Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

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Boletim de Vigilância
Epidemiológica da Gripe
PORTUGAL
Época 2016/2017
Semana 06 |
06 a 12 fev 2017
NOVA SÉRIE
Resumo
Atividade gripal esporádica
Sumário
1 Vigilância clínica
■
A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de 23,5 por 100.000 habitantes, indicando atividade gripal esporádica.
■
Desde a semana 2/2017 observou-se uma diminuição do número de casos
de gripe detetados laboratorialmente. Na semana 6/2017, foi identificado 1
caso de SG positivo para o vírus da gripe do subtipo A(H3),o predominante
na época 2016/2017.
■
Na semana 06 de 2017 a taxa de admissão por gripe em UCI foi estimada em
0,5%. O valor estimado sofreu um pequeno decréscimo aproximando-se da
linha de base. Verificou-se que o máximo de 11,6% foi atingido na semana
52. Nesta semana foi reportado 1 novo caso de gripe pelas 20 UCI que
enviaram informação. Tratou-se dum doente de 73 anos de idade, portador
de doença crónica. Foi identificado o vírus Influenza A.
■
Mortalidade observada por todas as causas com valores acima do esperado.
5 Monitorização da temperatura
ambiente, taxa de incidência de
SG e mortalidade
■
O valor médio da temperatura mínima do ar, na semana 6 de 2017, foi de
4,3°C, valor inferior ao normal para o mês de fevereiro.
6 Situação internacional
■
Na semana 5 de 2017, a atividade gripal na europa manteve níveis de
intensidade variáveis. A percentagem de amostras-sentinela positivas para
vírus Influenza na região europeia foi de 45%.
Taxa de incidência de SG
2 Vigilância laboratorial
Diagnóstico do vírus da gripe e
outros vírus respiratórios
Caraterização do vírus da gripe
3 Severidade
Internamentos por gripe em UCI
4 Impacte
Mortalidade por todas as causas
Nota metodológica
ISSN: 2183-7392
Data de publicação: 16/02/2017
Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores.
EDITOR : Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. |
PERIODICIDADE : semanal | ACESSO : w w w .i ns a.p t
COLABORADORES : Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Institut o Portu-
guês do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratórios para o Diagn óstico da Gripe, Rede
de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos.
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Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica
Tel.: +351 217 526 488
Departamento de Doenças Infeciosas
Laboratório Nacional de Referência da Gripe
e outros Vírus Respiratórios
Tel.: +351 217 526 455
1
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

Vigilância clínica
Taxa de incidência de síndroma gripal
REDE MÉDICOS-SENTINELA
Na semana 06/2017 estimou-se uma taxa de incidência de síndroma gripal de 23,5 por cada 100.000 habitantes, encontrando-se pela 4ª semana consecutiva na área de atividade basal.
Área de atividade basal
Taxa de incidência SG (2015/2016)
Taxa de incidência SG (2016/2017)
240
Época de Gripe Sazonal
180
Atividade muito elevada
p95
150
p90
Atividade elevada
120
Atividade moderada
p50
90
60
Atividade baixa
30
46/2017
44/2017
42/2017
40/2017
34/2017
32/2017
30/2017
28/2017
26/2017
24/2017
22/2017
20/2017
18/2017
16/2017
14/2017
12/2017
8/2017
10/2017
6/2017
4/2017
2/2017
53/2016
51/2016
49/2016
47/2016
45/2016
43/2016
41/2016
39/2016
37/2016
35/2016
33/2016
31/2016
29/2016
27/2016
25/2016
38/2017
Ausência de atividade
0
36/2017
Taxa de incidência de SG /10 5 habitantes
210
Semanas
Figura 1 — Evolução da taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG).
Tabela 1 — Número de casos, taxa de incidência de síndroma gripal
e população sob observação semanal.
Número de casos de síndroma gripal
12
Taxa de incidência semanal provisória
23,5/105
População sob observação
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Época 2016/2017
51 144
Semana 06
|
06 a 12 fev 2017
2
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

Vigilância laboratorial
Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios
REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA
No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, até à semana 6/2017 foram analisados no
Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, 881 casos de síndroma gripal (SG), dos quais 467 (53%) positivos para o vírus da gripe [465 do subtipo A(H3), 1 do subtipo A(H1)pdm09 e 1 do tipo B da linhagem Victoria]. Foram detetados outros vírus respiratórios em 121
(14%) dos casos de SG.
