Março / Abril 2009 - Hospital Ribeirão Pires

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Leitura
Saudável
Informativo do Hospital Ribeirão Pires • Ano IV • Nº 21 • Março / Abril – 2009
O paciente Noel Rosa
O compositor popular Noel Rosa nasceu no dia 11
de dezembro de 1910, no Rio de Janeiro.
O parto, feito a fórceps, resultou em uma fratura e
afundamento do maxilar inferior.
O queixo retraído, que os especialistas chamam de
retrognatismo, tornou-se sua característica física
mais marcante. Após alcançar o sucesso e viver na
boemia, Noel Rosa morreu jovem, aos 27 anos, de
tuberculose.
Coincidentemente, os dois problemas de saúde
que afetaram Noel são abordados nesta
edição. Conheça, na página 2, o Serviço
Buco-Maxilo Facial, que trata, entre
outros problemas, de deformidades faciais.
E, na página 3, saiba por que a tuberculose
é um problema de saúde pública. A boa
notícia é que, com o avanço da Medicina, nos dias
de hoje, os males que afligiram Noel seriam mais
facilmente tratados.
Veja também, na página 4, entrevista com a Drª. Adriana
Fubada Orra, Cirurgiã Vascular, sobre Erisipela
Hospital Ribeirão Pires completa 51 anos
Dia 9 de Março, o Hospital completou mais um
ano de atividades. Agradecemos a toda a equipe que
tem nos ajudado a cumprir nossa missão de oferecer
atendimento médico hospitalar humanizado, e aos
pacientes, que tem nos honrado com sua confiança.
Missão: Oferecer atendimento médico hospitalar humanizado.
Visão: Melhorar continuamente a qualidade e a satisfação de nossos clientes.
Valores: Ética; Responsabilidade Social; Desenvolvimento; Profissionalismo
Buco-Maxilo-Facial
A cura para aquela terrível dor de cabeça
pode estar no Cirurgião Buco-Maxilo-Facial
U
ma dor de cabeça persistente, que às vezes se
torna insuportável, alastrando-se até o pescoço,
braços, mãos e ouvidos, pode ser resultado
de uma DTM, sigla de Disfunção Têmporo Mandibular.
É esta a razão que leva 80% dos pacientes a procurar
o Ambulatório Buco-Maxilo-Facial do Hospital Ribeirão
Pires, a cargo do Dr. Felipe Pinesi e Dr. Celso Lima de
Castro Junior. Ambos são Cirurgiões Buco-Maxilo-Facial,
aptos a tratar todos os problemas que acometem a região
da boca, maxilares e face.
Na maior parte das vezes, o paciente procura primeiro
outros especialistas, como o otorrinolaringologista e o
neurologista, para saber o que provoca tanto desconforto.
Se a causa não for detectada, o paciente é encaminhado
aos Cirurgiões Buco-Maxilo-Facial.
“A queixa principal da DTM é uma dor de cabeça
terrível, que chega a causar tontura, dor de ouvido,
desconforto cervical e até dores nos braços e nas mãos”,
explica Dr. Felipe.
“O tratamento é multidisciplinar. Envolve ortodontista,
para prescrição e acompanhamento de aparelhos
corretivos, uso de medicamentos, como relaxantes
musculares, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, aculpunturista
e até psiquiatra ou psicoterapeuta, em alguns casos, já
que o estado emocional,
sobretudo o estresse,
pode agravar o
problema”, esclarece Dr.
Celso.
Casos mais graves podem exigir, inclusive, um
procedimento cirúrgico, em que o menisco da ATM é
reposicionado.
Além da DTM, os Cirurgiões Buco-Maxilo-Facial estão
preparados para tratar dos mais diversos transtornos
faciais, decorrentes de malformação ou de acidentes,
como os de trânsito ou os que envolvem armas de fogo.
São também os especialistas indicados para a retirar cistos
e tumores da cavidade oral e dentes, como os do Siso, e
para tratar dores nevrálgicas. Tratam, ainda, de casos de
paralisia facial.
Outra atribuição dos especialistas envolve o tratamento de
prognatismo (avanço da mandíbula) ou retrognatismo (queixo
retraído). Dr. Felipe e Dr. Celso lembram que esses dois
extremos, além dos problemas estéticos que causam a seus
portadores, também são causa de problemas funcionais, entre
os quais dificuldades de deglutição e de fala.
Para os especialistas, ninguém sabe melhor o que o
incomoda do que o próprio paciente. “Recomendamos
que a pessoa faça sempre um autoexame minucioso da sua
cavidade oral, dos dentes, bochechas. Se algo destoar, doer
ou mudar, procure um especialista”, diz Dr. Felipe. Ele alerta
que hoje, muitas cirurgias podem ser feitas em crianças,
com o uso de material reabsorvível, próprio para um corpo
em crescimento. “A
correção precoce evita
traumas e confere
melhor qualidade de
vida”, alerta.
