melhora da dor de cabeça (enxaqueca) através da

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
VERA LUCIA DOS SANTOS
MELHORA DA DOR DE CABEÇA (ENXAQUECA)
ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA
Mogi das Cruzes
2014
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
VERA LUCIA DOS SANTOS
MELHORA DA DOR DE CABEÇA (ENXAQUECA)
ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA
Monografia apresentada ao Programa de Pós
graduação da Univerdade de Mogi das Cruzes,
como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Especialista em Acupuntura .
Orientadoras: Profª Romana de Souza Franco e
Profª Bernadete Nunes Stolai
Mogi das Cruzes
2014
VERA LUCIA DOS SANTOS
MELHORA DA DOR DE CABEÇA (ENXAQUECA)
ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA
Monografia apresentada ao Programa de Pós
graduação da Univerdade de Mogi das Cruzes,
como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Especialista em Acupuntura .
Aprovada em :____________________________
Comissão julgadora:
_____________________________________
Profª Romana de Souza Franco
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
____________________________________________
Profª Bernadete Nunes Stolai
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.
Provérbios 2.6
DEDICATÓRIA
À DEUS, pelo seu infinito amor.
A todos nossos familiares , vínculos eternos com o passado , presente e futuro.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à DEUS por ter dado a oportunidade de estar
realizando mais um de muitos sonhos da minha vida;
À minha família, que sempre apoiou minhas decisões e me incentivou nos
momentos difíceis. Agradecemos as nossas orientadoras Romana de Souza Franco,
Bernadete Nunes Stolai pela orientação e esclarecimentos de dúvidas surgidas
no decorrer desta pesquisa, e principalmente pela paciência.
Aos Professores Luiz A. Alfredo, Romana de Souza Franco, Bernadete Nunes
Stolai e Luiz Bernardo Leonelli pela dedicação e carinho apostados em nós durante
todo o correr do curso.
MUITO OBRIGADA !!!
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
2
METODOLOGIA ............................................................................................. 10
3
ACUPUNTURA ............................................................................................... 11
4
TEORIA YIN - YANG ...................................................................................... 13
5
TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS .............................................................. 15
6
BENEFICIOS DA ACUPUNTURA .................................................................. 16
7
REVISÃO DA NEUROANTOMIA.................................................................... 17
7.1
REVISÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) .................. 17
7.2
LOCALIZAÇÃO DA DOR E MERIDIANO RELACIONADO.......................... 17
7.3
CEFALÉIA .................................................................................................... 20
8
8.1
QUADRO CLINICO E CASSIFICAÇÃO DA CEFALÉIA ................................ 22
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA (CÓD: 2.2 DA SIC) ........... 22
9
CEFALÉIA SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) ....... 25
10
CEFALÉIA TIPO TENSÃO ............................................................................. 28
11
BASES TEÓRICAS PARA ACP NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA . 29
11.1
EFEITOS INIBITÓRIOS DA ACP NO NUCLEO CAUDAL DO TRIGÊMEO(
NTQ) E NO CORNO DORSAL DA MEDULA ESPINAL (CDME) .............................. 29
11.2
MODULAÇÃO CENTRAL DA ACP NO CDME ............................................ 30
11.3
MECANISMOS QUE ATUAM INDIRETAMENTE NA MEDULA ESPINAL .. 30
11.4
MODULAÇÃO PERIFÉRICA DA ACP ......................................................... 31
11.4.1 Critérios para inclusão ................................................................................ 31
11.4.2 Critérios para exclusão ................................................................................ 32
12
TRATAMENTO ............................................................................................... 32
12.1
LOCALIZAÇÃO E EXPLICAÇÃO DOS PONTOS UTILIZADOS PARA
TRATAMENTO.......................................................................................................... 34
13
CONCLUSÃO ................................................................................................. 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
RESUMO
A enxaqueca constitui um dos tipos mais frequentes de dor de cabeça, embora,
etiologicamente, ainda seja mal compreendida. Ocasiona uma série de
comportamentos de evitação que desencadeiam consequências físicas, sociais e
psicológicas nos indivíduos afetados; pode-se dizer que as maiores causas da
enxaqueca que acomete indivíduos hoje com maior freqüência se deve ao estresse,
vida agitada, etc. O tratamento com acupuntura promove o alívio da dor, permitindo
o retorno ao trabalho e melhor desempenho nas atividades diárias, proporcionando
uma melhora da qualidade de vida. O objetivo da presente pesquisa é coletar
evidências científicas da eficácia da acupuntura no tratamento dos portadores de
cefaléia, por meio de levantamento da literatura científica nacional e internacional
através de sites de confiança como Bireme, Scielo, Periódicos Capes e outros. Os
resultados terapêuticos e preventivos da acupuntura são obtidos através da
promoção da circulação livre do Qi (energia). Muitas teorias têm sido elaboradas
sobre os possíveis mecanismos fisiológicos com liberação de substâncias
analgésicas e antiinflamatórias. Conclui-se que há um consenso entre os autores
citados neste trabalho os quais relatam que a acupuntura está cada vez mais
respaldada em evidências científicas e que a acupuntura pode ser usada associada
a outros tratamentos ou de forma única e exclusiva no controle e tratamento da
cefaléia.
Palavras Chave: Cefaleia, Enxaqueca, acupuntura, eletroacupuntura, acupuntura
auricular.
ABSTRACT
Migraine is one of the most common types of headache , although etiologically , is
still poorly understood . Causes a series of avoidance behaviors that trigger physical
social and psychological consequences for affected individuals ; can be said that the
major causes of migraine that affects people today more often is due to stress, hectic
lifestyle, etc. . The acupuncture treatment promotes pain relief , allowing the return to
work and better performance in daily activities , providing an improved quality of life.
The aim of this research is to collect scientific evidence for the efficacy of
acupuncture in the treatment of headache sufferers , by raising the national and
international scientific literature through trusted sites such Bireme , SCIELO
Portal.periodicos.Capes and others. The therapeutic and preventive acupuncture
results are obtained by promoting free movement of Qi (energy ) . Many theories
have been elaborated about the possible physiological mechanisms with release of
analgesic and anti-inflammatory substances . We conclude that there is consensus
among the authors cited in this study which reported that acupuncture is increasingly
supported by scientific evidence and that acupuncture can be used in combination
with other treatments or sole and exclusive control and treatment of headache .
Key words : Headache , Migraine , acupuncture, electroacupuncture auricular
acupuncture .
8
1 INTRODUÇÃO
Todo o meridiano yang da mão e do pé se encontra na cabeça, de fatores
endógenos ou exógenos podem provocar dor de cabeça, devido ao desarranjo de Qi
e sangue e retardo da circulação de Qi nos meridianos que atravessam a cabeça.
(Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing et al., 1995). De acordo com
Umlauf (1988), um serviço de acupuntura no Hospital-Escola de Brno-Bohunice, na
Ex-Tcheco-Eslováquia, atendeu 14.340 pacientes, dos quais 9% apresentavam
distúrbios neurológicos, incluindo dor de cabeça, enxaqueca e neuralgia do
trigêmeo.
Segundo Kansaon (2001), a cefaléia cervicogênica acomete principalmente
mulheres, que se queixam de dores unilaterais da cabeça. A intensidade é
moderada a intensa; o caráter pode ser pulsátil, freqüentemente, a dor se inicia na
região occipital e cervical, irradiando-se anteriormente no mesmo lado. Náuseas e
vômitos, fono e fotofobia podem ocorrer, os ataques são provocados por
movimentação do pescoço ou digito pressão.
Segundo Ezzo apud Christ & Hsing (2005), a dor é a principal queixa dos
pacientes e estima-se que nos Estados Unidos são gastos anualmente cerca de um
milhão de dólares somente com a acupuntura. A dor é parte integrante da vida,
presente ao longo de todo o ciclo desenvolvimental desde o nascimento até a morte.
Aparece associada a doenças, processos inflamatórios, acidentes e procedimentos
médicos ou cirúrgicos e, embora tão desagradável e estressante, é essencial para a
sobrevivência porque exerce uma função protetora para o organismo. Pai (2004),
afirma que a dor é um mecanismo de defesa importante porque alerta o indivíduo de
que alguma lesão está ocorrendo. Portanto, a intensidade e a freqüência da dor
podem exceder suas funções indicadoras e comprometer seriamente a qualidade de
vida da pessoa em sofrimento ou inabilitá-lo para diferentes atividades da vida diária.
(CARVALHO, 1999).
De acordo com a Portaria GM/MS n° 1.318 de 23 de julho de 2002, a dor
pode ser classificada de acordo com seu mecanismo fisiopatológico em: dor
nociceptiva e neuropática. A dor nociceptiva compreende a dor somática e visceral
e ocorre diretamente por estimulação química ou física de terminações nervosas
normais localizadas na pele ou tecidos mais profundos e é usualmente localizada.