Na semana 6/2017 foram analisados laboratorialmente 9 casos SG, dos quais 1 positivo para o vírus da
gripe A(H3).
120
110
SG negativos
Casos SG (n)
100
90
SG positivos para vírus respiratórios
80
SG positivos para gripe
70
60
50
40
30
20
21/2017
20/2017
19/2017
18/2017
17/2017
16/2017
15/2017
14/2017
13/2017
12/2017
11/2017
9/2017
10/2017
8/2017
7/2017
6/2017
4/2017
3/2017
2/2017
1/2017
52/2016
51/2016
50/2016
49/2016
48/2016
47/2016
46/2016
45/2016
44/2016
43/2016
42/2016
41/2016
40/2016
39/2016
38/2016
37/2016
36/2016
35/2016
0
5/2017
10
Semanas 2016/2017
Figura 2 — Distribuição semanal de casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2016/2017.
n=881
Gripe
467; 53%
Negativos
293; 33%
Outros
Vírus
Respirat.
121; 14%
Figura 3 — Número e percentagem dos casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 2016/2017.
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Época 2016/2017
Semana 06
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06 a 12 fev 2017
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Vigilância laboratorial
Diagnóstico do vírus da gripe
Na semana 6/2017 foram analisados laboratorialmente 9 casos SG, dos quais 1 (11,1%) positivo para o
vírus da gripe A(H3).
Até à semana 6/2017 foram detetados 467 casos positivos para o vírus da gripe [465 do subtipo A(H3), 1 do
subtipo A(H1)pdm09 e 1 do tipo B da linhagem Victoria].
100
100
Vírus da gripe B (Victoria)
Vírus da gripe B (Yamagata)
80
80
Vírus da gripe B
60
% positivos para gripe
20/2017
18/2017
16/2017
14/2017
12/2017
8/2017
10/2017
6/2017
4/2017
2/2017
52/2016
50/2016
48/2016
46/2016
44/2016
42/2016
40/2016
38/2016
36/2016
34/2016
32/2016
30/2016
28/2016
26/2016
24/2016
22/2016
20/2016
18/2016
16/2016
14/2016
12/2016
8/2016
10/2016
6/2016
4/2016
2/2016
53/2015
51/2015
0
49/2015
0
47/2015
20
45/2015
20
43/2015
40
41/2015
40
Casos positivos para gripe (%)
Vírus da gripe A(H1)pdm09
60
39/2015
Casos positivos para gripe (n)
Vírus da gripe A(H3)
Semanas
Figura 4 — Distribuição semanal e percentagem de casos positivos para o vírus da gripe nas épocas 2015/2016 e
2016/2017.
n=467
A(H3);
465;
99,6%
B/Vic
1; 0,2%
A(H1)pdm09
1; 0,2%
Figura 5 — Número e percentagem dos casos positivos para vírus da gripe detetados na época 2016/2017, por
tipo/subtipo.
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Época 2016/2017
Semana 06
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06 a 12 fev 2017
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Vigilância laboratorial
Diagnóstico de outros vírus respiratórios
Desde o início da época de vigilância foram detetados outros vírus respiratórios em 121 casos de SG: 43
rinovírus (hRV), 37 coronavírus (hCoV), 15 vírus parainfluenza (PIV), 13 vírus sincicial respiratórios (RSV),
7 infeções mistas e 6 metapneumovírus humanos (hMPV).
20
18
Casos positivos para outros VR (n)
16
14
Outros VR
12
hCoV
10
hRV
8
6
4
2
21/2017
20/2017
19/2017
18/2017
17/2017
16/2017
15/2017
14/2017
13/2017
12/2017
11/2017
9/2017
10/2017
8/2017
7/2017
6/2017
5/2017
4/2017
3/2017
2/2017
1/2017
52/2016
51/2016
50/2016
49/2016
48/2016
47/2016
46/2016
45/2016
44/2016
43/2016
42/2016
41/2016
40/2016
39/2016
38/2016
37/2016
36/2016
35/2016
0
Figura 6 — Distribuição semanal de casos positivos para outros vírus respiratórios (VR) detetados na época
2016/2017.
n=121
RSV
IM 13; 11%
7; 6%
hRV
43; 35%
hCoV
37; 31%
hMPV
6; 5%
PIV
15; 12%
Figura 7— Número e percentagem de casos positivos para outros vírus respiratórios detetados na época 2016/2017.
