ANATOMIA E FISIOLOGIA DA FARINGE A faringe é um órgão

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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA FARINGE

A faringe é um órgão tubular com a forma de um funil, com cerca de 12 a
14 cm de comprimento
 Está a frente da coluna vertebral e mantém estreitas ligações com quatro
órgãos:
as fossas nasais
a cavidade bucal
a laringe
o esófago.
Se divide em três seguimentos
 NASOFARINGE
 igualmente denominada rinofaringe,
 a parte mais larga do órgão
 estende-se desde a base do crânio até a parte posterior do palato mole.
 NASOFARINGE
 Nesta zona da faringe, existem umas estruturas específicas:
a amígdala faríngea (adenoides)
Óstios faríngeos da tuba auditiva
Torus tubário
Fosseta de rossenmuller
 OROFARINGE
 Comunica-se com a nasofaringe, hipofaringe e cavidade oral
 Conteúdo: base de língua, palato mole, á rea tonsilar (fossa amigdaliana,
pilares anterior e posterior e amígdala) e parede faríngea posterior.
 Limita-se:
superiormente pelo palato duro,
inferirormente pelo osso hió ide,
anteriormente pelo “v” lingual,
posteriormente pela parede faríngea posterior e
lateralmente palas amigdalas palatinas e pilares amigdalianos posteriores.
 CAVIDADE ORAL
 A cavidade oral se extende:
superiormente: dos lá bios à junçã o do pá lato duro e mole
Inferiormente: dos lá bios à linha das papilas circunvaladas.
É revestida por mucosa malpighiana, havendo pequenas variaçõ es
histoló gicas de acordo com a topografia.
 CAVIDADE ORAL
 A mucosa oral apresenta 5 tipos histoló gicos diferentes
1) semi-mucosa (zona de Klein - vermelhã o dos lá bios): o epité lio é delgado com
uma camada bem fina queratinizada, o có rion bem vascularizado desprovido de
anexos dé rmicos ou com poucas glâ ndulas sebá ceas.
2) mucosa livre (zona interna inferior dos lá bios, regiã o vestibular, vé u, pilares,
assoalho, regiã o ventral da língua e mucosa jugal).
3) mucosa aderente ou mastigató ria(gengiva e palato duro): epité lio pouco
queratinizado com um có rion provido de glâ ndulas salivares acessó rias, fixado
pelo perió steo ao plano ó sseo subjacente.
 CAVIDADE ORAL
 A mucosa oral apresenta 5 tipos histoló gicos diferentes
4) gengiva marginal ou borda livre gengival (parte da gengiva que suporta os
dentes e papilas interdentá rias): epité lio nã o queratinizado com fibras colá genas
em continuidade com o ligamento alvé olar dentá rio, que une o cimento que
recobre a raiz dentá ria ao osso alveolar.
5)mucosa lingual (face dorsal, lateral e grande parte da face inferior da língua):
mucosa dorsolingual conté m as papilas gustató rias, o có rion é fibroso se
inserindo diretamente sobre o plano muscular.
 HIPOFARINGE
 constitui a continuação natural da orofaringe
 está limitada pela frente pela laringe e
a baixo pelo esofago.
 FISIOLOGIA
DA FARINGE
 A faringe é o órgão responsável por funções como:
Ventilação
Deglutição
Fala
Reflexos
 ANATOMIA E FISIOLOGIA
DA
LARINGE
 JOÃO FELIPPE VILLARINHO
 Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF da UFRJ
 INTRODUÇÃO
 Órgão formado por:
Um osso
Cartilagens
Ligamentos
Músculos
ANATOMIA DA LARINGE
 ANATOMIA DA LARINGE
 Órgão único
 Situado na linha média e na parte anterior do pescoço
 No adulto mede cerca de:
4,5 cm verticalmente
4,0 cm transversalmente
3,5 cm antero-posteriormente
 Esta na topografia da vértebras C3 e C6
 ANATOMIA DA LARINGE
 Na criança
Posição mais alta
Tamanho: 2 cm
Formato Cônico
Área de maior estreitamento na subglote
 ANATOMIA DA LARINGE
 Esqueleto
Osso Hióide
 ANATOMIA DA LARINGE
 Esqueleto
Cartilagens
Epiglote
Tireóide
Cricóide
Aritenóides
Corniculadas
cuneiformes
ANATOMIA DA LARINGE
 Tireóide:
2 lâminas
Cornos superior e inferior
Incisuras tireoideas superior e inferior
Linha oblíqua
Membrana tiro-hióidea e ligamento cricotireóideo mediano e laterais
 ANATOMIA DA LARINGE
 Cricóide:
Arco
Lâmina
Articulação com aritenóides
Articulação com tireóide
Ligamento cricotraqueal
 ANATOMIA DA LARINGE
 Epiglote:
Ligamentos:
Tireo-epiglótico
Hio-epiglótico
 ANATOMIA DA LARINGE
 Aritenóides:
Processo vocal
 ANATOMIA DA LARINGE
 Corniculadas:
Articula com as aritenóides
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculos extrínsecos
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculos intrínsecos
M. tireoaritenóideo
(musc da prega vocal)
 M. cricotireóideo
 M. interaritenóideo
 M. cricoaritenóideo lateral
 M. cricoaritenóideo posterior
(abdutor)
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculo Tireoaritenóideo
forma a prega vocal
promove adução da prega vocal
tende a encurtar as pregas vocais
Tornando mais espessa e deixando a mucosa de revestimento solta e frouxa
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculo Cricotireóideo
principal tensor das pregas vocais
pregas vocais são alongadas e estiradas
tende a levar as pregas para uma posição paramediana
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculo Interaritenóideo
adução da região interaritenóidea
Pouco efeito na forma das pregas vocais
Músculo único
 ANATOMIA DA LARINGE
 Músculo Cricoaritenóideo lateral
adutor da prega vocal
aritenóide faz um movimento
de rotação sobre a cricóide
pequeno alongamento e
estiramento da prega vocal
ANATOMIA DA LARINGE
 Músculo Cricoaritenóideo posterior
abdutor das pregas vocais
elevação do processo vocal
da aritenóide
ANATOMIA DA LARINGE
 Inervação
Ramos do nervo vago
Laringeo superior => sensitivo e motor do CT
Laringeo recorrente => motor da musculatura intrínseca
 ANATOMIA DA LARINGE
 Vascularização
Arterial
a. laríngea superior
• Ramo da a. tireóidea superior
• Irriga epiglote e pregas vocais
a. cricotireóidea
• Ramo da a. tireóidea superior
• Irriga região subglótica
a. laríngea inferior
• Ramo da a. tireóidea inferior
• Irriga região posterior (aritenóides)
 ANATOMIA DA LARINGE
 Vascularização
Venosa
Veia laríngea superior => veia jugular interna
Veia laríngea inferior => veias tireóideas inferiores
ANATOMIA DA LARINGE
 Sistema Linfático
Drenagem supraglótica
Drenagem glótica => pobre em vasos linfáticos
Drenagem infraglótica
 Para Decorar…
 Único músculo abdutor:
 Único músculo ímpar:
 Único músculo inervado pelo n. laringeo superior:
 ANATOMIA DA LARINGE
 Revestimento mucoso das pregas vocais
Teoria do corpo e cobertura
Epitelio escamoso estratificado
Membrana basal
• Superficial
• Intermediária
• Profunda
Músculo vocal
 ANATOMIA DA LARINGE
 ANATOMIA DA LARINGE
 índice de proporção glótica (PG) é a relação
entre o
tamanho da porção fonatória (anterior)
e o tamanho
da porção respiratória (posterior) da glote.
Mulheres PG igual ou semelhante a 01 (um);
homens em torno de 1,3
crianças ao redor de 0,8.
Baixos índices de PG, observados em crianças e em mulheres, são
freqüentemente acompanhados de fechamento glótico incompleto, com
formação de fenda triangular médio-posterior
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Ventilatória
Regulação do fluxo aéreo
Tosse
Manobra de valsalva
Protetora durante a deglutição
 Fonação
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Receptores sensoriais da laringe
N. Laringeo superior
Espasmo laríngeos x aspiração
Bradicardia
FISIOLOGIA DA LARINGE
 Ventilatória
Regulação do fluxo aéreo
Na inspiração laringe é tracionada para BAIXO => afastamento das pregas
vocais e contração do CAP
Na expiração laringe SOBE => retração elástica
Em situaçoes de demanda respiratória a fase expiratória é diminuida
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Ventilatória
Tosse
Voluntária
Reflexa
• Laringe
• Trato respiratório inferior
3 fases
• Inspiratória
• Compressiva
• Expulsiva
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Ventilatória
Manobra de valsalva
Fechamento tenso das pregas vocais e pregas vestibulares que resiste ao
esforço expiratório
Defecação
Micção
Trabalho de parto
Estabilização do torax durante levantamento de peso com os braços
FISIOLOGIA DA LARINGE
 Protetora durante a deglutição
Máximo fechamento durante a fase faríngea da deglutição
Laringe sobe na deglutição
Na criança a epiglote toca o
palto mole => respira enquanto
mama
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Fala
três estágios:
exalação,
FONAÇÃO
Articulação e ressonância
FISIOLOGIA DA LARINGE
 Fonação
Para manter um corpo em vibração, duas forças antagônicas devem agir
alternadamente.
Para vibração das pregas vocais estas são as forças de abertura, decorrente
da pressão subglótica, e de fechamento, proveniente da elasticidade da prega
vocal e do efeito Bernoulli.
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Efeito Bernoulli
a velocidade do fluxo é alta em uma região de estreitamento (pregas vocais
aduzidas), criando queda de pressão perpendicular à parede dessa região que
“aspira” as pregas vocais
Depende da mobilidade da mucosa
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Ciclo glótico
Homem: 110 vezes por segundo
Mulher: 200 vezes por segundo
 FISIOLOGIA DA LARINGE
 Causas de disfonia
Enrijecimento da mucosa da prega vocal
Voz áspera
cordite
Fechamento incompleto da glote durante a vibração
Ruido de fundo / voz soprosa
Pólipo, paralisia de prega vocal

 Massas Cervicais
 sinal mais freqüente de doença na região da cabeça e pescoço;
 Podem acometer qualquer faixa etária;
 Podem ser de origem congênita, inflamatória ou neoplásica
 Importância: diferenciação entre doença benigna ou maligna.
