Brasil - Siqueira Castro

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INDICADORES
Brasil
Ações da Cielo ON (em R$)
Econom ico
40,80
41,27
41,20
40,36
38,66
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PUBLISHER RAMIRO ALVES . CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA . EDITORA CHEFE SONIA SOARES . QUARTA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2014 . ANO 6 . Nº 1.287 . R$ 3,00
Kevin Lamarque/ Reuters
Economias
crescem
pouco, mas
bancos têm
lucro maior
EUA e Rússia unidos contra EI
O presidente Barack Obama reuniu-se com membros da coalizão
contra o Estado Islâmico para avaliar os próximos passos da ofensiva. Em Paris, o secretário de Estado dos EUA,John Kerry, anunciou
o início da cooperação com a Rússia no combate ao grupo. P28
TELECOMUNICAÇÃO
Enquanto governos buscam a fórmula para estimular a economia sem elevar a inflação, as
instituições financeiras continuam a aumentar
seus ganhos. O JPMorgan registrou lucro de US$
5,6 bilhões no terceiro trimestre, enquanto o Citi
elevou o resultado em 13%. No Brasil não será
diferente, garantem analistas. P20e21
ENERGIA
Futurecom no Seca reduzirá
ritmo de espera economia com
da telefonia
horário de verão
O principal evento do setor, que
começou ontem em São Paulo, refletiu o momento da telefonia no
Brasil, que passa por uma série de
movimentações rumo à consolidação de empresas. P12e13
A estiagem histórica deste ano fará
com que o horário de verão,que entra em vigor no próximo domingo,
obtenha uma redução no uso das
termoelétricas menor do que a obtida nos anos anteriores. P9
OCTÁVIO COSTA
Evo Morales foi reeleito de forma
retumbante com um simples
segredo: um bom governo. P32
AUTOMANIA
Honda apresenta o esportivo Civic
SI, que custará R$ 119,9 mil e terá
apenas 100 unidades à venda. P19
Desigualdade está
crescendo no mundo
POR DENTRO
Infográfico mostra como a indústria
aprendeu a ganhar dinheiro com
material antes descartável. P16e17
LUIZ SÉRGIO GUIMARÃES
A especulação alcançou paroxismo
incapaz de respeitar até princípios
elementares de lógica. P22
O 1% mais ricos estão ainda mais ricos e detêm
praticamente metade da riqueza global, mostra
estudo do banco Crédit Suisse, que alerta para
o crescimento da desigualdade e para o risco de
ser um gatilho para a recessão. P26e27
Quarta-feira, 15 de outubro, 2014 Brasil Econômico 9
Divulgação
FEBRE CHIKUNGUNYA
Vírus confirmado em mulher em Minas
Minas Gerais é o terceiro estado a registrar o caso de transmissão da
febre chikungunya — uma mulher de 48 anos, moradora de
Matozinhos, região metropolitana de Belo Horizonte. Até a semana
passada, apenas a Bahia, com 156 casos, e o Amapá, com 17, tinham
casos de contaminação dentro do próprio estado. Há, ao todo, cerca
de 800 suspeitas de contaminação nesses dois estados. ABr
Divulgação
ECONOMIA
R$ 278 mi
Serão economizados em termos
de geração de energia térmica
com o horário de verão. O valor
está abaixo dos R$ 405 milhões do
verão passado.
4,5%
É a expectativa do Ministério de
Minas e Energia de redução de
consumo na ponta durante o
horário de verão, o equivalente
a 2.595 megawatts.
No horário de verão aproveita-se melhor a luz do sol e, assim, obtém-se maior racionalidade no uso da energia no pico, entre 18h e 21h
Horário de verão terá
maior uso de térmicas
Estiagem histórica fará que a economia com uso de usinas termoelétricas seja menor
do que na estação passada. Ainda assim, modelo ajudará a reduzir consumo de energia
Patrícia Büll
[email protected]
São Paulo
O secretário de Energia Elétrica
do Ministério de Minas e Energia,
Ildo Grüdtner, informou ontem
que o Brasil deverá economizar
R$ 278 milhões em termos de geração de energia térmica com o horário de verão, que começa à zero hora do dia 19 (meia-noite de sábado, 18). No verão passado, a redução foi de R$ 405 milhões. A diferença em valores, disse Grüdtner,
se deve principalmente ao uso intensivo das termelétricas neste
ano, por conta da estiagem histórica que o país enfrenta.