Nota: hRV-Rinovirus Humano; hCoV- Coronavírus Humano; RSV-Vírus sincicial respiratório; PIV-Parainfluenza; AdV-Adenovirus;
hMPV-Metapneumovirus Humano; IM-Infeções mistas por 2 ou mais vírus respiratórios.
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Época 2016/2017
Semana 06
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06 a 12 fev 2017
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Vigilância laboratorial
Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios
HOSPITAIS /REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE
Diagnóstico do vírus da gripe
A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe conta na época de 2016/2017 com a participação de
19 laboratórios, localizados em hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assegura a
deteção e caraterização dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios que podem estar associados a casos de infeção
respiratória grave.
Desde o início da época 2016/2017, os laboratórios da Rede notificaram 6283 casos de SG, dos quais 1622 foram positivos para o vírus da gripe [1090 do subtipo A(H3), 524 do tipo A não subtipados, 2 A(H1)pdm09, 5 do tipo B e 1 infecção mista].
Foram também identificados outros agentes respiratórios em 1075 casos de SG. Na semana 6/2017, o vírus sincicial
respiratório (RSV) continua a ser o agente respiratório mais detetado, depois do vírus da gripe.
600
800
Infeções Mistas
700
500
500
A não subtipado
A(H3)
300
400
A(H1)pdm09
300
Casos SG reportados
200
200
100
100
0
Casos SG reportados (n)
600
B
400
20/2017
19/2017
18/2017
17/2017
16/2017
15/2017
14/2017
13/2017
12/2017
11/2017
9/2017
10/2017
8/2017
7/2017
6/2017
5/2017
4/2017
3/2017
2/2017
1/2017
52/2016
51/2016
50/2016
49/2016
48/2016
47/2016
46/2016
45/2016
44/2016
43/2016
42/2016
41/2016
40/2016
39/2016
38/2016
0
37/2016
Casos positivos para gripe (n)
C
Semanas
Figura 8 — Distribuição semanal de casos positivos para o vírus da gripe detetados na época 2016/2017.
150
130
Bocavírus
Metapneumovírus
Parechovírus
Coronavírus
90
Vírus Sincicial Respiratório
Infecções mistas
70
Bacterias
50
Adenovírus
Vírus Parainfluenza
30
Picornavírus (hRV/hEV)
20/2017
19/2017
18/2017
17/2017
16/2017
15/2017
14/2017
13/2017
12/2017
11/2017
10/2017
9/2017
8/2017
7/2017
6/2017
5/2017
4/2017
3/2017
2/2017
1/2017
52/2016
51/2016
50/2016
49/2016
48/2016
47/2016
46/2016
45/2016
44/2016
43/2016
42/2016
41/2016
40/2016
39/2016
-10
38/2016
10
37/2016
Casos positivos para outros AR
110
Semanas
Figura 9 — Distribuição semanal de casos positivos para outros agentes respiratórios (AR) detetados na época
2016/2017.
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Época 2016/2017
Semana 06
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06 a 12 fev 2017
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Vigilância laboratorial
Caraterização do vírus da gripe
REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA | REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA E REDE
PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE
Vírus da gripe A(H3):
Foram caraterizados geneticamente 50 vírus da gripe do subtipo A(H3). Destes, 13 (26%) pertencem ao grupo
genético 3C.2a representado pela estirpe A/Hong Kong/4801/2014, incluída na vacina antigripal de 2016/2017
que está disponível no Hemisfério Norte. Os restantes 37 (74%) pertencem ao grupo genético 3C.2a1
(representado pela estirpe A/Bolzano/7/2016). Estes dois grupos genéticos são antigenicamente semelhantes.
Na Rede Europeia de Vigilância da Gripe, a maioria dos vírus da gripe do subtipo A(H3) geneticamente caraterizados pertencem igualmente ao grupo genético 3C.2a1.
Vírus da gripe A(H1)pdm09: Foi caracterizado geneticamente um vírus do subtipo A(H1)pdm09 (pertencente
ao subgrupo genético 6B.1).
Vírus da gripe B: Foi caracterizado geneticamente um vírus do tipo B (do grupo genético 1A da linhagem Victoria).
