Resumo 7º ano – 05 – A Heliosfera

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Heliosfera
Diagrama da heliosfera no sistema solar.
A heliosfera é uma região periférica do Sol, preenchida pelo vento solar. A região é limitada
pela heliopausa (fronteira externa da heliosfera). Estudos desta região com instrumentos
acondicionados nas espaçonaves do Programa Pioneer (Pioneer 10 e Pioneer 11) e do
Programa Voyager (Voyager 1 e Voyager 2) confirmam que a heliosfera estende-se para além
do sistema solar, possivelmente até uma distância de 100 U.A. (cerca de 15 bilhões de
quilômetros) a partir do Sol.
Fronteira do Sistema Solar
O vento solar é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente a partir do
Sol em todas as direções. É como se esse "vento" inflasse uma gigantesca bolha no espaço bolha esta que chamamos de heliosfera, a região do espaço dominada pela influência do Sol e
no interior da qual ficam os planetas.
Ao invés de parado no espaço, nosso Sistema Solar move-se velozmente ao redor do centro da
Via Láctea, a nossa galáxia, o que o faz colidir com "ventos interestelares” (parecido com o
vento solar, mas produzido por todas as outras estrelas juntas), uma chuva de partículas
emitidas pelas outras estrelas e pelo centro galáctico (vejam a figura acima).
Em um determinado ponto, ainda não precisamente localizado no espaço, o vento solar e o
vento interestelar se encontram, equilibrando suas pressões e determinando a fronteira do
Sistema Solar.
Formato da heliosfera
Desta forma, traçar a fronteira do Sistema Solar equivale a desenhar o formato da heliosfera.
Devemos chamar a atenção, no entanto, que o tamanho da orbita dos planetas é bem menor
que o limite da heliosfera, o espaço que o Sol afeta vai muito além dos planetas (figura acima).
Esse formato tem sido alvo de acalorados debates há décadas. Os únicos dados concretos
disponíveis até hoje haviam sido coletados pelas duas sondas Voyager, os primeiros objetos
construídos pelo homem a deixar o Sistema Solar.
Viajando em direções opostas, as duas históricas sondas espaciais fizeram descobertas
surpreendentes quando cruzaram a fronteira do Sistema Solar. Mas seus instrumentos já
antigos, e o fato de tomarem medidas de apenas dois pontos de uma "bolha" de proporções
descomunais, não deixavam dúvidas de que os dados pontuais não eram suficientes para
quaisquer conclusões definitivas.
Mapa da heliosfera
Usando também dados da sonda Cassini, que está observando Saturno desde 2004, o grupo de
cientistas da sonda espacial IBEX construiu 14 mapas que colocaram os dados das sondas
Voyager em seu devido contexto, demonstrando a importância da obtenção de medições
globais.
"Pela primeira vez, nós estamos colocando
nossas cabeças para fora da atmosfera do
Sol e começando a entender realmente
nosso lugar na galáxia," comemorou o
Dr. David McComas, coordenador da
missão IBEX.
Em vez de uma heliosfera circular e
homogênea, os dados indicam a presença
de uma faixa estreita e extremamente
"brilhante" serpenteando pelo céu - onde
brilhante não se refere à luz, mas a uma
elevada concentração de partículas elétricas.
Novas teorias
Apesar dos seis artigos científicos publicados a partir dessas medições iniciais, os cientistas
afirmam que será necessário mais tempo para que se entenda perfeitamente os dados
coletados pela IBEX.
O formato da heliosfera, por exemplo, ainda não encontrou um consenso entre os
cientistas. "Os resultados da IBEX são absolutamente extraordinários, com emissões que não
podem ser explicadas por nenhuma teoria existente," diz McComas.
Ainda há muitas coisas para se entender sobre o formato dessa região chamada heliosfera,
mas por hora podemos dizer que é o espaço em torno do Sol onde ele tem mais influencia,
seja por seu magnetismo, por sua luz ou pelo vento solar.
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