Dr. Celso Lima de Castro Junior (a esq.) e Dr. Felipe Pinesi
Convênios
atendidos
pelo Hospital
Ribeirão Pires
2 – Leitura Saudável
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Afresp
AGF
Alcan
Amesp
Amico
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Caasp
Cabesp
Caixa Economica
Federal
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• Cassi
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• Correios
• Fundação Cesp
• Fundação São
Francisco Xavier
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• Green Line
• Ipiranga-Ampla
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Intermédica Saúde
Marítima
Medial
Medicol
Mediservice
Metrus
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Notre Dame
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Petrobras
Porto Seguro
Prensas Schuler
Previscania
Santa Helena
Sul América
Unibanco AIG
• Unihosp
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Infectologia
Tuberculose pode e
deve ser tratada
N
o passado, muita gente morria de tuberculose. Hoje, considerada um
problema de saúde pública, pode e deve ser tratada. Ainda assim,
é uma doença bastante presente, já que está associada a condições
sócioeconômicas desfavoráveis. “Quando se fala em tuberculose, a primeira ideia
que vem à cabeça é de pobreza. Porém, qualquer pessoa está sujeita a contrair a
doença, que é transmitida por via aérea, isto é: falando, tossindo, espirrando, e atinge
principalmente quem está com a saúde fragilizada”, explica o Dr. Martín Pérez Junior,
Médico Infectologista do Hospital Ribeirão Pires.
Segundo o médico, quem é portador do vírus HIV (que provoca AIDS), tem
diabetes, problemas renais, ou é alcoolista, está muito mais vulnerável a desenvolver
a tuberculose. Do grupo de risco também fazem parte pessoas que ficam confinadas,
como nas penitenciárias, ou que são mal nutridas, moram na rua ou em locais onde há
falta de espaço e de luz.
Dr. Martín Pérez Junior
A tuberculose pode
atingir qualquer parte do
corpo, mas em 80% dos
casos afeta os pulmões.
“Suspeitar de tuberculose
quando houver tosse por
mais de três semanas. O
paciente apresenta febre
baixa, tosse a princípio seca,
depois produtiva, escarro
hemoptoico, isto é, com
sangue, sudorese noturna,
emagrece e perde o apetite”,
explica o Dr. Martín.
Diante desses sintomas,
o médico deve ser
imediatamente procurado.
O diagnóstico é confirmado pelo exame laboratorial do escarro, que detecta o
bacilo transmissor da tuberculose, e pelo raio X de tórax, que pode mostrar o
comprometimento dos pulmões.
É doença de notificação compulsória: os órgãos de Saúde Pública devem ser
imediatamente informados e o doente tem direito a receber os medicamentos
necessários na rede pública de Saúde. “A tuberculose não afeta apenas o paciente, mas
todas as pessoas com quem ele convive, já que é uma doença contagiosa. Portanto, é
um problema de saúde pública”, lembra Dr. Martín.
O tratamento dura cerca de 6 meses, com uma dose diária de medicamento
via oral. O Infectologista diz que, a partir de duas semanas tomando o remédio, o
paciente não mais transmite a bactéria que causa a tuberculose.
Hoje, ao nascer, toda criança recebe a vacina BCG, que protege contra as formas
extrapulmonares de tuberculose que são as mais graves. Isto não impede que se
contraia a doença nos pulmões. “A melhor prevenção contra a tuberculose é cuidar
da saúde de forma geral, ter uma vida regrada, manter-se bem nutrido, moderação
quanto ao álcool, evitar aglomerações, frequentar ambientes arejados e que recebam
sol”, recomenda Dr. Martín.
Especialidades
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Alergologia
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Cardiologia
Cirurgia Cabeça e
Pescoço
Cirurgia Cardio
Vascular
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Cirurgia Infantil
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Clínica Médica
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Serviços
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Fisioterapia
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Otoneurológico
Prova de Função
Psicologia
Radiologia
Teste de Contato
Tomografia
Ultrassonografia
Além de todas
as especialidades,
o Hospital oferece
um canal direto
onde você poderá
dar sua sugestão:
ouvidoria@
hrpnet.com.br
Leitura Saudável –
3
Cirurgia Vascular
Veja como detectar e evitar a Erisipela
O
s principais sintomas são comuns a qualquer
quadro infeccioso: calafrios, febre alta, mal
estar, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Em
seguida, aparecem alterações da pele, variando de uma
simples vermelhidão local a dor, inchaço, formação de
bolhas com conteúdo claro ou purulento e úlceras com
necrose da pele. Desta forma se manifesta a Erisipela.
