naloxona foram mais
elevados em doentes com compromisso hepático moderado a grave após administração de uma dose
única. Os doentes devem ser monitorizados para os sinais e para os sintomas de precipitação de
abstinência de opiáceos, toxicidade e sobredosagem causados pelo aumento dos níveis de naloxona
e/ou buprenorfina. Os comprimidos sublinguais de Suboxone devem ser administrados com precaução
em doentes com compromisso hepático moderado (ver secções 4.3 e 5.2). A administração de
buprenorfina/naloxona é contraindicada em doentes com compromisso hepático grave.
Compromisso Renal
A eliminação renal pode ser prolongada, uma vez que 30% da dose administrada é eliminada pela via
renal. Os metabolitos da buprenorfina acumulam-se em doentes com falência renal. Recomenda-se
precaução quando administrada em doentes com compromisso renal grave (depuração de creatinina
<30 ml/min.) (ver as secções 4.2 e 5.2).
Utilização em adolescentes (15-<18 anos de idade)
Devido à ausência de dados em adolescentes (15-<18 anos de idade), os doentes pertencentes a este
grupo etário devem ser atentamente monitorizados durante o tratamento.
Inibidores do CYP3A
Os medicamentos que inibem a enzima CYP3A4 podem induzir um aumento das concentrações de
buprenorfina. Poderá ser necessário reduzir a dose de buprenorfina/naloxona. Nos doentes que estão já
a ser tratados com inibidores do CYP3A4, a dose de buprenorfina/naloxona deve ser cuidadosamente
titulada, uma vez que poderá ser suficiente utilizar uma dose reduzida nestes doentes (ver secção 4.5).
Advertências gerais relevantes para a administração de opiáceos
Os opiáceos podem causar hipotensão ortostática em doentes em ambulatório.
Os opiáceos podem aumentar a pressão do líquido cefalorraquidiano, o que, por sua vez, pode causar
convulsões. Por isso, os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com ferimentos na
36
cabeça, lesões intracranianas, vítimas de outras circunstâncias que possam ter provocado o aumento da
pressão cefalorraquidiana ou com historial de convulsões.
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com hipotensão, hipertrofia da próstata ou
estenose uretral.
A miose induzida por opiáceos, as alterações no nível de consciência ou as alterações na perceção da
dor que ocorrem como sintoma de uma doença podem interferir na avaliação do doente ou dificultar o
diagnóstico ou a evolução clínica de uma doença concomitante.
Os opiáceos devem ser usados com precaução em doentes com mixedema, hipotiroidismo ou
insuficiência cortico-supra-renal (por exemplo, doença de Addision).
Foi demonstrado que os opiáceos aumentam a pressão intracoledoquiana, devendo ser usados com
precaução em doentes com disfunção do trato biliar.
Os opiáceos devem ser administrados com precaução em doentes idosos ou debilitados.
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina (ver secção 4.5).
Suboxone contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Suboxone não deve ser administrado em conjunto com:

bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool, visto que o álcool potencia o efeito
sedativo da buprenorfina (ver secção 4.7).
Suboxone deve ser utilizado com precaução quando administrado concomitantemente com:
o
benzodiazepinas: esta associação pode provocar morte por depressão respiratória de etiologia
central. Deverá, portanto, limitar-se as doses e evitar esta associação nos casos em que existe
risco de consumo incorreto. Os doentes deverão ser avisados de que é extremamente perigoso
autoadministrar benzodiazepinas não prescritas enquanto os doentes estiverem a tomar este
medicamento e deverão ser aconselhados a utilizar benzodiazepinas concomitantemente com
este medicamento apenas quando instruídos pelo seu médico (ver secção 4.4).
o
outras substâncias depressoras do sistema nervoso central, outros derivados dos opiáceos
(por exemplo, metadona, analgésicos e antitússicos), alguns antidepressivos, antagonistas dos
recetores H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, com exceção das benzodiazepinas,
neurolépticos, clonidina e outras substâncias relacionadas: estas combinações aumentam a
depressão do sistema nervoso central. A redução do nível de alerta pode tornar perigosa a
condução de veículos e a utilização de máquinas.
o
Além disso, pode ser difícil alcançar um estado de analgesia adequado quando são
administrados agonistas opiáceos totais em doentes tratados com buprenorfina/naloxona. Existe
portanto a possibilidade de ocorrer uma sobredosagem com um agonista total, especialmente se
se tentar controlar os efeitos do agonista parcial da buprenorfina ou se os níveis de buprenorfina
no plasma estiverem a diminuir.
o
naltrexona e nalmefeno são antagonistas opiáceos que podem bloquear os efeitos
farmacológicos da buprenorfina. A sua administração concomitante durante tratamentos com
buprenorfina/naloxona é containdicada devido à potencial interação perigosa que pode
37
o
precipitar o aparecimento repentino de sintomas intensos e prolongados de abstinência de
opiáceos (ver secção 4.3).
Inibidores do CYP3A4: num estudo de interação da buprenorfina com cetoconazol (um potente
inibidor do CYP3A4), observou-se um aumento da Cmáx e da AUC (área sob a curva) da
buprenorfina (cerca de 50% e 70% respetivamente) e, em menor escala, da norbuprenorfina. Os
doentes a receber Suboxone devem ser cuidadosamente monitorizados, podendo ser necessário
reduzir a dose se o fármaco for associado a inibidores potentes do CYP3A4 (por exemplo,
inibidores da protease como o ritonavir, nelfinavir ou indinavir ou antifúngicos azoles, como o
cetoconazol ou itraconazol, antibióticos macrólidos).
o
Indutores do CYP3A4: a utilização concomitante de indutores do CYP3A4 com buprenorfina
pode diminuir as concentrações plasmáticas de buprenorfina, podendo resultar num tratamento
subótimo da dependência de opiáceos com buprenorfina. Recomenda-se que os doentes tratados
com buprenorfina/naloxona sejam cuidadosamente monitorizados em caso de administração
concomitante com estes indutores (por exemplo, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína,
rifampicina). A dose de buprenorfina ou do indutor do CYP3A4 poderá ter de ser ajustada em
conformidade.
o
O uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode potenciar os efeitos dos
opiáceos, com base na experiência com morfina.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de Suboxone em mulheres grávidas é limitada ou inexistente.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco
potencial para o ser humano.
Com a aproximação do final da gravidez, a buprenorfina pode induzir depressão respiratória no recémnascido mesmo após um período de administração curto. A administração prolongada de buprenorfina
durante os três últimos meses de gravidez pode provocar uma síndrome de abstinência neonatal (por
exemplo, hipertonia, tremor neonatal, agitação neonatal, mioclonia ou convulsões). Esta síndrome é
geralmente prolongada durante várias horas ou até alguns dias após o nascimento.
Devido à longa semivida da buprenorfina, deve considerar-se a monitorização neonatal durante vários
dias no final da gravidez, para prevenir o risco de depressão respiratória ou a síndrome de abstinência
neonatal.
Além disso, a utilização de buprenorfina/naloxona durante a gravidez deve ser avaliada pelo médico.
A buprenorfina/naloxona apenas deverá ser administrada durante a gravidez, se o potencial benefício
for superior ao potencial risco para o feto.
Amamentação
Desconhece-se se a naloxona é excretada no leite humano. A buprenorfina e os seus metabolitos são
excretados no leite humano. Em ratos, a buprenorfina demonstrou inibir a lactação.
Consequentemente, a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com Suboxone.
Fertilidade
Os estudos em animais revelaram uma redução na fertilidade da fêmea a doses elevadas (exposição
sistémica > 2,4 vezes a exposição em seres humanos à dose máxima recomendada de 24 mg de
buprenorfina, com base na AUC). Ver secção 5.3.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A buprenorfina/naloxona exerce uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas quando administrada em doentes dependentes de opiáceos. Este medicamento pode
causar sonolência, tonturas ou dificuldade de raciocínio, particularmente durante a indução do
38
tratamento e o ajuste posológico. Quando tomado em conjunto com álcool ou depressores do sistema
nervoso central, o seu efeito pode ser mais pronunciado (ver secções 4.4. e 4.5).
Recomenda-se precaução durante a condução ou utilização de máquinas perigosas, uma vez que a
buprenorfina/naloxona pode afetar a sua capacidade de efetuar tais atividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentes relacionadas com o tratamento, notificadas durante os ensaios
clínicos piloto, foram obstipação e sintomas frequentemente associados a abstinência de fármacos
(por exemplo, insónia, cefaleia, náuseas, hiperhidrose e dor). Algumas notificações de convulsões,
vómitos, diarreias e provas funcionais do fígado elevadas foram consideradas como sendo graves.
Lista de reações adversas
O Quadro 1 resume as reações adversas reportadas relacionadas com os ensaios clínicos piloto, em que
342 de 472 doentes (72,5%) registaram reações adversas e reações adversas notificadas durante o
período de pós-comercialização.
A frequência dos possíveis efeitos secundários enumerados abaixo é definida utilizando a seguinte
convenção:
Muito frequentes (1/10), Frequentes (1/100 a <1/10), Pouco frequentes (1/1.000 a <1/100),
Desconhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis.
Quadro 1: Reações adversas relacionadas com o tratamento notificadas nos ensaios clínicos e no
período de pós-comercialização de buprenorfina/naloxona
Classe de
Sistemas de
Orgãos
Infeções e
infestações
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Gripe
Infeção
Faringite
Rinite
Infeço do trato
urinário
Infeção vaginal
Doenças do
sangue e do
sistema linfático
Desconhecido
Anemia
Leucocitose
Leucopenia
Linfadenopatia
Trombocitopenia
Doenças do
sistema imunitário
Hipersensibilidade
Doenças do
metabolismo e da
nutrição
Choque
anafilático
Redução do apetite
Hiperglicemia
Hiperlipidemia
Hipoglicemia
Perturbações do
foro psiquiátrico
Insónia
Doenças do
sistema nervoso
Cefaleia
Ansiedade
Depressão
Redução da
líbido
Nervosismo
Perturbação
do raciocínio
Enxaqueca
Tonturas
39
Sonhos anormais
Alucinação
Agitação
Apatia
Despersonalização
Farmacodependência
Humor eufórico
Hostilidade
Amnésia
Encefalopatia
Hipercinésia
hepática
Hipertonia
Parestesia
Sonolência
Ambliopia
Perturbações
do lacrimejo
Afeções oculares
Afecções do
ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Angina do peito
Bradicardia
Enfarte do miocárdio
Palpitações
Taquicardia
Hipotensão
Hipertensão
Vasodilatação
Tosse
Asma
Dispneia
Bocejo
Obstipação
Náuseas
Dor
abdominal
Diarreia
Dispepsia
Flatulência
Vómitos
Hiperhidrose
Afeções
musculosqueléticas
e dos tecidos
conjuntivos
Doenças renais e
urinárias
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Dorsalgia
Artralgia
Espasmos
musculares
Mialgia
Alterações
urinárias
Doenças dos
órgãos genitais e
da mama
Impotência
Perturbações
Síndrome de
gerais e alterações abstinência
Astenia
Dor torácica
40
Hipotensão
Ortostática
Broncoespasmo
Depressão
Respiratória
Ulceração da boca
Alteração da cor da
língua
Afeções
hepatobiliares
Afeções dos
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Síncope
Vertigens
Vasculopatias
Doenças
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Doenças
gastrointestinais
Convulsões
Perturbação da fala
Tremor
Conjuntivite
Miose
Acne
Alopecia
Dermatite
exfoliativa
Desidratação
cutânea
Nódulos cutâneos
Artrite
Albuminúria
Disúria
Hematúria
Nefrolitíase
Retenção urinária
Amenorreia
Perturbações
ejaculatórias
Menorragia
Metrorragia
Hipotermia
Hepatite
Hepatite Aguda
Icterícia
Hepatite
necrótica
Síndrome
hepatorrenal
Angioedema
Síndrome de
abstinência de
no local de
administração
Exames
complementares de
diagnóstico
Complicações de
intervenções
relacionadas com
lesões e
intoxicações
de fármacos
Calafrios
Febre
Mal-estar
Dor
Edema
periférico
Teste da
função
hepática
anormal
Perda de peso
Lesão
fármacos (ver
secção 4.6)
Aumento da
creatinina no sangue
Aumento de
transaminases
Golpe de calor
Descrição de reações adversas selecionadas
Nos casos de consumo intravenoso incorreto do medicamento, algumas experiências adversas são
atribuídas a mau uso, para além do medicamento ter apresentado reações locais, por vezes sépticas
(abcesso, celulite), hepatite aguda potencialmente grave e outras infeções agudas como pneumonia,
endocardite (ver secção 4.4).
Nos doentes que se apresentam com farmacodependência marcada, a administração inicial de
buprenorfina pode provocar uma síndrome de abstinência de fármacos semelhante à associada à
naloxona (ver secções 4.2 e 4.4).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma
vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema
nacional de comunicações indicado no Anexo V.
4.9
Sobredosagem
Sintomas
O sintoma principal que requer intervenção em caso de sobredosagem, é a depressão respiratória,
resultante da depressão do sistema nervoso central, que poderá dar origem a paragem respiratória e
morte. Os sinais de sobredosagem podem incluir igualmente sonolência, ambliopia, miose, hipotensão,
náuseas, vómitos e/ou perturbações da fala.
Tratamento
Devem ser instituídas medidas de cuidados gerais, incluindo uma monitorização rigorosa do estado
cardíaco e respiratório do doente. Deve ser promovido o tratamento sintomático da depressão
respiratória e a implementação de medidas de cuidados intensivos convencionais. Deve assegurar-se a
permeabilidade das vias respiratórias do doente ou a existência de ventilação assistida ou controlada.
O doente deve ser transferido para um local que disponha de equipamento completo de reanimação.
Se o doente vomitar, devem tomar-se medidas para evitar a aspiração do vómito.
Recomenda-se a utilização de um antagonista opiáceo (por exemplo, naloxona) apesar do efeito
modesto que este possa exercer na reversão dos sintomas respiratórios da buprenorfina
comparativamente aos seus efeitos sobre os agentes agonistas opiáceos totais.
41
Em caso de utilização de naloxona, a ação prolongada da buprenorfina deve ser tida em consideração
ao determinar o período de tratamento e de vigilância médica necessários para reverter os efeitos de
uma sobredosagem. A naloxona pode ser eliminada mais rapidamente do que a buprenorfina,
permitindo o reaparecimento dos sintomas de sobredosagem de buprenorfina previamente controlados,
pelo que poderá ser necessária uma perfusão contínua. Se a perfusão não for possível, poderá ser
necessário repetir a dose de naloxona. As doses iniciais de naloxona podem ir até aos 2 mg e ser
repetidas a cada 2-3 minutos até se obter uma resposta satisfatória, sem se exceder uma dose inicial de
10 mg. A taxa de perfusão intravenosa contínua deve ser titulada de acordo com a resposta do doente.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: outros medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central,
medicamentos para tratamento da dependência de drogas, código ATC: N07BC51.
Mecanismo de ação
A buprenorfina é um agonista/antagonista parcial opiáceo que se liga aos recetores  e  (kappa) do
cérebro. A sua atividade no tratamento de manutenção opiáceo é atribuída às suas propriedades
lentamente reversíveis com os recetores , que poderão minimizar, durante um período prolongado, a
necessidade de drogas em doentes toxicodependentes.
Os efeitos "ceiling" dos agonistas opiáceos foram observados durante os estudos de farmacologia
clínica em indivíduos dependentes de opiáceos.
A naloxona é um antagonista nos recetores -opiáceos. Quando administrada por via oral ou
sublingual nas doses habituais a doentes em abstinência dos opiáceos, a naloxona exerce um efeito
farmacológico reduzido ou nulo, visto ser quase completo o seu metabolismo de primeira passagem.
Todavia, quando administrada por via intravenosa a indivíduos com dependência de opiáceos, a
presença de naloxona no Suboxone induz efeitos antagonistas dos opiáceos marcados e abstinência
dos opiáceos, impedindo desta forma o consumo incorreto por via intravenosa.
Eficácia clínica
Os dados sobre a eficácia e segurança da buprenorfina/naloxona derivam principalmente de um ensaio
clínico com a duração de um ano, incluindo um estudo comparativo, aleatorizado, com dupla
ocultação, com a duração de 4 semanas, da buprenorfina/naloxona, buprenorfina e placebo seguido de
um estudo de segurança da buprenorfina/naloxona com a duração de 48 semanas. Neste ensaio,
procedeu-se à distribuição aleatória de 326 indivíduos heroínodependentes pelo tratamento com
buprenorfina/naloxona 16 mg por dia, 16 mg de buprenorfina por dia ou placebo. Nos indivíduos
distribuídos aleatoriamente por qualquer um dos tratamentos ativos, o tratamento começou com um
comprimido de 8 mg de buprenorfina no Dia 1, seguido de 16 mg (dois comprimidos de 8 mg) de
buprenorfina no Dia 2. No Dia 3, os indivíduos aleatorizados para o tratamento com
buprenorfina/naloxona passaram para a associação terapêutica em comprimidos. Os indivíduos eram
observados diariamente na clínica (segunda-feira a sexta-feira) para avaliação da posologia e da
eficácia. Os participantes recebiam as doses necessárias para o tratamento a realizar em casa durante o
fim-de-semana. A variável principal do estudo consistia em comparar individualmente a eficácia da
buprenorfina/naloxona em relação ao placebo. A percentagem de amostras de urina colhidas três vezes
por semana, que eram negativas relativamente aos opiáceos não incluídos no estudo, foi
estatisticamente mais elevada tanto no caso da buprenorfina/naloxona versus placebo (p < 0,0001)
como no que se refere à buprenorfina versus placebo (p < 0,0001).
Num estudo com dupla ocultação, com técnica de duplo placebo, de grupos paralelos, em que se
procedeu à comparação da solução etanólica de buprenorfina com um controlo ativo de um agonista
total, foram aleatorizados 162 indivíduos para receber a solução etanólica sublingual de buprenorfina
na dose de 8 mg/dia (uma dose aproximadamente comparável à dose de 12 mg/dia de
buprenorfina/naloxona), ou duas doses relativamente baixas do controlo ativo, uma das quais era
42
suficientemente baixa para servir como alternativa ao placebo, durante uma fase de indução de 3 a
10 dias, uma fase de manutenção de 16 semanas e uma fase de desintoxicação de 7 semanas.
A buprenorfina foi titulada até à dose de manutenção no Dia 3; as doses do controlo ativo foram
tituladas de forma mais gradual. Analisando a permanência no tratamento e a percentagem de
amostras de urina colhidas três vezes por semana que foram negativas relativamente aos opiáceos não
incluídos no estudo, concluiu-se que a buprenorfina demonstrou ser mais eficaz do que a dose baixa
do fármaco de controlo na manutenção em tratamento dos heroínodependentes e na redução da sua
utilização de opiáceos durante o tratamento. A eficácia da buprenorfina 8 mg dia foi semelhante à da
dose moderada de controlo ativo, não sendo, contudo, demonstrada equivalência.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Buprenorfina
Absorção
A buprenorfina, quando administrada por via oral, sofre um metabolismo de primeira passagem
verificando-se N-desalquilação e glucuroconjugação no intestino delgado e fígado. A utilização deste
medicamento por via oral é, consequentemente, inadequada.
O pico das concentrações plasmáticas é atingido 90 minutos após a administração sublingual.
Observou-se um aumento dos níveis plasmáticos da buprenorfina com a dose sublingual de
buprenorfina/naloxona. Tanto a Cmáx como a AUC da buprenorfina aumentaram com o aumento da
dose (no intervalo de 4-16 mg), conquanto o aumento fosse menos do que proporcional à dose.
Parâmetro farmacocinético
Suboxone 4 mg
Suboxone 8 mg
Suboxone 16 mg
Cmáx ng/ml
1,84 (39)
3,0 (51)
5,95 (38)
AUC0-48
hora ng/ml
12,52 (35)
20,22 (43)
34,89 (33)
Distribuição
A absorção da buprenorfina é seguida de uma fase de distribuição rápida (semivida de distribuição de
2 a 5 horas).
Metabolismo e eliminação:
A buprenorfina é metabolizada por 14-N-desalquilação e glucuroconjugação da molécula original e
do metabolito desalquilado. Os dados clínicos confirmam que o CYP3A4 é responsável pela
N-desalquilação da buprenorfina. A N-desalquilbuprenorfina é um agonista -opiáceo com fraca
atividade intrínseca.
A eliminação da buprenorfina é bi ou triexponencial e a semivida plasmática média é de 32 horas.
A buprenorfina é eliminada nas fezes por excreção biliar dos metabolitos glucuroconjugados (70%),
sendo a restante fração eliminada na urina.
Naloxona
Absorção e distribuição
Após a administração intravenosa, a naloxona é rapidamente distribuída (semivida de distribuição
~4 minutos). Após a administração oral, a naloxona é praticamente indetetável no plasma; após a
administração sublingual de buprenorfina/naloxona, as concentrações plasmáticas de naloxona são
baixas, diminuindo rapidamente.
Metabolismo
O medicamento é metabolizado no fígado, principalmente por conjugação do glucuronido, e excretado
na urina. A semivida plasmática média da naloxona é de 1,2 horas.
43
Populações especiais
Idosos
Não se dispõe de dados farmacocinéticos em doentes idosos.
Compromisso renal
A eliminação renal desempenha um papel relativamente pequeno (~30%) na depuração global da
buprenorfina/naloxona. Não é necessário alterar a dose com base na função renal, mas recomenda-se
precaução quando o fármaco é administrado em indivíduos com compromisso renal grave (ver secção
4.3).
Compromisso hepático
O efeito do compromisso hepático na farmacocinética de buprenorfina e naloxona foi avaliado num
estudo pós-comercialização.
A tabela 3 sumariza os resultados de um ensaio clínico em indivíduos saudáveis e em indivíduos com
compromisso hepático após a administração de uma dose única de Suboxone 2,0/0,5 mg
(buprenorfina/naloxona) comprimido sublingual.
Tabela 3. Efeito do compromisso hepático nos parâmetros farmacocinéticos de buprenorfina e
naloxona após a administração de SUBOXONE (alteração relativa a indivíduos
saudáveis)
Parâmetro
Farmacocinético
Cmáx
AUClast
Compromisso hepático
ligeiro
(Classe A de Child-Pugh)
(n=9)
Aumento de 1,2 vezes
Idêntico ao grupo de
controlo
Compromisso hepático
moderado
(Classe B de Child-Pugh)
(n=8)
Buprenorfina
Aumento de 1,1 vezes
Aumento de 1,6 vezes
Compromisso hepático
grave
(Classe C de Child-Pugh)
(n=8)
Aumento de 1,7 vezes
Aumento de 2,8 vezes
Naloxona
Cmáx
AUClast
Idêntico ao grupo de
controlo
Diminuição de 0,2 vezes
Aumento de 2,7 vezes
Aumento de 11,3 vezes
Aumento de 3,2 vezes
Aumento de 14,0 vezes
Globalmente, a exposição plasmática de buprenorfina aumentou aproximadamente 3 vezes em doentes
com compromisso da função hepática grave, enquanto a exposição plasmática de naloxona aumentou
14 vezes com a função hepática gravemente comprometida.
5.3
Dados de segurança pré -clínica
A associação de buprenorfina e naloxona foi investigada em estudos de toxicidade aguda e de
administração reiterada (até 90 dias em ratos) em animais. Não foi observada potenciação sinérgica da
toxicidade. Os efeitos indesejáveis foram baseados na atividade farmacológica conhecida de
substâncias agonistas e/ou antagonistas opiáceas.
A associação (4:1) de cloridrato de buprenorfina e de cloridrato de naloxona não demonstrou ser
mutagénica num ensaio de mutação bacteriana (teste de Ames) nem clastogénica num ensaio
citogenético in vitro em linfócitos humanos ou num teste do micronúcleo por via intravenosa, no rato.
Os estudos de reprodução com a administração oral de buprenorfina: (proporção de 1:1) indicaram que
ocorreu embrioletalidade no rato em presença de toxicidade materna em todas as doses. A dose mais
baixa estudada representou múltiplos de exposição de 1x para a buprenorfina e de 5x para a naloxona
44
numa dose máxima terapêutica humana calculada numa base de mg/m². Não se observou toxicidade
no desenvolvimento do coelho com doses tóxicas para a mãe. Além disso, não se observou
teratogenicidade nem no rato nem no coelho. Não foi realizado um estudo peri-pós-natal com a
buprenorfina/naloxona; contudo, a administração oral materna de buprenorfina em doses altas durante
a gestação e aleitamento esteve associada a dificuldades no parto (possivelmente devido ao efeito
sedativo da buprenorfina), elevada mortalidade neonatal e um ligeiro atraso no desenvolvimento de
algumas funções neurológicas (reflexo postural e reflexo de Moro) no rato recém-nascido.
No rato, a administração de buprenorfina na dieta em teores de dose iguais ou superiores a 500 ppm
induziu redução da fertilidade demonstrada numa redução das taxas de conceção nas fêmeas.
A administração na dieta de uma dose de 100 ppm (exposição estimada cerca de 2,4x para a
buprenorfina numa dose humana de 24 mg de buprenorfina/naloxona baseada na AUC, os níveis
plasmáticos de naloxona estiveram abaixo do limite de deteção no rato) não exerceu qualquer efeito
indesejável na fertilidade em fêmeas.
Foi realizado um estudo de carcinogenicidade em ratos com buprenorfina/naloxona em doses de
7, 30 e 120 mg/kg/dia, com múltiplos de 3 a 75 vezes da exposição estimada, baseada numa dose
sublingual diária humana de 16 mg, calculada numa base de mg/m². Observaram-se aumentos
estatisticamente significativos da incidência de adenomas benignos das células intersticiais testiculares
(de Leydig) em todos os grupos posológicos.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada
Manitol
Amido de milho
Povidona K 30
Ácido cítrico anidro
Citrato de sódio
Estearato de magnésio
Acessulfamo potássico
Limão natural e essência de lima
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
3 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 7 comprimidos.
Embalagens blister de Papel/Alumínio/Nylon/Alumínio/PVC de 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de eliminação
45
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
103 – 105 Bath Road
Slough
Berkshire
SL1 3UH
Reino Unido
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/005
EU/1/06/359/006
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 26 de setembro de 2006
Data da última renovação: 26 de setembro de 2011
11.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
46
ANEXO II
A.
FABRICANTE(S) RESPONSÁVEL(VEIS) PELA
LIBERTAÇÃO DO LOTE
B.
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO
FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
C.
OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
D.
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À
UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
47
A.
FABRICANTE(S) RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço dos fabricantes responsáveis pela libertação do lote
Reckitt Benckiser Healthcare (UK) Ltd
Dansom Lane
Hull, East Yorkshire
HU8 7DS
Reino Unido
B.
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
Medicamento de receita médica especial e restrita, de utilização reservada a certos meios
especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2).
C.
OUTRAS CONDIÇÕES E REQUISITOS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO

Relatórios Periódicos de Segurança
O titular da autorização de introdução no mercado deverá apresentar relatórios periódicos de
segurança atualizados para este medicamento de acordo com os requisitos estabelecidos na lista
Europeia de datas de referência (lista EURD), tal como previsto nos termos do n.º 7 do artigo 107.º-c
da Diretiva 2001/83 CE.Esta lista encontra-se publicada no portal europeu de medicamentos.
D.
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ
DO MEDICAMENTO

Plano de Gestão do Risco (PGR)
O Titular da AIM deve efetuar as atividades e as intervenções de farmacovigilância requeridas e
detalhadas no PGR apresentado no Módulo 1.8.2. da Autorização de Introdução no Mercado, e
quaisquer atualizações subsequentes do PGR acordadas.
Deve ser apresentado um PGR atualizado:

A pedido da Agência Europeia de Medicamentos

Sempre que o sistema de gestão do risco for modificado, especialmente como resultado da
receção de nova informação que possa levar a alterações significativas no perfil benefício-risco
ou como resultado de ter sido atingido um objetivo importante (farmacovigilância ou
minimização do risco).
Se a apresentação de um RPS coincidir com a atualização de um PGR, ambos podem ser apresentados
ao mesmo tempo.
48
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
49
A. ROTULAGEM
50
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 2 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 2 mg/0,5 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada comprimido sublingual contém 2 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 0,5 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Contém lactose mono-hidratada.
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
7 comprimidos sublinguais
28 comprimidos sublinguais
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Via sublingual.
Não engolir.
Manter o comprimido sob a língua até dissolução.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
51
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough, Berkshire SL1 3UH
Reino Unido
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/001
EU/1/06/359/002
13.
7 comprimidos sublinguais de 2 mg
28 comprimidos sublinguais de 2 mg
NÚMERO DO LOTE
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Suboxone 2 mg/0,5 mg comprimidos sublinguais
52
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS
CONTENTORAS
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 2 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 2 mg/0,5 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote
5.
OUTRAS
53
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 8 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 8 mg/2 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada comprimido sublingual contém 8 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 2 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Contém lactose mono-hidratada.
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
7 comprimidos sublinguais
28 comprimidos sublinguais
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Via sublingual.
Não engolir.
Manter o comprimido sob a língua até dissolução.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
54
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough, Berkshire SL1 3UH
Reino Unido
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/003
EU/1/06/359/004
13.
7 comprimidos sublinguais de 8 mg
28 comprimidos sublinguais de 8 mg
NÚMERO DO LOTE
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Suboxone 8 mg/2 mg comprimidos sublinguais
55
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS
CONTENTORAS
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 8 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 8 mg/2 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote
5.
OUTRAS
56
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 16 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 16 mg/4 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada comprimido sublingual contém 16 mg de buprenorfina (sob a forma de cloridrato) e 4 mg de
naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Contém lactose mono-hidratada.
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
7 comprimidos sublinguais
28 comprimidos sublinguais
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Via sublingual.
Não engolir.
Manter o comprimido sob a língua até dissolução.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DA VISTA E DO ALCANCE DAS CRIANÇAS
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
57
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough, Berkshire SL1 3UH
Reino Unido
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/06/359/005
EU/1/06/359/006
13.
7 comprimidos sublinguais de 16 mg
28 comprimidos sublinguais de 16 mg
NÚMERO DO LOTE
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Suboxone 16 mg/4 mg comprimidos sublinguais
58
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS BLISTER OU FITAS
CONTENTORAS
EMBALAGEM DE 7 e 28 COMPRIMIDOS DE 16 mg
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Suboxone 16 mg/4 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Indivior UK Limited
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote
5.
OUTRAS
59
B. FOLHETO INFORMATIVO
60
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Suboxone 2 mg/0,5 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
 Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
 Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
 Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
 Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
2.
O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
3.
Como tomar Suboxone
4.
Efeitos secundários possíveis
5
Como conservar Suboxone
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
Suboxone é utilizado para tratar a dependência de opiáceos (narcóticos) como a heroína ou morfina
em toxicodependentes que aceitaram receber tratamento para a sua dependência. Suboxone é utilizado
em adultos e adolescentes a partir dos 15 anos de idade que se encontram a receber
concomitantemente tratamento médico, social e psicológico.
2.
O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
Não tome Suboxone

se tem alergia (hipersensibilidade) à buprenorfina, naloxona ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6)

se tem problemas respiratórios graves

se tem problemas de fígado graves

se está intoxicado devido a álcool ou se tem tremores, sudorese, ansiedade, confusão mental ou
alucinações causadas pelo álcool

se está a tomar medicamentos que contêm naltrexona ou nalmefeno para o tratamento da
dependência de álcool ou de opiódes.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Suboxone, se tiver:

asma ou outros problemas respiratórios

qualquer doença do fígado, como hepatite

tensão arterial baixa

sofrido recentemente uma lesão cerebral ou uma doença cerebral

alterações urinárias (especialmente associadas ao aumento do volume da próstata nos homens)

alguma doença renal

problemas de tiroide

doença adrenocortical (por exemplo, doença de Addison)
61
Aspetos importantes a ter em consideração:

Monitorização adicional
Poderá ser cuidadosamente monitorizado pelo seu médico se tiver idade inferior a 18 anos ou
superior a 65 anos. Este medicamento não deve ser tomado por menores de 15 anos.