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Época 2016/2017
Semana 06
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06 a 12 fev 2017
7
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
Informação da responsabilidade
da Direção-Geral da Saúde.
[email protected].
Severidade
Internamentos por gripe em Unidades de Cuidados intensivos
REDE DE HOSPITAIS PARA A VIGILÂNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS
Na semana 06 de 2017 a taxa de admissão por gripe em UCI foi estimada em 0,5%. O valor estimado sofreu
um pequeno decréscimo aproximando-se da linha de base. Verificou-se que o máximo de 11,6% foi atingido
na semana 52.
Nesta semana foi reportado 1 novo caso de gripe pelas 20 UCI que enviaram informação. Tratou-se dum
doente de 73 anos de idade, portador de doença crónica e não vacinado. Foi identificado o vírus Influenza A.
Desde o início da época foram reportados 125 casos de gripe, admitidos em UCI. Verificou-se que cerca de
50% dos doentes era do sexo masculino, a maior parte dos quais (88; 77%) tinha 65 ou mais anos de idade.
Estavam vacinados contra a gripe sazonal cerca de 1/3 dos doentes, sendo quase 90% portadores de doença
crónica. Foi identificado o vírus Influenza A na totalidade das amostras, sendo quase 50% do subtipo A(H3);
1 amostra foi identificada como subtipo A(H1)pdm09 e os restantes não foram subtipados. Foi prescrito
oseltamivir a mais de 90% dos doentes e foram sujeitos a ventilação mecânica invasiva cerca de 75%. A nível
nacional, foi ativada a reserva estratégica de zanamivir e.v. para 3 doentes. Até ao momento foram reportados 16 óbitos.
Taxa de admissão por gripe em UCI
%
16
14
12
10
8
6
4
2
0
40 44 48 52 04 08 12 16 20 43 47 51 03 07 11 15 19 42 46 50 02 06 10 14 18 41 45 49 53 04 08 12 16 20
2012-2013
Semanas
2014-2015
2013-2014
42 46 50 02 06
2015-2016
2016-2017
Figura 10 — Evolução semanal da taxa de admissão em Unidades de Cuidados Intensivos de casos de gripe desde a época 2012/2013.
Tabela 2— Evolução semanal do número e percentagem de casos de gripe em Unidades de Cuidados Intensivos na época 2016/2017.
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
3
4
5
6
Nº de casos de
gripe
0
0
0
0
0
1
0
0
3
11
9
11
19
30
18
11
6
1
4
1
Nº de hospitais
que reportaram
12
4
14
13
13
14
16
16
17
20
20
19
21
19
19
17
19
19
15
16
Nº de UCI que
reportaram
14
19
20
20
20
21
20
20
22
24
24
24
25
23
23
21
24
23
18
20
Nº total de
admissões
174
204
175
257
212
237
235
252
254
278
253
248
258
258
229
246
248
241
214
210
0
0
0
0
0
0,4
0
0
1,2
4
3,6
4,4
7,4
11,6
7,9
4,5
2,4
0,4
1,9
0,5
% de doentes
admitidos em UCI
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Época 2016/2017
Semana 06
7
|
8
9
10
...
Total
125
06 a 12 fev 2017
8
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

Impacte
Mortalidade por todas as causas
SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE | INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO |
INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA E EQUIPAMENTOS DA JUSTIÇA
Mortalidade observada com valores acima do esperado.
Óbitos
Limite de confiança 95% da linha de base
300
Linha de base
Taxa de incidência
3500
250
3000
200
Óbitos (n)
2500
2000
A(H3)
A(H3)
B/A(H3)
150
A(H1)pdm09
A(H1)pdm09/B
1500
100
1000
B/A(H1)pdm09
B/A(H1)
A(H1)pdm09/A(H3)
A(H1)pdm09
50
500
12/2017
51/2016
38/2016
25/2016
12/2016
52/2015
39/2015
26/2015
13/2015
52/2014
39/2014
26/2014
13/2014
52/2013
39/2013
26/2013
13/2013
52/2012
39/2012
26/2012
13/2012
52/2011
39/2011
26/2011
13/2011
52/2010
39/2010
26/2010
13/2010
53/2009
40/2009
27/2009
1/2008
14/2009
40/2008
27/2008
1/2007
14/2008
0
40/2007
0
Taxa de incidência de SG /105 habitantes
4000
Semana
Figura 11 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, taxa de incidência semanal provisória de
síndroma gripal por 105 habitantes e vírus predominante por época gripal, desde a semana 40 de 2007.