9
Segundo Gomes et al. (2005), os receptores sensoriais, preferencialmente
sensíveis a estímulos nocivos encontram-se na pele, músculos, tecidos conjuntivos
e vísceras torácicas e abdominais. Caracterizam-se pelos seus padrões de reações
a estímulos cutâneos, mecânicos, térmicos e químicos. Uma vez ativados, os
nociceptores conduzem impulsos via fibras aferentes mielínicas finas A delta ou
fibras amielínicas C. A mensagem de dor é transportada destes receptores de dor
(nociceptores), nos tecidos periféricos até a medula espinhal e estruturas corticais e
sub-corticais. Os estímulos nociceptivos ativam pequenas fibras nervosas, incluindo
fibras C amielínicas e fibras A delta mielínicas. A estimulação das fibras C primitivas
produz dor com uma qualidade profunda (dor crônica) e um forte efeito emocional.
Ela pode ser inibida pela ação de fibras mielínicas maiores, incluindo os grupos A
delta e A beta.
De acordo com Levith et al. (2005) apud Christ & Hsing (2005) e Ernst &
White (2001), na medula, em especial nas laminas I, II, III e V do corno posterior,
são liberadas substâncias analgésicas como a substância P, somatostatina e
encefalina e no tálamo são liberadas substâncias, através de mecanismos neurohumorais, como a endorfina, encefalina e neurotransmissores, além do efeito
analgésico, consegue-se grande relaxamento muscular através de reflexo víscero –
somáticos e interseguimentares
A cefaléia (enxaqueca), apresenta alta incidência (93%), segundo Rafael
Junior e Martins (2003), sendo chamado de cefaléia do dia–a-dia. Esse nome surgiu
pelo fato de os indivíduos não se importarem muito com o quadro de cefaléia,
fazendo uso de automedicação, ocasionando o agravamento e cronicidade do caso.
Além disso, vários fatores do ¨dia-a-dia¨ desencadeiam crises de cefaléia: tensão
emocional, tensão muscular, substâncias tóxicas entre outros.
O tratamento com acupuntura proporciona uma melhora da qualidade de vida,
melhora promove a recuperação total da dor do indivíduo como cefaléia, permitindo
o retorno ao trabalho e melhor desempenho nas atividades diárias (DARELLA,
2000).
O objetivo da presente pesquisa é coletar evidências científicas da eficácia da
acupuntura no tratamento dos portadores de cefaléia, por meio da
Bibliográfica.
Pesquisa
10
2 METODOLOGIA
A presente monografia tem como objetivo primordial constituir uma revisão
abrangente acerca das cefaléias na população. Inicialmente o autor pretende
mostrar a relevância do tema, fazendo uma breve incursão pelos aspectos históricos
das cefaléias na população, dados epidemiológicos acerca dos tipos de cefaléia,
evoluções na ICHD (International Classification of Headache Disease) e respectivo
impacto e repercussões no diagnóstico e ainda algumas particularidades desta
população.
O tema é abordado em várias vertentes, foi realizado uma revisão da
literatura cientifica nacional e internacional através de sites de confiança como
livros, artigos, revista e jornais on-line, Bireme, Scielo, no Banco de teses da CAPES
e no banco de dados do Google acadêmico utilizando como descritores de assunto
expressões de linguagem simples, integrando a história clínica em indivíduo com
cefaléia; aspectos da genética e fisiopatologia de cada uma das cefaléias,
atualmente para o tratamento farmacológico das cefaléias em crianças e
adolescentes e o prognóstico clínico. Com o intuito de enriquecer o tema tratado e
numa perspectiva holística, fez-se ainda referência a aspectos psicológicos,
comorbilidades e qualidade de vida, bem como as novas abordagens terapêuticas
não-farmacológicas.
O texto foi produzido de acordo com as normas da ABNT, segundo o Manual
de Trabalhos Acadêmicos da UMC.
11
3 ACUPUNTURA
De acordo com Sussmann (1973, p. 33), a acupuntura nasceu no Extremo
Oriente, mais precisamente na China e, embora faltem dados arqueológicos
precisos, presume-se que sua origem remonte há uns 5 mil anos. O Nei-Ching,
considerado a Bíblia dos chineses, foi o primeiro livro a tratar a acupuntura de forma
exaustiva, cuja autoria foi atribuída ao Imperador Huang-Ti, que teria existido há
2800 anos a. C. Este livro foi encontrado no terceiro século a.C. e descreve toda a
ciência do diagnóstico e do tratamento por meio de agulhas.
A palavra “acupuntura” origina-se do latim, a partir de acus (agulha) e
punctura (puncionar). A Acupuntura refere-se, portanto, à inserção de agulhas
através da pele, nos tecidos subjacentes, em diferentes profundidades e em pontos
estratégicos do corpo, para produzir o efeito terapêutico desejado (KIDSON, 2006).
A acupuntura é vista como um tratamento que vem se tornando cada vez
mais popular nestes últimos tempos. A arte de prevenção e cura se destaca por
seus princípios básicos que visam restabelecer desequilíbrios do corpo através de
métodos não convencionais.
Ao
passo
dos
grandes
avanços
na
medicina
convencional,
com
medicamentos e equipamentos de alta tecnologia continuamente descobertos, a
acupuntura, baseada em princípios de extraordinária experiência e sabedoria, é
retomada com destaque atualmente, por atuar em leis naturais de restabelecimento.
É, portanto, muito mais que esperado que estas duas realidades se integrem com a
intenção de ordenar o principal objetivo do profissional da área médica, que é curar
e preservar a saúde.
A acupuntura tem recebido grande destaque na mídia nas últimas décadas
como uma modalidade terapêutica alternativa aos tratamentos convencionais.
(LEVITT, 2005 apud CHRIST & HSING, 2005). Sendo a mesma parcialmente
recomendada por parte da classe médica – muito claramente pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) para tratamento de variadas doenças.
A acupuntura é uma técnica de tratamento que consiste no estímulo de
pontos na superfície da pele, utilizados neste processo: agulhas, ventosas,
massagens e até calor proveniente da queima da moxa (moxabustão), preparada à
12
partir da erva Artemísia (FERREIRA, 1999).
De grande eficácia e requerendo
equipamento muito simples, a prática da acupuntura é muito popular.
Bocheng, 2006 apud LIN, HSING e PAI, 2006, relata que, atormentado por
fortes dores de cabeça, o ministro Cao passava, às vezes, dias recluso em seus
aposentos no escuro e proibia os criados de falarem alto. Dessa forma, foi
convocado à corte Hua Tuo (110- 207 AC), eminente médico para tratar as crises de
cefaléia do poderoso ministro.
Hua Tuo (1990) diagnosticou como Cefaléia por Invasão de Vento
(enxaqueca) e aplicou algumas agulhas no ministro, durante uma de suas crises.
Houve melhora imediata do paciente e, como resultado, Cao voltou à sua rotina de
trabalho e nomeou Hua Tuo médico oficial da corte. Preferindo tratar de gente pobre,
Hua recusou as honras e voltou a clinicar entre as pessoas humildes, fato esse que,
posteriormente, levou-o a ser condenado e morto, sob acusação de desacato à
autoridade imperial
13
4 TEORIA YIN - YANG
Todas as coisas na natureza se desenvolvem sob influência
da
interação
entre Yin e Yang. No ideograma chinês, Yin e Yang estão representados pelos lados
ensolarado e sombrio da montanha. Em um processo dinâmico, os dois se
completam. Yin não pode
existir sem Yang,
as duas
forças se associam
para construir um todo. O sistema de polaridade Yin e Yang têm uma função
importante na medicina quanto à explicação do mecanismo da vida no corpo
humano e suas disfunções patológicas (STUX e POMERANZ, 2004, p.79-80).
O Yang representa todos os aspectos que se caracterizam por atividade,
comocalor, movimento, claridade, expansão, explosão, polaridade positiva, céu,
tambémo Sol e o homem. O Yin representa o oposto, ou seja, os aspectos que
caracterizam por atividade menor, como frio, repouso, escuridão, retração, implosão,
polaridade negativa, terra, também a Lua e a mulher. A doença tem origem quando
se instala um desequilíbrio entre o Yin e Yang (YAMAMURA, 2009, p.XLIV).
No corpo humano há órgãos de constituição frágil que
necessitam
da
proteção das costelas. São cinco órgãos: Coração, Pulmão, Rins, Baço-Pâncreas e
Fígado. Eles pertencem ao Yin e seus pontos principais estão localizados na região
ventral do corpo. Ao contrário, as vísceras menos protegidas e de constituição mais
forte como Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Bexiga, Vesícula Biliar e
Útero, são de natureza Yang (WEN, 2006, p. 18).