 Massas cervicais
 Anamnese
 Exame físico
 Exames complementares
 Conduta
 Anamnese
 Idade
Menores de 2 anos => malformações congênitas
 Anamnese
 Tempo de evolução
Anos: Congênito;
Meses: Neoplásico;
Dias ou semanas: Inflamatório ou Infeccioso.
Exame Físico
 Localização
Linha média
Região lateral
Neoplasias: localização do tumor primário
 Exame Físico
 Palpação
Sinais flogísticos
Quantidade
Aderência
Consistência
Pulsátil
Frêmitos
Exames Complementares
Hemograma + VHS
 Sorologia
Mononucleose
Toxoplasmose
Rubéola
Citomegalovírus
Dça da arranhadura do gato
SIDA
Sífilis
 Exames Complementares
 Endoscopia das vias aerodigestivas superiores
 USG
 TC
 RM
 PET-TC
 PAAF
 Cisto Tireoglosso
 Nódulo mediano
 Mais frequente na infância
 Móvel à deglutição e protusão da língua
 Infecção durante IVAS
 Cisto Dermoide
 Nódulo linha média
 Presença de um ou mais anexos cutâneos (folículos pilosos, gls.
sudoríparas e sebáceas);
 São de crescimento lento, indolores e algumas vezes, podem apresentar
sinais de inflamação
 Não é móvel com deglutição
 Tto: ressecção cirúrgica
 Cisto Branquial
 Região lateral do pescoço
 Puberdade e adultos jovens
 Forma arredondada, liso, consistência elástica e indolor;
 Infecção durante IVAS
 Linfangioma
 Incidência igual em ambos os sexos;
 É um tumor benigno constituído de espaços linfáticos dilatados;
 Ocorre mais em crianças;
 Características: multiloculados e consistência mole;
 Situados geralmente no triângulo posterior lateral do pescoço
 Nódulos Cervicais Benignos
 Nódulos tireoideanos
 Lipoma
 Nódulos de glândulas salivares
 Schwannoma
 Nódulos Inflamatórios
 Processos inflamatórios das VAS ou doença sistêmica
 Reacional à infecções virais, bacterianas, fungos e parasitas
Mononucleose
Rubéola
Toxoplasmose
SIDA
Sífilis
CMV
 Nódulos Cervicais Malignos
 Nódulos primários da região cervical ou nódulos metastáticos
Linfomas
Nódulos malignos tireoideanos
Nódulos malignos das glândulas salivares





Nódulos Metastáticos
Tumor primário na via aerodigestiva superior
Localização
Nódulos de crescimento rápido, endurecidos e aderidos a planos
profundos
SEMPRE BUSCAR O TU PRIMÁRIO antes de abordar o nódulo cervical
 FARINGOTONSILITES
Importância do Tema
Patologias de alta incidência
Conhecimento pelo médico generalista
Potenciais complicações (agudas e crônicas) e neoplasias
Prescrição indiscriminada de antimicrobianos
Definição
As Faringotonsilites são doenças inflamatórias e infecciosas que
envolvem a faringe, tonsilas palatinas, tonsilas faríngeas e tonsilas
linguais
 Conceitos Anatômicos
 Conceitos Anatômicos
 Anel Linfático de Waldeyer
 Conceitos Anatômicos
 Tonsila Faríngea
Adenóide
Tecido Linfóide
Epitélio pseudo-estratificado ciliado
Posicionada na parede posterior da rinofaringe
Pode sofrer hipertrofia por:
Infecções
Reações alérgicas
Reações à irritantes ambientais
Regride de tamanho durante a puberdade
Conceitos Anatômicos
 Tonsila Palatina
Amígdala Palatina
Tecido Linfóide
Epitélio escamoso não queratinizado
Posicionada na fossa amigdaliana
Limite anterior => músculo palatoglosso
Limite Posterior = > músculo palatofaríngeo







Limite lateral = > músculo constrictor superior da faringe
Relação anatômica com a artéria carótida
Conceitos Anatômicos
 Vascularização
Faríngea ascendente
Palatinas
Linguais
Faciais
Maxilares interna
Conceitos Anatômicos
 Vascularização
Faríngea ascendente
Palatinas
Linguais
Faciais
Maxilares interna
Conceitos Anatômicos
 Inervação
Nervo glossofaríngeo
Nervo vago
Conceitos Fisiológicos
 Faringe
Principais funções
Ventilatória
Digestória
Produção da fala
Drenagem de secreções da orelha média e das fossas nasais
Defesa contra microorganismos
Defesa imunológica
Muco e batimentos ciliares
Conceitos Fisiológicos
 Tonsilas
Tecido Linfóide Associado à Mucosa (MALT)
Imunologicamente ativo
Captação de antígenos
Indução de resposta imune
Produção de anticorpos (IgA secretória)
Estrategicamente localizado
Drenagem linfática praticamente só eferente
Conceitos Fisiológicos
 Tonsilas palatinas
Único órgão linfóide em contato direto com o meio externo
Criptas amigdalianas (10-20)
Epitélio com
espessura menor
espaço entre células epiteliais
membrana basal descontínua
Semiologia
 Anamnese
Tempo de instalação
Sintomas associados
Sintomas nasais
Sintomas articulares
Cefaléia
Astenia
Febre
Uso de antibiótico recente
Numero de infecções nos últimos 12 meses
Alergias medicamentosas
Avaliar a voz
Anasdalda
Trismo
Semiologia
 Instrumentos
Abaixadores de Língua
Luvas
Anestésicos
 Iluminação
 Posição do exame
 Semiologia
 Exame da Nasofaringe e adenoides
Rinoscopia Posterior
Endoscopia Nasal
Exames complementares de imagem
 Semiologia
 Exame da Orofaringe e Amígdalas Palatinas
Uso do abaixador de língua
Alterações
Cor e Tamanho
Exudatos
Ulcerações
Pseudomembranas
Tumores
Masas caseosas (espressão)
Semiologia
 Exame da Hipofaringe e Amígdala Lingual
Laringoscopia
Palpação
Semiologia
 Exame do Pescoço
Palpação de cadeias cervicais
Etiopatogenia
 Os processos inflamatórios da faringe podem ocorrer por:
Agentes microbianos
Virus
Bactérias
Fungos
Reações alérgicas
Agentes irritativos
Refluxo faringolaríngeo
Reações granulomatosas
Corpo estranho
Neoplasias
Etiopatogenia
Agentes Microbianos
Alteração da flora normal da faringe
Alterações do sistema muco-ciliar
Fatores do agente:
Tipo de organismo
Quantidade
Virulência
Fatores do hospedeiro
Idade
Hábitos respiratórios e alimentares
Imunidade
Condições socio econômicas
Tabagismo ativo/passivo
 Etiopatogenia
 Agentes Microbianos
Vírus (75%)
Rinovírus (20%)
Coronavírus (5%)
Adenovírus (5%)
Herpes simples (4%)
Influenza e parainfluenza (2%)
Outros – coxsakie, CMV, Epstein-Barr, HIV
Bactéria (20-40%)
Streptococcus pyogenes
Mycoplasma pneumoniae
Staphylococcus aureus, haemophilus sp, moraxella catarrhalis
Outros
Micobacteria - Tuberculose
Fungos - candidíase
Patologias
 Classificação clínica das Faringotonsilites [2]
Tonsilas Faríngeas
Adenoidite aguda
quadro clinico semelhante de IVAS generalizada e sinusite bacteriana
Febre, rinorréia, obstrução nasal, roncos
Adenoidite aguda recorrente
4 ou mais episódios de adenoidite aguda em 6 meses
Adenoidite cronica
Rinorréia, congestão nasal, halitose e secreção em orofaringe constantes
Associação com refluxo faringolaríngeo
BIOFILME: OMA e Sinusite de repetição
Hiperplasia adenoideana
Obstrução nasal cronica, roncos e apnéia obstrutiva do sono, respiração bucal
OMS e perda auditiva
HIV em adultos
 Patologias
 Classificação clínica das Faringotonsilites [2]
Tonsilas Palatinas
Amigdalite Aguda
Febre, dor faríngea, hiperemia com ou sem exudato
Amigdalite aguda recorrente
7 episódios em 1 ano
5 episódios por ano em 2 anos consecutivos
3 episódios por ano em 3 anos consecutivos
Amigdalite Crônica
Dor faríngea crônica, halitose, cálculos amigdalianos
Hiperplasia Amigdaliana
Roncos e apnéia obstrutiva do sono
Disfagia
Alterações da voz
Patologias
 Amigdalites Agudas
Podem ser classificadas em: [4]
Eritematosa – hiperemia difusa e edema dos tecidos
Eritemato-putácea – presença de exudato
Pseudomembranosa – placas mais ou menos aderentes que invadem palato
mole e úvula
Ulceronecróticas – úlceras e necrose
Vesiculosas – vesiculas ou úlceras superficias
 Amigdalite Aguda
 Etiologia Viral
Quadro clínico
Sintomas de leve intensidade
Dor faríngea e disfagia
Febre baixa e mialgia
Espirros, coriza e congestão nasal
