Celebrando a Páscoa do Senhor Êxodo 12.1-14 e 1 Co 15.3-8 e 12 -14 Introdução - Antecedentes Israel era um povo escravizado no Egito por mais de 400 anos, quando Deus envia Moisés para libertar o seu povo daquela escravidão. Receoso de perder os escravos que moviam o Egito, o faraó Ramsés não permitiu a saída dos hebreus. Através de manifestações que assustam os egípcios Deus destrói a credibilidade das divindades do Egito pagão. Por fim, com a dureza de coração de faraó, Deus manda Moisés anunciar a 10.ª praga que consistiria na morte de todo primogênito nas terras do Egito. 1. A Páscoa Judaica Para proteção dos primogênitos hebreus, Deus proveu-lhes o meio pelo qual seriam livres da morte. Nessa noite, o povo estaria vestido para viagem e de malas prontas para uma saída apressada. As famílias que observassem os preceitos dados seriam livres da morte. O exterminador passaria e pularia aquela casa. Significado – Páscoa quer dizer: passar por cima, pular, passar de largo, poupar. Cada família sacrificaria um cordeiro sem defeito e pintaria os umbrais da porta com seu sangue (Ex 12.7), o garantiria a segurança e o livramento. Nessa Páscoa (‘Passagem’) há um personagem central: o cordeiro (3-6), sem defeitos que seria sacrificado. Deus determinou que a Páscoa fosse comemorada anualmente como recordação do seu livramento (Ex 12.14, 25). A páscoa olhava para o livramento mas também olhava para a terra prometida e para o Salvador prometido – o Messias, o Cristo que viria. Vamos para a Páscoa cristã, a nossa Páscoa. 2. A nossa Páscoa A. Jesus: nosso cordeiro pascal -Na plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho, Jesus. João Batista, ao vê-lo, declarou: “ eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Jesus foi identificado com o mesmo cordeiro da “Páscoa Judaica”. Jesus, sem defeitos ou pecados, foi sacrificado na cruz para nos resgatar da escravidão do pecado e para nos dar uma nova vida. “Não cometeu pecado nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele quanto ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1Pe 2.22-23). “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca, como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53:7). 3. Significado da Páscoa para nós Se para os hebreus a primeira Páscoa terminava com o sacrifício do cordeiro e a aspersão do sangue nos umbrais das portas, a Páscoa cristã é mais abrangente e tem dois momentos de grande significado: 1) a morte de Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”; 2) sua ressureição. A ressurreição de Jesus A ressurreição faz do cristianismo a única e verdadeira religião, pois tem como ponto central um Deus vivo. Líderes de outras religiões também pregaram e morreram. Mas só Jesus ressuscitou. É único. Ele vive! Nossa Páscoa não termina com a morte, mas com a ressurreição, com a vida! Conclusão Jesus é a nossa Páscoa e substitui a Páscoa Judaica. Mt 26 narra a celebração da última Páscoa em que Jesus participou com seus discípulos. A partir do v. 26 é registrada a instituição da Páscoa cristã, a Ceia do Senhor, onde sua vida é simbolicamente representada pelo pão (sua carne) e pelo vinho (seu sangue), que Ele derramaria no Calvário pelo nosso pecado. A Ceia Memorial do Senhor deve nos lembrar do que o Senhor fez por nós e continuará fazendo. Devemos celebrá-la “até que Ele venha”.