Ainda assim, segundo o secretário, o horário de verão representará uma economia de R$
4,5 bilhões em investimentos
que não precisarão ser feitos pelo setor para a construção de usinas térmicas movidas à gás. Moradores do Distrito Federal e de
mais dez estados de Centro-Oeste, Sudeste e Sul deverão permanecer com os relógios adianta-
dos em uma hora até o dia 22 de
fevereiro de 2015.
Para o professor titular da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo (USP) Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de
Água (Cerra/USP), a questão hídrica que o país enfrenta já coloca
em risco o abastecimento energético. Por isso, qualquer ajuda é benéfica, ainda que a redução do custo ocorra em menor escala do que
em anos anteriores.
“O horário de verão nada mais
é do que o deslocamento de tempo: o consumidor não modifica hábitos, apenas adia. Daí o impacto
pequeno na diminuição do consumo com sua adoção. Por outro lado, poderá ser mais benéfico, especialmente neste ano, ao utilizar
um volume menor de reserva de
água para geração de energia nos
horário de pico”, diz Hespanhol.
Opinião semelhante tem Simone Paschoal Nogueira, sócia da
área de Direito Ambiental da Siqueira Castro Advogados. Ela lembra que o país passa por um mo-
“
A adoção do horário
de verão poderá ser
mais benéfica,
especialmente neste
ano, ao utilizar um
volume menor de
reserva de água para
geração de energia
nos horário de pico”
Ivanildo Hespanhol
Professor titular da Escola
Politécnica da USP
mento em que todos estão preocupados com a estiagem e o riso de
falta de água. “Com o início do Horário de verão aproveita-se a luz
natural do dia por um período
maior de tempo, que traz menos
impactos sobre as hidrelétricas,
especialmente as do Sudeste, que
estão em risco de não conseguir
cumprir suas obrigações”, diz
Simone explica que a menor
quantidade de água nos reservatórios traz não apenas risco de desabastecimento, mas causa problemas para as máquinas usadas na geração de energia, já que elas passam
mais tempo fora de uso. “A própria
geração fica comprometida e coloca em risco o cumprimento de contratos que as geradoras têm com a
agência reguladora (Agência Nacionalde Energia Elétrica) e com as demais concessionárias, já que impossibilita a liberação de energia elétrica. Assim, qualquer economia de
uso de energia que o horário de verão acarreta, traz benefícios muito
grandes”, garante a advogada.
Ela lembra também que a legislação brasileira garante que, em
caso de risco de abastecimento de
recursos hídricos, o uso prioritário é para o consumo humano.
“Portanto, manter o horário de
verão neste ano ganha contornos
ainda mais importantes. Afinal,
se a situação hídrica permanecer
como está (com pouca chuva) a
opção pela falta de energia será
muito maior do que pelo corte de
fornecimento de água”, diz.
Segundo o secretário Grüdtner, com o horário de verão, o governo busca o melhor aproveitamento da luz do sol e, consequentemente, maior racionalidade no
uso da energia elétrica. O principal objetivo da medida é reduzir o
consumo de energia no horário de
pico, entre 18h e 21h.
Segundo o Ministério, isso evita a sobrecarga do sistema nas linhas de transmissão e diminui os
riscos de queda de energia. A expectativa da pasta é de que neste
horário de verão 2014/2015, a redução do consumo na ponta no
Brasil seja de 4,5%, ou 2.595 megawatts (MW).
Os estados em que o horário de
verão vai vigorar são Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
além do Distrito Federal. Os estados do Norte e Nordeste não adotam a medida devido à proximidade da Linha do Equador, o que faz
que a duração dos dias não apresente alterações significativas ao
longo do ano nessas regiões, tornando o efeito do horário de verão
praticamente nulo.
A medida vigora até zero hora
do dia 22 de fevereiro de 2015.
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