Eritema de mucosa faríngea geralmente sem exudato
Ausência de adenopatia ou adenopatia difusa
Tratamento
Analgésicos e antiinflamatórios
Orientações => Infecção bacteriana secundária
 Amigdalite Aguda
 Etiologia Bacteriana
Streptococcus grupo A
Epidemiologia
Alta frequência
Pico de incidência entre 5 e 10 anos
Sequelas potencialmente graves
Quadro clínico
Sintomas mais intensos
Início brusco
Dor faríngea, odinofagia e otalgia reflexa
Febre variável com queda do estado geral
Hiperemia de amigdalas geralmente com exudato
Adenopatia em cadeia jugulodigástrica
Ausencia de sintomatologia nasal ou laringo traqueal
 Amigdalite Aguda
 Etiologia Bacteriana
Streptococcus grupo A
Diagnóstico
Clínico
Padrão ouro: cultura de orofaringe
Teste rápido ELISA (falsos negativos)
Exames sorológicos (duas ou três semanas após o quadro agudo)
Tratamento
Se tratado precocemente diminui período de transmissão, sintomas e
incidência de complicações supurativas
Penicilina ou amoxicilina oral (50mg/kg/dia) – 10 dias
Penicilina IM – dose única
Alérgicos – Macrolídeos
Suspeita de resistência ou tratamento recente – Amoxicilina com clavulanato
ou clindamicina
Associação de analgesicos, antiinflamatórios ou corticoides
 Amigdalite Aguda
 Etiologia Bacteriana
Streptococcus grupo A
Complicações
Não supurativas
Escarlatina
Febre reumática
Glomerulonefrite
Síndrome do choque tóxico estreptocócio
Supurativas
Abscesso periamigdaliano
Abscesso parafaríngeo
Infecções do espaço retrofaríngeo
 Amigdalite Aguda
 Complicações Não Supurativas
Escarlatina
Produção de endotoxinas
Quadro clínico
Rash cutâneo – pele áspera
Linfadenopatia
Febre
Cefaléia
Sinal de Filatov – palidez perioral
Sinal de Pastia – petéquias em linhas de flexão
Tratamento
Penicilina G IV
 Amigdalite Aguda
 Complicações Não Supurativas
Febre Reumática
Sinais aparecem após 2-3 semanas da infecção estreptocócica
Diagnóstico
Critérios de Jones
Maiores – cardite, poliartrite, eritema marginado, coréia, nódulos
subcutâneos
Menores – Febre, artralgia, aumento de VHS ou Proteina C reativa e aumento
do intervalo PR
Evidências de infecção – escarlatina recente, cultura positiva, presença de
anticorpos (ASLO, anti-DNAse, anti-estreptoquinase)
2 critérios maiores + evidência de infecção
1 critério maior + 2 critérios menores + evidencia de infecção
 Amigdalite Aguda
 Complicações Não Supurativas
Glomerulonefrite
Após infecção faríngea ou de pele
Cepas nefritogênicas (1%)
Sindrome nefrítica 1 a 2 semanas após a
infecção
Edema
Hipertensão arterial
Hematúria
O tratamento Antimicrobiano não altera a incidência
e nem a história
natual da doença
Síndrome do Choque Tóxico Estreptocóccico
Hipotensão +
2 critérios: insuficiência renal, coagulopatia, alterações hepáticas, SARA,
necrose tecidual, rash eritemato macular
 Amigdalite Aguda
 Complicações Supurativas
Abscesso Periamigdaliano
Complicação mais frequente
Progressão da infecção da amigdala para uma celulite das estruturas do
espaço periamigdaliano evoluindo para coleção
Flora bacteriana mista
Quadro clínico
Lateralização e piora da odinofagia
Trismo
Abaulamento unilateral superolateralmente à amigdala com deslocamento
medial da amigdala e úvula
Toxemia
 Amigdalite Aguda
 Complicações Supurativas
Abscesso Periamigdaliano
Exames complementares
Punção com agulha – cultura e antibiograma
Exames laboratoriais
Exames de imagem – trismo e suspeita de abscesso cervical
Tratamento
Drenagem
Antibioticoterapia de amplo espectro
Amoxicilina com clavulanato
Ceftriaxona
Analgesia
Internação em casos graves
 Patologias
 Amigdalites Agudas
Mononucleose Infecciosa
Difteria
Angina de Plaut-Vicent
Herpes Simplex
 Amigdalite Crônica
Amigdalite Caseosa
 Patologias
 Amigdalites Agudas
Mononucleose Infecciosa
Adolescentes e adultos jovens - contágio
Vírus Epstein-Barr
Quadro clínico
Febre alta com astenia intensa
Angina - eritematosa, eritemato-exudativa, pseudomembranosa
Linfadenomegalia, hepatomegalia e esplenomegalia
Diagnóstico
Clínico – sem melhora com antibióticos
Hemograma – linfocitose com linfócitos atípicos
Teste sorológico de Paul-Bunnel-Davidson – positiva em 10-20 dias
Pesquisa de Anticorpos IgM e IgG
Tratamento
Terapia de suporte
Hidratação, analgesicos, corticoides (?)
Repouso
Patologias
 Amigdalites Agudas
Difiteria
Crianças de 1 a 7 anos
Raro – vacinação anti-difitérica
Corinebacterium diphteriae – bacilo gram positivo anaeróbio
Quadro clínico
Angina com pseudomembranas branco-acizentadas invadindo pilares
anteriores e úvula
Pseudomembranas resistem ao descolamento – deixam leito sangrante
Pode ocupar todo trato aero-digestivo alto e quadro tosêmico
Exotoxina
Miocardio – arritmia
Sistema nervoso – paralisia de nervos cranianos
Patologias
 Amigdalites Agudas
Difiteria
Diagnóstico
Exame bacterioscópico direto ou cultura
Tratamento
internação
Soro antidifitérico IM
Penicilina ou eritromicina
Avaliação de contactantes
Vacina antidifitérica
Coleta de material de orofaringe – quimioprofilaxia com eritromicina
Patologias
 Amigdalites Agudas
Angina de Plaut-Vicent
Simbiose entre bacilo fusiforme Fusobacterium plauvincenti e o espirilo
Spirochaeta dentium
Má higiene bucal
Quadro clínico
Disfagia dolorosa unilateral
Angina úlcero-necrótica unilateral
Odor fético
Lesões gengivais concomitantes
Diagnóstico
Exame bacteriológico
Tratamento
Penicilina via parenteral ou Metronidazol
Gargarejo com soluções antisépticas
 Patologias
 Amigdalites Agudas
Angina de Plaut-Vicent
Diagnósticos diferencias
Úlcera Unilateral
Cancro Sifilítico
Câncer de Amigdala
Úlcera Bilateral
Leucemia aguda
Agranulocitose
 Patologias
 Anginas Agudas
Angina por Vírus Herpes Simplex
Angina Vesiculosa
Subtipo 1
Crianças entre 10 meses e 3 anos
Geralmente é gengivoestomatite mas pode dar faringite aguda
Vesiculas são dificeis de serem visualizadas
Quadro clínico auto limitado
Complicações no sistema nervoso mcentral em imunodeprimidos
Diagnóstico
Clinico
Microbiologico
Imunologico
Tratamento
Sintomáticos
Aciclovir 200mg 5x/dia por 7-10 dias
 Patologias
 Amigdalite Crônica
Amigdalite Caseosa
Acúmulo de Caseum em criptas amigdalianas
Quadro clínico
Halitose
Desconforto em faringe crônico
Diagnóstico
Clínico
Tratamento
Gargarejo com soluções isotônicas e antissépticas
Remoção
Cirúrgico
 Tratamento Cirúrgico
 Indicações de Adenoidectomia
Sinusite recorrente / Crônica
Otite Média Aguda recorrente
Hiperplasia com obstrução respiratória, alterações facias
Suspeita de neoplasia
 Indicações de Amigdalectomia Palatinas
Hiperplasia gerando alterações respiratórias, disfagia, alterações faciais
Infecção de repetição
Abscesso Periamigdaliano
Suspeita de neoplasia (aumento unilateral, úlceras)
Hemorragias
Amigdalite Caseosa
 Tratamento Cirúrgico
 Contra-indicações
Fenda palatina
Anemia / distúrbios da coagulação
Infecção Aguda
 DISTÚRBIOS DA DEGLUTIÇÃO
 DEFINIÇÃO
 Deglutição é um fenomeno complexo responsavel pelo transporte de
alimentos boca-estômago
 Envolve estruturas neuromusculares orais, faríngeas, laríngeas e
esofágicas
 FASES
 Oral
Fase preparatória: voluntária, consiste na mastigação, umidificação e
posicionamento do alimento na cavidade oral
Fase oral propriamente dita: também chamada de transporte inicia-se com a
propulsão do alimento pela língua em direção à faringe e termina com a
deglutição. Esta fase tem controle voluntário inicialmente e posteriormente
involuntário.