Segundo Maciocia (2004, p. 25), existem quatro aspectos da relação Yin e
Yang: Oposição de Yin e Yang: o Yin e Yang são tanto estágios opostos de um ciclo
como estados de agregação. Nada no mundo natural escapa a essa oposição. Essa
mesma contradição interna constitui a força motriz de toda modificação,
desenvolvimento e deterioração das coisas. Interdependência de Yin e
Yang:
embora Yin e Yang sejam opostos, são também interdependentes: um não pode
existir sem o outro. Tudo contém as forças opostas que são mutuamente exclusivas,
mas, ao mesmo tempo, dependem uma da outra.
Consumo mútuo de Yin e Yang: o Yin e o Yang estão num estado constante
de equilíbrio dinâmico que é mantido por meio de um ajuste contínuo de seus níveis
relativos. Quando tanto o Yin como o Yang estão em desequilíbrio, eles afetam-se
mutuamente e modificam sua proporção, alcançando um novo equilíbrio.
14
lntertransformação de Yin e Yang: o Yin e Yang não são estáticos, mas eles
realmente se transformam um no outro. O Yin pode transformar-se em Yang e viceversa. Tal mudança não acontece a esmo, mas
desenvolvimento de alguma coisa.
em determinados estágios de
15
5 TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS
A Teoria dos cinco elementos permitiu a padronização da visão milenar dos
filósofos naturalistas.Por meio desse sistema a medicina tradicional hinesa
classificou a grande variabilidade dos processos naturais e os eventos da
transformação observados na natureza.Os cinco elementos são Madeira, Fogo,
Terra, Metal e Água. Esses elementos básicos estão intimamente interligados, de
modo que entre si, são estimulados, inibidos e controlados (STUX e POMERANZ,
2004, p.84). Essa teoria ocupa um lugar importante na medicina chinesa, porque
todos os fenômenos dos tecidos órgão da fisiologia e da patologia do corpo humano,
estão classificados e são interpretados pelas inter-relações desses elementos
(WEN, 2006, p. 21)
Os dois princípios básicos dos cinco movimento em condição de normalidade
referem-se aos conceitos de “geração” e “dominância”. O princípio de geração
estabelece que cada movimento gera o movimento seguinte, essa inter-relação é
conhecida como regra “mãe-filho”, sendo chamado de mãe o movimento que gera, e
de filho o que foi gerado. O princípio de dominância estabelece que cada movimento
apresenta dominância sobre o movimento que sucede, isto é, aquele que ele gerou,
esse princípio é também conhecido como regra “avô-neto”, chama-se de avô
o
movimento que domina, e de neto, o que é dominado.O princípio de dominância
tem finalidade de controlar o crescimento desenfreado que ocorreria se houvesse
semente o princípio da geração (YAMAMURA, 2009, p.XLVII).
Segundo Maciocia (2004, p.25), o ciclo de dominânci excessiva ocorre quando
a relação de controle entre os elementos fica desorientada e torna-se excessiva
sobre o
próximos elementos Similarmente às funções fisiológicas, a relação da
seqüência de dominância excessiva pode ser explicada em termos de condição
patológica dos Órgãos Internos. A contra dominância é uma situação que ocorre
quando um movimento se torna excessivo e volta-se contra aquele que normalmente
o domina: o neto volta-se contra o avô (YAMAMURA, 2009, p.XLIX).
16
6 BENEFICIOS DA ACUPUNTURA
Uma das formas, para se obter tal êxito é o uso da acupuntura. Para Ross
(1994, p. 10), a acupuntura baseia-se no uso de pontos que se situam sobre os
canais localizados em lugares anatômicos específicos e representam os pontos nos
quais os fluxos de substâncias dentro dos canais podem ser ajustados, a fim de
promover a harmonia corpórea.
Dessa forma, o fluxo energético dos canais de energia refletem e
demonstram o estado dos Zang Fu. Quando fatores alteram a qualidade e
quantidade do fluxo de Qi nos canais, podem ocasionar o surgimento de
manifestações clínicas. Portanto,por meio dos pontos de acupuntura dos canais, que
são a expressão dos Zang Fu, ao nível mais externo, é possível atuar no exterior
(parte somática) para tratar e fortalecer os Zang Fu, situados no interior.
A acupuntura atua aumentando a ação do Sistema Supressor de Dor. No
encéfalo e no hipotálamo, existem complexos nervosos reguladores das sensações
de dor os quais uma vez estimulados por agulhas nos terminais nervosos (pontos),
geram um impulso que aumenta a liberação de neurotransmissores no complexo
supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico em nível cerebral. Além
disso, atua na liberação dos espinhal para o cérebro e nas células brancas do local
inflamado, a acupuntura provoca maior concentração de endorfina, e esta atua como
analgésico local. (PAI,2004).
Antigos estudos sobre a acupuntura no ocidente mostram que os médicos
não usavam as agulhas em pontos de acupuntura tradicional da medicina chinesa e
sim
pontos Ashi para tratamentos das dores musculoesquelética. Esta prática
apresentava certos resultados positivos, entretanto hoje já sabemos que a dor não é
necessariamente sentida no local de sua origem. Mas que é referida para aquele
local através do sistema nervoso central. Entretanto essa é a gênese fundamental
da prática da medicina tradicional chinesa (BALDRY, 2007).
Ao inserir agulhas nos pontos Ashi (Acupuntos sintomáticos) promovemos um
efeito não especifico da terapia de acupuntura, pois não gera a restauração da
homeostase, ou seja, do equilíbrio orgânico. A utilização de pontos sintomáticos
gera efeito específico,pois promove lesões no
tecidos moles já sensibilizados
acelerando diretamente a recuperação local (YUN-TA et al, 2006).
17
7 REVISÃO DA NEUROANATOMIA
7.1 REVISÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
De acordo com a teoria das comportas (MELZACK E WALL, 2001), o sistema
nervoso apresenta uma unidade básica de controle denominada sinapse, onde
sinais passam das fibrilas terminais de um neurônio para a célula neural seguinte.
Ocorre a secreção de uma substancia neurotransmissora que pode ser excitatória,
quando inibitória, que permitira a reação desencadeada no neurônio seguinte. As
fibras nervosas nociceptoras individuais podem responder a um simples estímulo,
como uma forte pressão mecânica ou o calor e o frio, ou podem ser polimodais, isto
é, respondem a muitos estímulos. O estímulo nociceptivo é processado ou
“modulado” em sua passagem através do SNC (Sistema Nervoso Central) e pode ou
não resultar na experiência desagradável que reconhecemos como dor.
No encéfalo e no hipotálamo, existem complexos nervosos reguladores das
sensações de dor, os quais, uma vez estimulados por agulhas nos terminais
nervosos
(pontos),
geram
um
impulso
que
aumenta
a
liberação
de
neurotransmissores no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito
analgésico em nível cerebral. Além disso, atua na liberação dos neurotransmissores
encefalina e dinorfina, que bloqueiam a transmissão de dor da medula espinhal para
o cérebro e, nas células brancas do local inflamado, a acupuntura provoca maior
concentração de endorfina, e esta atua como analgésico local. (PAI, 2004)
7.2 LOCALIZAÇÃO DA DOR E MERIDIANO RELACIONADO
Quando questionada quanto a localização da dor, a paciente referiu que sente
a região anterior da cabeça, principalmente quando movimenta o pescoço em
extensão, inclinação direita e rotação esquerda.
Cada parte do organismo está relacionada com as vísceras (Zang Fu) e seus
meridianos e colaterais. A localização da dor tem então valor para diagnosticar o
órgão ou o meridiano doente. (AUTEROCHE e NAVAILH, 1992, p. 38)
Conforme Oliveira (2003) salienta, a medicina tradicional chinesa tem uma
forma de avaliação diferente para a dor. Segundo os orientais, o organismo
humano é formado por cinco órgãos: coração, fígado, baço/pâncreas, pulmões
18
e rins. Eles agiriam como estações geradoras, produzindo uma energia que
circula pelo
corpo
através
de
canais, denominados
meridianos.
Seus
retransmissores seriam os intestinos e o estômago. Quando estes sofrem
agressões, a energia fica bloqueada em um dos meridianos e vem a dor. "Se a
força vital da vesícula biliar pára na cabeça, a pessoa pode ter enxaqueca", diz
o acupunturista Ysao Yamamura, da Universidade Federal de São Paulo.