4000
3500
Óbitos (n)
3000
2500
2000
1500
1000
Óbitos
500
40/2015
42/2015
44/2015
46/2015
48/2015
50/2015
52/2015
1/2016
3/2016
5/2016
7/2016
9/2016
11/2016
13/2016
15/2016
17/2016
19/2016
21/2016
23/2016
25/2016
27/2016
29/2016
31/2016
33/2016
35/2016
37/2016
39/2016
41/2016
43/2016
45/2016
47/2016
49/2016
51/2016
1/2017
3/2017
5/2017
7/2017
9/2017
11/2017
13/2017
15/2017
17/2017
19/2017
0
Semana
Figura 12 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, desde a semana 40 de 2015 .
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

Monitorização da temperatura ambiente, taxa de
incidência de síndrome gripal e mortalidade
REDE MÉDICOS-SENTINELA | INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA |
SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no mês de janeiro o valor médio da
temperatura mínima do ar, 2,98°C foi bastante inferior ao valor normal, com uma anomalia de -1,56°C.
O valor médio da temperatura mínima do ar, na semana 6 de 2017, foi de 4,3°C, valor inferior ao normal
para o mês de fevereiro.
Na temperatura média semanal preveem-se valores acima do normal, para todo o território, nas semanas
de 13/02 a 19/02, de 20/02 a 26/02 e apenas para o interior do território, na semana de 27/03 a 05/03. Na
semana de 06/03 a 12/03 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.
Figura 13 — Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, temperatura mínima média (Continente)
taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG) por 10 5 habitantes na época 2016/2017.
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Época 2016/2017
Semana 06
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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

Situação internacional: Europa
Na semana 5 de 2017, a atividade gripal na europa manteve níveis de intensidade variáveis. Um país
(Hungria) referiu atividade gripal muito elevada, 6 países reportaram atividade gripal elevada, 21 países
atividade gripal moderada e 15 países referiram uma atividade gripal de baixa intensidade.
Dos 43 países que reportaram indicadores de dispersão geográfica, 26 países referiram atividade gripal
disseminada, valor semelhante ao observado na semana anterior. Cinco países referiram atividade gripal
regional, 7 atividade esporádica, 4 atividade local e um país referiu ausência de atividade gripal. A maioria dos países reportou uma atividade gripal decrescente.
Na semana 5 de 2017, a percentagem de amostras-sentinela positivas para vírus Influenza na região
europeia foi de 45%. Em 94% dos casos foi identificado o vírus Influenza do tipo A e em 6% o vírus
Influenza do tipo B. A maioria dos vírus do tipo A subtipados pertenciam ao subtipo A(H3N2) (97%). Foi
determinada a linhagem em 54 dos 75 casos de infeção por vírus Influenza do tipo B. Destes, 43 (80%)
pertenciam à linhagem B/Yamagata e 11 (20%) à linhagem B/Victoria.
Na semana 5 de 2017, 7 972 amostras provenientes de sistemas não-sentinela (de um total de 28 209)
foram positivas para vírus Influenza. Destas 91% pertencia ao tipo A e 9% ao tipo B. Dos vírus Influenza
do tipo A subtipados 98% pertencia ao subtipo A(H3N2).
Das amostras recolhidas desde o início da época, foram caracterizados geneticamente 1 494 vírus. Dentre os 1 348 vírus do subtipo A(H3N2) caracterizados, 375 pertenciam ao grupo genético 3C.2a (grupo
genético da estirpe vacinal) e 933 pertenciam ao subgrupo 3C.2a1. Estes grupos genéticos são antigenicamente semelhantes, embora o subgrupo 3C.2a1 tenha vindo a apresentar mutações cujo impacto nas
características antigénicas é desconhecido até ao momento.
Desde o início da época, a suscetibilidade aos antivirais inibidores da neuraminidase foi testada em 837
vírus [789 A(H3N2), 11 A(H1N1) e 37 do tipo B]. Em nenhum caso foi observada redução da suscetibilidade aos antivirais.