Utilização indevida e uso abusivo
Este medicamento pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos
sujeitos a prescrição médica, devendo ser mantido num local seguro para evitar a sua
apropriação por furto. Não dê este medicamento a outra pessoa. Pode causar-lhe a morte ou
prejudicá-la de outra forma.

Problemas respiratórios
Algumas pessoas morreram devido a insuficiência respiratória (incapacidade de respirar) por
terem utilizado indevidamente este medicamento ou por o terem tomado juntamente com outros
depressores do Sistema Nervoso Central, como o álcool, benzodiazepinas (tranquilizantes) ou
outros opiáceos.
Este medicamento poderá causar depressão respiratória grave, possivelmente fatal (capacidade
reduzida para respirar) em crianças e pessoas não-dependentes que tomaram acidentalmente ou
deliberadamente este medicamento.

Dependência
Este medicamento pode causar dependência.

Sintomas de abstinência
Este medicamento pode causar sintomas de abstinência se o tomar menos de seis horas após ter
utilizado um opiáceo de ação rápida (por exemplo, morfina, heroína) ou menos de 24 horas após
ter utilizado um opiáceo de longa duração, como a metadona.
Suboxone pode também causar sintomas de abstinência se a sua administração for abruptamente
interrompida.

Lesões no fígado
Têm sido notificados casos de lesão hepática depois da administração de Suboxone, especialmente
num contexto de uso incorreto. Isto também pode ser causado por infeções virais (hepatite C
crónica), abuso de álcool, anorexia ou pela utilização de outros medicamentos com a capacidade
de causarem danos no fígado (ver secção 4). Poderão ser realizadas análises sanguíneas
regulares pelo seu médico para monitorizar a condição do seu fígado. Informe o seu médico
se tiver quaisquer problemas hepáticos antes de iniciar o tratamento com Suboxone.

Pressão arterial
Este medicamento pode provocar uma redução súbita da pressão arterial, levando-o a sentir
tonturas caso se levante com demasiada rapidez partindo da posição de sentado ou deitado.

Diagnóstico de condições médicas não relacionadas
Este medicamento pode mascarar os sintomas de dor que poderão ajudar no diagnóstico de
algumas doenças. Não se esqueça de informar o seu médico de que está a tomar este
medicamento.
Outros medicamentos e Suboxone
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros
medicamentos.
62
Alguns medicamentos podem aumentar os efeitos secundários de Suboxone e podem, ocasionalmente,
causar reações muito graves. Não tome outros medicamentos em conjunto com Suboxone sem
primeiro falar com o seu médico, especialmente:

Benzodiazepinas (utilizadas no tratamento da ansiedade ou das perturbações do sono) como
diazepam, temazepam, alprazolam. O seu médico irá prescrever a dose correta para si. Tomar
uma dose incorreta de benzodiazepinas pode provocar a morte devido a insuficiência
respiratória (incapacidade de respirar).

Outros medicamentos que possam causar sonolência utilizados para tratar condições como a
ansiedade, insónias, convulsões, dor. Este tipo de medicamentos irá reduzir os seus níveis de
alerta dificultando a condução e utilização de máquinas. Podem também causar depressão do
sistema nervoso central, o que é muito grave. Eis uma lista de exemplos deste tipo de
medicamentos:
-
outros opiáceos que contenham fármacos como metadona, alguns analgésicos e antitússicos
antidepressivos (utilizados para tratar a depressão), como isocarboxazidafenelzina, selegilina,
tranilcipromina e valproato, podem potenciar os efeitos deste medicamento.
antagonistas dos recetores Hı sedativos (utilizados para tratar reações alérgicas) como a
difenidramina e clorofenamina.
barbitúricos (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o fenobarbital, secobarbital.
tranquilizantes (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o hidrato de cloral.

a clonidina (utilizada para tratar a pressão arterial elevada) pode prolongar os efeitos deste
medicamento.

antirretrovirais (utilizados para tratar o VIH), como ritonavir, nelfinavir, indinavir podem
potenciar os efeitos deste medicamento.

alguns agentes antifúngicos (utilizados para tratar infeções fúngicas), como o cetoconazol,
itraconazol, certos antibióticos podem prolongar os efeitos deste medicamento.

alguns medicamentos podem diminuir os efeitos de Suboxone. Estes incluem medicamentos
utilizados para tratar a epilepsia (como a carbamazepina e a fenitoína) e medicamentos
utilizados para tratar a tuberculose (rifampicina).

naltrexona e nalmefeno (medicamentos utilizados para tratar doenças aditivas) podem inibir os
efeitos terapêuticos de Suboxone. Não devem ser tomados ao mesmo tempo que Suboxone
porque pode notar o aparecimento repentino de sintomas de abstinência prolongados e intensos.
Suboxone com alimentos, bebidas e álcool
O álcool pode causar sonolência e aumentar o risco de insuficiência respiratória se ingerido
concomitantemente com Suboxone. Não tome Suboxone em conjunto com bebidas alcoólicas. Não
engula nem ingira quaisquer alimentos ou bebidas enquanto o comprido não estiver completamente
dissolvido.
Gravidez e amamentação
Desconhecem-se os riscos da utilização de Suboxone em mulheres grávidas. Se está grávida ou a
amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes
de tomar este medicamento. Ele irá decidir se o seu tratamento deve continuar com um medicamento
alternativo.
Quando administrados durante a gravidez, especialmente na gravidez tardia, medicamentos como o
Suboxone podem causar sintomas de abstinência de fármacos, incluindo problemas respiratórios no
seu bebé recém-nascido. Estes podem manifestar-se vários dias após o nascimento.
Não amamente enquanto toma este medicamento, uma vez que Suboxone passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
63
Suboxone pode causar sonolência. Isto poderá acontecer com mais frequência nas primeiras semanas
do tratamento quando a sua posologia estiver a ser alterada, mas poderá acontecer também se beber
álcool ou tomar outros fármacos sedativos durante a utilização de Suboxone. Não conduza veículos,
não utilize quaisquer ferramentas ou máquinas nem efetue atividades perigosas até saber de que forma
este medicamento o afeta.
Suboxone contém lactose
Suboxone contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares,
contacte-o antes de tomar este medicamento.
3.
Como tomar Suboxone
O seu tratamento é prescrito e monitorizado por médicos experientes no tratamento de toxicodependência.
O seu médico irá determinar qual a dose ideal para o seu caso. Durante o tratamento, o médico poderá
ajustar a dose dependendo da sua resposta.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Iniciar o tratamento
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é de um a
dois comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg no dia 1, dependendo das suas necessidades.
Antes de tomar a primeira dose de Suboxone, devem ser evidentes sinais claros de abstinência. Uma
avaliação efetuada pelo seu médico relativamente à sua prontidão para receber o tratamento irá
determinar o momento em que irá receber a dose inicial de Suboxone.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de heroína
Se tiver dependência de heroína ou de um opiáceo de ação rápida, a sua dose inicial de
Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas nunca menos de
6 horas após ter utilizado um opiáceo.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de metadona
Se se encontrar a tomar metadona ou um opiáceo de ação prolongada, a dose de metadona deve
idealmente ser reduzida para menos de 30 mg/dia antes de iniciar a terapêutica de Suboxone.
A dose inicial de Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas
nunca menos de 24 horas após ter utilizado metadona.
Tomar Suboxone

Tome a dose uma vez por dia colocando os comprimidos debaixo da língua.

Mantenha os comprimidos sob a língua até se dissolverem completamente. Isto poderá
demorar entre 5 a 10 minutos.

Não mastigue nem engula os comprimidos, uma vez que o medicamento não irá funcionar e
poderá sofrer sintomas de abstinência.
Não consuma alimentos ou bebidas enquanto os comprimidos não se dissolverem completamente.
64
Como retirar o comprimido do blister:
1 – Não pressione o comprimido através do selo.
1
2
3
2 - Retire apenas uma secção da embalagem blister, rasgando pela linha
perfurada.
3 – Puxe o selo na parte posterior, começando pela extremidade com a ponta
levantada, e retire o comprimido.
Se o blister estiver danificado, não utilize o comprimido.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção:
Nos dias seguintes ao tratamento inicial, o seu médico poderá aumentar a dose de Suboxone que toma,
dependendo das suas necessidades. Consulte o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que
o efeito de Suboxone é demasiado forte ou demasiado fraco. A dose máxima diária é de 24 mg.Após
um período de tratamento eficaz, o médico poderá reduzir gradualmente a dose até uma dose de
manutenção mais baixa.
Interrupção do tratamento
Dependendo da sua situação, a dose de Suboxone pode continuar a ser reduzida, sob cuidadosa
vigilância médica, até eventualmente acabar por se interromper o tratamento.
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento.
Se tomar mais Suboxone do que deveria
Se você ou outra pessoa tomar uma dose demasiado elevada deste medicamento, deve dirigir-se ou
ser levado imediatamente para um serviço de emergência ou hospital para tratamento de uma
sobredosagem com Suboxone, uma vez que este medicamento pode provocar problemas respiratórios
graves e fatais.
Os sintomas de sobredosagem podem incluir sonolência e falta de coordenação com reflexos mais lentos,
visão turva e/ou fala incompreensível. Poderá sentir que não consegue pensar claramente e que está a
respirar muito mais lentamente do que o habitual.
65
Caso se tenha esquecido de tomar Suboxone
Informe imediatamente o seu médico caso se esqueça de tomar uma dose.
Se parar de tomar Suboxone
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento. A suspensão súbita do tratamento pode causar sintomas de
abstinência.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Informe imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

tumefação (inchaço) da face, lábios, língua ou garganta que possa causar dificuldade de
deglutição ou a respirar, urticária/ erupção na pele grave. Estes podem ser sinais de uma reação
alérgica potencialmente fatal.

sentir-se sonolento e com falta de coordenação de movimentos, visão turva, discurso
incompreensível, não conseguir pensar bem ou claramente, ou caso a sua respiração se torne
muito mais lenta do que é normal para si.
Informe também imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

fadiga intensa, prurido acompanhado de amarelecimento da pele ou dos olhos. Estes podem ser
sintomas de danos no fígado.

ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações).
Efeitos secundários de Suboxone
Efeitos secundários muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas):
Insónia (incapacidade de dormir), obstipação, náuseas, sudorese excessiva, cefaleias,
síndrome de abstinência de fármacos
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas):
Perda de peso, tumefação (das mãos e dos pés), sonolência, ansiedade, nervosismo,
formigueiro, depressão, diminuição do desejo sexual, aumento da tensão muscular,
pensamento anormal, aumento de lacrimação (olhos lacrimejantes) ou outro distúrbio
lacrimal, visão turva, afrontamento, tensão arterial, aumentada, enxaquecas, nariz com
corrimento, faringite, deglutição dolorosa, aumento da tosse, indisposição gástrica ou outro
desconforto no estômago, diarreia, funcionamento hepático anormal, flatulência, vómitos,
erupção cutânea, prurido, urticária, dor, dor articular, dor muscular, cãibras na perna
(espasmo muscular), dificuldade em obter ou manter uma ereção, anormalidade na urina,
dor abdominal, dorsalgia, fraqueza, infeção, calafrios, dor torácica, febre, sintomas
semelhantes a uma gripe, sensação de desconforto geral, lesão traumática acidental causada
por falta de atenção ou coordenação, desmaio e tonturas.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas):
Gânglios tumefatos (gânglios linfáticos), agitação, tremores, sonhos anormais, atividade
muscular excessiva, despersonalização (não se sentir como se fosse si próprio),
dependência medicamentosa, amnésia (perturbação da memória), perda de interesse,
sensação exagerada de bem-estar, convulsões (ataques), deficiência da fala, redução do
tamanho das pupilas, dificuldade a urinar, inflamação ou infeção dos olhos, batimentos
66
cardíacos lentos ou acelerados, tensão arterial baixa, palpitações, enfarte do miocárdio
(ataque do coração), aperto torácico, dispneia, asma, bocejo, dor e lesões na língua,
descoloração da língua, acne, nódulo cutâneo, perda de cabelo, pele seca ou a descamar,
inflamação articular, infeção do trato urinário, análises sanguíneas anormais, sangue
presente na urina, ejaculação anormal, problemas menstruais ou vaginais, pedras no rim,
proteína na urina, dor ou dificuldade ao urinar, sensibilidade ao calor ou ao frio, golpe de
calor, perda de apetite e sentimentos de hostilidade.
Desconhecido (não é possível fazer uma estimativa a partir dos dados disponíveis):
Súbita manifestação de síndrome de abstinência causado por tomar Suboxone pouco tempo
depois de iniciar a utilização de opiáceos ilícitos, síndrome de abstinência de fármacos em
recém-nascido. Respiração lenta ou com dificuldade, lesão no fígado com ou sem icterícia,
alucinações, inchaço da face e da garganta ou reações alérgicas associadas a risco de vida,
queda na pressão arterial na mudança da posição sentada ou deitada para de pé. A utilização
indevida deste fármaco por via intravenosa pode causar sintomas de abstinência, infeções,
outras reações cutâneas e problemas hepáticos potencialmente graves (ver "Advertências e
precauções").
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver qualquer um dos efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de comunicações indicado no Anexo V. Ao comunicar efeitos
secundários, está a ajudar a reunir mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
Como conservar Suboxone
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças e de outros membros do agregado
familiar.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Este medicamento não precisa de quaisquer precauções especiais de conservação. No entanto,
Suboxone pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos sujeitos a
prescrição médica. Conservar este medicamento num local seguro para o proteger contra roubo.
Guardar o blister em segurança.
Nunca abrir o blister antecipadamente.
Não tomar este medicamento na presença de crianças.
Contactar imediatamente uma unidade de emergência em caso de ingestão acidental ou de suspeita de
ingestão.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger
o ambiente.
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Suboxone
67
-
As substâncias ativas são a buprenorfina e a naloxona.
Cada comprimido sublingual de Suboxone 2 mg/0,5 mg contém 2 mg de buprenorfina (sob a
forma de cloridrato) e 0,5 mg de naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Os outros componentes são a lactose mono-hidratada, manitol, amido de milho, povidona K30,
ácido cítrico anidro, citrato de sódio, estearato de magnésio, acessulfamo potássico e limão
natural e essência de lima.
Qual o aspeto de Suboxone e conteúdo da embalagem
Os comprimidos sublinguais de Suboxone 2 mg/0,5 mg são comprimidos brancos hexagonais,
biconvexos, com 6,5 mm e com a impressão “N2” numa face.
Em embalagens de 7 e 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough
Berkshire SL1 3UH
Reino Unido
Tel. + 800 270 81 901
Fabricante:
Reckitt Benckiser Healthcare (UK) Ltd,
Dansom Lane,
Hull,
East Yorkshire HU8 7DS,
Reino Unido.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien, България, Česká republika, Danmark, Deutschland, Eesti, Ελλάδα, España,
Hrvatska, Ireland, Ísland, Italia, Κύπρος, Latvija, Lietuva, Luxembourg/Luxemburg, Magyarország,
Malta, Nederland, Norge, Österreich, Polska, Portugal, România, Slovenija, Slovenská republika,
Suomi/Finland, Sverige, United Kingdom.
Indivior UK Limited
Telefone +800 270 81 901
Email: [email protected]
France
Indivior UK Limited
Telefone 0800 909 972
Email: [email protected]
Este folheto foi revisto pela última vez em
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
68
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Suboxone 8 mg/2 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois contém
informação importante para si.

Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.

Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
2.
O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
3.
Como tomar Suboxone
4.
Efeitos secundários possíveis
5
Como conservar Suboxone
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
Suboxone é utilizado para tratar a dependência de opiáceos (narcóticos) como a heroína ou morfina
em toxicodependentes que aceitaram receber tratamento para a sua dependência. Suboxone é utilizado
em adultos e adolescentes a partir dos 15 anos de idade que se encontram a receber
concomitantemente tratamento médico, social e psicológico.
2.
O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
Não tome Suboxone

se tem alergia (hipersensibilidade) à buprenorfina, naloxona ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6)

se tem problemas respiratórios graves

se tem problemas de fígado graves

se está intoxicado devido a álcool ou se tem tremores, sudorese, ansiedade, confusão mental ou
alucinações causadas pelo álcool

se está a tomar medicamentos que contêm naltrexona ou nalmefeno para o tratamento da
dependência de álcool ou de opiódes.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Suboxone se tiver:

asma ou outros problemas respiratórios

qualquer doença do fígado, como hepatite

tensão arterial baixa

sofrido recentemente uma lesão cerebral ou doença cerebral

alterações urinárias (especialmente associadas a aumento do volume da próstata nos homens)

alguma doença renal.

problemas de tiroide

doença adrenocortical (por exemplo, doença de Addison)
69
Aspetos importantes a ter em consideração:

Monitorização adicional
Poderá ser cuidadosamente monitorizado pelo seu médico se tiver idade inferior a 18 anos ou
superior a 65 anos. Este medicamento não deve ser tomado por menores de 15 anos.

Utilização indevida e uso abusivo
Este medicamento pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos
sujeitos a prescrição médica, devendo ser mantido num local seguro para evitar a sua
apropriação por furto. Não dê este medicamento a outra pessoa. Pode causar-lhe a morte ou
prejudicá-la de outra forma.

Problemas respiratórios
Algumas pessoas morreram devido a insuficiência respiratória (incapacidade de respirar) por
terem utilizado indevidamente este medicamento ou por o terem tomado juntamente com outros
depressores do Sistema Nervoso Central, como o álcool, benzodiazepinas (tranquilizantes) ou
outros opiáceos.
Este medicamento poderá causar depressão respiratória grave, possivelmente fatal (capacidade
reduzida para respirar) em crianças e pessoas não-dependentes que tomaram acidentalmente ou
deliberadamente este medicamento.

Dependência
Este medicamento pode causar dependência.

Sintomas de abstinência
Este medicamento pode causar sintomas de abstinência se o tomar menos de seis horas após ter
utilizado um opiáceo de ação rápida (por exemplo, morfina, heroína) ou menos de 24 horas após
ter utilizado um opiáceo de longa duração, como a metadona.
Suboxone pode também causar sintomas de abstinência se a sua administração for
abruptamente interrompida.

Lesões no fígado
Têm sido notificados casos de lesão hepática depois da administração de Suboxone,
especialmente num contexto de uso incorreto. Isto também pode ser causado por infeções virais
(hepatite C crónica), uso abusivo de álcool, anorexia ou pela utilização de outros medicamentos
com a capacidade de causarem danos no fígado (ver secção 4). Poderão ser realizadas análises
sanguíneas regulares pelo seu médico para monitorizar a condição do seu fígado. Informe
o seu médico se tiver quaisquer problemas hepáticos antes de iniciar o tratamento com
Suboxone.

Pressão arterial
Este medicamento pode provocar uma redução súbita da pressão arterial, levando-o a sentir
tonturas caso se levante com demasiada rapidez partindo da posição de sentado ou deitado.