O meridiano acometido em relação a dor e pela localização anatômica foi o da
Bexiga (figuras 1 e 2). A dor de cabeça é diferenciada de acordo com sua
localização e meridianos alimentadores. A dor de cabeça occipital e na nuca, está
relacionada com o Meridiano da Bexiga, Taiyang do Pé. (Escola de Medicina
Tradicional Chinesa de Beijing et al., 1995). Segundo Carneiro (1996), a cefaléia
encontra-se entre os principais sintomas de Zu Tai Yang Pang Guang Jing
(Meridiano da Bexiga). Cefaléias crônicas na região occipital são geralmente
atribuídas à Deficiência do Rim manifestando-se no Meridiano da Bexiga. Dores
agudas nesta região são atribuídas a invasão do vento externo (geralmente vento
frio) e determinam um padrão de ascensão de yang do fígado.(MACIOCIA, 1996, p.
55)
19
Figura 1: Vista lateral do meridiano da bexiga
Fonte: (Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing et al., 1995).
Figura 2: Vista anterior do meridiano da bexiga.
Fonte: (Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing et al., 1995).
20
7.3CEFALÉIA
A enxaqueca é a causa mais comum de dores de cabeça em adultos e
crianças. As crises de enxaqueca, geralmente, são desencadeadas por fadiga,
ansiedade, trauma, estresse, exercícios, agitação, doença e alguns medicamentos.
O protocolo de tratamento deve ser individualizado, baseando-se na idade do
paciente, freqüência e severidade das crises, bem como o consenso da família em
relação a métodos farmacológicos e não farmacológicos de tratamento. Os métodos
não farmacológicos incluem a eliminação dos fatores desencadeantes e terapia de
relaxamento para diminuição do estresse. (PINTOV et. al.(1997)
Em 1883, Eulemberg, na Alemanha, fez uso dos derivados do ergot para
tratar as cefaléias, administrado as doses via parenteral. Thompson, em 1984, nos
Estados Unidos fez uso dessa medicação utilizando as doses por via oral
(SILBERTEIN; LIPTON; GOADSBY, 1998).
Em 1998, foi estabelecida a classificação internacional de cefaléia,
melhorando a definição da cefaléia (KRYMCHANTOWSKI, 2001).
Além dessas novas normas outros critérios foram estabelecidos para conter
os abusos relacionados ao uso de analgésicos.
Atualmente desde 2003, a cefaléia teve seus critérios de diagnósticos
esclarecidos
e
mais
próximo
da
realidade
observada
nesses,
paciente
(RODRIGUES, 2001)
Vickers et. al (2004), diz que a enxaqueca e a cefaléia do tipo tensão dão
origem a custos notáveis de saúde, econômicos e sociais. Apesar dos benefícios da
medicação, muitos pacientes continuam experimentando a angústia e o rompimento
social. Isto leva os pacientes a tentar e aos profissionais de saúde a recomendarem
enfoques não farmacológicos para os cuidados para com a cefaléia.
A cada semana, 10% dos médicos clínico-gerais da Inglaterra encaminham
seus pacientes para a prática da acupuntura ou eles mesmos a praticam, sendo a
cefaléia uma das condições mais tratadas.
Raffaelli Jr. (2000) afirma que o uso indiscriminado de analgésicos leva a
cefaléia do tipo tensional crônica diária. Os analgésicos anunciados na mídia
indiscriminadamente estimulam a auto medicação e dão a idéia de que a cefaléia é
uma única patologia geralmente chamada de “enxaqueca”, não ajudando os
indivíduos perceberem que há mais de 150 tipos de cefaléias diferentes descritas.
21
Se o indivíduo tomar analgésicos em excesso, ele desobrigará as células nervosas
de funcionarem, até o ponto em que elas param de produzir endorfina, o que leva o
individuo a ingerir, cada vez mais analgésicos que, por sua vez, funcionarão cada
vez menos.
Aspectos psicológicos alterados também podem criar um estado de contração
exagerado de músculos Peri cranianos, representando uma fonte permanente e
excessiva de impulsos aferentes sobre um sistema antinociceptivo alterado e com
disfunção na modulação central da dor e da resposta dos neurotransmissores. Os
sintomas psicológicos podem ser exacerbados por esse processo, intensificando a
alça do cérebro – periferia – cérebro, trazendo mais sofrimento e mais dor
(KRYMCHANTOWSKI, 2003).
22
8 QUADRO CLINICO E CASSIFICAÇÃO DA CEFALÉIA
A descrição da cefaléia do tipo tensional, segundo Bordini (2001), é de uma dor
bilateral constritiva e, geralmente, não muito intensa. Ocorre, em média, com uma
freqüência menor ou igual 15 dias por mês (para cefaléia do tipo tensional episódica)
ou maior ou igual a 15 dias por mês (para cefaléia do tipo tensional crônica).
Náuseas ou vômitos, assim como fotofobia ou fonofobia estão ausentes, ou apenas
uma delas pode estar presente. O diagnóstico diferencial nem sempre é preciso.
Netter (1986) revela que a dor costuma ter início pela manhã e aumenta
gradativamente ao longo do dia, podendo persistir durante dias, semanas ou meses.
O perfil sócio demográfico do paciente é variável conforme a natureza crônica ou
episódica da cefaléia. A primeira tem prevalência menor, sendo mais freqüente em
indivíduos do sexo feminino e em populações com menores níveis educacionais.
Pode, também, aumentar com a idade. Já a cefaléia episódica tem prevalência em
indivíduos de nível educacional mais elevado e, também é mais comum em
mulheres. A faixa etária atingida costuma variar dos 20 aos 50 anos, piorando na
quarta década e diminuindo com a idade. Pacientes com a dor crônica tendem a
procurar ajuda profissional com mais freqüência devido à percepção de incomodo
persistente e suas conseqüências danosas às condições e enfretamento do dia-adia (BORDINI, 2001). Segundo Krymchantowski (2001), a maioria dos pacientes com
esse tipo de cefaléia não procura ajuda médica no período inicial do problema,
sendo comum utilizarem-se de automedicação com analgésicos indicados para
outros tipos de dores de cabeça. Há, ainda, o risco do uso abusivo de
medicamentos, conduzindo ao agravamento do problema, denominando “efeito
rebote”; além da possibilidade do desenvolvimento de dependência farmacológica
(HOLROYD et al., 2001).Os critérios diagnósticos da cefaléia do tipo tensional
episódica e crônica estão baseados no guia publicado pela International Headache
Society (sigla, em português, SIC), em 1998:
8.1 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA (CÓD: 2.2 DA SIC)
Pelo menos dez episódios prévios preenchendo o critério B. número de dias
com cefaléia < de 180/ano – ou seja, < 15/mês.b) cefaléia que pode durar de 30
23
minutos a sete dias. pelo menos duas das seguintes características da dor: caráter
de pressão/aperto (não pulsátil); intensidade de fraca a moderada (pode inibir, mas
não impedir as atividades); localização bilateral; não é agravada pelos esforços
físicos de rotina (como caminhar e subir escadas); ambos os itens: ausência de
náusea e vômitos (anorexia pode ocorrer); fotofobia e fonofobia estão ausentes, ou,
apenas um deles pode estar presente; e) pelo menos um dos seguintes itens:
história, exame físico e neurológico não sugere lesão orgânica;história, exame físico
ou neurológico sugere lesão orgânica que é descartada por investigação apropriada;
lesão orgânica está presente, mas a cefaléia do tipo tensional não ocorre pela
primeira vez em estreita relação temporal com ela.
OBS: a cefaléia do tipo tensional episódica pode ou ao estar associada com a
contração
dos
músculos
pericranianos
ao
exame
físico
ou
eletromiográfico.Classificação da Intensidade Crise (RABELLO; FORTE; GALVÃO,
2000).
LEVE: Cefaleia de fraca intensidade que não inibe e nem interfere com as
atividades diárias;
MODERADA: Cefaléia de media intensidade que inibe, mas não deixa o
individuo incapaz para as atividades diárias;
INTENSA: Cefaléia severa que deixa o indivíduo incapaz para exercer
atividades diárias.
O International Headache Society Comittee on Clinical Trials in TensionTypeheadache admite que a cefaleia de intensidade moderada apresenta um bom
prognóstico quando tratada adequadamente, pois, as cefaléias leves podem
melhorar de forma espontânea e, as intensas podem ser confundidas com crises de
enxaqueca. Considerando a dor como um evento potencialmente estressante, vários
estudos buscaram entender como indivíduos lidavam com episódios de dor típicos
da cefaléia de tensão, incluindo a adoção de estratégias que, ao invés de conduzir a
uma melhora da condição de doença, acabavam por contribuir para a sua
cronicidade (FLORES; COSTA JUNIOR, 2004).