Estimativas precoce da efetividade da vacina antigripal na Finlândia e Suécia sugerem valores de efetividade próximos daqueles observados em 2011/12 e 2014/15.
Na semana 5 de 2017, 12 dos 15 países ou regiões que realizam vigilância hospitalar de infeções respiratórias agudas graves reportaram 1 171 casos, dos quais 182 foram testados para o vírus Influenza, e destes 53 (29%) foram positivos [49 do subtipo A(H3N2) e 5 do tipo B].
Na semana 5 de 2017, 5 de 9 países que realizam vigilância hospitalar de gripe confirmada laboratorialmente notificaram 195 casos de gripe confirmada laboratorialmente em unidades de cuidados intensivos
[135 do tipo A não subtipado, 50 do subtipo A(H3N2), 6 do subtipo A(H1N1) e 4 do tipo B]. Noutras
enfermarias foram reportados 117 casos de gripe confirmada laboratorialmente [69 do tipo A não subtipado, 47 do subtipo A(H3N2) e 1 do tipo B].
Na maioria dos 19 países que reportaram dados ao projeto EuroMOMO observou-se que a mortalidade
por todas as causas se mantem acima do esperado, em especial nos idosos, mas também no grupo etário
entre os 15 e os 64 anos de idade.
Informações disponíveis em: http://flunewseurope.org/
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
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Situação internacional: Europa
Figura 14 — Intensidade da atividade gripal na Europa, semana 05/2017.
Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
Nota: A informação da situação internacional à data da publicação deste boletim é referente à semana anterior.
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
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Nota metodológica
Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe é composto pelas
Na presente época, o Sistema de Nacional de Vigilância da Gripe foi
seguintes redes:
ativado em outubro de 2016, na semana 40 e funcionará até à
■
Rede Médicos-Sentinela;
semana 20, em maio de 2017. A componente clínica deste sistema
■
Serviços de Urgência /Obstetrícia;
manter-se-á ativa durante todo o ano de 2017.
■
Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do
Vírus da Gripe;
■
Parte da informação resultante da vigilância é semanalmente
publicada, à quinta-feira, no presente boletim, publicado pelo
Unidades de Cuidados Intensivos;
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e basea-
Este programa tem início no princípio de outubro, termina em
do no conjunto de dados e informações gerados pelos 6 compo-
maio do ano seguinte e integra componentes clínicas e laboratoriais
nentes descritos a seguir, sumariamente.
Fontes de informação e indicadores produzidos
Fontes
Indicadores
Taxa de incidência de síndroma gripal na população geral, identificação e
Rede Médicos-Sentinela
caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise
antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)
Serviços de Urgência/Obstetrícia
Identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação
Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe
(análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais)
Vigilância Laboratorial
Resistência do vírus da gripe aos antivirais por tipo e subtipo
Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em
Unidades de Cuidados Intensivos
Caraterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção
Vigilância Diária da Mortalidade
Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal
respiratória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos
Rede Médicos-Sentinela
A Rede Médicos-Sentinela (MS) é um sistema de informação em
saúde constituído por cerca de 123 Médicos de Família, distribuídos pelo território do Continente e Regiões Autónomas, cuja
atividade profissional é desempenhada em Unidades de Saúde
Familiar (USF) ou Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP).
A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos
utentes inscritos nas listas dos MS que estiveram “ativos” em
determinada semana, i.e., que reportaram, pelo menos, 1 caso
de doença ou que informaram explicitamente não terem casos
para reportar.
Definição de caso:
Síndroma gripal (usada pelo Centro Europeu de Prevenção e
Controlo das Doenças (ECDC):
Início súbito,
A participação destes médicos é voluntária e consiste na notificação semanal, para o Departamento de Epidemiologia do INSA,
dos novos casos de síndroma gripal (numerador para o cálculo
da taxa de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das
respetivas listas (componente clínica do sistema de vigilância);
simultaneamente, enviam para o laboratório, exsudados nasofa-
+
1 dos seguintes sintomas sistémicos:
■
■
■
■
ríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e
tipificação dos vírus (componente laboratorial).
+
1 dos seguintes sintomas respiratórios:
As estirpes do vírus da gripe isoladas são caraterizadas antigéni-
■
ca e geneticamente, permitindo avaliar a sua semelhança com as
■
estirpes vacinais e ainda monitorizar a ocorrência de mutações.