 FASES
 Faríngea
Involuntária, inicía-se com o reflexo da deglutição e termina com a pasagem
do bolo pelo esfíncter superior do esôfago
Os músculos constrictores da faringe propelem o bolo alimentar em direção
ao esôfago. A laringe se eleva e anterioriza para proteger as vias aéreas
inferiores
Esofágica
Involuntária, ondas peristálticas propelem o bolo até o estômago
 DISFAGIA
 Dificuldade para engolir
 Pode acometer uma fase ou todas conjuntamente
 A disfagia orofaringea é a área de atuação do otorrinolaringologista
 Pode levar a sérias complicações pulmonares, desnutrição e desidratação
 ODINOFAGIA
 Dor para engolir
 Pode estar relacionada a comprometimento de estruturas orais, faríngeas,
laríngeas ou esofágicas
 Processo inflamatório
Infeccioso
Químico
Neoplásico
EPIDEMIOLOGIA
 DISFAGIA OROFARÍNGEA
Acomete 16-22% da população maior que 50 anos
70 a 90% da população idosa tenha algum tipo
20 a 40% dos pacientes com TCE ou AVE
Aspiração em AVE em até 55%
50 a 90% dos pacientes com doença de Parkinson
Alta morbidade, mortalidade e custo
45% de mortalidade em 12 meses
 FISIOPATOLOGIA
 Incapacidade de progressão do bolo / saliva
Obstrução mecânica
Alterações neurofisiológicas
Percurso anômolo do bolo para a nasofaringe
Insuficiência velofaríngea
Percurso inadequado à laringe
Alterações laríngeas
Neurofisiológicas
Respiratórias
CAUSAS
 Neurológicas: TCE / AVE / Dc de Parkinson / demência / esclerose
múltipla / encefalopatias
 Iatrogênicas: medicamentos (neurolépticos, anticolinérgicos) / pós
operatórios / radioterapia
 Miopática: início incidioso – miastenia gravis / dermatomiosite
 Estruturais: diverticulo de Zencker / Tumores malignos e benignos
 CAUSAS
 Infecciosas: difteria / botulismo / mucosite / SIDA
 Metabólicas: amiloidose / Síndrome de Cushing / tireotoxicose
 Inflamatórias: refluxo faringolaríngeo / DRGE
 Presbifagia: envelhecimento / deterioração natural e progressiva de todas
as fases
 DIAGNÓSTICO – ANAMNESE
 A anamnese esclarece aspectos etiológicos, clínicos e o desempanho do
paciente durante a deglutição
 Deve-se obter informações sobre:
Diagnóstico médico: queixa / histórico e evolução do quadro
Integridade dos aspectos cognitivos e estado neurológico
Tratamento já realizados e medicações
Nutrição e hidratação
Queixa específica quanto à deglutição (fase)
Condições de alimentação ( consistência, postura, intercorrências)
Características vocais
Condições respiratórias
 DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO
 Avalição indireta (sem alimento)
Mobilidade
Tônus
Sensibilidade
 Avaliação direta (com alimento)
Oferta de diferentes quantidades e consistência que visa analisar a dinâmica
da deglutição
 DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO
 São sinais clínicos sugestivos de disfagia orofaríngea
Inabilidade para iniciar a deglutição
Dificuldade de manejar saliva e secreção
Inabilidade para mastigar ou impulsionar o alimento
Elevação ausente ou anormal da laringe
Varias deglutições para esvaziar a faringe
Engasgos / afogamento / sensação de sufocamento
Tosse em paroxismos ao deglutir / voz úmida e borbulhante / pigarro
Xerostomia / odinofagia
Regurgitação nasal
Desconforto respiratório / disfonia / dispnéia / estridor
 DIAGNÓSTICO – EXAME FÍSICO
 São sinais clínicos sugestivos de disfagia esofágica
Sensação de globus faríngeo
Sensação de entalo após deglutição normal
Dificuldade de deglutição maior com alimentos sólidos
Refluxo / regurgitação / vômitos
 DIAGNÓSTICO – EXMES COMPLEMENTARES
 Videofluoroscopia da deglutição
 Videoendoscopia da deglutição
 Videonasofaringolaringoscopia
 Endoscopia Digestiva Alta
 Manometria
 Esofagograma
 Cintilografia
 pHmetria
 Broncoscopia
 Eletromiografia
 TRATAMENTO
 O tratemnto depende da causa
 Causas clínicas devem ser tratadas com controle da doença de base
 Causas neurogênicas podem necessitar de tratamento cirurgico
dependendo da gravidade
 Causas estruturais devem ser removidas
 Fonoterapia: reabilitação / manobras facilitadoras e protetivas
 TRATAMENTO
 Tratamento clínico
Medicações xerostômicas
Amitriptilina
Toxina botulínica
Saliva artificial
Tratamento Cirurgico
Submandibulectomia
Miotomia do cricofaríngeo
Aproximação tireo-hióidea
Fechamento supraglótico / glótico / subglótico
 Prof. João Felippe Villarinho
Professor de Otorrinolaringologia da UFRJ
 DOENÇAS BENIGNAS DA LARINGE
 Doenças Benignas
 Laringites
 Lesões fonotraumáticas
 Doenças granulomatosas
 Doenças sistêmicas com repercussão vocal
 Doenças neurológicas
 Doenças da laringe na infância
 Refluxo faringolaríngeo
 Laringites
 Laringite Aguda
Inflamação aguda da mucosa laríngea
Afeta principalmente a mucosa da glote e supraglote
No adulto – disfagia e disfonia
Na criança – disfonia e dispnéia (supraglote>>>subglote)
Laringite Aguda
 Etiologia
Viral ou bacteriana
Associação com IVAS (gotejamento pós-nasal)
Associação com faringotonsilite
Alergia (alimentos / medicamentos)
Inalação de irritantes (amônia / cloro / mercúrio)
Inalação de alérgenos ambientais (pólen / poeira)
Trauma cervical / laríngeo (TOT)
Abuso vocal
Aspiração => TOSSE
Laringite Aguda
 Quadro Clínico
A sintomatologia pode variar com a etiologia
A queixa mais comum é a disfonia (até 2 semanas)
Podem ocorrer dor faríngea, odinofagia, dispnéia
Nos casos infecciosos – congestão nasal, gotejamento posterior, febre,
mialgia, artralgia
Nos casos de alergia – rash cutâneo, asma, edema de lábios, língua, palato,
pálpebras
Laringite Aguda
 Diagnóstico
Clínico
Avaliação da laringe – permeabilidade da via aérea / mobilidade das pregas
vocais / presença de edemas
Avaliação pulmonar
 Tratamento
Tratamento de suporte
Repouso vocal
Umidificação das vias aéreas
Nos casos alérgicos – corticóide
Nos casos infecciosos bacterianos - Antibiótico
 Epiglotite
 Inflamação das estruturas da supraglote podendo levar a obstrução
respiratória em crianças principalmente (2-4 anos)
 O agente causal mais comum é o Haemophilus influenzae tipo B em
crianças
No adulto geralmente não se identifica o agente etiológico
 Epiglotite
 Quadro clínico
A evolução da supraglotite é rápida com instalação do quadro em horas
O paciente apresenta febre alta, salivação, estridor inspiratório e voz abafada
Poisção característica da criança- sentada em anteflexão e decúbito dorsal
piora a dispnéia
 Epiglotite
 Diagnóstico
Clínico
Laringoscopia sem traumatizar a laringe para não piorar o edema
Radiografia cervical lateral
Epiglote edemaciada – Sinal do “polegar”
 Tratamento
Se necessário intubação oro-traqueal
Crianças: Ceftriaxone + corticoide
Adultos: Amoxicilina/clavulanato + corticoide
 Laringotraqueite Aguda - CRUPE
 Infecção viral subaguda das vias aéreas altas
 Acomete principalmente crianças de 1-3 anos
 Na maioria das vezes é auto-limitada
 Ocorre mais frequentemente no outono e inverno
 Laringotraqueite Aguda - CRUPE
 Infecção viral subaguda das vias aéreas altas
 Acomete principalmente crianças de 1-3 anos
 Na maioria das vezes é auto-limitada
 Ocorre mais frequentemente no outono e inverno
 Laringotraqueite Aguda - CRUPE
 Etiologia
Vírus parainfluenza
Adenovírus , VSR, influenza
Quadro Clínico
Os sintomas iniciais lembram um resfriado comum (congestão nasal,
rinorréia, dor faríngea)
Alguns dias depois aparecem disfonia e tosse seca pior à noite
Etridor inspiratório e dispnéia (pequeno calibre das vias aéreas nas crianças
principalmente na altura do anel da cricóide + edema subglótico)
Laringotraqueite Aguda - CRUPE
 Diagnóstico
Clínico
Instalação lenta e insidiosa
Radiografia cervical lateral
Estreitamento subglótico – sinal da “torre de igreja”
Diagnóstico diferencial
Nos casos com duração maior que 7 dias – corpo estranho / estenose
subglótica / traqueíte bacteriana
 Lesões fonotraumáticas
 Nódulos vocais
 Pólipos vocais
 Cisto vocal
 Edema de reinke
 Lesões fonotraumáticas
 Nódulos vocais
protuberâncias bilaterais quase sempre simétricas
resultam de trauma vocal contínuo decorrente principalmente do abuso ou
uso incorreto da voz
Crianças e mulheres adultas apresentam nódulos vocais com mais freqüência.
 Lesões fonotraumáticas
 índice de proporção glótica (PG) é a relação
entre o
tamanho da porção fonatória (anterior)
e o tamanho
da porção respiratória (posterior) da glote.
Mulheres PG igual ou semelhante a 01 (um);
homens em torno de 1,3
crianças ao redor de 0,8.
Baixos índices de PG, observados em crianças e em mulheres, são
freqüentemente acompanhados de fechamento glótico incompleto, com
formação de fenda triangular médio-posterior
 Lesões fonotraumáticas
 Pólipos
grande variabilidade quanto à forma, tamanho e coloração
São quase sempre unilaterais
trauma vocal intenso e agudo
trauma da vascularização da região do espaço de Reinke
secundários a alterações estruturais contralaterais
predominância em adultos do sexo masculino entre 30 e 45 anos de idade
 Lesões fonotraumáticas
 Cistos
Esfera de coloração amarela esbranquiçada localizada em plano submucoso,
provocando abaulamento na borda da prega vocal, que pode ser visualizada por
transparência do epitélio mucoso
Tipos
De retenção mucosa
Epidermóide
 Lesões fonotraumáticas
 Edema de Reinke
acúmulo de líquido ou material gelatinoso na camada superficial da lâmina
própria (espaço de Reinke)
associado ao tabagismo de longa data e abuso vocal
predomínio no sexo feminino ?