Diagnóstico de condições médicas não relacionadas
Este medicamento pode mascarar os sintomas de dor que poderão ajudar no diagnóstico de
algumas doenças. Não se esqueça de informar o seu médico de que está a tomar este
medicamento.
Outros medicamentos e Suboxone
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a
tomar outros medicamentos.
70
Alguns medicamentos podem aumentar os efeitos secundários de Suboxone e podem, ocasionalmente,
causar reações muito graves. Não tome outros medicamentos em conjunto com Suboxone sem
primeiro falar com o seu médico, especialmente:

Benzodiazepinas (utilizadas para tratar a ansiedade ou perturbações do sono), como diazepam,
temazepam, alprazolam). O seu médico irá prescrever a dose correta para si. Tomar uma dose
incorreta de benzodiazepinas pode provocar a morte devido a insuficiência respiratória
(incapacidade de respirar).

Outros medicamentos que possam causar sonolência utilizados para tratar condições como a
ansiedade, insónias, convulsões, dor. Este tipo de medicamentos irá reduzir os seus níveis de
alerta dificultando a condução e utilização de máquinas. Podem também causar depressão do
sistema nervoso central, o que é muito grave. Eis uma lista de exemplos deste tipo de
medicamentos:
-
outros opiáceos que contenham fármacos como metadona, alguns analgésicos e antitússicos
antidepressivos (utilizados para tratar a depressão) como isocarboxazida fenelzina, selegilina,
tranilcipromina e valproato podem potenciar os efeitos deste medicamento.
antagonistas dos recetores Hı sedativos (utilizados para tratar reações alérgicas) como a
difenidramina e clorofenamina.
barbitúricos (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o fenobarbital, secobarbital
tranquilizantes (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o hidrato de cloral.





a clonidina (utilizada para tratar a pressão arterial elevada) pode prolongar os efeitos
deste medicamento.
antirretrovirais (utilizados para tratar a VIH), como ritonavir, nelfinavir, indinavir podem
potenciar os efeitos deste medicamento.
alguns agentes antifúngicos (utilizados para tratar infeções fúngicas), como o cetoconazol,
itraconazol, certos antibióticos podem prolongar os efeitos deste medicamento.
alguns medicamentos podem diminuir os efeitos de Suboxone. Estes incluem medicamentos
utilizados para tratar a epilepsia (como a carbamazepina e a fenitoína) e medicamentos
utilizados para tratar a tuberculose (rifampicina).
naltrexona e nalmefeno (medicamentos utilizados para tratar doenças aditivas) podem inibir os
efeitos terapêuticos de Suboxone. Não devem ser tomados ao mesmo tempo que Suboxone
porque pode notar o aparecimento repentino de sintomas de abstinência prolongados e intensos.
Suboxone com alimentos, bebidas e álcool
O álcool pode aumentar a sonolência e o risco de insuficiência respiratória se ingerido
concomitantemente com Suboxone. Não tome Suboxone em conjunto com bebidas alcoólicas. Não
engula nem ingira quaisquer alimentos ou bebidas enquanto o comprimido não estiver completamente
dissolvido.
Gravidez e amamentação
Desconhecem-se os riscos da utilização de Suboxone em mulheres grávidas. Se está grávida ou a
amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes
de tomar este medicamento.Ele irá decidir se o seu tratamento deve continuar com um medicamento
alternativo.
Quando administrados durante a gravidez, especialmente no final da gravidez, medicamentos como
Suboxone podem causar sintomas de abstinência de fármacos, incluindo problemas respiratórios no
seu bebé recém-nascido.
Não amamente enquanto toma este medicamento, uma vez que Suboxone passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
71
Suboxone pode causar sonolência. Isto poderá acontecer com mais frequência nas primeiras semanas
do tratamento quando a sua posologia estiver a ser alterada, mas poderá acontecer também se beber
álcool ou tomar outros fármacos sedativos durante a utilização de Suboxone. Não conduza veículos,
não utilize quaisquer ferramentas ou máquinas nem efetue atividades perigosas até saber de que forma
este medicamento o afeta.
Suboxone contém lactose
Suboxone contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares,
contacte-o antes de tomar este medicamento.
3.
Como tomar Suboxone
O seu tratamento é prescrito e monitorizado por médicos experientes no tratamento de toxicodependência.
O seu médico irá determinar qual a dose ideal para o seu caso. Durante o tratamento, o médico poderá
ajustar a dose dependendo da sua resposta.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Iniciar o tratamento
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é de um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg no dia 1, dependendo das suas necessidades.
Antes de tomar a primeira dose de Suboxone, devem ser evidentes sinais claros de abstinência. Uma
avaliação efetuada pelo seu médico relativamente à sua prontidão para receber o tratamento irá
determinar o momento em que irá receber a dose inicial de Suboxone.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de heroína
Se tiver dependência de heroína ou de um opiáceo de ação rápida, a sua dose inicial de
Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas nunca menos de
6 horas após ter utilizado um opiáceo.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de metadona
Se se encontrar a tomar metadona ou um opiáceo de ação prolongada, a dose de metadona deve
idealmente ser reduzida para menos de 30 mg/dia antes de iniciar a terapêutica de Suboxone. A
dose inicial de Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas nunca
menos de 24 horas após ter utilizado metadona.
Tomar Suboxone

Tome a dose uma vez por dia colocando os comprimidos debaixo da língua.

Mantenha os comprimidos sob a língua até que estes se dissolvam completamente. Isto poderá
demorar entre 5 a 10 minutos.

Não mastigue nem engula os comprimidos, uma vez que o medicamento não irá funcionar e
poderá sofrer sintomas de abstinência.

Não consuma alimentos ou bebidas enquanto os comprimidos não se dissolverem
completamente.
72
Como retirar o comprimido do blister:
1 – Não pressione o comprimido através do selo.
1
2
2 - Retire apenas uma secção da embalagem blister, rasgando pela linha
perfurada.
3
3 – Puxe o selo na parte posterior, começando pela extremidade com a ponta
levantada, e retire o comprimido.
Se o blister estiver danificado, não utilize o comprimido.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção:
Nos dias seguintes ao tratamento inicial, o seu médico poderá aumentar a dose de Suboxone que toma,
dependendo das suas necessidades. Consulte o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que
o efeito de Suboxone é demasiado forte ou demasiado fraco. A dose máxima diária é de 24 mg.
Após um período de tratamento eficaz, o médico poderá reduzir gradualmente a dose até uma dose de
manutenção mais baixa.
Interrupção do tratamento
Dependendo da sua situação, a dose de Suboxone pode continuar a ser reduzida, sob cuidadosa
vigilância médica, até eventualmente acabar por se interromper o tratamento.
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento.
Se tomar mais Suboxone do que deveria
Se você ou outra pessoa tomar uma dose demasiado elevada deste medicamento, deve dirigir-se ou ser
levado imediatamente para um serviço de emergência ou hospital para tratamento de uma
sobredosagem com Suboxone, uma vez que este medicamento pode provocar problemas respiratórios
graves e fatais.
Os sintomas de sobredosagem podem incluir sonolência e falta de coordenação com reflexos mais
lentos, visão turva e/ou fala incompreensível. Pode sentir que não consegue pensar claramente e que
está a respirar muito mais lentamente do que o habitual.
73
Caso se tenha esquecido de tomar Suboxone
Informe imediatamente o seu médico caso se esqueça de tomar uma dose.
Se parar de tomar Suboxone
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento. A suspensão súbita do tratamento pode causar sintomas
de abstinência.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, Suboxone pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Informe imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

tumefação (inchaço) da face, lábios, língua ou garganta que possa causar dificuldade de
deglutição ou a respirar, urticária/erupção na pele grave. Estes sintomas podem ser sinais de
uma reação alérgica potencialmente fatal.

sentir-se sonolento e com falta de coordenação dos movimentos, visão turva, ter discurso
incompreensível, não conseguir faltar bem ou claramente, ou caso a sua respiração se torne
muito mais lenta do que é normal para si.
Informe também imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

fadiga intensa, prurido acompanhado de amarelecimento da pele ou dos olhos. Estes podem ser
sintomas de danos no fígado.

ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações)
Efeitos secundários de Suboxone
Efeitos secundários muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas):
Insónia (incapacidade de dormir), obstipação, náuseas, sudorese excessiva, cefaleias,
síndrome de abstinência de fármacos
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas):
Perda de peso, tumefação (das mãos e dos pés), sonolência, ansiedade, nervosismo,
formigueiro, depressão, diminuição do desejo sexual, aumento da tensão muscular,
pensamento anormal, aumento de lacrimação (olhos lacrimejantes) ou outro distúrbio
lacrimal, visão turva, afrontamento, tensão arterial, aumentada, enxaquecas, nariz com
corrimento, faringite, deglutição dolorosa, aumento da tosse, indisposição gástrica ou outro
desconforto no estômago, diarreia, funcionamento hepático anormal, flatulência, vómitos,
erupção cutânea, prurido, urticária, dor, dor articular, dor muscular, cãibras na perna
(espasmo muscular), dificuldade em obter ou manter uma ereção, anormalidade na urina,
dor abdominal, dorsalgia, fraqueza, infeção, calafrios, dor torácica, febre, sintomas
semelhantes a uma gripe, sensação de desconforto geral, lesão traumática acidental causada
por falta de atenção ou coordenação, desmaio e tonturas.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 a cada 100 pessoas):
Gânglios tumefatos (gânglios linfáticos), agitação, tremores, sonhos anormais, atividade
muscular excessiva, despersonalização (não se sentir como se fosse si próprio), dependência
medicamentosa, amnésia (perturbação da memória), perda de interesse, sensação exagerada
de bem-estar, convulsões (ataques), deficiência da fala, redução do tamanho das pupilas,
74
dificuldade a urinar, inflamação ou infeção dos olhos, batimentos cardíacos lentos ou
acelerados, tensão arterial baixa, palpitações, enfarte do miocárdio (ataque do coração),
aperto torácico, dispneia, asma, bocejo, dor e lesões na língua, descoloração da língua, acne,
nódulo cutâneo, perda de cabelo, pele seca ou a descamar, inflamação articular, infeção do
trato urinário, análises sanguíneas anormais, sangue presente na urina, ejaculação anormal,
problemas menstruais ou vaginais, pedras no rim, proteína na urina, dor ou dificuldade ao
urinar, sensibilidade ao calor ou ao frio, golpe de calor, perda de apetite e sentimentos de
hostilidade.
Desconhecido (não é possível fazer uma estimativa a partir dos dados disponíveis):
Súbita manifestação de síndrome de abstinência causado por tomar Suboxone pouco tempo
depois de iniciar a utilização de opiáceos ilícitos, síndrome de abstinência de fármacos em
recém-nascido. Respiração lenta ou com dificuldade, lesão no fígado com ou sem icterícia,
alucinações, inchaço da face e da garganta ou reações alérgicas associadas a risco de vida,
queda na pressão arterial na mudança da posição sentada ou deitada para de pé.
A utilização indevida deste fármaco por via intravenosa pode causar sintomas de
abstinência, infeções, outras reações cutâneas e problemas hepáticos potencialmente graves
(ver "Advertências e precauções").
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver qualquer um dos efeitos secundários, fale com o seu médico.
Se tiver qualquer um dos efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de comunicações indicado no Anexo V. Ao comunicar efeitos
secundários, está a ajudar a reunir mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
Como conservar Suboxone
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças e de outros membros do agregado
familiar.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação. No entanto,
Suboxone pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos sujeitos a
prescrição médica. Conservar este medicamento num local seguro para o proteger contra roubo.
Guardar o blister em segurança.
Nunca abrir o blister antecipadamente.
Não tomar este medicamento na presença de crianças.
Contactar imediatamente uma unidade de emergência em caso de ingestão acidental ou de suspeita de
ingestão.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger
o ambiente.
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Suboxone
75
-
As substâncias ativas são a buprenorfina e a naloxona.
Cada comprimido sublingual de Suboxone 8 mg/2 mg contém 8 mg de buprenorfina (sob a
forma de cloridrato) e 2 mg de naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Os outros componentes são a lactose mono-hidratada, manitol, amido de milho, povidona K30,
ácido cítrico anidro, citrato de sódio, estearato de magnésio, acessulfamo potássico e limão
natural e essência de lima.
Qual o aspeto de Suboxone e conteúdo da embalagem
Os comprimidos sublinguais de Suboxone 8 mg/2 mg são comprimidos brancos hexagonais,
biconvexos, com 11 mm e com a impressão “N8” numa face.
Em embalagens de 7 e 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough
Berkshire SL1 3UH
Reino Unido
Tel. + 800 270 81 901
Fabricante:
Reckitt Benckiser Healthcare (UK) Ltd,
Dansom Lane,
Hull,
East Yorkshire HU8 7DS,
Reino Unido.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien, България, Česká republika, Danmark, Deutschland, Eesti, Ελλάδα, España,
Hrvatska, Ireland, Ísland, Italia, Κύπρος, Latvija, Lietuva, Luxembourg/Luxemburg, Magyarország,
Malta, Nederland, Norge, Österreich, Polska, Portugal, România, Slovenija, Slovenská republika,
Suomi/Finland, Sverige, United Kingdom.
Indivior UK Limited
Telefone +800 270 81 901
Email: [email protected]
France
Indivior UK Limited
Telefone 0800 909 972
Email: [email protected]
Este folheto foi revisto pela última vez em
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
76
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Suboxone 16 mg/4 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina/naloxona
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
 Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
 Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
 Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
 Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
2.
O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
3.
Como tomar Suboxone
4.
Efeitos secundários possíveis
5
Como conservar Suboxone
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
1.
O que é Suboxone e para que é utilizado
Suboxone é utilizado para tratar a dependência de opiáceos (narcóticos) como a heroína ou morfina
em toxicodependentes que aceitaram receber tratamento para a sua dependência. Suboxone é utilizado
em adultos e adolescentes a partir dos 15 anos de idade que se encontram a receber
concomitantemente tratamento médico, social e psicológico.
2. O que precisa de saber antes de tomar Suboxone
Não tome Suboxone

se tem alergia (hipersensibilidade) à buprenorfina, naloxona ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6)

se tem problemas respiratórios graves

se tem problemas de fígado graves

se está intoxicado devido a álcool ou se tem tremores, sudorese, ansiedade, confusão mental ou
alucinações causadas pelo álcool

se está a tomar medicamentos que contêm naltrexona ou nalmefeno para o tratamento da
dependência de álcool ou de opiódes.
Advertências e pre cauções
Fale com o seu médico antes de tomar Suboxone, se tiver:

asma ou outros problemas respiratórios

qualquer doença do fígado, como hepatite

tensão arterial baixa

sofrido recentemente uma lesão cerebral ou uma doença cerebral

alterações urinárias (especialmente associadas ao aumento do volume da próstata nos homens)

alguma doença renal

problemas de tiroide

doença adrenocortical (por exemplo, doença de Addison)
77
Aspetos importantes a ter em consideração:

Monitorização adicional
Poderá ser cuidadosamente monitorizado pelo seu médico se tiver idade inferior a 18 anos ou
superior a 65 anos. Este medicamento não deve ser tomado por menores de 15 anos.

Utilização indevida e uso abusivo
Este medicamento pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos
sujeitos a prescrição médica, devendo ser mantido num local seguro para evitar a sua
apropriação por furto. Não dê este medicamento a outra pessoa. Pode causar-lhe a morte ou
prejudicá-la de outra forma.

Problemas respiratórios
Algumas pessoas morreram devido a insuficiência respiratória (incapacidade de respirar) por
terem utilizado indevidamente este medicamento ou por o terem tomado juntamente com outros
depressores do Sistema Nervoso Central, como o álcool, benzodiazepinas (tranquilizantes) ou
outros opiáceos.
Este medicamento poderá causar depressão respiratória grave, possivelmente fatal (capacidade
reduzida para respirar) em crianças e pessoas não-dependentes que tomaram acidentalmente ou
deliberadamente este medicamento.

Dependência
Este medicamento pode causar dependência.

Sintomas de abstinência
Este medicamento pode causar sintomas de abstinência se o tomar menos de seis horas após ter
utilizado um opiáceo de ação rápida (por exemplo, morfina, heroína) ou menos de 24 horas após
ter utilizado um opiáceo de longa duração, como a metadona.
Suboxone pode também causar sintomas de abstinência se a sua administração for abruptamente
interrompida.

Lesões no fígado
Têm sido notificados casos de lesão hepática depois da administração de Suboxone, especialmente
num contexto de uso incorreto. Isto também pode ser causado por infeções virais (hepatite C
crónica), abuso de álcool, anorexia ou pela utilização de outros medicamentos com a capacidade
de causarem danos no fígado (ver secção 4). Poderão ser realizadas análises sanguíneas
regulares pelo seu médico para monitorizar a condição do seu fígado. Informe o seu médico
se tiver quaisquer problemas hepáticos antes de iniciar o tratamento com Suboxone.

Pressão arterial
Este medicamento pode provocar uma redução súbita da pressão arterial, levando-o a sentir
tonturas caso se levante com demasiada rapidez partindo da posição de sentado ou deitado.

Diagnóstico de condições médicas não relacionadas
Este medicamento pode mascarar os sintomas de dor que poderão ajudar no diagnóstico de
algumas doenças. Não se esqueça de informar o seu médico de que está a tomar este
medicamento.
Outros medicamentos e Suboxone
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros
medicamentos.
78
Alguns medicamentos podem aumentar os efeitos secundários de Suboxone e podem, ocasionalmente,
causar reações muito graves. Não tome outros medicamentos em conjunto com Suboxone sem
primeiro falar com o seu médico, especialmente:

Benzodiazepinas (utilizadas no tratamento da ansiedade ou das perturbações do sono) como
diazepam, temazepam, alprazolam. O seu médico irá prescrever a dose correta para si. Tomar
uma dose incorreta de benzodiazepinas pode provocar a morte devido a insuficiência
respiratória (incapacidade de respirar).

Outros medicamentos que possam causar sonolência utilizados para tratar condições como a
ansiedade, insónias, convulsões, dor. Este tipo de medicamentos irá reduzir os seus níveis de
alerta dificultando a condução e utilização de máquinas. Podem também causar depressão do
sistema nervoso central, o que é muito grave. Eis uma lista de exemplos deste tipo de
medicamentos:
-
outros opiáceos que contenham fármacos como metadona, alguns analgésicos e antitússicos
antidepressivos (utilizados para tratar a depressão), como isocarboxazidafenelzina, selegilina,
tranilcipromina e valproato, podem potenciar os efeitos deste medicamento.
antagonistas dos recetores Hı sedativos (utilizados para tratar reações alérgicas) como a
difenidramina e clorofenamina.
barbitúricos (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o fenobarbital, secobarbital.
tranquilizantes (utilizados para provocar o sono ou para sedar) como o hidrato de cloral.





a clonidina (utilizada para tratar a pressão arterial elevada) pode prolongar os efeitos deste
medicamento.
antirretrovirais (utilizados para tratar o VIH), como ritonavir, nelfinavir, indinavir podem
potenciar os efeitos deste medicamento.
alguns agentes antifúngicos (utilizados para tratar infeções fúngicas), como o cetoconazol,
itraconazol, certos antibióticos podem prolongar os efeitos deste medicamento.
alguns medicamentos podem diminuir os efeitos de Suboxone. Estes incluem medicamentos
utilizados para tratar a epilepsia (como a carbamazepina e a fenitoína) e medicamentos
utilizados para tratar a tuberculose (rifampicina).
naltrexona e nalmefeno (medicamentos utilizados para tratar doenças aditivas) podem inibir os
efeitos terapêuticos de Suboxone. Não devem ser tomados ao mesmo tempo que Suboxone
porque pode notar o aparecimento repentino de sintomas de abstinência prolongados e intensos.
Suboxone com alimentos, bebidas e álcool
O álcool pode causar sonolência e aumentar o risco de insuficiência respiratória se ingerido
concomitantemente com Suboxone. Não tome Suboxone em conjunto com bebidas alcoólicas. Não
engula nem ingira quaisquer alimentos ou bebidas enquanto o comprido não estiver completamente
dissolvido.
Gravidez e amamentação
Desconhecem-se os riscos da utilização de Suboxone em mulheres grávidas. Se está grávida ou a
amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes
de tomar este medicamento. Ele irá decidir se o seu tratamento deve continuar com um medicamento
alternativo.
Quando administrados durante a gravidez, especialmente na gravidez tardia, medicamentos como o
Suboxone podem causar sintomas de abstinência de fármacos, incluindo problemas respiratórios no
seu bebé recém-nascido. Estes podem manifestar-se vários dias após o nascimento.
Não amamente enquanto toma este medicamento, uma vez que Suboxone passa para o leite materno.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
79
Condução de veículos e utilização de máquinas
Suboxone pode causar sonolência. Isto poderá acontecer com mais frequência nas primeiras semanas
do tratamento quando a sua posologia estiver a ser alterada, mas poderá acontecer também se beber
álcool ou tomar outros fármacos sedativos durante a utilização de Suboxone. Não conduza veículos,
não utilize quaisquer ferramentas ou máquinas nem efetue atividades perigosas até saber de que forma
este medicamento o afeta.
Suboxone contém lactose
Suboxone contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares,
contacte-o antes de tomar este medicamento.
3.
Como tomar Suboxone
O seu tratamento é prescrito e monitorizado por médicos experientes no tratamento de toxicodependência.
O seu médico irá determinar qual a dose ideal para o seu caso. Durante o tratamento, o médico poderá
ajustar a dose dependendo da sua resposta.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Iniciar o tratamento
A dose inicial recomendada em adultos e adolescentes com mais de 15 anos de idade é de um a
dois comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg. Adicionalmente, poderão administrar-se um a dois
comprimidos de Suboxone 2 mg/0,5 mg no dia 1, dependendo das suas necessidades.
Antes de tomar a primeira dose de Suboxone, devem ser evidentes sinais claros de abstinência. Uma
avaliação efetuada pelo seu médico relativamente à sua prontidão para receber o tratamento irá
determinar o momento em que irá receber a dose inicial de Suboxone.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de heroína
Se tiver dependência de heroína ou de um opiáceo de ação rápida, a sua dose inicial de
Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas nunca menos de
6 horas após ter utilizado um opiáceo.