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
Febre ou febrícula,
Mal-estar, debilidade, prostração,
Cefaleia,
Mialgias ou dores generalizadas.
■
Época 2016/2017
Tosse,
Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou
faríngea sem sinais respiratórios relevantes,
Dificuldade respiratória.
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Serviços de Urgência/Obstetrícia
Vigilância Laboratorial
A Rede dos Serviços de Urgência/Obstetrícia é operacionalizada
pelos Serviços de Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento
Permanente ou similares dos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na componente laboratorial que constitui um indicador precoce do início de circulação do vírus da gripe
em cada época de vigilância. Enviam para o Laboratório Nacional
de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios
no INSA, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de
gripe, para identificação e tipificação dos vírus da gripe e outros
vírus respiratórios. Os casos são selecionados de acordo com a
opinião do médico tendo em conta a definição de caso de síndroma gripal usada pelo ECDC.
O diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e outros vírus respirató-
Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe
Rede ativada em 2009 pelo Despacho Ministerial nº 16548/2009,
de 21 de julho (Diário da República, 2ª série, nº 139: 28507), é
atualmente constituída por 16 laboratórios, na sua maioria de
hospitais do Continente e Regiões Autónomas. Assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe que estão na origem de
casos mais graves de infeção respiratória viral. A análise laboratorial envolve a utilização de métodos de biologia molecular para
a caraterização dos vírus da gripe em circulação na população. Em
colaboração com o laboratório de referência do INSA é efetuado o
isolamento das estirpes do vírus da gripe e a sua caraterização
antigénica e genética. A população sob vigilância é constituída
pelos utentes com infeção respiratória, pertencentes à área de
influência dos hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa de
Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe.
Hospitais participantes em 2016/2017:
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório
Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. (Hospital de São
José e Hospital de Curry Cabral), Hospital de São João, E.P.E., Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital Central do
Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
E.P.E., Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro
Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.,
Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E.,
Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo
(Évora), Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve),
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Unidade Local de
Saúde da Guarda, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.
rior (exsudado da nasofaringe) de doentes com SG. São utilizadas
metodologias de diagnóstico molecular, nomeadamente a amplificação do genoma viral por PCR em multiplex. Estas metodologias
permitem a identificação dos tipos e subtipos do vírus da gripe [A
(H1)pdm09, A(H3), B(Yamagata), B(Victoria)] e a identificação de
outros vírus respiratórios [Rinovirus Humano (hRV), Vírus sincicial
respiratório (RSV), Coronavírus Humano (hCoV), Adenovirus (AdV),
Metapneumovirus Humano (hMPV) e Vírus Parainfluenza (PIV)]. A
caraterização antigénica dos vírus da gripe é efetuada pela metodologia clássica de inibição de hemaglutinação e a caraterização
genética é baseada na sequenciação genómica do gene da hemaglutinina. Para a monitorização da suscetibilidade dos vírus da gripe
aos antivirais inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir)
é efetuada a pesquisa de marcadores moleculares de resistência e a
caracterização fenotípica (determinação do IC50) em estirpes do
vírus da gripe isoladas em cultura celular no Laboratório Nacional
de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios.
Unidades de Cuidados Intensivos
Na época 2011/2012 foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer a vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe
admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6 hospitais. Nas épocas seguintes,
utilizando a metodologia testada, foi possível estender a vigilância
a mais hospitais.
Hospitais participantes em 2016/2017:
Centro Hospitalar Alto Ave (H. Guimarães), Centro Hospitalar Lisboa
Central, E.P.E. (H. S. José, H. Curry Cabral, H. Capuchos, H. D. Estefânia
e H. Stª. Marta), Centro Hospitalar Cova da Beira (H. da Covilhã),
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (H. São Francisco Xavier e H.
Egas Moniz), Centro Hospitalar de S. João E.P.E, Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra, Hospital Sousa Martins (H. da Guarda),
Centro Hospitalar do Médio Tejo (H. de Abrantes), Centro Hospitalar
Lisboa Norte E.P.E (H. Stª Maria e H. Pulido Valente), Centro Hospitalar
Tondela Viseu (H. S. Teotónio), Hospital Beatriz Ângelo, Hospital Cuf
Descobertas, Hospital Distrital de Castelo Branco, Hospital do Divino
Espírito Santo de Ponta Delgada, Hospital do Litoral Alentejano,
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, HPP Hospital de Cascais Dr.