 Outras lesões estruturais
 Alterações estruturais mínimas
 Doenças Granulomatosas
 Tuberculose
 Paracoccidioidomicose
 Histoplasmose
 Escleroma laríngeo
 Leishmaniose
 Actinomicose
 Sífilis
 Hanseníase
 Granulomatose de wegner
 Sarcoidose
 Doenças Granulomatosas
 Se carcterizam pela formação do granuloma (processo imunopatológico
de defesa)
 Podem ser específico (tuberculose, leishmaniose, hanseníase…) ou não
específico (granulomatose de wegner, sarcoidose)
 Deve-se sempre fazer o diagnóstico diferencial com doenças neoplásicas
 Doenças Granulomatosas
 Na abordagem inicial podem ser solicitados os seguintes exames
complementares
Radiografia de tórax
Hemograma completo
Uréia e creatinina
Prova de função hepática
Exame de escarro
Sorologia para paracoccidioidomicose
Sorologia para leishmaniose
Sorologia para sífilis
cANCA
 Tuberculose laríngea
 É a lesão granulomatosa mais frequente da laringe
 Etiologia – Mycobacterium tuberculosis
 Maior frequencia em idosos, debilitados, baixo nível sócio-econômico,
imunodeprimidos
 Associação com tabagismo e etilismo
 Mais frequente no sexo masculino
 Aumento da incidência com HIV/SIDA
 Tuberculose laríngea
 Os sintomas mais comuns são de uma laringite crônica, sendo a disfonia a
queixa mais frequente
 Outros sintomas são: disfagia, estridor, odinofagia, otalgia, sensação de
globus faríngeo, tosse e hemoptise (acometimento pulmonar)
 Pode acometer corda vocal, aritenóide e espaço interaritenóideo
 Disseminação: broncogênica , linfática ou hematogênica
 Tuberculose laríngea
 Laringoscopia
lesão exofítica com ou sem ulcerações
Lesão nodular
Hiperemia e edema
A monocordite é descrita como a manifestação mais frequente
 Tuberculose laríngea
 Exames complementares
Radiografia de torax
PPD
Exame de escarro
Exame histológico da lesão (BAAR)
Cultura
Tratamento
Esquema 2 (forma extra-pulmonar)
RIP 2 meses
RI 7 meses
Granulomatose de Wegener
 Doença inflamatória sistêmica caracterizada por uma vasculite de vasos
de pequeno e médio calibre com formação de granulomas necrotizantes
 Os locais mais acometidos são os pulmões, rins e vias aéreas superiores
 Mais comum em pacienes do sexo masculino (40-50 anos)
 Granulomatose de Wegener
 O quadro típico é de pneumonite bilateral (95%) com tosse e hemoptise,
sinusite crônica (90%), ulcerações em mucosa da nasofaringe (75%),
doença renal com aumento da creatinina (80%)
 Acometimento laríngeo:
Manifestação mais comum é a estone subglótica
Pode ocorrer como manifestação única da doença e não apresenta boa
resposta ao tratamento clínico
 Granulomatose de Wegener
 Tratamento clínico
Corticoide / ciclofosfamida
Tratamento da estenose é variável
Dilatações
Ressecções endoscópicas a laser de CO2
Injeção de corticoide intralesional
Traqueostomia
Doenças sistêmicas com repercussão vocal
 Artrite Reumatóide
 Lupus Eritematoso Sistêmico
 Policondrite Recidivante
 Hipotireoidismo
 Artrite Reumatóide
 O envolvimento laríngeo pode ocorrer em cerca de 25% dos pacientes
 Os sintomas podem variar desde disfonia, globus faríngeo, dipnéia e
estridor
 Existem 2 estágios
Agudo: edema e hiperemia de laringe
Crônico: anquilose da articulação cricoaritenóidea. Formaçõ de nódulos
reumatóides
LES
 Acometimento laríngeo é incomum
 Sintomas são disfonia, tosse, odinofagia e dispnéia
 A glote e a junção cricoaritenóidea são as áreas mais acometidas podendo
haver fixação de uma ou ambas cordas vocais
 Policondrite Recidivante
 Doença idiopática auto-imune
 Apresenta-se como Inflamação aguda bilateral da cartilagem do pavilhão
auricular podendo ocorrer condrite da cartilagem nasal e do sistema
respiratório
 A laringe está envolvida em 50% dos casos
 O envolvimento agudo inclue rouquidão, estridor, dispnéia e obstrução
respiratória aguda.
 Fibrose subglótica pode ocorrer com a recorrencia dos ataques levando a
estenose
 Hipotireoidismo
 A voz pode ser rouca, fraca ou áspera
 Alguns pacientes tem dificuldade com emissão da voz aguda
 Ao exame laríngeo observamos cordas vocais espessadas ou edemaciadas
que correspondem ao depósito de mucina no espaço subepitelial
 Pode ser necessário tratamento cirurgico se o quadro for refratário ao
tratamento clínico do hipotireoidismo
 Doenças Neurológicas e Funcionais
 Disfonia Funcional
 Presbifonia
 Paralisia de Prega Vocal
 Disfonia Funcional
 Alteração vocal que ocorre na ausência de alteração estrutural ou
neurológica patológica na laringe
 Também denominada disfonia psicogênica, histérica, de conversão
 Etiologia
Incoordenação pneumofonatória ou uso inadequado da laringe na fonação
Estresse e conflitos psicológicos podem causar ou exarcebar os sintomas
Mais comum em mulheres
 Voz soprosa, pich variável, redução do tempo fonatório
 Exame físico: tensão na musculatura da língua e pescoço
Laringoscopia: contração glótica e supraglótica
 Presbifonia
 Alterações vocais relacionadas a mudanças estruturais e fisiológicas
relacionadas ao processo de envelhecimento
 Voz fraca, soprosa, rouca e trêmula
 Alterações na tensão e massa da prega vocal, alterações no fechamento
glótico
 Frequência fundamental aumentada em homens e dimunuida em
mulheres
 Fonoterapia
 Paralisia de Prega Vocal
 Lesão da inervação laríngea
 Trauma, cirurgia, neoplasia, idiopática
 Quadro clínico depende da posição das pregas vocais
 Doenças da laringe na infância
Laringomalácia
 Inabilidade da laringe em manter boa permeabilidade da sua luz durante
a inspiração
 Imaturidade neurológica e cartilaginosa da laringe
 É a alteração congenita laríngea mais comum
 Acomete mais sexo masculino 2:1
 Doenças da laringe na infância
Laringomalácia
 Quadro clínico
Estridor laríngeo que se inicia por volta de 15 dias de vida piorando com
choro e esforços e melhora durante o repouso e sono
Pode estar associado a quadros graves de disfagia, vômitos e refluxo
 Diagnóstico
Nasofibrolaringoscopia
Tratamento
Expectante
cirúrgico
 Refluxo Faringolaríngeo
 Refluxo faringo-laríngeo refere-se ao refluxo gastro-esofá gico que atinge
um nível superior ao esfincter esofageano superior (EES)
 Vem sendo implicado na patogê nese de uma sé rie de distú rbios
otorrinolaringoló gicos
laringite crô nica
nó dulos vocais
laringoespasmo
edema de Reinke
ú lceras e granulomas de pregas vocais
globus faríngeo
 A prevalê ncia de distú rbios relacionados ao refluxo faringo-laríngeo
(RFL) na prá tica otorrinolaringoló gica é estimada em 4 à 10%
 A prevalê ncia de RLF em pacientes com alteraçõ es vocais e disordens
laríngeas atinge 50 à 78%.
 Refluxo Faringolaríngeo
 Pacientes com DRGE clá ssico experimentam azia ou dispepsia como o
sintoma primá rio, enquanto que menos da metade dos pacientes com RFL
tê m este sintoma.
 A maioria dos pacientes de RFL tem nenhuma evidê ncia de esofagite à
endoscopia.
 Pacientes com RFL desenvolvem manifestaçõ es atípicas de refluxo, como
clareamento da garganta, sensaçã o de globus, rouquidã o, ou tosse.
 A laringe e a faringe parecem nã o responder bem ao trauma químico
como resultado das suas mucosas serem delgadas, frá geis, e pobremente
protegidas contra á cidos e pepsina ativada.
 Sexo feminino, idade avançada, severidade da doença erosiva, duraçã o da
DRGE e tabagismo mostraram-se como fatores de risco para a ocorrê ncia
de desordens extra-esofá gicas
 Refluxo Faringolaríngeo
 As lesõ es da laringe e dos tecidos subgló ticos sã o provocadas pela
pepsina, uma enzima proteolítica contida no refluxo gá strico.
 A pepsina é á cido-ativada, e enquanto o pH ficar acima de 4, esta enzima
permanece clinicamente inativa.
 Dessa forma, a base de tratamento mé dico para doença do refluxo é
manter o pH de refluxo acima de 4, de forma que a pepsina continue
enzimaticamente inativa.
 RFL – Manifestações Clínicas
 Os sinais de inflamaçã o no exame da laringe podem variar de um sú til
eritema da parede posterior a alteraçõ es severas na mucosa com
ulceraçã o e formaçã o de tecido de granulaçã o.
 Laringite posterior - inclui os achados de paquidermia, eritema e edema
do mucosa da aritenó ide e tecido de interaritenó ideo hiperplá sico.
 Granuloma de processo vocal
 Edema gló tico - manifesta-se com os achados de " obliteraçã o" ventricular
e "pseudosulco"
 Refluxo Faringolaríngeo
Ulceração do Epitélio da Laringe
 Manifestaçã o da irritaçã o crô nica da laringe mais severa .
 Sã o dolorosas e podem formar granulomas
 As lesõ es ulcerativas circunferenciais causam danos mais severos à
funçã o, podendo levar a complicaçõ es mais graves como as estenoses.
 Refluxo Faringolaríngeo
Gotejamento Pós-nasal e Sensação de Estase de Secreções
 estã o associados como permanente dano à funçã o de clareamento ciliar
do epité lio ciliado respirató rio
 Os pacientes, mais freqü entemente, descrevem esses sintomas como
gotejamento pó s-nasal.
 No entanto, os sintomas de secreçã o constante na regiã o posterior da
garganta usualmente sã o resultados da disfunçã o ciliar da laringe
posterior e faringe em lugar de alteraçõ es nasais.
 escoamento das secreçõ es mucosas do trato traqueobrô nquico atravé s da
parede posterior da fenda gló tica
 Refluxo Faringolaríngeo
Tosse e Clareamento da Garganta
 Acú mulo de muco na parede posterior da laringe e sobre as pregas vocais
podem provocar tosse e laringoespasmo a um nível de reflexo
inconsciente, assim como podem promover clareamento da garganta a
um nível consciente.
 Tosse e laringoespasmo parecem ocorrer mais facilmente se a
sensibilidade das terminaçõ es sensoriais da laringe estiver superregulada devido à inflamaçã o local.
 Trauma mecâ nico repetido associado a clareamento frequente da
garganta parece, por si só , causar danos à delicada funçã o ciliar da laringe
posterior. Com o clareamento crô nico, essa á rea de mucosa torna-se
á spera, espessada e com calosidades.
 Refluxo Faringolaríngeo
Dor de Garganta
 Segunda manifestaçã o mais comum de laringite irritativa
 A sensaçã o de desconforto que pode ser descrita como sensaçã o de
aspereza, secura, tensã o ou dor.
 Se houver ulceraçã o do epité lio, mais comumente sobre o processo vocal
pode ocorrer dor localizada com possível irradiaçã o para o ouvido.
 Pacientes com períodos recorrentes de dores de garganta severas sem
outros sintomas típicos de infecçã o de vias aé reas superiores
freqü entemente tê m laringite irritativa como causa de base.
 Refluxo Faringolaríngeo
Rouquidão e Disfonia
 Terceira queixa mais comum de laringite crô nica é a deterioraçã o da
qualidade da voz.
 Prejuízo progressivo da qualidade da voz pode ser a queixa primá ria de
laringite posterior sem a presença de dor ou outros sintomas.
 Refluxo Faringolaríngeo
Alterações do Ouvido médio
 Especula-se que alteraçõ es na tuba auditiva devido à injú ria da mucosa
pelo refluxo sejam as reponsá veis pelos danos ao ouvido.
