Análise meiótica em brachiaria híbrida Cv. Mulato II 55º Congresso

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Análise meiótica em brachiaria híbrida Cv. Mulato II
Fernandes, RH1; Reis, DAR2; Drumond, LCD1; Pazza, R1
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva. Campus Rio Paranaíba - UFV
Escola Estadual Dr. Adiron Gonçalves Boaventura, Rio Paranaíba – MG
[email protected]
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Palavras-chave: forragem, citogenética, meiose, anormalidades meióticas
O grau de fertilidade das plantas pode ser interpretado de acordo com o comportamento meiótico, sendo que quanto
maior a estabilidade e maior normalidade nas divisões da meiose maior é o grau de fertilidade da planta. É sabido que
os genes que garantem o desenvolvimento meiótico podem sofrer mutações, comprometendo a seqüência normal
das fases da meiose. Em híbridos de brachiaria é normal uma grande ocorrência de anormalidade nas diversas
fases da meiose o que acarreta um baixo grau de fertilidade dos híbridos. A variedade híbrida Mulato II é resultado
de três gerações de cruzamentos, começando com a fertilização de um material de B. ruziziensis sexuado (linha
tetraplóide desenvolvida pela Universidade Católica de Louvian, Bélgica) por um acesso de B. decumbens (plantapai, fornecedora de pólen). Progênies sexuais deste primeiro cruzamento foram expostas à polinização aberta com
B. brizantha para gerar uma segunda geração de híbridos, da qual foi selecionado um genótipo sexual para a terceira
série de cruzamentos (também com B. brizantha) dando origem ao Mulato II. O objetivo do trabalho foi a análise
das células geradoras de pólen, analisando todas as fases da meiose, e identificando as possíveis anormalidades. As
amostras coletadas para fornecer o material de análise foram botões florais, que foram coletados e colocados em
uma solução de álcool e ácido acético na proporção de 3:1 e mantidos nessa solução por 24 horas em temperatura
de aproximadamente de 4°C e depois transferidos para uma solução de álcool 70%, e também mantido na geladeira
à aproximadamente 4°C. Para a coloração do material foi utilizado o corante Carmim propiônico 1%. As análises
totalizaram 195 células em divisão, sendo 140 células na meiose I e 55 na meiose II, na prófase I tivemos 5 células
(3%) em leptóteno, 18(9%) em zigóteno, 23 em paquíteno (12%), em diplóteno 11(6%), em diacinese 4 (2%),ou seja
totalizando 61 células(32%) na prófase I; em metáfase I tivemos 28 células(13%), 11(6%) em anáfase I, 40(19%) em
telófase I. Nas fases da meiose II foram analisadas 25 células (13%) na prófase II, 3 células(2%) em metáfase II, não
foram detectadas células na anáfase II, em telófase II foram 7 células(4%), e 21 tétrades (11%). As anormalidades
detectadas foram poucas (2%), destacando-se a ocorrência de uma pêntade sendo que uma das células apresentava
também um micronúcleo, duas metáfases com cromossomos retardatários e uma anáfase com uma segregação
irregular. Embora a freqüência de anormalidades esteja baixa por se tratar de um híbrido, o número de células
analisadas não é muito expressivo, impedindo maiores inferências sobre a origem da variedade.
Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG
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