De acordo com Rollnik et al. (2001), os pacientes com cefaléia do tipo
tensional episódica tendem a se perceber como capazes de maior controle sobre a
24
dor, não se diferenciando significativamente dos indivíduos normais. Já os pacientes
com dor crônica apresentam estados prévios de ansiedade e depressão mais
persistentes e um sentimento conseqüente de desamparo, adotando estratégias
menos eficazes de enfrentamento a dor. Entre essas estratégias incluem-se o uso
da religião como consolo, a aceitação da dor como um fato consumado, além de
respostas de fuga e esquiva. Os mesmos autores citados acima, levantaram a
hipótese de que a repetição de estratégias pouco funcionais para o manejo da dor
contribuiria para episódios prolongados de dor, gerando uma redução da qualidade
de vida e maior probabilidade de desencadeamento de um quadro clínico de
depressão. Os estudos sobre estratégias de enfrentamento em pacientes com
cefaléia apontam para um perfil de indivíduo que percebe eventos rotineiros como
estressores, revelando-se incapaz de reduzir os efeitos adversos por conta própria.
Verifica-se uma alta probabilidade de desempenhos típicos de fuga associados a
uma atitude de conformismo, especialmente quando o problema parece fugir ao seu
controle, o que aumenta a prevalência de episódios recorrentes de dor
crônica(FLORES; COSTA JUNIOR, 2004).Todas essas pesquisas parecem apontar
para fatores comuns que circulam pela tendência a exagerar os problemas diários, a
preocupar-se de forma excessiva, além da incapacidade em lidar eficientemente
com eles. Tal condição afeta deferentes aspectos da vida desses indivíduos,
conduzindo a uma gradual redução da qualidade de vida e percepção de piora da
doença (FLORES; COSTA JUNIOR,2004).
25
9 CEFALÉIA SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
(MTC)
De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, as aplicações proporcionam
o equilíbrio harmônico de energia e sangue entre os meridianos e órgãos
correspondentes. Segundo as explanações da Medicina Moderna, o estimulo feito
pelas agulhas no locais em que existam terminais nervosos gera impulsos elétricos
que ativam a liberação de substancias neurotransmissoras do Sistema Nervoso
Central, modulando as funções físicas e psíquicas. (PAI,2004).
Segundo a MTC, a cabeça é o local de encontro de todos os Canais de Energia
Yang da Mão e do Pé e, o Qi (energia) e o Xue (sangue) dos cinco órgãos Zang e
dos seus órgãos Fu fluem ascendentemente para a cabeça (XINNONG;HSIEN,
1999, p. 22).
De acordo com Ross (1994, p. 10), os Zang Fu são considerados como sendo
os sistemas de órgãos da Medicina Tradicional Chinesa, com a diferença de se
referirem às considerações de sistemas de órgãos em termos das inter-relações
funcionais, e não necessariamente de uma correspondência íntima entre os
sistemas dos órgãos como na concepção dos sistemas de órgãos da Medicina
Ocidental. Segundo o mesmo autor, os Zang apresentam características YIN, já os
Fu apresentam características YANG.
Cintract (1982, p. 14) reforça também que a saúde é o equilíbrio entre o YIN e
o YANG, duas evidencias complementares que modelam o macrocosmo e o
microcosmo de maneiras idênticas. Um leve desequilíbrio nesse sistema ocasiona
alteração funcional.
Nestas condições, objetivam-se corrigir as perturbações de equilíbrio YIN
YANG, restabelecendo, assim, a saúde.
Para Ross (1994, p. 20), as doenças são fatores que estão relacionados com
a origem da desarmonia do corpo; a Medicina Tradicional Chinesa considera três
grupos principais de fatores de doenças, compostos por fatores que são externos
quando surgem do ambiente interno, surgem dentro do corpo, e mistos, quando são
fatores de doenças que não são Internos e nem Externos, mas conhecidos como
mistos porque incluem: ocupação, nutrição, excessos, relacionamentos, exercícios e
outros.
26
Segundo Pai (2004), a acupuntura é um recurso terapêutico eficaz
principalmente pelo seu efeito analgésico. O que a acupuntura faz é estimular o
nosso sistema nervoso central para liberar substâncias que tem função supressora
da dor. Pesquisas mostram que o melhor estímulo para a liberação de encefalina é a
estimulação dolorosa bem discriminada e de baixa freqüência, similar à que é
gerada durante a acupuntura. Num levantamento feito entre 46 pacientes tratados
pela acupuntura, no ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor do HC – FMUSP,
os quais já foram submetidos a outras terapias (remédios, psicoterapia e fisioterapia,
mas sem sucesso), constataram-se, em média, 70% de melhora da dor. No
ocidente, a acupuntura ganhou credibilidade principalmente por seu efeito no alívio
da dor.
Com intuito de estudar o indivíduo e o seu meio, a Medicina Chinesa aborda
vários setores: de como pode o indivíduo crescer e desenvolver-se de maneira
normal e saudável, até os casos extremos do processo de adoecimento procurando
destacar cinco setores essenciais: a alimentação, que é a fonte mantenedora da
vida, a prática de atividade física (Tai Chi Chuan), a Acupuntura, as Ervas
Medicinais, que são formas de tratamento e o Tao Yin,baseado no treinamento
interior, além do estudo sobre a fisiologia e fisiopatologia energética dos Zang Fu
(Órgãos e Vísceras) (YAMAMURA, 2001 p. 116) Este sistema se fundamento no
conhecimento dos seguintes princípios teóricos: A relação de Yin/Yan, A Teoria dos
Cinco Elementos , Os Oito Princípios do Ba Gua, A Teoria dos Órgãos Zang Fu, Os
Meridianos de Energia.
A cefaléia pode ser causada por ataque de fatores endógenos ou exógenos
que ocasionam prejuízo do Qi e do Xue na cabeça e retardo da circulação do Qi nos
Canais de Energia que atravessam a cabeça (XINNONG; HSIEN, 1999 p.22).A
invasão de vento patogênico nos Canais de Energia e Colaterais é a principal causa
de cefaléia por fatores patogênicos exógenos, pois, quando o vento patogênico
invade o corpo humano, primeiro ataca a porção superior do corpo. Por outro lado, a
cefaléia causada por fatores endógenos se origina, freqüentemente, de hiperfunção
do Yang do Fígado (Gan) ou deficiência de Qi e Xue (MAO-LIAG, 2001).
Hiperatividade do Yang do Gan: a depressão a longo prazo do Qi do Ganpor um
distúrbio emocional, resulta num ataque ascendente do Fígado e da Vesícula Biliar,
que pode ser desencadeado por um ataque de raiva que danifica o yin (MAO-LIAG,
2001). Deficiência de ambos (Qi e Xue): a cefaléia pode ser desencadeada pela
27
ingestão irregular de alimentos, esforço excessivo e estresse (físico e/ ou mental),
doença crônica ou deficiência congênita. A deficiência de Xue, que acontece porque
a deficiência de Qi impede o Yang claro de ascender, não nutre a mente; portanto,
ocorre a cefaleia(XINNONG;HSIEN,1999).
O aspecto emocional exerce grande influência no desencadeamento da
cefaléia do tipo tensional e, de acordo com a MTC, as emoções freqüentemente
relacionadas ao quadro de cefaléias são:
raiva: ascensão do Yang do Gan; leva a ascensão do Fogo do Gan,causando
cefaléia na região do Meridiano de Dachang;
preocupação: causa estagnação do Qi, em particular no Qi do Fei(Pulmão) e Xin
(Coração); sendo uma causa indireta de cefaléia, uma vezque a deficiência de Qi do
Pulmão pode permitir a ascensão do Yang doFígado;
medo: a ansiedade e o medo prejudicam os Rins, causando cefaléia, tanto
diretamente pela deficiência do Rim, quanto indiretamente quando a deficiência do
Rim
provoca
ascensão
do
Yang do Fígado.
Essas condições descritas
anteriormente, em geral, estão relacionadas comum quadro de cefaléia do tipo
tensional episódica. Já, os quadros de cefaléia do tipo tensional crônica, mais
freqüentes na região occipital, são atribuídas à deficiência do Rim manifestando-se
no Meridiano da Bexiga (RODRIGUES, 2001).
28
10 CEFALÉIA TIPO TENSÃO
A cefaléia do tipo tensional (CTT) é, em sua forma episódica, a modalidade
mais freqüente de cefaléia primária, com uma prevalência anual estimada entre 30%
e 80%. Estudos dinamarqueses mostram prevalência anual de 83% em homens e
86% em mulheres. O inicio habitual situa-se entre os 20-40 anos e a historia familiar
de cefaléia foi referida por apenas 29% entre os examinados (migranea 69%). A
forma episódica e bem mais freqüente do que a crônica, o que deve explicar por que
apenas 16% doa pacientes de cefaléia tipo tensional procurem o médico.
