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DIA 11/11: COMO FORMAR UM DISCÍPULO
Todo discípulo de Jesus precisa compreender que ele é também um discipulador. Não queremos
que o discipulador seja meramente um cargo em nossa estrutura eclesiástica. Precisamos ter junto
de nós, pessoas que estaremos influenciando, treinando e ensinado a vida do reino de Deus, isso é
discipulado. O alvo é levar um a um a serem discípulos de Cristo
O Senhor deu condições para alguém se tornar Seu discípulo. Assim, alguém que hoje foi salvo
ainda precisa se tornar um discípulo. Ser um discípulo de Cristo é caminhar no caminho do
vencedor. A tarefa do discipulador é ensinar o discípulo a observar todas as coisas que Jesus
ordenou.
Mateus 28:20
• Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo,
• ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim
dos tempos".
Olhando dessa maneira parece que poucos seriam qualificados para serem discipuladores, mas
creia, todo aquele que tem recebido do Senhor, tem obrigação de compartilhar o que já recebeu,
como um discípulo. Mesmo que não seja um pregador ou mestre, precisamos estar dispostos a
sermos envolvidos num relacionamento de vida para nos multiplicarmos como Jesus fez.
A característica mais forte de Jesus era ser um homem de relacionamentos, seus discípulos
aprenderam tudo vendo. Ele ensinou por preceito e por demonstração.
1João 1:1
• O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que
contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida.
O Espirito Santo já derramou o amor de Deus em nossos corações, precisamos exercitar esse
amor, até que seja gerada em nós a compaixão. Essa é a maneira mais eficaz de conquistarmos
uma reação favorável da nossa alma, que nos levará a orar, jejuar, buscar e chorar pelo perdido, e
consequentemente, nos deixarmos gastar até vermos Cristo formado nessas pessoas.
Quando estivermos dispostos a conviver, sendo exemplo para nossos discípulos, estaremos
ensinando com eficácia. Conta-se que uma mãe pediu ao seu líder de célula que pedisse ao seu
filho que parasse de comer açúcar. O líder pediu que ela voltasse em quinze dias. Voltando com o
filho, o líder exortou o garoto para que parasse de comer açúcar. A mãe intrigada lhe perguntou, se
era apenas para dizer isso, porque tivemos que esperar quinze dias? Ele respondeu, é que eu
precisei de quinze dias para parar de comer açúcar. O que não ensinamos, por exemplo, na
verdade não ensinamos.
Ensinamos também delegando responsabilidades. Nesse processo o discipulador ajuda o discípulo
a descobrir suas eficiências, virtudes e habilidades até mesmo desconhecidas, tornando o discípulo
mais aberto ao ensino.
É imprescindível nesse momento a supervisão. Isso não se dá de forma automática nem mecânica,
mas, sim em uma demonstração de amor e cuidado, tanto pelo discípulo como pelo resultado da
obra. É preciso averiguar com atenção se o discípulo está indo na direção do alvo proposto.
Precisamos caminhar com nossos discípulos até a frutificação, levando-os a perderem o medo de
testemunhar e a se tornarem ousados. Para isso, devemos incentiva-los a buscarem a experiência
do revestimento do Espírito Santo, a se tornarem membros da Igreja de Cristo, a serem batizados,
ensina-los a sujeição a autoridade de Cristo e da Igreja. Levá-los também a vencer as coisas do
velho homem, vícios, impurezas, rebeldias, mentiras, etc.
Existe um processo no discipulado que passa por quatro estágios clássicos de treinamento. O
primeiro é “eu faço, você observa”, nessa fase, eles não sabem e não sabem que não sabem. É a
fase que serão trabalhados pelo Espírito Santo tratando com a arrogância, e com a presunção de
que são capazes de fazer a obra usando suas próprias habilidades. É um tempo difícil porque o
Senhor irá frustrá-los. E quanto mais rápido nos esgotarmos de nós mesmos, e não, em nossa
mente, presumirmos que assumir nossa incapacidade ou incompetência é um tipo de derrota
espiritual e demorarmos a descobrir que não podemos por nós mesmos, não passaremos para a
outra fase.
O discípulo precisa nessa nova jornada, de um discipulador diretivo, forte e confiante que lhe
mostre o caminho. Que saiba onde está indo, alguém que saiba onde estão os pontos difíceis e
como ultrapassá-los. É momento de resistir à tentação de explicar interminavelmente o que
estamos fazendo, porque nós temos a visão do plano no todo, os discípulos ainda enxergam o que
vamos lhe descortinando. Portanto nosso dever é definir o plano e executá-lo.
Segundo estágio é, “eu faço, você ajuda”. Nesse estágio eles não sabem, e já sabem que não
sabem. Nesse momento os discípulos não têm entusiasmo nem competência. É um tempo de
pressão e desânimo. Antes se achavam capazes, mas agora caíram no lado oposto. Passam a ter
receio de qualquer iniciativa, não tem confiança, nem experiência nem entusiasmo. Agora o
discipulador precisa mudar de diretivo, para o estilo de treinador. É muito importante nessa fase dar
explicações, investir tempo para que eles aprendam a ser confiantes na base correta, ou seja, na
dependência da força de Deus.
Esse é um estágio de maior importância na formação do discípulo. A empolgação se esmoreceu os
sentimentos de incompetência e de inexperiência vem a tona, os desapontamentos se acumulam,
as expectativas não se cumprem. As dificuldades se tornam esmagadoras. Então vem a pergunta,
será que estou realmente no lugar certo?
Esse tempo é preciso que sua agenda seja liberada, e que passe algum tempo no fundo do poço
com seu discípulo. Ensinando-o que só é possível continuar pela graça de Deus, e não por seu
próprio esforço. E assim levamos o discípulo a ser tirado do estado de luta sem frutos para um
lugar de graça onde há repouso.
O terceiro é você faz, eu ajudo”. Nessa fase eles sabem, mas não sabem que sabem. A confiança é
crescente, eles já sabem como conduzir as coisas, o entusiasmo está voltando, mas, desta vez
está baseado em um real conhecimento dos princípios espiritais. Agora o discípulo está no
descanso de que é “Deus que está no comando”
Nesse estágio o discipulador deve começar a preparar o discípulo para se tornar um discipulador.
Ele já recebeu o que era necessário e agora está chegando o momento de repetir o processo com
outro. Os discípulos agora tem a visão, eles já sabem em que direção precisam se mover, portanto
já podem eles próprios discipularem outros.
E o quarto é “você faz, eu observo”. Agora eles sabem e sabem que sabem. O discípulo já tem a
visão é já a praticou. O grande entusiasmo dessa fase não é apenas uma empolgação passageira.
Eles têm raízes profundas na confiança, criada por um forte sentimento de competência. O
discípulo está apto a contribuir para o planejamento e para a estratégia. Agora é a hora de delegar
autoridade e responsabilidade.
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