 Alguns relatos de pacientes com alteraçõ es em ouvido mé dio (otorré ia
crô nica, otite mé dia serosa, perda auditiva, otalgia) refratá rias ao
tratamento convencional e com melhora apó s terapê utica anti-refluxo
sugerem a participaçã o da DRGE.
 Necessita-se de maiores estudos para definir a real participaçã o do
RGE/RLF nessas alteraçõ es do ouvido mé dio; no entanto, recomenda-se,
em casos particulares o tratamento anti-refluxo com drogas e mudanças
de há bito.
 Refluxo Faringolaríngeo
 Exames Complementares
Videolaringoscopia
Endoscopia Digestiva Alta
pHmetria
Falha na resposta ao tratamento empírico adequado;
Acessar a eficá cia da dose do regime terapê utico em pacientes com
complicaçõ es
severas de refluxo, especialmente quando há possibilidade de cirurgia;
3. Guiar a terapia em pacientes em uso de medicaçõ es que predispõ em ao refluxo
ou
naqueles com contra-indicaçõ es ao uso de inibidores de bomba de pró tons
(IBP); 4. Casos em que se considera a terapia cirú rgica.
Refluxo Faringolaríngeo
 Tratamento
Tratamento não farmacológico
evitar deitar em menos de 2 horas apó s as refeiçõ es
manter a cabeceira da cama elevada 15 a 20 cm
reduçã o de Peso
evitar comidas gordurosas e fazer refeiçõ es de pequeno volume e com pouco
líquido.
Outras medidas incluem evitar substâ ncias que diminuem a pressã o no EEI,
como chocolate, menta, cigarros, frutas cítricas e cafeína.
Alguns medicamentos sã o prejudiciais: nitrato, teofilina, e bloqueadores de
canal de cá lcio que podem diminuir a pressã o do EEI, como també m doxiciclina,
quinidina, e AINE que podem induzir dano de mucosa.
Refluxo Faringolaríngeo
 Tratamento
Tratamento não farmacológico
evitar deitar em menos de 2 horas apó s as refeiçõ es
manter a cabeceira da cama elevada 15 a 20 cm
reduçã o de Peso
evitar comidas gordurosas e fazer refeiçõ es de pequeno volume e com pouco
líquido.
Outras medidas incluem evitar substâ ncias que diminuem a pressã o no EEI,
como chocolate, menta, cigarros, frutas cítricas e cafeína.
Alguns medicamentos sã o prejudiciais: nitrato, teofilina, e bloqueadores de
canal de cá lcio que podem diminuir a pressã o do EEI, como també m doxiciclina,
quinidina, e AINE que podem induzir dano de mucosa.
Refluxo Faringolaringeo
 Tratamento Farmacológico
O tratamento mé dico empírico para RLF envolve o uso de inibidores de
bomba de pró tons (IBP).
Dose dupla
2-6 meses (mínimo)
efeito placebo?
 DOENÇAS MALIGNAS
DA LARINGE
 PROF. JOÃO FELIPPE VILLARINHO
 LEUCOPLASIAS DA LARINGE
 DEFINIÇÃO
 Diagnóstico clínico
 Lesão (mancha ou placa) branca na mucosa
 Geralmente é uma resposta à uma agressão repetida de diversas
etiologias
 Pode acometer qualquer região da laringe
 A localização laríngea mais comum é na prega vocal
 Pode representar uma lesão benigna, pré-maligna ou maligna
 HISTOPATOLOGIA
 Histologia normal da laringe
Prega vocal: ligamento vocal + músculo tireoaritenóideo.
Mucosa de revestimento: epitélio escamoso não-queratinizado.
Restante do epitélio laríngeo: epitélio colunar ciliar pseudo-estratificado,
com células caliciformes.
 HISTOPATOLOGIA DA LEUCOPLASIA
 Hiperplasia
 Hiperqueratose
Sem displasia
Displasia leve
Displasia moderada
Displasia grave (carcinoma in situ)
 Carcinoma microinvasivo
 Carcinoma invasivo
 HISTOPATOLOGIA DA LEUCOPLASIA
 Hiperplasia
não é alteração displásica.
Espessamento do epitélio devido ao aumento do número de células.
HISTOPATOLOGIA DA LARINGE
 Hiperqueratose
Hiperplasia da camada superficial
Sempre anormal
Pode ser com ou sem atipia
 HISTOPATOLOGIA DA LARINGE
 Hiperqueratose com atipia
Leve: alterações confinadas ao terço basal da camada epitelial
Moderada: alterações entre 1/3 a 2/3 do epitélio
grave (carcinoma in situ): alterações com extensão por mais de dois terços da
superfície epitelial.
 HISTOPATOLOGIA DA LARINGE
 Carcinoma microinvasivo: invasão precoce, discreta e limitada da
membrana basal por células atípicas
 HISTOPATOLOGIA DA LARINGE
 Carcinoma invasivo: acometimento além da membrana basal.
 ETIOLOGIA
 Tabagismo
 Etilismo
 Refluxo Faringolaríngeo
 Pré-disposição genética
 HPV
 Radioterapia
 Exposição ambiental
 Desnutrição
 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
 Mais comum no sexo masculino (5:1)
 Pico de Incidência 50 e 70 anos
 Disfonia progressiva
 Outros sintomas: odinofagia, cansaço vocal, sensação de corpo estranho
 EXAMES COMPLEMENTARES
 Videolaringoscopia
 CONDUTA
 TRATAMENTO CLÍNICO
 Afastar fatores de risco
 Tratamento do Refluxo faringolaríngeo
 Corticosteróide tópico inalatório
 Vitamina A
 TRATAMENTO CIRÚRGICO
 Microcirugia de laringe com biópsia excisional
Decorticação da prega vocal
Confecção das margens (anterior, posterior, profunda, superior e inferior)
Exame histopatológico
 ACOMPANHAMENTO
 Exame laringoscópico
Mensal nos primeiros 6/12 meses
Bimestral do 6º ao 12º mês
Trimestral do 1º ao 3º ano
Semestral após o 3º ano
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Candidíase laríngea
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Laringite
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Cicatriz
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Lesões mínimas (sulco)
CARCINOMA DE LARINGE
Introdução
O carcinoma espinocelular (CEC) representa mais de 95% dos tumores
malignos primários da laringe
Os CEC de laringe podem ser divididos de acordo com o seu sítio de
origem em:
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• Supraglóticos
• Glóticos
• Subglóticos
Tumores avançados tendem a acometer mais de uma região laríngea
Etiologia
Tabagismo
Etilismo
Refluxo faringolaríngeo
Outros:
• Predisposição genética
• HPV
• Exposição ambiental
Sintomas
A disfonia é o sintoma mais comum, sendo de caráter progressivo.
• É mais precoce nos tumores glóticos
Dispnéia é progressiva e tardia
• pode ocorrer por efeito de massa ou por paralisia de prega vocal
• É o principal sintoma do tumor subglótico
Globus faríngeo, disfagia, odinofagia e otalgia reflexa são comuns em
lesões supraglóticas
Exame Físico
Laringoscopia
• Lesão ulcerada
• Sítio da lesão
• Extensão para outras regiões
• Mobilidade das pregas vocais
• Estimar a permeabilidade de via aérea
Exame Físico
Palpação cervical
• Palpação da laringe
• Descrever localização, tamanho, consistência, coalescência e
aderência de linfonodos
• Exames complementares
Endoscopia aerodigestiva
• Segundo tumor primário (20% em 5 anos)
• Tomografia Computadorizada
• Extensão do tumor
• Invasão de estruturas adjacentes
• Pesquisa de linfonodos acometidos
Exames complementares
Exame histopatológico
• Biópsia incisional – lesão ulcerada
• Radiografia de tórax
• Estadiamento
Supraglóticos
• T1 – tumor confinado a uma estrutura (epiglote, banda ventricular,
aritenoide)
• T2 – tumor envolvendo mais de uma estrutura supraglótica ou
acometendo glote e causando paresia de prega vocal
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• T3 - Tumor envolvendo a glote e causando paralisia de prega vocal
• T4 – tumor invadindo cartilagem ou tecidos adjacentes
Câncer Supraglótico
Estadiamento
Glóticos
• T1 – tumor confinado às pregas vocais
• T1a – uma prega vocal
• T1b – duas pregas vocais
• T2 – tumor envolvendo supraglóte ou subglote, podendo causar
paresia de prega vocal
• T3 - Tumor limitado à laringe causando paralisia de prega vocal
• T4 – tumor invadindo cartilagem ou tecidos adjacentes
Câncer Glótico
Estadiamento
Subglóticos
• T1 – tumor confinado à subglote
• T2 – tumor envolvendo glote, podendo causar paresia de prega
vocal
• T3 - Tumor causando paralisia de prega vocal
• T4 – tumor invadindo cartilagem ou tecidos adjacentes
Estadiamento - metástase
Linfonodos
• N0 – ausência metástase linfonodal
• N1 – metástase em 1 linfonodo ipsilateral à lesão primária, menor
que 3 cm
• N2
• N2a – 1 linfonodo ipsilateral , 3-6 cm
• N2b – mais de 1 linfonodo ipsilateral, menor que 6 cm
• N2c – linfonodos bilaterais ou contralateral a lesão, menor
que 6 cm
• N3 – linfonodo maior que 6 cm
Estadiamento - metástase
Metástase à distância
• Mx – metástase não avaliada
• M0 – ausência de metástase à distância
• M1 – metástase à distância detectada
Estadios
Estádio I – T1 N0 M0
Estádio II – T2 N0 M0
Estádio III – T3 N0 M0 ou T1,2,3 N1 M0
Estádio IV – T4 ou N2 ou N3 ou M1
Conduta
O tratamento depende do estadiamento e é individualizado para cada
paciente
Os principais tratamentos são cirúrgicos, radioterapia e quimioterapia
Quando o paciente não tiver condições clínicas de cirurgia, deve-se
oferecer tratamento não cirúrgico
A escolha do tratamento deve ser feita junto com o paciente
ESTOMATOLOGIA
• PROF. JOÃO FELIPPE VILLARINHO
• Divisões da Cavidade Oral
• Vestíbulo bucal
• Processo alveolar e
Arcos dentais
• Cavidade bucal
Propriamente dita
• Pilar palatoglosso
• Orofaringe
• Sulco naso-labial
• Filtro
• Sulco mento-labial
• Músculo orbicular da boca (constrictor)
• Dilatadores do lábio superior e inferior
• Vascularização: a. facial
• Parede Lateral - Bochechas
• Principal músculo –
Bucinador
• Lembrar de descrever
• Variações anatômicas da Cavidade Oral
• Dente extra-numerário
• Rugosidades palatinas
• Grânulos de Fordyce
• Amígdala lingual, papila circunvalada, papila foliácea
• Língua fissurada
• Linha alba
• Anquiloglossia
Freio lingual curto
• Língua pilosa /
Língua pilosa nigra
• Língua geográfica – Eritema migratório
• Varizes linguais
• Doenças labiais
• Queilite actínica
• Exposição crônica e excessiva a radiação solar
• Pele clara com maior risco
• Ardência, ressecamento, fissuras
• Queilite angular
• Acúmulo de saliva, idosos em uso de próteses antigas ou mal adaptadas,
queda dos cantos da boca
• Contaminação por Candida albicans
• HIV, isotretinoína
• Tto: pomadas ou cremes de antibióticos e imidazólicos, cuidados
dentários
• Lesões hipercrômicas
• Hiperpigmentação racial
• Hiperpigmentação racial
• Lesões pigmentares traumáticas
• Tatuagem por amálgama (próximo a restaurações)
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Hiperpigmentação por drogas
AZT, tetraciclina, minociclina, cloroquina, hidroxicloroquina, amiodarona,
clorexidina, cetoconazol, anti-concepcionais
Peutz-Jeghers
Hiperplasia Gengival
Generalizada
Localizada
Granuloma piogênico
• Secundário a trauma
Granuloma piogênico
Abscesso periodontal
Exostoses
Tumores benignos
Mucocele ou cisto mucoso
• Tumoração translúcida, cística, superfície interna do lábio inferior.
