Nº 137 - gpuim - Universidade Federal do Ceará

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Nº 137
MAIO/ 2003
Centro de Informação sobre
Medicamentos da
Universidade Federal do Ceará
(CIM/UFC)
(85) 288 8276
e-mail: [email protected]
RAIVA HUMANA
Em 1973, foi criado o Programa
Nacional de Profilaxia da Raiva
(PNPR), cuja coordenação e
execução está a cargo das
Secretarias Estaduais. Houve
redução importante dos casos
humanos e caninos após uma
década de trabalhos intensivos. A
raiva é uma doença infecciosa
aguda que acomete mamíferos,
sendo transmissível aos homens.
Ela representa um importante
problema de saúde pública no
Brasil e mesmo em Estados onde
ela está sob controle, daí as
ações de vigilância da doença
serem fundamentais. É causada
por um vírus neurotrópico,
pertencente
à
família
Rhabdoviridae, o qual determina
intensa irritação do SNC, seguida
de paralisia e morte. O vírus está
presente na saliva de animais
infectados,
penetrando
no
organismo humano pela pele ou
mucosas (mordedura, arranhadura, lambedura).
O principal agente transmissor
da raiva humana em espaços
urbanos, é o cão, seguido do
gato.Já em espaços rurais é o
morcego hematófago.
QUADROS
CLÍNICOS
DA
RAIVA:
RAIVA FURIOSA (Canina e
Felina) - Em sua fase inicial
ocorre
alterações
de
comportamento,
agitação,
anorexia. No intervalo de 1 à 3
dias, o animal torna-se mais
agressivo atacando o próprio
dono. Apresenta incoordenação
motora, paralisia dos músculos
da deglutição e da mandíbula
(salivação e dificuldade de
deglutição).
Geralmente,
o
animal morre no período entre 1
à 11 dias. RAIVA HUMANA –
Inicialmente, ocorre um breve
período
de
depressão,
inquietude, mal-estar e febre. A
seguir, ocorre uma hiperexcitabilidade incontrolável, com
salivação excessiva e espasmos dolorosos da musculatura
da laringe e faringe. O paciente
embora sedento, não pode
beber água (hidrofobia). A
morte ocorre devido à asfixia,
exaustão ou paralisia geral.
TRATAMENTO
A profilaxia da raiva humana
pode ser feita pré ou pósexposição ao vírus. A profilaxia
pré-exposição é realizada com
vacinas, sendo indicada para as
pessoas que devido à atividade
profissional, correm o risco de
exposição ao vírus, como: veterinários,
pesquisadores
e
outros. A profilaxia pós–
exposição é indicada para as
pessoas que acidentalmente se
expuseram ao vírus. Consiste
na limpeza criteriosa da lesão e
na administração da vacina
anti-rábica, isoladamente ou
associada ao soro ou a
imunoglobulina humana antirábica. Este é o único meio
disponível para evitar a morte
do paciente infectado, desde
que adequada e oportunamente
aplicada. Após a instalação do
quadro clínico, não existe
tratamento específico para a
doença. As únicas condutas
possíveis se limitam a diminuir o
sofrimento do paciente.
São raros os casos de pacientes
com quadro confirmado de raiva
que não evoluíram para óbito,
mesmo com o auxílio de todo
arsenal terapêutico moderno.
COMO SE DEVE PROCEDER
QUANDO AGREDIDO POR UM
ANIMAL, MESMO SE ELE
ESTIVER VACINADO CONTRA
A RAIVA.
Lavar
imediatamente
o
ferimento com água e sabão.
Procurar com urgência o Serviço
de Saúde mais próximo.
Não matar o animal, e sim
deixa-lo em observação durante
dez dias, para que se possa
identificar qualquer sinal indicativo da raiva.
Se o animal adoecer, morrer,
desaparecer ou mudar de
comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde.
Nunca interromper o tratamento
preventivo sem ordens médicas.
REFERÊNCIAS:
1.www.pasteur.saude.sp.gov.br.
2.Lima,.R.D.Manual de Farmacologia Clínica,Terapêutica e
Toxicologia.Editora Guanabara
Koogan. Rio de Janeiro, 1994
3. Informe Epidemiológico do
SUS. Volume 11- N 1, Jan/ Mar
2002.
Responsável: Patrícia Vasconcelos (Estudante de Farmácia), Revisão: Mirian Parente Monteiro (Doutora em
Farmacologia.)
Apoio:
Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Ceará – SINFARCE
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