“É uma infecção de pele que pode atingir a gordura
subcutânea, quando então pode ser chamada de
celulite, de qualquer parte do corpo, causada por
bactéria do tipo Streptococo, que penetra na pele
e propaga-se pelos vasos linfáticos”, explica a Dra.
Adriana Fubada Orra, Cirurgiã Vascular do Hospital
Ribeirão Pires.
Segundo a médica, Streptococo é uma bactéria
comum na pele, mas que causa infecção quando
encontra um meio de penetrar. A porta de entrada
pode ser qualquer ferimento ou micose interdigital,
como a popular frieira.
Pernas inchadas também facilitam a propagação
da bactéria e, neste caso, provocam também gânglios
(ínguas) nas virilhas. Drª. Adriana lembra que alguns
grupos estão mais propensos a desenvolver a Erisipela.
É o caso de obesos, diabéticos, idosos e pessoas que
tenham lesões nas pernas, como úlceras, micoses e
rachaduras.
A primeira coisa a fazer ao notar os sintomas
é procurar um médico Cirurgião Vascular, que vai
receitar antibióticos adequados, recomendar repouso
para diminuir o inchaço e tratar as micoses associadas.
“Em geral, também recomendamos medidas
adequadas de higiene e prescrevemos medicações
de suporte, como antiinflamatórios, analgésicos,
venotônicos e diuréticos.”, explica Dra. Adriana.
Embora pareça um problema simples, a Erisipela
pode causar complicações sérias, se não for tratada
de forma adequada.
O paciente pode
ficar com manchas,
abscessos, ulcerações,
desenvolver trombose
venosa profunda e,
principalmente, um
linfedema, isto é,
um edema crônico e
persistente do membro
acometido, o que leva
ao reaparecimento da
doença.
Para prevenir a
Erisipela, a médica recomenda rigor com a higiene
pessoal, além de prevenir e tratar as micoses para
evitar portas de entrada da bactéria. Recomenda,
também, o controle de doenças de base, como
hipertensão, diabetes, obesidade e varizes. “Todas
elas podem causar inchaço nas pernas e provocar
a perda de imunidade, aumentando as chances do
reaparecimento da Erisipela”, adverte Dra. Adriana.
Dra. Adriana Fubada Orra
Dica de Português
Curiosidades da Língua Portuguesa: MAS x MAIS
Quantas vezes você já ouviu alguém falar: “Eu ia a tua casa, MAIS choveu.”?
Pois bem. É muito comum errarmos no cotidiano o uso de palavras em que
o som e a grafia são parecidos porque a fala é muito dinâmica e não paramos
para pensar antes de falar.
Vale então, lembrarmos alguns conceitos básicos da nossa querida
Gramática da Língua Portuguesa: MAIS é a palavra que funciona como
advérbio de intensidade ou pronome indefinido, como podemos observar o
exemplo: Esta casa vale mais que a do seu irmão; já a palavra MAS, funciona
como conjunção coordenativa adversativa que indica adversidade, oposição,
contrariedade e pode ser substituídos por outras conjunções de mesma
classificação (porém, contudo, todavia) como no exemplo: Marcos foi bem na
prova, MAS péssimo na redação.
Agora já podemos corrigir a primeira oração: “Eu ia a tua casa, MAS choveu”.
Viu como é fácil! A Língua Portuguesa não é um bicho de sete cabeças, MAS
sim uma língua bela que merece MAIS atenção de todos nós, falantes.
Um abraço e até a próxima curiosidade.
O Informativo Leitura Saudável conta
com a valiosa colaboração da professora
Simone Bertoldo:
• Professora de Língua Portuguesa e
Técnicas de Redação;
• Graduada em Letras e
Pedagogia;
• Pós-Graduada em
Gramática e Psicologia;
• Mestranda em
Língua Portuguesa.
Leitura Saudável é uma publicação do Hospital Ribeirão Pires dirigida a seus clientes e colaboradores. Rua Guimarães Carneiro, 52 – Núcleo Colonial
– CEP 09424-070 – Ribeirão Pires – SP – fone 4827-1000 – fax 4827-1099 – [email protected] – Comissão Editorial: Sandra Freitas, Miriam Gaspar,
Ana Cristina Rabello e Maria Angélica Tallarico Assef – Assessoria: SOMA Comunicação – fone 4123-7296 – Jornalista Responsável: Sonia Nabarrete
(MTb 10.887-SP) – Editoração Rogério Bregaida – Impressão: HM Ind. e Edit. Gráf. – Tiragem: 3.000 exemplares.
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