Já foi conhecida como cefaléia tensional e já havia sido cognominada pelo
comitê de Bethesda, em 1962, como cefaléia de contração muscular, apresentando:
dores ou sensação do aperto, pressão ou constrição e amplamente variáveis na
freqüência, intensidade e duração, comumente suboccipitais (RAFFAELLI JUNIOR &
DA SILVA, 2002)
A classificação da International
Headache
Society
- SIC (2004)
divide as cefaleias do tipo tensional em três tipos de acordo com a freqüência dos
ataques: episódica infreqüente (menos que um ataque por mês ou 12 po ano),
episódica freqüente (de um a 14 ataques por mês); e crônica (15 ou mais ataques
por mês). As características clinicas dos três grupos de CTT são exatamente as
mesmas e são exemplificadas pela forma episódica (KRUMCHANTOWSKI et
al.,2004).
A cefaléia do tipo tensional episódica (CTTE) apresenta como critérios
diagnósticos pela menos dez crises ocorrendo em menos de um dia por mês em
media (< 12 dias por ano), com duração de 30 minutos a 7 dias e com pelo menos
duas das seguintes características : as dores referidas na superfície da cabeça do
tipo latejante e/ou em pressão, em facada e/ou pulsátil, em aperto e/ou
pontada de
intensidade leve a moderada, geradas apartir das estruturas profundas, resultantes
de estímulos dolorosos intracranianos, mas que resultam de dores originadas de
fora dele, ocasionadas por uma excitação direta ou
sensitivo
da
cabeça,
associada
a
fotofobia,
reflexa de algum nervo
fonofobia,
náuseas
(WANNMACHER e FERREIRA,2005; ARAÚJO e ALMEIDA,2009).
evômito
29
11 BASES TEÓRICAS PARA ACP NA MEDICINA TRADICIONAL
CHINESA
As indicações terapêuticas da ACP baseiam-se em uma teoria estrutural
complexa que incluem: Teorias Yin-Yang,Cinco Elementos, Qi e Sangue, Meridianos
e Pontos de ACP, a inserção de agulhas em pontos específicos apresenta melhor
eficácia do que em pontos não reconhecidos como pontos de ACP. A maioria dos
pontos de ACP localiza-se próximo aos nervos periféricos ou de suas
bifurcações,junções neuromusculares, vasos sanguíneos, ligamentos e linhas de
sutura do crânio; na face, os pontos são distribuídos ao longo das terminações do
nervo trigêmeo ou do facial. Langevin observou que há correspondência de 80%
entre os locais dos pontos de ACP e tecido conectivo intra ou intermuscular (ZHAO
2005, p. 30)
11.1 EFEITOS INIBITÓRIOS DA ACP NO NUCLEO CAUDAL DO TRIGÊMEO
(NTQ) E NO CORNO DORSAL DA MEDULA ESPINAL ( CDME)
O NCT é local da interação sináptica entre neurônios nociceptivos de 1ª e
2ªordem.. a expressão do gene C-fos é utilizada como medida de atividade neuronal
no NCT. Sua expressão é reduzida por drogas abortivas da enxaqueca
(sumatriptano, valproato). A ação da ACP no NCT é parcialmente medida pela
liberação local de substancia P (sP). A eletro-acupuntura (EA) inibe o potencial
evocado e a liberação de SP no NCT; esse efeito inibitório é antagonizado pelo prétratamento com naloxona ou metisergida, sugerindo que EA atua sobre o NCT
liberando
SP
e,
portanto.
havendo
modulação
de
sistemas
opioides
e
serotoninérgicos. (ZHAO 2005, p. 45)
O NTC envia sinais para o núcleo trigeminal rostral, formação reticular,
tálamo, hipotálamo, cerebelo ipsilateral, sistema límbico, córtex do giro do cíngulo,
córtex insular, área associativa visual e auditiva. O NTC recebe modulação inibitória
central de: núcleo trigaminal rostral, núcleo magno da rafe (NMR), núcleo dorsal da
rafe (NDR), substancia cinzenta periaquedutal (PAG), lócus cerúleos (LC), área
parabranquial, córtex insular, hipotálamo e córtex somatossensitivo. A ACP ativa
essas estruturas inibitórias ao NTC.
30
A EA aplicada em ratos no ponto ID 18 eleva a expressão de C-fos no NDR,
LC, hipotálamo e tálamo; no ponto E 44 diminui o aumento da expressão de C-fos
no NTC após estimulação da polpa dentaria e também aumenta na PAG. EA no
ponto E 36 (Zu Zan) aumentam as descargas de neurônios excitatórios
(serotoninérgicos) no NMR, que exercem atividade inibitória descendente aos
estímulos nociceptivos aplicados na cauda do rato.
O córtex somatossensitivo pode mediar ações no NTC através da ACP.
Pontecial evocado no NTC gerado pela estimulação da polpa dentaria pode ser
inibido pela EA e, esse efeito inibitório reduz após inativação funcional do córtex
somatossensitivo evidencia baseada no mecanismo da dor de cabeça (ZHAO 2005
pg.45)
11.2
MODULAÇÃO CENTRAL DA ACP NO CDME
Os neurônios dos cornos dorsais das raízes cervicais são funcionalmente
considerados extensão caudal do NTC e influenciam na fisiopatologia da enxaqueca.
Estudos animais sugerem que a ACP pode suprimir diretamente as respostas
nociceptivas no CDME.
Estudos com cães anestesiados mostram que a EA eleva os níveis de
met-encefalina na medula espinal cervical. O aumento da imunorreatividade da
encefalina na medula espinal correlaciona-se com o aumento do limiar de dor; e o
aumento
da
expressão
de
pró-encefalina
sugere
síntese
local
deste
precursor.(ZHAO 2005, P. 45)
Lee et. al. (2005), demonstraram aumento da expressão de C-fos na
medula espinal após estimulação nociceptiva e que a ACP a inibe, podendo ser
revertida pela naloxona
11.3 MECANISMOS QUE ATUAM INDIRETAMENTE NA MEDULA ESPINAL
PELA ACP
Inibição: pré-sináptica de aferentes primários nociceptivos para a medula espinal,
que leva ao aumento da liberação de encefalinas de interneurônios encefalinérgicos
da medida espinal durante a aplicação de ACP. A encefalilna liga-se ao receptor
opióide no aferente primário nociceptivo inibindo a liberação de sP nas terminações,
bloqueando a transmissão dolorosa.
31
Ativação: de neurônios das estruturas cerebrais rostrais que trafegam por vias
descendentes inibitórias ao CDME.
Impulsos modulatórios provenientes da amígdala e hpotálamoparaa PAG
enviam impulsos ao NMR; neurônios da NMR transmitem impulsos descendentes
inibitórios serotoninérgicos para neurônios do CDME. A EA aumenta os locais de
ligação e receptores na PAG, NMR, amígdala e hipotálamo, estimulando a liberação
de beta-endorfina no plasma e no liquor. A destruição ou remoção do hipotálamo e
da pituitária suprimem a analgesia resultante da EA, sugerindo que a analgesia é em
parte feita pelo sistema inibitório descendente hipotálamo-hipófise-PAG-NMR e que,
provavelmente, está; implicada na inibição central da nocicepção trigeminal e
também na patogênese da enxaqueca.
As vias inibitórias descendentes noradrenérgicas vindos do lócus cerúleos e
núcleo paragigantocelular ao CDME participam do sistema antinociceptivo. A EA
aumenta expressão de C-fos nos núcleos acima referidos LEE et. al, (2005).
11.4
MODULAÇÃO PERIFÉRICA DA ACP
Freqüentemente, nos estudos de tratamento da enxaqueca e cefaléia do tipo
tensão são incluídos a inserção de agulhas em alguns pontos cervicais (VB 20, B
10), provavelmente, porque estes alteram a função de neurônios cervicais
superiores. As anatomias destes dois pontos atingem músculos inervados pelas
raízes cervicais 2 a 5 e os impulsos nociceptivos atingem os miotomos e
dermatomos correspondentes.
Na prática clínica apesar da falta de provas sobre a eficácia da ACP de
acordo com a medicina baseada em evidências, a literatura acumulada indica que a
ACP pode ser tratamento eficaz no controle da enxaqueca e da cefaléia tipo tensão.
Há poucas evidencias nos demais tipos de cefaléia.
Cochrane (2005), avaliou a eficácia da ACP na enxaqueca e cefaléia do tipo
tensão concluiu que seu uso deve ser recomendado. Na pratica clinica, algumas
formas de ACP apresentam benefícios e aqueles pacientes que querem tentar a
acupuntura devem ser encorajados.
32
11.4.1 Critérios de inclusão
Apenas estudos controlados randomizados, trabalhos em inglês revistas de
saúde, médicos ou enfermagem. estudos que examinaram cefaléia por migrânea,
tipo tensional ou tensão muscular. apenas com grupo controle: nenhum tratamento,
placebo ou outro tratamento, trabalhos com resultados positivos ou negativos,
estudos dentro dos últimos 20 anos, estudado pelo menos: intensidade da dor
frequência, duração, etc.
