TUMOR NEUROECTODÉRMICO PERIFÉRICO CUTÂNEO COM TROMBOSE DE SEIO TRANSVERSO E DE VEIA CAVA SUPERIOR NO DECORRER DO TRATAMENTO ASSOCIADO AO FATOR DE LEIDEN: RELATO DE CASO *Andréia Luiz1; Adriel Barbi Braz1; Carina Pinz1; Letícia Tramontin Mendes1; Luís Carlos Stoeberl2. 1 Universidade do Vale do Itajaí (Curso de Medicina); 2Médico Oncologista do Hospital São José de Jaraguá do sul. *[email protected] INTRODUÇÃO Tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos (PNET) são neoplasias agressivas que requerem a ressecção cirúrgica radical com quimioterapia e radioterapia. Estão associados com sobrevida inferior a 50%. (AHMAD et al., 2013). A trombose venosa cerebral é rara e constitui menos de 1% dos acidentes vasculares cerebrais (CHRISTO et al., 2010). OBJETIVOS Expor o caso de uma paciente com tumor neuroendócrino de dorso que evoluiu com trombose de veia cava superior no local do port-acath, seguido de trombose de seio transverso no cérebro associado ao fator V de Leiden. MÉTODOS Estudo descritivo do diagnóstico e da evolução do caso. Dados obtidos a partir da análise do prontuário e acesso a exames complementares. DESCRIÇÃO DO CASO tumor em julho/2014. O exame patológico evidenciou neoplasia residual com extensa fibrose dermo-hipodérmica. Em agosto/2014 reiniciou quimioterapia em caráter adjuvante. Em dezembro/2014 completou quimioterapia pós-operatória e desenvolveu trombose de veia cava superior no local de inserção do port-a-cath sendo tratada com enoxaparina seguido de rivaroxabana. Em março/2015 novos exames mostraram remissão clínica completa. Um mês após iniciou com cefaléia intensa, tontura e vômitos. Ressonância magnética de crânio evidenciou trombose de seio transverso esquerdo confirmado por angioressonância venosa. Apresenta mutação pontual R506Q do gene fator V de Leiden (heterozigoto). Foi suspenso rivaroxabana e iniciado tratamento com enoxaparina seguido de varfarina. Houve melhora clínica e angioressonância de julho/2015 mostra presença da trombose em seio transverso sem outras complicações. Permanece assintomática em uso de varfarina. Figura1: PNET em dorso Paciente feminina, 25 anos, relata que em janeiro/2013 percebeu nódulo eritematoso na região central do dorso, pruriginoso, com dor local, sem sangramento e de crescimento progressivo. Inicialmente diagnosticado como abscesso, com drenagem sem sucesso. Em outubro/2013 foi submetida à biópsia com Figura 2: Trombose de diagnóstico de neoplasia maligna indiferenciada. seio transverso Estudo imunohistoquímico de janeiro/2014 CONCLUSÕES revelou PNET. Tomografia computadorizada e cintilografia óssea não evidenciaram metástases. Trata-se de paciente com PNET cutâneo em Iniciou quimioterapia em janeiro/2014. Após 06 dorso, que embora jovem, evoluiu para 2 eventos ciclos de quimioterapia obteve remissão clínica trombóticos em local incomum devido aos fatores completa quando foi submetida à ressecção do de risco apresentados, tais como: mutação no fator V, neoplasia maligna e quimioterapia. Palavras-chave: PNET, trombose, Leiden Referências: 1. AHMAD, F. et al. Use of a tissue expander as a radio-protective spacer with a latissimus dorsi flap in the management of a peripheral primitive neuroectodermal tumour (pPNET). Journal of Plastic, Reconstructive & Aesthetic Surgery [online]. 2013, v. 66, p. 169-171. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.bjps.2013.02.022>. Acesso em 27 jul 2015. 2. CHRISTO, P. P. et al. Trombose de seios venosos cerebrais: estudo de 15 casos e revisão de literatura. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2010, v. 56, n. 3, a. 11, p. 288-292. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n3/v56n3a11.pdf>. Acesso em 03 ago 2015.