• Obstrução de canais de glândulas salivares menores.
• Tto: excisão cirúrgica.
Mucocele ou cisto mucoso
Rânula
Hemangioma
Ectasia venosa
Verruga vulgar, Papiloma, Condiloma
Cisto de ducto tireoglosso
Morsicatio buccarum
Lesão por trauma na mucosa jugal
Mordedura repetitiva
Orientação
Fibroma
Infecções Orais
Infecção aguda (primo-infecção)
• 1% dos casos
• Múltiplas úlceras rasas, dolorosas, por toda mucosa queratinizada
e não queratinizada
Acompanhado de sintomas sistêmicos: febre, linfadenopatia cervical,
mialgia
Duração de 2 a 10 dias
• Herpangina
Doença infecciosa de etiologia viral
• Coxsakie vírus
• Sintomas
• Febre alta, cefaléia, mialgia
• Vesículas intra orais, mais frequentemente no palato mole, úvula,
tonsilas e pilares amigdalianos
• Tratamento
• sintomáticos
Candidíase Oral
Doença causada pelo fungo do gênero Cândida (albicans)
Fatores predisponentes
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• Higiene oral precária
• Diminuição da salivação
• Prótese dentária
• Diabetes
• Corticoterapia
• Imunodepressão
• Antibioticoterapia prolongada
• Crianças e idosos
Candidíase oral
Pode se apresentar nas formas:
• Pseudomembranosa
• Eritematosa aguda
• Eritematosa crônica
• Hiperplásica
Candidíase oral
Pseudomembranosa
• Placas brancas e aderentes sobre a mucosa, destacaveis, deixando
leito sangrante
• Ocorrem principalmente em mucosa jugal, orofaringe e porção
lateral do dorso da lingua
• Raramente dolorosa
Candidíase oral
Eritematosa aguda
• Eritema local ou difuso
• Doloroso
• Áreas de despapilação e desqueratinização em dorso da língua,
tornando-a dolorosa, edemaciada e eritematosa
• Associada geralmente a antibioticoterapia
Candidíase oral
Eritematosa crônica
• Eritema difuso com superfície aveludada
• Associada a forma pseudomembranosa
• Queilite angular
• Acomete 65% da população geriátrica com prótese dentária
• Candidíase oral
Hiperplásica
• Infecção crônica
• Aspecto leuplásico
• Não destacável em mucosa jugal, palato e língua
• Diagnóstico diferencial com lesões displásicas
Candidíase oral
Diagnóstico
• Exame micológico direto
• Cultura
• Tratamento
• Correção dos fatores locais e sistêmicos
• Nistatina tópica 100.000U/ml 5ml, 5x/dia
• Fluconazol (200mg/dia no 1 dia e 100mg/dia por 7-14 dias)
Lesões Aftóides
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Estomatite Aftoide Recorrente (EAR)
• Lesões ulceradas, única ou múltiplas, que se repetem em intervalos
de 15 – 30 dias por pelo menos um ano
• Mais frequente em barncos, jovens, não fumantes, maior nível
sócio-econômico
• Lesões Aftóides
Etiologia
• DESCONHECIDA
• Virus (HSV, EBV)
• Bacteria
• Déficits nutricionais (vit B12, ác fólico, Ferro)
• Alterações hormonais
• Estresse
• Trauma
• Alergia
• Lesões Aftóides
Formas clínicas
• Menores (Doença de Mikulicz)
• Lesões até 0,5cm
• Unicas ou múltiplas
• Mucosa labial, jugal e assoalho da boca
• Duram 7 a 14 dias
• Maiores (Doença de Sutton)
• 1 a 6 lesões
• 0,5 a 3 cm
• Lábios e palato mole
• Causam disfagia
• Podem durar até 6 semanas
• Lesões Aftóides
Diagnóstico
• História e exame físico
• Biópsia não é específica
• Tratamento
• Agudo – corticoide tópico em orabase ou sistêmicos
• Crônico – pentoxifilina / dapsona /
POLISSONOGRAFIA
Prof. João Felippe Villarinho
Polissonografia
A polissonografia é um exame utilizado para o diagnó stico das doenças do
sono, por possibilitar a avaliaçã o dos parâ metros da arquitetura do sono e
os parâ metros respirató rios durante este.
Indicaçoes
Distú rbios respirató rios do sono;
Insô nia;
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Narcolepsia;
Síndromes das pernas inquietas;
Parassonias;
Titulaçã o de aparelhos de pressã o positiva (CPAP, BIPAP);
Controle terapê utico (ex: pó s‐tratamento cirú rgico);
Distú rbios comportamentais do sono REM
Tipos
A polissonografia consiste basicamente em trê s tipos, cuja monitorizaçã o
pode ser realizada em laborató rio do sono ou em â mbito domiciliar
Tipo 1: realizada em laborató rio do sono, onde o paciente dorme toda a
noite no local, sob monitorizaçã o. Comtempla trê s subtipos:
polissonografia basal
polissonografia split night (diagnó stico de doenças do sono associada à
titulaçã o de aparelhos de pressã o positiva)
polissonografia para titulaçã o de aparelhos de pressã o positiva;
Tipo 2: realizada em nível domiciliar, de maneira semelhante à tipo 1.
Tipo 3: realizada em nível domiciliar, aborda apenas parâ metros
respirató rios (saturaçã o e movimentos tó raco-‐abdominais)
Polissonografia
9 eletrodos de EEG: 2 occipitais, 2 frontais, 2 centrais, 1 terra e 2
referê ncias em mastoides;
2 eletrodos de miografia em mento;
2 eletrodos de miografia em membros inferiores
Termístor e câ nula nasal;
Uma cinta torá cica para movimentos torá cicos;
Uma cinta abdominal para movimentos abdominais;
Um sensor de movimento de decú bito;
2 eletrodos para eletrocardiograma;
Oxímetro
Câ mera de vídeo no quarto, que filmará paciente durante todo o tempo de
registro.
Estágios do Sono
Composto por dois está gios:
a fase do movimento rá pido dos olhos - sono REM
a fase do nã o movimento rá pido dos olhos - NREM
Alguns autores consideram a vigília um componente dos está gios do sono
Vigília
Em fase de vigília, com paciente acordado e relaxado, encontramos ondas
alfa no EEG
Sono REM
Ocorrer durante 20 a 25% de todo o período do sono
caracterizada por:
ondas no eletroencefalograma (EEG) de baixa voltagem e alta frequê ncia
movimentos rá pidos dos olhos
atonia muscular.
Apresenta um padrã o de EEG semelhante ao encontrado em vigília poré m
com atonia muscular completa, sendo por tal motivo conhecido como
sono paradoxal.
Sono REM
 Sono REM
 É nesta fase que ocorre a consolidaçã o da memó ria adquirida durante o
dia
 É neste período que a ocorrê ncia de apné ia e hipopné ia é mais prová vel,
pois a musculatura esquelé tica está sem atividade
 Sono NREM
 O está gio NREM é dividido em trê s: N1, N2 e N3.
 No N1 ocorre a transiçã o da vigília para o sono.
Corresponde a 2 a 5 % do tempo total do sono
EEG apresentando baixa amplitude e alta frequê ncia – ondas teta
Atividade muscular esquelé tica presente, poré m reduzida.
Movimentos oculares lentos
Neste está gio começa a diminuiçã o da frequê ncia respirató ria e aumento do
PaCO2.
 Sono NREM
 O está gio N2 do sono NREM é chamado de sono intermediá rio, ocupa de
45 a 50% da duraçã o do sono
 Caracterizado por ondas eletroencefalográ ficas de baixa frequê ncia e alta
amplitude
 sendo características deste os fusos e complexos K.
 Ainda está presente atividade muscular, poré m em menor intensidade da
fase N1, diminuindo ainda mais a frequê ncia respirató ria e com aumento
ainda maior do PaCO2.
 Nesta fase, o estímulo para acordar o paciente tem que ser muito mais
forte do que no está gio anterior.
 O uso de benzodiazepínicos aumenta a duraçã o este está gio.
 Sono NREM
 O está gio N3, chamado de sono profundo, fase com funçã o restaurativa do
organismo, ocupando 20% do sono.
 No EEG ocorrem ondas delta, de baixa frequê ncia e alta amplitude.
 A frequê ncia respirató ria se torna mais regular, e o estímulo necessá rio
para acordar tem que ser ainda mais intenso.
 A duraçã o desta fase diminui com a idade.
