Virus da Raiva - Luzimar Teixeira

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OBJETIVOS
RAIVA
INTRODUÇÃO
É uma infecção aguda do SNC
transmitida ao homem através de mordida e
arranhadura de animal raivoso.
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INTRODUÇÃO
PROPRIEDADES DO VÍRUS
REPLICAÇÃO VIRAL
PROPRIEDADES ANTIGÊNICAS
PATOLOGIA E PATOGENIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO HOMEM
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
IMUNIZAÇÃO E PREVENÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
CONTROLE E TRATAMENTO
PROPRIEDADES DO VÍRUS
• Família Rhabdoviridae ; gênero Lissovirus;
• São partículas em forma de bastonete ou
projétil. Envoltório membranoso com
presença de espículas(peplômeros);
• Genoma, RNA filamento simples e sentido
Negativo;
• Pode ser inativado por CO2;
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REPLICAÇÃO DO VÍRUS
• É rapidamente destruído por exposição de
radiação UV, ou a luz solar, calor e
solventes lipídicos;
• Vírus possui muitos hospedeiros;
• Pode ser encontrado no SNC, saliva , urina,
leite e sangue;
PROPRIEDADES ANTIGÊNICAS
• Existe apenas um único sorotipo desse
vírus;
• Há diferenças entre as cepas isoladas de
diferentes espécies em diferentes áreas
geográficas;
• As espículas purificadas que contêm
glicoproteína viral estimulam a produção de
anticorpos neutralizantes;
• O vírus da raiva fixa-se às células através de suas
espículas de glicoproteínas;
• O genoma de RNA viral é transcrito pela RNApolimerase associado ao vírion em 5 espécies de
RNAm;
• Ocorre codificação de 5 proteínas;
nuclecapsídeos(N), proteínas polimerases(L,P),
matriz(M) e a glicoproteína(G)
PATOLOGIA E PATOGENIA
• O vírus multiplica-se no tecido muscular ou
conjuntivo, no local da inoculação, penetra
nos nervos periféricos e propaga-se para o
SNC;
• O vírus multiplica-se no cérebro e pode
propagar-se para as glândulas salivares e
outros tecidos;
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• A susceptibilidade à infecção e o período de
incubação podem depender de:
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Idade.
Constituição genética.
Estado imunológico do hospedeiro.
Cepa viral envolvida.
Quantidade inoculada.
Gravidade da laceração.
Local de inoculação.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Encefalite aguda, fulminante e fatal;
• O vírus da raiva produz uma inclusão
citoplasmática eosinofílica
específica(corpúsculo de Negri) nas células
nervosas infectadas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O espectro clínico pode ser dividido nas seguintes
fases:
• Fase Prodrômica Inespecífica;
• Período de incubação é de 1-2 meses, mas
pode variar de 7 dias a vários anos;
• Fase Neurológica Aguda;
• Quadro Clássico de Encefalite Rábica;
• Em geral, é mais curto nas crianças do que
nos adultos.
• Morte, ou em casos raros, recuperação.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PRÓDROMO
FASE NEUROLÓGICA AGUDA (Encefalite Geral)
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• Início com períodos de atividade motora excessiva;
Mal-estar;
Cefaléia;
Anorexia;
Fotofobia;
Náuseas e vômitos;
Febre;
Dor de garganta;
Sensação anormal ao redor da infecção.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FASE NEUROLÓGICA AGUDA (Encefalite Geral)
• Espasmos dolorosos dos músculos da garganta na
deglutição;
• Nervosismo e apreensão;
• Alucinações, confusão, aberrações bizarras dos
pensamentos (intercalados com período de lucidez),
convulsões e paralisia focal;
• Hiperatividade simpática generalizada (lacrimejamento,
sialorréia, midríase, perspiração e hipotensão postural).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÁSSICO DE ENCEFALITE RÁBICA
(Disfunção do tronco encefálico)
• Hiperestesia;
• Acometimento dos nervos cranianos (diplopia,
paralisias focais, neurite óptica e dificuldade de
deglutição);
• Evidências de paralisia do neurônio motor superior;
• “Espuma na boca”;
• Temperatura alta;
• Hidrofobia é observada em 50% dos casos;
• Deve-se considerar raiva em qualquer caso de encefalite
ou mielite de causa desconhecida.
• Acometimento do núcleo amigdalóide pode levar ao
priapismo e ejaculação precoce.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÁSSICO DE ENCEFALITE RÁBICA
COMPLICAÇÕES TARDIAS
• O paciente evolui para coma e o acometimento do
centro respiratório causa morte por apnéia;
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• A importância da disfunção precoce do tronco
encefálico diferencia a raiva de outras encefalites
virais e explica a deterioração rápida;
• O período máximo de sobrevida é de quadro dias,
com um máximo de 20 dias, a menos que se
instituam medidas de suporte artificiais.