11.4.2 Critérios de exclusão
Sem grupo controle, estudo de moxibustão, eletroacupuntura, terapia curricular
e acupressão. estudos que incluam dores no pescoço, costas, nevrálgicas, facial e
muscular , comparação de 2 tipos diferentes de acupuntura (ocidental x MTC),
exame de migrânea ou cefaléia como resultado de doenças como câncer ou outras
doenças crônicas dolorosas, período de avaliação inferior a 4 semanas, estudos
realizados antes.
33
12 TRATAMENTO
De acordo com os princípios da Medicina Chinesa, restaura o equilíbrio YinYang e desbloqueia os meridianos permitindo ao Qi fluir. Em pacientes com cefaléia
temporal ocorre excesso de Yang e deficiência de Yin, portanto, deve-se tonificar a
deficiência de Yin com agulhamento de pontos BP6 e R3; eliminar o excesso de
Yang drenando com agulhamento os pontos EX-CP 5 e IG 4. Ao tonificar-se o Yin
diminui a ansiedade, melhora o sono. Sedar o Yang melhora a cefaléia aguda e o
agulhamento dos pontos Ah-ski na cabeça alivia a dor.
De acordo com Lin, Hsing e Pai (2008), usando escala de escore para
cefaléia e questionário de qualidade de vida SF 36, realizaram um estudo
prospectivo, randomizado e controlado com 401 pacientes com queixa de cefaléia
crônica (maioria enxaqueca), na rede de atenção primária na Inglaterra e no País de
Gales. Eles testaram a acupuntura (12 sessões em três meses) além de medicação
contra os cuidados rotineiros (incluindo a medicação consagrada para a cefaléia). O
grupo da acupuntura teve melhora mais acentuada
na
(acupuntura
grupo
redução
em
34%
de
sintomas,
redução
diferença
em sintoma
ajustada
e
de
escala
de
controle
sintomas
16%
de
4,6, intervalo de confiança de
95% 2,2-7,5, P < 0,0002), teve 22 dias a menos de cefaléia (intervalo de confiança
de 95% 8-38), usou 15% a menos de medicação (p=0,02), teve 25% a menos de
visita a médico (P = 0,1), teve 15% a menos de ausência ao trabalho (p = 0,2). Zhao
e colaboradores (2008), numa revisão, estende a indicação da acupuntura para
outras cefaléias como tensional.
Em 2005, Wink relata que a acupuntura com a técnica de auriculoacupuntura
atua de forma eficaz no tratamento da cefaléia. Houve relatos da diminuição das
dores, aumento da sensação de bem estar, melhora da qualidade do sono, redução
da ansiedade relatada pelos pacientes tratados pela acupuntura. Através desses
estudo é possível observar que diferentes pesquisadores, concluíram que a
acupuntura pode ser utilizada como método único de tratamento da cefaléia, uma
vez que controla os sintomas e não possui efeitos colaterais.
34
12.1 LOCALIZAÇÃO E EXPLICAÇÃO DOS PONTOS UTILIZADOS PARA
TRATAMENTO
Nos quadros a seguir, apresentaremos estudos sobre indicações e pontos de
aplicação clínica para tonificação e sedação nos casos a saber:
Quadro 1 TONIFICAÇÃO
TONIFICAÇÃO
Ponto
BP6
R7
VC4
Localização
Indicações para o caso Aplicação Clínica
3 cum diretamente
acima da ponta do
maléolo medial,na
borda posteiror da
tíbia, na linha que
vai
desde
o
maléolo
medial
até o BP9
2
cun
imediatamente
acima do ponto
R3,
na
borda
anterior do tendão
calcâneo.
Na linha media do
abdome, 3 cum
abaixo do umbigo
Fezes moles,
atrofia muscular, insônia
e dor em membros
inferiores.
Esse é o ponto de cruzamento dos
três Meridianos yin do Pé,
Remove as obstruções dos
Meridianos, revigora as atividades
funcionais dos Luo e regulariza a
circulação do Qi e do Xue. A
cefaléia e Yang. O ponto BP6
regula os 3 yin do pé.
Inchaço nas pernas e Alivia a umidade, acalma a mente,
Atrofia muscular.
fortalece e
consolida o yang do organismo.
R7 faz subir o yin.
Freqüência
urinaria.
e
urgência Apresenta funções de tonificação
geral
e
reforço
do
Qi,
fortalecimento
do
Shen,
restauração do Qi do yang e
regularização
da
menstruação.VC4 também faz
subir o yinj e yang harmonizados.
Fonte: ESCOLA de Medicina Tradicional Chinesa (Beijing.et.al.,1995. DING, 1996 e PINHO, 2004
35
Quadro 2 - SEDAÇÃO
SEDAÇÃO
Ponto
Localização
Indicações para o
Aplicação Clínica
caso
C7
CS6
F2
VB34
VG14
B10
Na
dobra
transversal
do
pulso,
Na região articular
entre os ossos
pisiforme e a ulna,
na depressão.
do lado radial do
músculo flexor
ulnar do carpo
2 cun acima da
dobra transversal
do pulso, entre os
tendões dos
músculos palmar
longo e flexor
radial do carpo.
Entre o 1º e 2º
dedos
d
pé,
proximal a margem
da membrana
Na
depressão
anterior e inferior
da
cabeça
da
fíbula.
Entre os processos
espinhais da 7ª
vértebra cervical e
1ª
vértebra
torácica,
aproximadamente
no nível do ombro
1,3 cun lateral ao
ponto
VG
15,
dentro da linha
posterior do couro
cabeludo na face
lateral do músculo
trapézio.
Insônia
Acalma a mente e o coração e
remove
a
obstrução
do
meridiano.
Rouquidão, peso no
Regulariza a circulação do Q.I. e
ombro e nas costas, pacifica o Wei, acalma o Xin e a
constipação e insônia.
mente e alivia a dor.
Inchaço e dor nos olhos, Alivia o Gana e regulariza a
cefaleia, insônia, visão circulação do Q.I. Atua para a
turva e fraca
dor e o relaxamento da
musculatura.
Atrofia
muscular, É um dos oito pontos influentes
dormência e dor em relacionados
aos
tendões.
membros inferiores e Suaviza o Gan, promove a
ombros, dor nas regiões função do Dan, elimina o calor e
do estomago e entorse a umidade, fortalece a região
do pescoço
lombar e as extremidades
inferiores . Atua para o
relaxamento da musculatura.
Rigidez no pescoço, Dissipa o vento e o frio, remove
pressão e sensação de as obstruções dos meridianos,
peso na cabeça
regulariza a circulação de Q.I.,
impede a ascendência irregular
do Q.I., acalma a mente e alivia
espasmos. Excesso de yang.
Cefaléia,
rigidez
e
contraturas do pescoço,
dor no pescoço, ombro
e nas costas.
Elimina o vento, removem às
obstruções
dos
colaterais,
desobscurece
a mente
e
interrompe a dor.
Fonte: ESCOLA de Medicina Tradicional Chinesa (Beijing.et.al.,1995. DING, 1996 e PINHO, 2004)
36
O estudo de Karst et al (2000) teve como objetivo avaliar o papel dos
mecanismos musculares na cefaleia crônica tipo tensão (CCTT), com o uso de
acupuntura com agulhas e das alterações provocadas pela aplicação da mesma no
limiar de dor à pressão (LDP) dos pacientes afetados. A técnica da acupuntura foi
escolhida pelo fato de já ter mostrado resultados positivos em outras síndromes
dolorosas mio faciais.
Os resultados terapêuticos e preventivos da acupuntura são obtidos através
da promoção da circulação livre de Qi. e do sangue estimulando os pontos e
meridianos. (Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing et al., 1995). A
acupuntura trata o paciente através de seu equilíbrio energético, propiciando o
retorno da normalidade em todo organismo, não apenas energeticamente, mas
também químico-biológico, pois esta energia do corpo que manipulamos, através
dos estímulos de pontos específicos, comanda toda a fisiologia do nosso organismo.
(AGOSTINHO, 2004)
Para esta pesquisa foram utilizadas agulhas filiformes fabricadas com aço
inoxidável tamanho 0,30 x 0,40mm. A inserção das agulhas foi realizada até a
paciente obter o QI. Quanto à esterilização dos equipamentos (agulhas, bandeja e
pinça), foram mantidos todos os cuidados descritos no Manual de Biossegurança em
Acupuntura (NOGUEIRA & MAKI, 2003).
O estudo foi realizado em 39 pacientes com idade média de 49 anos, com
CCTT, de acordo com a classificação da Sociedade Internacional de Cefaléia (lHS).
