Há dias em Ouro Preto, pensei sobre a importância de haver

28.jun.2006 (O Tempo)
O peso da metrópole
Identificar e medir até onde vai a real influência de Belo Horizonte sobre sua área
metropolitana e desse conjunto sobre todo o estado é uma das tarefas que se apresentam
ao Instituto Horizontes, no início dos trabalhos para a elaboração do Programa de
Desenvolvimento e Gestão da RMBH, o Pró-Metrópole, em parceria com a Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru).
Legalmente, a Região Metropolitana da capital mineira compreende 34 municípios,
além de outros 14 incluídos no chamado “colar metropolitano”. As relações desses
municípios com a capital, naturalmente, são diferenciadas, quer pela sua própria posição
geográfica, quer pela sua economia, quer por fatores de ordem cultural ou de qualquer outra
ordem.
Na elaboração de sua proposta para elaboração do Pró-Metrópole – que saiu
vencedora do concurso público promovido pelo governo estadual – o Instituto Horizontes
agrupou os 34 municípios em quatro “complexos”, para efeito de organização dos trabalhos,
e deu a eles os nomes dos pontos cardeais respectivos: Oeste, Norte, Sul e Noroeste. Belo
Horizonte, naturalmente, comparece nos quatro “complexos” e alguns municípios, por sua
extensão ou atividade econômica, comparecem a mais de um.
Essa divisão, entretanto, tem efeito meramente organizativo, não se prestando a
medir a extensão da área de influência da capital ou de algum dos demais municípios sobre
outros, sobre o conjunto metropolitano ou mesmo sobre o estado. Esta é uma questão ainda
em aberto, pois sua resposta dependerá da análise de dados e estudos já existentes e do
levantamento de outros sobre aspectos como fluxo migratório, potencial econômico e
cultura, entre outros.
Parte do trabalho já está em andamento, por meio da Fundação João Pinheiro, que
já catalogou mais de 1.300 estudos existentes sobre a RMBH, e de outras instituições
públicas e privadas. Mas há outras iniciativas a serem tomadas e entre essas o Instituto
Horizontes inclui convites a instituições, especialmente as universitárias, para que se
debrucem sobre as questões metropolitanas. Nesta semana, o IH teve promissora reunião
com o Doutorado em Geografia – Tratamento da Informação Espacial, da PUC Minas, que
se dispôs a realizar, entre outras, pesquisas que possam levar a respostas científicas para a
pergunta que abre esta coluna: até onde vai a real influência de BH sobre sua área
metropolitana?
Destaque para edição
Será preciso medir a extensão da área de influência da capital ou de algum dos
demais municípios sobre outros, sobre o conjunto metropolitano ou mesmo sobre o
estado.