Secreção inapropriada de ADH,
Diabetes insípidos,
Arritmias cardíacas,
Instabilidade vascular,
SARA,
Hemorragia digestiva,
Trombocitopenia e
Íleo paralítico.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
NEUROLÓGICA
CV
Hiperatividade, hidrofobia, convulsões focais,
sinais de localização, edema cerebral e
aerofobia.
Arritmia, hipotensão, ICC, trombose arterial
ou venosa, obstrução da VCS, parada cardíaca.
PULMONAR
Hiperventilação, hipoxemia, atelectasia,
apnéia, pneumonia, pneumotórax.
PITUITÁRIA
Secreção inapropriada de ADH, diabetes
insipído.
OUTRAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MORTE
• Dois a sete dias após a ocorrência de
sucessivas perdas de consciência e estado
de coma, o paciente morre.
Anemia, sangramento GI, hiperemia, íleo
paralítico, paralisia da bexiga, insuf. renal
aguda, pneumomediastino.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
• Período de incubação é, em média, 60 dias.
PRÓDROMO
• Não foi demonstrada raiva subclínica em cães.
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• Fase Prodrômica
• Fase Clínica:
Alterações na conduta,
Aumento leve de temperatura,
Micção freqüente,
Anorexia
– Raiva Furiosa.
– Raiva Muda ou Paralítica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
RAIVA FURIOSA
RAIVA FURIOSA
Duração máxima da fase clínica: 5 a 7 dias.
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Inquietação,
Nervosismo,
Tendência a atacar,
Mudança na tonalidade do latido,
Afonia total (alguns casos),
Olhos com aspecto vítreo.
Contrações musculares involuntárias,
Descoordenação da marcha,
Crises convulsivas,
Paralisia,
Morte.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO CÃO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
RAIVA MUDA OU PARALÍTICA
TESTES ESPECÍFICOS
Duração máxima da fase clínica: 4 a 6 dias.
• Ag e Ácidos Nucléicos do vírus da raiva;
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• Isolamento do vírus;
Ausência de inquietação,
Ausência de nervosismo,
Ausência de tendência a atacar,
Cão oculta-se a lugares escuros
Paralisia progride e mata o animal.
TRANSPORTE DE AMOSTRAS PARA
DIAGNÓSTICO DE LABORATÓRIO
CONSTITUIÇÃO DO MEIO
Glicerol em solução salina
tamponada a 50%.
Temperatura ambiente.
TEMPERATURA DE
CONSERVAÇÃO
Oito semanas.
PERÍODO DE CONSERVAÇÃO
• Sorologia;
• Observação do animal.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus
da raiva:
• Os tecidos infectados são identificados
rapidamente e de modo mais acurado por
imunofluorescência ou coloração de
imunoperoxidase,
utilizando
Ac
monoclonais anti-rábicos.
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IF DIRETA: Resultado em 24 horas.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus
da raiva:
• Pode-se recorrer ao teste da reação em
cadeia da polimerase-transcrição reversa
para ampliar partes do genoma do vírus da
raiva em tecido cerebral fixado ou não
fixado.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Pesquisa de Ag e Ácidos Nucléicos do vírus da raiva:
• O diagnóstico patológico definitivo da raiva baseiase no achado de corpúsculos de Negri no cérebro e
na medula espinhal.
• Corpúsculos de Negri
• Contêm Ag virais.
• São encontrados em impressões, em cortes histológicos e
necropsia.
• Podem ser demonstrados por IF.
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Isolamento do vírus da raiva:
• O tecido (ou saliva) disponível é inoculado por via
intracerebral em camundongos recém-nascidos.
• O líquido cefalorraquidiano ou urina dificilmente
proporcionam material para isolamento.
• O fracasso do isolamento do vírus de material da
saliva não descarta o diagnóstico da raiva.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Isolamento do vírus da raiva:
• As infecções em camundongos resultam em
paralisia flácida das patas, encefalite e morte.
• O cérebro do animal morto é examinado à
procura de corpúsculos de Negri e de Ag da
raiva.
• O vírus isolado é identificado por testes de Ac
fluorescente com anti-soro específico.
TN: Resultado em 15 dias.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Sorologia:
• Os Ac séricos podem ser detectados por
testes de IF, FC ou TN.
• Pode-se verificar o desenvolvimento desses
Ac em indivíduos e animais infectados
durante a evolução da doença.
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Sorologia:
• Identificar o grau de proteção de indivíduos que
se submeteram a tto profilático.