Estes, foram cuidadosamente examinados e acompanhados durante 4 semanas
antes do tratamento, durante o mesmo, e mais 6 semanas após seu término. O
tratamento consistiu em duas sessões de acupuntura semanais, durante cinco
semanas seguidas, resultando num total de 10 aplicações. Durante este período, os
pacientes mantiveram suas rotinas, porém, anotando o consumo diário de
analgésicos, intensidade da dor (medida por escala visual análoga- EVA, que ia de 0
= sem dor, a 10 = máximo de dor), local e duração dos ataques de cefaleia. Os
pacientes também eram solicitados a mensurar suas impressões clínicas global
(1CG), segundo uma escala (de - 4 a + 4) idealizada pelo Instituto Nacional de
Saúde Mental americano, (perfil de saúde Nottingham, questionário Freiburg de
convívio com enfermidades e escala von Zerssen de depressão) para avaliar os
parâmetros de qualidade de vida.
Os 39 pacientes foram divididos em dois grupos, de forma randomizada,
37
ficando 18 deles no grupo controle (placebo) e 21 no grupo teste (acupuntura
verdadeira).
Para a realização do estudo, o limiar de dor à pressão dos pacientes foi
mensurado (antes, durante e 6 semanas após as sessões de acupuntura) com o uso
de um ergômetro com uma sonda pressão-sensitiva na ponta, que era colocada
perpendicularmente à pele do paciente na região temporal, bilateralmente, onde, por
meio de palpação, se encontrasse a parte mais proeminente do músculo temporal.
Os pacientes eram orientados a apertar um botão assim que a pressão aplicada se
tornasse doloroso. Quando isso ocorria, a pressão era anotada e cessada. O
processo era repetido por 3 vezes e considerava-se a média dos valores obtidos.
O estudo foi duplo-cego, uma vez que nenhum daqueles que realizaram o
acompanhamento dos pacientes, as medidas de limiar de dor a pressão e as
análises estatísticas sabiam quem integrava um ou outro grupo (teste ou placebo).
Para se assegurarem de que os pacientes no poderiam distinguir entre a aplicação
real da acupuntura e o grupo placebo, os autores desse trabalho colocavam sobre
cada ponto de acupuntura a ser utilizado uma espuma elásticas em forma de cubo
através dos quais as agulhas eras. inseridas. As agulhas utilizadas no grupo eram
inseridas somente até que o paciente sentisse a '' picada'' enquanto que as agulhas
usadas no grupo teste eram agulhas comuns de acupuntura , inseridas até camadas
teciduais mais profundas. Os acupontos utilizados neste estudo foram VB 20, IG 4, F
3 e, dependendo dos sintomas apresentados e do local dos pontos sensíveis a
pressão, os acupontos VB 8, VB 14, VB 21, VB 41, B 2, B 10, B 60, P 7, TA 5, E 8. E
36, E 44, DM 20 e Extra 1 eram utilizados, sendo colocadas no máximo 15 agulha,
que permaneciam no local por 30 minutos.
Antes do início do estudo não foram encontradas diferenças significantes nos
valores de referência (iniciais) entre grupo controle e grupo teste em relação à EVA
e frequência dos ataques de cefaleia e parâmetros de qualidade de vida. Porém,
após as intervenções sofridas ocorreram alterações nestes valores. O LDP foi
aumentado em todos os pacientes, logo após o término do tratamento e 6 semanas
mais tarde, porém de forma insignificante no grupo controle e de forma significante
no grupo teste. Nos dois grupos houve uma importante redução dos valores da EVA,
entretanto, sem diferenças significativas entre eles. Os parâmetros de qualidade de
vida se mantiveram inalterados em ambos os grupos.
Segundo os autores Karst e Fink (2000), os efeitos do tratamento com
38
acupuntura são compostos de três fatores: efeito placebo (certamente obtido neste
estudo pois os pacientes não eram capazes de diferenciar entre aplicação real ou
falsa da acupuntura), respostas fisiológicas não específicas a simples perfuração da
pele e respostas específicas à estimulação dos acupontos escolhidos para o
tratamento. Os resultados obtidos nesta pesquisa, semelhantes aos de outros
estudos já realizados, suportam a hipótese de que a CCTT, provavelmente, é mais
causada por um sistema endógeno de controle da dor anormal do que por
problemas
miofasciais
dos
músculos
pericraniais,
que
podem
existir
independentemente da ocorrência desta doença, sendo apenas mais frequentes
nestes casos do que em indivíduos saudáveis. Em outras desordens miofasciais a
acupuntura já mostrou benefícios no que diz respeito à redução da sensibilidade
muscular, por seu efeito segmentar e local. Todavia, a questão levantada e porque
os mecanismos de ação heterosegmentares da acupuntura não produzem seus
efeitos benéficos em casos de CCTT neste trabalho ou em outros já realizados. Uma
das supostas razões é que o sistema endógeno de controle da dor nos casos de
CCTT esteja prejudicado a ponto de tornar impossível para a acupuntura compensar
este mau funcionamento.
Quadro 3 – Tabela simplificada de resultados obtidos
Placebo
Teste
Avaliações
EVA
,3
CG
,7
.9
.2
,8
,1
2,8
2,0
6,0
,3
,0
,6
,3
7,5
2,1
Frequência
7,2
DP esque
73,2
66,6
29,1
60,0
PD direito
54,7
58,9
12,9
66,2
1,2
,3
Analgésico 0,2
,3
,4
3,7
0= valores iniciais: 1 = ultimo dia de tratamento ; 2=6 semanas após o tratamento
Fonte: (KARST et. al, 2001)
Karst et. al, (2001) realizaram outro estudo de examinar se o tratamento com
acupuntura em pontos locais e distantes seria capaz de alterar ou aprimorar os
parâmetros de avaliação da cefaleia tipo tensão (CIT), como a escala visual análoga
39
(EVA), as impressões clinicas globais (ICG), a frequência dos ataques, o consumo
de analgésicos ou os níveis de depressões.
O estudo foi realizado em 69 pacientes com idade media de 48,1 anos,
portadores de CTT, de acordo com a classificação da Sociedade Internacional de
Cefaléia (1HS). Estes foram cuidadosamente examinados e acompanhados durante
4 semanas antes do tratamento, durante o mesmo, e mais 5 meses apos seu
término. O tratamento consistiu em duas sessões de acupuntura semanais, durante
cinco semanas seguidas, resultando num total de 10 aplicações. Durante este
período, os pacientes mantiveram suas rotinas, porém anotando o consumo diário
de analgésicos, intensidade da der (medida por escala visual análoga - EVA, que ia
de 0 = sem dor, a 10 = máximo de dor), local e duração dos ataques de cefaleia e
frequência dos mesmos (número de dias por mês com dor de cabeça). Os pacientes
também eram solicitados a mensurar suas impressões clinica globais (ICG),
segundo uma escala idealizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental americano e
preencher alguns formulários (perfil de saúde Nottingham - PSN, questionário
Freiburg de convívio com enfermidades 1 e 5- QFCE, escala von Zerssen de
depressão - EvZD, questionário da vida diária EQVD, escala de qualidade de vidaEQV) para servirem de parâmetros para a avaliação da qualidade de vida.
Antes do início do estudo não foram encontradas diferenças significantes nos
valores de referência (iniciais) entre grupo controle e grupo teste em relação à EVA
e frequência dos ataques de cefaleia. Porém, após o tratamento houve uma
significante melhora nestes dois parâmetros a cada avaliação, mas sem diferenças
importantes entre o grupo teste e placebo.
Em contraste, a EVA média (num período acima de 4 semanas) não se
alterou significantemente, sugerindo que a redução da frequência dos ataques é
mais provável que a redução da intensidade destes. Os parâmetros de qualidade de
vida (ICQ, perfil de saúde Nottingham) sofreram melhora significante, porém
moderada, após o tratamento real (grupo teste). Nenhuma outra alteração
significante pode ser observada no que diz respeito às outras variáveis avaliadas
Zhao et. al. (2005) a acupuntura (ACP) é modalidade terapêutica da Medicina
Tradicional Chinesa. O método baseia-se em aplicação de agulhas em vários pontos
do corpo.
40
13 CONCLUSÃO
Foi possível observar as seguintes conclusões:
Há um consenso entre os autores citados neste trabalho os quais relatam que
a acupuntura está cada vez mais respaldada em evidências científicas. Que a
técnica da acupuntura pode ser usada como técnica associada a outros tratamentos
ou de forma única e exclusiva no controle e /ou tratamento da cefaléia.
Demonstram a utilização de outras técnicas em conjunto com a acupuntura
como recurso terapêutico não farmacológico.
Maior tempo de duração em seus efeitos positivos em reduzir a freqüência e a
gravidade da cefaleia.
Portanto, acredita-se que o presente estudo deva ser utilizado como base
para novos conhecimentos, já que não se resume apenas a um único resultado,
fazendo-se necessário uma maior investigação científica para seu melhor
reconhecimento.
Sugere-se, então, a continuação de pesquisas sobre o assunto, objetivando
qualificar o atendimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
41
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