Iniciar o tratamento com Suboxone em doentes dependentes de metadona
Se se encontrar a tomar metadona ou um opiáceo de ação prolongada, a dose de metadona deve
idealmente ser reduzida para menos de 30 mg/dia antes de iniciar a terapêutica de Suboxone.
A dose inicial de Suboxone deve ser tomada assim que surgirem sinais de abstinência, mas
nunca menos de 24 horas após ter utilizado metadona.
Tomar Suboxone

Tome a dose uma vez por dia colocando os comprimidos debaixo da língua.

Mantenha os comprimidos sob a língua até se dissolverem completamente. Isto poderá
demorar entre 5 a 10 minutos.

Não mastigue nem engula os comprimidos, uma vez que o medicamento não irá funcionar e
poderá sofrer sintomas de abstinência.
Não consuma alimentos ou bebidas enquanto os comprimidos não se dissolverem completamente.
80
Como retirar o comprimido do blister:
1 – Não pressione o comprimido através do selo.
1
2
3
2 - Retire apenas uma secção da embalagem blister, rasgando pela linha
perfurada.
3 – Puxe o selo na parte posterior, começando pela extremidade com a ponta
levantada, e retire o comprimido.
Se o blister estiver danificado, não utilize o comprimido.
Ajuste posológico e terapêutica de manutenção:
Nos dias seguintes ao tratamento inicial, o seu médico poderá aumentar a dose de Suboxone que toma,
dependendo das suas necessidades. Consulte o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que
o efeito de Suboxone é demasiado forte ou demasiado fraco. A dose máxima diária é de 24 mg.
Após um período de tratamento eficaz, o médico poderá reduzir gradualmente a dose até uma dose de
manutenção mais baixa.
Interrupção do tratamento
Dependendo da sua situação, a dose de Suboxone pode continuar a ser reduzida, sob cuidadosa
vigilância médica, até eventualmente acabar por se interromper o tratamento.
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento.
Se tomar mais Suboxone do que deveria
Se você ou outra pessoa tomar uma dose demasiado elevada deste medicamento, deve dirigir-se ou
ser levado imediatamente para um serviço de emergência ou hospital para tratamento de uma
sobredosagem com Suboxone, uma vez que este medicamento pode provocar problemas respiratórios
graves e fatais.
Os sintomas de sobredosagem podem incluir sonolência e falta de coordenação com reflexos mais lentos,
visão turva e/ou fala incompreensível. Poderá sentir que não consegue pensar claramente e que está a
respirar muito mais lentamente do que o habitual.
81
Caso se tenha esquecido de tomar Suboxone
Informe imediatamente o seu médico caso se esqueça de tomar uma dose.
Se parar de tomar Suboxone
Não altere de forma alguma nem suspenda o tratamento sem a prévia concordância do médico
responsável pelo seu tratamento. A suspensão súbita do tratamento pode causar sintomas de
abstinência.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Informe imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

tumefação (inchaço) da face, lábios, língua ou garganta que possa causar dificuldade de
deglutição ou a respirar, urticária/ erupção na pele grave. Estes podem ser sinais de uma reação
alérgica potencialmente fatal.

sentir-se sonolento e com falta de coordenação de movimentos, visão turva, discurso
incompreensível, não conseguir pensar bem ou claramente, ou caso a sua respiração se torne
muito mais lenta do que é normal para si.
Informe também imediatamente o seu médico se detetar efeitos secundários, tais como:

fadiga intensa, prurido acompanhado de amarelecimento da pele ou dos olhos. Estes podem ser
sintomas de danos no fígado.

ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações).
Efeitos secundários de Suboxone
Efeitos secundários muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas):
Insónia (incapacidade de dormir), obstipação, náuseas, sudorese excessiva, cefaleias,
síndrome de abstinência de fármacos
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas):
Perda de peso, tumefação (das mãos e dos pés), sonolência, ansiedade, nervosismo,
formigueiro, depressão, diminuição do desejo sexual, aumento da tensão muscular,
pensamento anormal, aumento de lacrimação (olhos lacrimejantes) ou outro distúrbio
lacrimal, visão turva, afrontamento, tensão arterial, aumentada, enxaquecas, nariz com
corrimento, faringite, deglutição dolorosa, aumento da tosse, indisposição gástrica ou outro
desconforto no estômago, diarreia, funcionamento hepático anormal, flatulência, vómitos,
erupção cutânea, prurido, urticária, dor, dor articular, dor muscular, cãibras na perna
(espasmo muscular), dificuldade em obter ou manter uma ereção, anormalidade na urina,
dor abdominal, dorsalgia, fraqueza, infeção, calafrios, dor torácica, febre, sintomas
semelhantes a uma gripe, sensação de desconforto geral, lesão traumática acidental causada
por falta de atenção ou coordenação, desmaio e tonturas.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas):
Gânglios tumefatos (gânglios linfáticos), agitação, tremores, sonhos anormais, atividade
muscular excessiva, despersonalização (não se sentir como se fosse si próprio),
dependência medicamentosa, amnésia (perturbação da memória), perda de interesse,
sensação exagerada de bem-estar, convulsões (ataques), deficiência da fala, redução do
82
tamanho das pupilas, dificuldade a urinar, inflamação ou infeção dos olhos, batimentos
cardíacos lentos ou acelerados, tensão arterial baixa, palpitações, enfarte do miocárdio
(ataque do coração), aperto torácico, dispneia, asma, bocejo, dor e lesões na língua,
descoloração da língua, acne, nódulo cutâneo, perda de cabelo, pele seca ou a descamar,
inflamação articular, infeção do trato urinário, análises sanguíneas anormais, sangue
presente na urina, ejaculação anormal, problemas menstruais ou vaginais, pedras no rim,
proteína na urina, dor ou dificuldade ao urinar, sensibilidade ao calor ou ao frio, golpe de
calor, perda de apetite e sentimentos de hostilidade.
Desconhecido (não é possível fazer uma estimativa a partir dos dados disponíveis):
Súbita manifestação de síndrome de abstinência causado por tomar Suboxone pouco tempo
depois de iniciar a utilização de opiáceos ilícitos, síndrome de abstinência de fármacos em
recém-nascido. Respiração lenta ou com dificuldade, lesão no fígado com ou sem icterícia,
alucinações, inchaço da face e da garganta ou reações alérgicas associadas a risco de vida,
queda na pressão arterial na mudança da posição sentada ou deitada para de pé. A utilização
indevida deste fármaco por via intravenosa pode causar sintomas de abstinência, infeções,
outras reações cutâneas e problemas hepáticos potencialmente graves (ver "Advertências e
precauções").
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver qualquer um dos efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de comunicações indicado no Anexo V. Ao comunicar efeitos
secundários, está a ajudar a reunir mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
Como conservar Suboxone
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças e de outros membros do agregado
familiar.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Este medicamento não precisa de quaisquer precauções especiais de conservação. No entanto,
Suboxone pode ser um recurso para pessoas que usam abusivamente de medicamentos sujeitos a
prescrição médica. Conservar este medicamento num local seguro para o proteger contra roubo.
Guardar o blister em segurança.
Nunca abrir o blister antecipadamente.
Não tomar este medicamento na presença de crianças.
Contactar imediatamente uma unidade de emergência em caso de ingestão acidental ou de suspeita de
ingestão.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger
o ambiente.
6.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Suboxone
-
As substâncias ativas são a buprenorfina e a naloxona.
83
-
Cada comprimido sublingual de Suboxone 16 mg/4 mg contém16 mg de buprenorfina (sob a
forma de cloridrato) e 4 mg de naloxona (sob a forma de cloridrato di-hidratado).
Os outros componentes são a lactose mono-hidratada, manitol, amido de milho, povidona K30,
ácido cítrico anidro, citrato de sódio, estearato de magnésio, acessulfamo potássico e limão
natural e essência de lima.
Qual o aspeto de Suboxone e conteúdo da embalagem
Os comprimidos sublinguais de Suboxone 16 mg/4 mg são comprimidos brancos redondos,
biconvexos, com 10,5 mm, com a impressão “N16” numa face.
Em embalagens de 7 e 28 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Indivior UK Limited
103-105 Bath Road
Slough
Berkshire SL1 3UH
Reino Unidoç
Tel. + 800 270 81 901
Fabricante:
Reckitt Benckiser Healthcare (UK) Ltd,
Dansom Lane,
Hull,
East Yorkshire HU8 7DS,
Reino Unido.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien, България, Česká republika, Danmark, Deutschland, Eesti, Ελλάδα, España,
Hrvatska, Ireland, Ísland, Italia, Κύπρος, Latvija, Lietuva, Luxembourg/Luxemburg, Magyarország,
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