• Avaliar a necessidade de reforços de vacinações
em pctes que receberam tto profilático pósexposição e foram reexpostos ao risco.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Observação do animal:
• Todos animais “raivosos ou com suspeita de
raiva” devem ser imediatamente sacrificados
para exame laboratorial dos tecidos.
• Outros animais, quando disponíveis, devem ser
mantidos em observação durante 10 dias.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TESTES INESPECÍFICOS
• Leucograma geralmente apresenta-se com intensa
leucocitose, com neutrofilia e desvio à esquerda.
• No exame da urina, podem ser observados corpos
cetônicos, presença de cristais de sedimentos,
além de glicosúria e discreta albuminúria.
• A forma Paralítica da Raiva pode ser
confundida com a Sd de Guillian-Barré ou
com a Poliomielite.
• O tétano pode ser confundido com a raiva pela
presença
de
espasmos
musculares
generalizados.
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IMUNIDADE E PREVENÇÃO
• Apenas um tipo antigênico é conhecido;
• A apresentação da doença determina fatalidade em
99% dos casos;
• A imunização preventiva se faz necessário devido
a falta de cura para doença;
• A prevenção deve ser feita para indivíduos sobre
alto risco de captação do vírus, chamada
profilaxia pré-exposição;
• Para indivíduos que tenham sido expostos ao
vírus, deve-se seguir tais procedimentos:
FISIOPATOLOGIA DA PREVENÇÃO
DA RAIVA POR VACINA
• Provavelmente o vírus precisa se
multiplicar no local de inoculação;
• Concentração aumentada é necessária para
tornar a infecção do SNC válida;
• Ac neutralizantes diminui a multiplicação
do vírus na porta de entrada;
-Dirigidos contra glicoproteínas.
TIPOS DE VACINA
• Todas as vacinas usadas no humano são vírus inativos.
• HDCV
• Vacina com células diplóides humana, purificada e com
concentrado de vírus inativados por B-propiolactona. 5
doses.
• RVA
• também conhecida como vacina anti-rábica adsorvida.
Concentrada por adsorção de fosfato de alumínuo.
• Vacina com posterior atividade;
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• VACINA COM TECIDO NERVOSO
• Vacina feita com cérebro de carneiros infectados. Causa
TIPOS DE ANTICORPOS CONTRA
A RAIVA
encefalíte pós-vacinal.
• HRIG
• VACINA COM EMBRIÃO DE PATO
• Vírus cultivado em embrião de pato. Atividade contra pósvacinal. Baixa antigênicidade.
• É a imunoglobulina anti-rábica humana. Extraída de
plasma HUMANO hiperimunizado.
• SORO EQÜINO ANTI-RÁBICO
• VÍRUS VIVO ATENUADO
• Soro, concentrado, de cavalos hiperimunizados.
• Cultivado, de modo adaptativo, em embriões de galinha.
Para animais.
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologicamente, são conhecidos dois
tipos de raiva:
*Raiva rural ou silvestre;
*Raiva urbana;
• Se o animal morrer após a agressão ao
homem, independente de sintomatologia,
deve passar por diagnóstico
laboratorial(teste de imunofluorescência) do
parênquima cerebral.
• Dependendo do resultado, inicia-se
imediatamente HRIG e HDCV ou RVA
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• Nem todo animal raivoso tem o vírus da
raiva na saliva, em (50-90)% dos casos;
• Animais silvestres como cão, gato e
morcego têm alto risco de transmitir o vírus;
• Bovinos, suínos, caprinos e ovinos têm um
risco mediano na transmissão do vírus;
• Roedores tem baixo potencial na
transmissão do vírus;
• No Brasil a transmissão e
predominantemente por cães e gato;
• A transmissão interpessoal de raiva e rara.
Houve um caso devido à transplante
corneano;
TRATAMENTO E CONTROLE
• Tratamento para doença não existe;
• Terapia somente de suporte. Monitorização
da função respiratória e cardíaca e do
balanço hidroeletrolítico;
• Barbitúricos, fenotiazinas e paraldeídos
usados para acalmar o paciente;
• O ambiente de repouso do paciente deve ser
tranqüilo e com pouca luminosidade;
• Evitar substâncias odoríferas para que o
paciente não tenha espasmos musculares
dolorosos reflexos;
• A profilaxia é o único meio para se evitar a
morte;
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• A equipe hospitalar deve usar material de
proteção, principalmente quando se
manipula fezes ;
• A vacinação em larga escala de animais
domésticos, para que esses não venham a
contrair raiva;
• Eliminar animais doentes, após estudos
sobre sua situação;
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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