José de Almeida, Hospital de Vila Franca de Xira, British Hospital.
Definição de caso:
Hospitais notificadores em 2016/2017:
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (Laboratório
Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. (Hospital de São
José e Hospital de Curry Cabral), Centro Hospitalar de São João, E.P.E.,
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E., Hospital do Santo Espírito
de Angra do Heroísmo, E.P.E., Centro Hospitalar de Lisboa Norte,
E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de
Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da
Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro
Hospitalar do Alto Ave, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/
Espinho, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar Lisboa
Ocidental.
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
rios é efetuado em amostras biológicas do trato respiratório supe-
Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos
hospitais participantes, com gripe confirmada laboratorialmente.
Vigilância Diária da Mortalidade
O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactes de eventos
ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de
mortalidade. Este sistema funciona com base num protocolo
de cooperação entre o INSA e Instituto de Gestão Financeira e
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Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.
Equipamentos da Justiça, I.P. (IGFEJ) do Ministério da Justiça.
Para isso, diariamente o IGFEJ envia de forma automática o
número de óbitos registados no dia anterior em todo o país.
Esta componente pretende avaliar o impacto da epidemia de
gripe em termos de severidade .
Atividade gripal epidémica disseminada
Taxa de incidência de SG, por mais de duas semanas consecutivas,
acima da área de atividade basal e com uma tendência crescente,
associada à confirmação da presença de vírus da gripe.
Indicadores da intensidade da atividade gripal
Definição de caso:
Óbito, por qualquer causa, de individuo residente em Portugal.
Definições utilizadas
Época de Gripe
Definida como o período de tempo de aproximadamente 33
semanas que decorre entre a semana 40 de um determinado ano
(início de outubro) e a semana 20 do ano seguinte (meados de
maio).
Linha de base e respetivo limite superior do intervalo de
confiança a 95%
Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo
de valores da taxa de incidência correspondente a uma circulação
esporádica de vírus da gripe. Permite definir períodos epidémicos,
comparar as epidemias anuais em função da sua intensidade e
duração e determinar o impacto dessas epidemias na comunidade.
Atividade gripal
Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença,
medido pela estimativa semanal da taxa de incidência de SG e do
seu posicionamento relativo à área de atividade basal, e pelo
A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a
informação de vigilância recolhida através das várias fontes de
dados e é avaliada, tendo em consideração a informação histórica
nacional sobre a gripe, segundo o método MEM (Moving Epidemic
Method).
Ausência
Nível de atividade gripal caraterizado por uma taxa de incidência
de SG abaixo ou na área de atividade basal.
Baixa
Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e
correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG
superior à área de atividade basal e inferior ou igual a 80,40/10 5.
Moderada
Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e
correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG
superior a 80,40/105 e inferior ou igual a 127,37/10 5.
Elevada
Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e
correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG
superior 127,37/105 e inferior ou igual a 145,11/10 5.
número de vírus circulantes detetados.
Muito Elevada
Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e
correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG
superior 145,11/105.
Indicadores de dispersão geográfica da
atividade gripal
Ausência de atividade gripal
Pode haver notificação de casos de SG mas a taxa de incidência
Indicadores da tendência da atividade gripal
permanece abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a
Estável
confirmação laboratorial da presença do vírus da gripe.
Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram
em tendência crescente nem decrescente.
Atividade gripal esporádica
Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por
Crescente
vírus da gripe, associados a uma taxa de incidência de SG que
Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente.
permanece abaixo ou na área de atividade basal.
Decrescente
Surtos locais
Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente.
Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus da
gripe confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em
áreas
delimitadas
e/ou
instituições
(escolas,
lares,
etc.),
permanecendo a taxa de incidência de SG abaixo ou na área de
atividade basal.
Percentagem de doentes com gripe admitidos
em Unidades de Cuidados Intensivos
Percentagem de doentes com gripe admitidos, em
Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), em determinada
Atividade gripal epidémica
semana = número de admissões por gripe confirmada, em UCI,
Taxa de incidência de SG acima da área de atividade basal, associada
na referida semana/número de admissões por qualquer causa, em
a uma confirmação laboratorial da presença de vírus da gripe.
UCI, na mesma semana x 100 utentes.
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