 Estágios do Sono
 Os está gios do sono nã o ocorrem de maneira linear e sim, em ciclos (4 a 5
por noite), a cada 90 a 120 minutos
 Os ciclos sã o diferentes na primeira e segunda metade do período do
sono.
Na primeira metade, o primeiro ciclo inicia como paciente em vigília e
passando por N1, N2 até N3 , REM, sendo nos demais de N2, N3 até REM.
Na segunda metade, diminui a duraçã o do N3 e aumenta os N2 e REM.
 Preparo do exame
 Importante orientar o paciente que faz uso diá rio de cafeína a nã o
consumir o produto a partir da tarde do exame.
 Ao usuá rio de á lcool, nã o fazer uso deste durante todo o dia do exame.
 Medicamentos contínuos devem ser continuados de maneira habitual,
inclusive indutores do sono e sedativos, que devem ser informados ao
té cnico que acompanhará o exame a fim de serem levados em
consideraçã o no momento de interpretar o exame, visto que os sedativos
e indutores do sono podem alterar os eventos respirató rios no exame.
 Caso o paciente tenha insô nia e nã o seja possível ter uma noite de sono
para uma boa avaliaçã o, pode ser prescrito um benzodiazepínico,
preferivelmente zolpidem, pois este nã o interfere nos episó dios de
apneias durante o sono.
 Polissonografia
 9 eletrodos de EEG: 2 occipitais, 2 frontais, 2 centrais, 1 terra e 2
referê ncias em mastoides;
 2 eletrodos de miografia em mento;
 2 eletrodos de miografia em membros inferiores
 Termístor e câ nula nasal;
 Uma cinta torá cica para movimentos torá cicos;
 Uma cinta abdominal para movimentos abdominais;
 Um sensor de movimento de decú bito;
 2 eletrodos para eletrocardiograma;
 Oxímetro
 Câ mera de vídeo no quarto, que filmará paciente durante todo o tempo de
registro.
 Polissonografia
 Instalados os dispositivos, depois de apagada e luz, é iniciado o registro
do exame, com paciente ainda em período de vigília.
 Os registros sã o feitos pelo computador em grá ficos a cada 30 segundos,
chamados de é poca.
 Ao final do tempo total de registro, é fornecido um hipnograma, com um
resumo dos itens mais relevantes do exame
 Hipnograma
 Análise dos dados
 Eficiê ncia do sono (ES): porcentagem do tempo total de sono (TTS),
estando normal quando acima de 85%.
É calculado dividindo‐se o tempo total de sono (TTS) pelo tempo total de
Registro (TTR)
 Latê ncia do sono: período que vai da vigília até início do sono,
considerado normal quando dura até 30 minutos. Pode estar alterado em
alguns distú rbios do sono, como a narcolepsia;
 Latência do Sono REM: normal 70-90 min
 Porcentagem dos está gios de sono:
REM: 20 a 25%
N1: 2 a 5%
N2: 45 a 50%
N3: 20%
 Análise dos dados
 Índice de apné ia e hipopné ia (AIH): índice obtido pela soma do total de
apneias e hipopné ias, divididas pelas horas de sono. Considerado normal
quando menor do que 5 eventos por hora.
 Índice de distú rbio respirató rio (IDR): calculado de mesma forma do IAH,
sendo acrescido à soma os RERA (respiratory effort related arousal). Nã o
possui um consenso de valor de normalidade definido pela literatura;
 Apnéia e Hipopnéia
 A apné ia consiste em diminuiçã o da amplitude do movimento
respirató rio em mais de 90% durando pelo menos 10 segundos, podendo
ser acompanhado de microdespertar e ou dessaturaçã o.
Na apné ia obstrutiva, há tentativa de movimento respirató rio identificados
pelas cintas abdominal ou torá cica; caso nã o ocorra, é considerado apné ia
central.
 Hipopné ia é definida por uma diminuiçã o de amplitude do movimento
respirató rio de 30% associado à dessaturaçã o de 4% ou uma diminuiçã o
de amplitude de 50% com dessaturaçã o de 3%, ambos podendo ser
acompanhados de microdespertar.
 RERA (respiratory effort related arousal), que consistem em esforço
respirató rio associado à microdespertar, sem desenvolvimento de apné ia
ou dessaturaçã o. Para esta, a medida padrã o ouro é atravé s de balã o
intraesofá gico, nã o utilizado de rotina durante as avaliaçõ es do exame.
 Apnéia
 Hipopnéia
 RERA
 Análise de dados
 Índice de microdespertares: consistem no nú mero de microdespertar por
hora, sendo normal quando até 10 por hora.
Tê m duraçã o de 3 a 15 segundos, identificados atravé s de ondas no EEG, mas
nã o percebidos pelo paciente como despertar. Apenas a é poca em que o
despertar dura mais de 15 segundos é dada como vigília e pode comprometer a
eficiê ncia do sono
 Saturaçã o de O2: aferida durante todo o exame;
 Movimentos de membros inferiores: detectados pelos eletros de
eletromiograma. Importante no diagnó stico de doenças como síndrome
das pernas inquietas.
 Microdespertar
 Polissonografia em crianças
 Importante ter em mente que quando o paciente em avaliaçã o é criança,
esta nã o deve ser analisada como se fosse um pequeno adulto.
 Diferentes parâmetros
 Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono - SAOS
 Prof. João Felippe Villarinho
 Definição
 Caracterizada por eventos recorrentes de obstrução da via aérea superior
durante o sono, associados a sinais e sintomas clínicos
 A obstrução pode se manifestar como uma hipopnéia ou apnéia
 A interrupção da ventilação resulta, em geral, em dessaturação e
ocasionalmente hipercapnia
 Os eventos são com frequência finalizados por microdespertares
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Quadro clínico
Roncos (períodos de silêncio) => FATOR SOCIAL
Sonolência excessiva => RISCO DE ACIDENTES
Pausas respiratórias durante o sono (sufocamento)
Prejuizo em funções cognitivas (concentração, atenção, memória)
Cansaço ao acordar
Cefaléia ao acordar ( 1 a 2h)
Diminuição da libido
 Diagnóstico –
Escala de sonolência de Epworth
0 = nenhuma chance de cochilar
1 = pequena chance de cochilar
2 = moderada chance de cochilar
3 = alta chance de cochilar.
 Fatores Predisponentes
 Obesidade
 Sexo masculino
 Anormalidades craniofaciais
 Aumento do tecido mole da faringe
 Obstrução nasal
 Anormalidades endócrinas (hipotireoidismo , acromegalia)
 História familiar
 Fatores Associados
 HAS
 Hipertensão pulmonar
 Arritmias cardíacas
 Angina noturna
 Refluxo gastroesofágico
 Prejuizo da qualidade de vida
 insônia
 Exame Físico
 Exame físico geral
Peso / altura e IMC
Circunferência cervical (43 cm em H e 38 cm em M)
PA
Circunferência abdominal (95 cm em H e 85 cm em M)
Exame Físico
 Exame físico geral
Peso / altura e IMC
Circunferência cervical (43 cm em H e 38 cm em M)
PA
Circunferência abdominal (95 cm em H e 85 cm em M)
Exame físico
 Avaliação Facial e de Vias Aéreas Superiores
Rinoscopia anterior
Alterações da maxila e da mandibula
Alterações da oculsão dentária
Presença de palato ogival e estreitamento lateral da maxila
Macroglossia
Índice de Mallampati modificado
Tamanho das tonsilas palatinas
Palato web
 Diagnóstico
 Polissonografia
 Exames laboratoriais
Hemograma completo
Glicemia / insulina
Lipidograma
TSH / T4L
…
 Diagnóstico
 O dignóstico da SAOS no adulto requer a presença dos critérios A+B+D /
A+C+D
 A – no mínimo um dos critérios abaixo
Episódios de sono não intencionais durante a vigília, sonolência diurna
excessiva, sono não reparador, fadiga, insônia
Acordar com pausas respiratórias, engasgos ou asfixia
Companheiro(a) relata ronco alto e/ou pausas respiratórias durante o sono
 B – PSG apresentando
Cinco ou mais eventos respiratórios (apnéia, hipopnéia, RERA) por hora de
sono
 C – quinze ou mais eventos respiratórios detectáveis por hora de sono
 D – o distúrbio não pode ser mais bem explicado por outro distúrbio do
sono, doenças neurológicas, uso de medicação ou distúrbio por uso de
substâncias
Classificação de gravidade
 Leve
Sonolência diurna ou episódios de sono involuntários ocorrem durante
atividades que requerem pouca atenção como ver TV, ler, passageiro em carro
Na PSG – IAH maior que 5 e menor ou igual a 15
 Moderado
Sonolência diurna ou episódios de sono involuntários ocorrem durante
atividades que requerem alguma atenção como assistir eventos sociais
Na PSG – IAH maior que 15 e menor ou igual a 30
 Grave
Sonolência diurna ou episódios de sono involuntários ocorrem durante
atividades que requerem muita atenção como comer, andar, dirigir
Na PSG – IAH maior que 30
Consequencias da SAOS
 Alterações endócrinas
Resistência a insulina e intolerância a glicose
Aumento da laptina e da resistência periférica
Aumento do cortisol
 Alterações neurológicas
Alteração de memória, atenção e funções executivas
 Risco de acidentes
 Consequencias da SAOS
 Alterações cardiovasculares
Atividade simpática aumentada
PTN C reativa aumentada
Alterações na coagulação
Alterações na função endotelial e sinais precoces de ateroesclerose
Remodelamento cardíaco
HAS (SAOS como causa secundária)
Risco de morte súbita noturna aumentado
Arritmias cardíacas
IAM / AVC / IC
Tratamento
 Tratamento clínico geral
Reduzir peso
Tratar doenças endocrinas (hipotireoidismo)
Eliminar substâncias sedativas
Recomendar terapia posicional, evitando decúbito dorsal
Adotar medidas anti-refluxo
 Tratamento
 Cirurgico
Adenoamigdalectomia
Uvulopalatofaringoplastia
Glossectomia
Avanço maxilomandibular
Traqueostomia
Depende de alterações anatômicas e gravidade da SAOS
 Tratamento
 Aparelhos Intra-orais
 Tratamento
 CPAP
Todos pacientes com SAOS moderado ou grave
SAOS leve
Ronco primário
Tratar HAS
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